Linhas de Financiamento às Exportações Brasileiras. Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior



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PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0%

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São Paulo, 16 de julho de 2013.

Transcrição:

Linhas de Financiamento às Exportações Brasileiras Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior 1 1

Linhas Internas de Financiamento 2 2

PROEX Recursos: Tesouro Nacional Instituição: Banco do Brasil Modalidades: - Financiamento (pós-embarque) - Equalização de taxa de juros (pós-embarque) Custos: Libor Condições: Certidão Negativa de Débito Valor em 2008: US$ 472 milhões (2008) Tomadores: Pequenas e médias empresas. Porém, as grandes configuram-se como as grandes tomadoras destes recursos Garantias: Aval, carta de crédito, seguro de crédito à exportação, CCR 3 3

0,9 0,858 2008 Apresentou o Menor Volume Utilizado em Quatro Anos Evolução dos Desembolsos do PROEX 0,8 0,7 US$ Bilhões 0,6 0,5 0,460 0,523 0,509 0,528 0,513 0,472 0,4 0,400 0,3 0,2 Fonte: Banco do Brasil 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 4 4

Utilização dos Recursos não Atinge Total da Dotação Orçamentária Orçamento e Utilização dos Recursos do Proex 1.400 Total Orçamento Total Utilizado 1.200 1.155,1 1.197,3 US$ Milhões 1.000 800 600 400 1.011,0 858,1 760,4 740,6 460,3 522,6 1.050,7 792,8 509,4 399,9 925,7 527,8 513,0 471,9 60% Recursos não Utilizados 200 Fonte: Banco do Brasil - 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 5 5

6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Taxa de Juros Proex-Financiamento - Libor (6 meses) 5,49 3,29 2,24 2,61 1,42 1,19 3,98 1,74 6 6 jan/02 Taxa Mensal Anualizada (%) jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 Fonte: Macrodados Inexistência de Taxas de Administração ou Comissões

Empresas de Menor Porte não Encontram Acesso à Modalidade de Equalização Quantidade de Exportadores por Porte de Empresa - Financiamento Médio 64% Grande 3% MP 33% 97% dos tomadores de Recursos da Modalidade de Financiamento são empresas de Micro, Pequeno e Médio Porte. Quantidade de Exportadores por Porte de Empresa - Equalização de Taxa de Juros Na modalidade Equalização de Taxa de Juros, cabe às empresas de Grande Porte a maior participação como tomadores de recursos. Grande 68% Médio 32% 7 7

BNDES-EXIM Recursos: FAT e Captações Externas Instituição: BNDES e Instituições financeiras repassadoras Modalidades: - Pré-embarque (especial, ágil, âncora, automóveis) - pós-embarque Custos: TJLP + Spread BNDES + Spread agente financeiro Condições: Inexistência de débitos com o governo federal Valor em 2008: US$ 6,6 Bilhões (2008) Tomadores: Todos os setores estão habilitados a utilizar a linha Garantias: Pré-embarque: Determinadas pelo agente financeiro repassador do crédito. Pós-embarque: Aval, carta de crédito, seguro de crédito à exportação, CCR e CND (certidão negativa de crédito). 8 8

BNDES-EXIM Apresenta Oscilação nos Últimos Anos 7,2 6,2 Evolução dos Desembolsos do BNDES-EXIM 5,86 6,39 6,63 US$ Bilhões 5,2 4,2 3,94 4,00 3,86 4,20 3,2 2,2 2,60 1,2 Fonte: BNDES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 9 9

16,0 14,0 14,1 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 Queda na Taxa de Juros de Longo Prazo desde 2003 Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP 12,0 11,0 10,0 9,8 6,3 1010 jan/99 jul/99 jan/00 jul/00 Percentual jan/01 jul/01 jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 Fonte: Banco Central do Brasil

Taxa de Pós-Embarque se Manteve Atrativa e Estável Taxa de Juros BNDES Pós-Embarque (Libor e Spread) 7,0% Spread BNDES Libor Percentual ao ano (% a.a) 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 1,0% 1,79% 1,0% 5,26% 1,0% 2,94% 0,0% Fonte: BNDES 2004 2006 2008 1111

Taxa de Juros do Pré-embarque Favoreceu empresas de Menor Porte... Taxas de Juros BNDES-Exim Pré-Embarque (Libor e Spread) Taxas de Juros BNDES-Exim Pré-Embarque (TJLP e Spread) % a.a 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 5,3% 6,3% 7,3% Micro, Pequena e Média Porte Grande Porte* 2,8% 3,0% 2004 2006 2008 5,0% * Taxa de juros para as empresas de Grande Porte do Grupo I (máquinas industriais) % a.a. 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 10,8% 13,3% 11,8% 10,8% Micro, Pequena e Média Porte Grande Porte* 6,3% 2004 2006 2008 8,3% * Taxa de juros para as empresas de Grande Porte do Grupo I (máquinas industriais) Fonte: BNDES 1212

... Spread para MPs não Ultrapassam 3% a.a da Composição da Taxa de Juros Taxa de juros BNDES pré-embarque para Empresas Micro, Pequena e de Médio Porte Taxa de juros BNDES pré-embarque para Empresas de Grande Porte Spread 1,4% TJLP 98,6% Spread 25% TJLP 75% Taxa de juros BNDES pré-embarque para Empresas Micro, Pequena e de Médio Porte Taxa de juros BNDES pré-embarque para Empresas de de Grande Porte Spread 3% LIBOR 97% Spread 41% LIBOR 59% 1313

BNDES contribuiu com 90% dos US$ 7,1 Bi Disponibilizados pelas Linhas Internas em 2008 Participação das linhas de Financiamento Internas 100% 90% 80% 70% 10,5% 89,5% 11,6% 9,4% 8,0% 7,6% 10,9% 92,4% 90,6% 92,0% 89,1% 88,4% 6,6% 9,6% 93,4% 90,4% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: BNDES e Banco do Brasil BNDES-EXIM PROEX 1414

Considerações Finais: Linhas Internas Pontos Fortes: Com taxas competitivas equiparadas ao mercado internacional, as linhas internas apresentam atratividade no que tange aos custos financeiros; Os prazos para pagamentos das operações de comércio exterior são alongados, algumas vezes chegando à 24 meses. Pontos Fracos: Risco do exportador x Risco do importador; Colateral: nível de ativos exigidos restringe crédito às micro e pequenas; Instituições de repasse: linhas públicas de financiamento tornam-se preteridas nas opções do agente financeiro; CND: a empresa requerente deve estar em dia com INSS, FGTS, Secretaria da Receita Federal e não deve estar inscrito em qualquer dívida ativa. 1515

Linhas Externas de Financiamento 1616

ACC/ACE Recursos: Captações externas Instituição: Bancos comerciais em geral Modalidades: - Pré-embarque (ACC) - Pós-embarque (ACE) Custos: Libor + spread da instituição financeira Condições: Gestão de risco Valor em 2008: US$ 46,1 Bilhões (2008) Tomadores: Sem restrições quanto ao porte da empresa tomadora, embora alcance maior popularidade entre as de médio e pequeno porte Garantias: O crédito é limitado pela capacidade de pagamento da empresa exportadora e sua performance nesta atividade; 1717

Pagamento Antecipado Recursos: Fontes de financiamento do importador Instituição: Bancos no exterior Custos: Negociação entre cliente e banco no exterior Condições: risco geralmente baixo por se tratar de empresas de grande porte (simetria de informações) Valor em 2008: US$ 45,3 Bilhões (2008) Tomadores: Empresas de grande porte Garantias: Risco de default da empresa exportadora 1818

Linhas Externas financiam mais de US$ 90 bilhões em 2008 55 Evolução das Linhas Externas de Financiamento às Exportações US$ Bilhões 50 45 40 35 30 25 20 15 10 ACC Pagamento Antecipado 23,9 13,1 20,9 11,2 23,7 15,8 28,6 18,0 35,3 24,6 38,7 33,2 46,2 45,3 46,1 45,3 5 Fonte: Banco Central 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1919

100% Modalidade P.A. cresceu 14 p.p. na Participação das Linhas Externas Participação das linhas de Financiamento Externas 90% 80% 70% 35,5% 34,8% 40,0% 38,5% 41,1% 46,2% 49,5% 49,6% 60% 50% 40% 30% 20% 64,5% 65,2% 60,0% 61,5% 58,9% 53,8% 50,5% 50,4% 10% 0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: Banco Central ACC Pagamento Antecipado 2020

Após explosão na crise, juros tendem a normalizar Evolução da taxa de Juros do ACC (pós-fixada) 25,0 20,0 18,9 17,4 Porcentagem 15,0 10,0 13,9 12,8 11,4 12,6 12,9 13,2 9,9 10,1 5,0 0,0 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 Fonte: Banco Central e FIESP (Decomtec) 2121

Considerações Finais: Linhas Externas Pontos Fracos: As oscilações do mercado internacional refletem no montante disponível para financiamento. Prazos para pagamento mais reduzidos Influência na cotação cambial do Brasil Pontos Fortes: Flexibilidade não é necessário apresentação de contrato de exportação; Colateral não há exigência de colateral; Exportação como garantia Atividade exportadora e o montante envolvido formam a base para a concessão do crédito; Atratividade ao banco comercial a não restrição por dívida ativa e menor exigência de garantias torna o fluxo maior e mais ágil. 2222

Comparativo entre Linhas Internas e Externas 2323

Financiamento Externo Protaganoniza o apoio à Exportação... 120 100 Evolução das linhas de Crédito Externas e Internas Pagamento Antecipado ACC PROEX BNDES-EXIM 96,2 98,5 US$ Bilhões 80 60 40 40,5 36,5 44,0 50,9 66,3 78,8 20 0 2001 2002 Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2424

... com Cerca de 90% da Disponibilidade de Crédito Total Evolução da Linhas de Financiamento Interno e Externo Participação do Crédito Externo e Interno em 2008 US$ bilhões 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 Financiamento Interno Financiamento Externo 66,3 6,4 50,8 43,9 4,3 36,5 4,5 4,4 60,0 46,6 39,5 32,1 78,7 6,9 71,9 96,1 4,7 7,1 91,5 91,4 98,5 Financiamento Interno US$ 7,1 7,2% Financiamento Externo US$ 91,4 92,8% 0,0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 US$ bilhões Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 2525

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 91,5% 8,5% Em 2008, Financiamento Interno Apresentou a Segunda Menor Participação do Período Participação do Crédito sobre Exportações 88,0% 12,0% 89,7% 10,3% 91,6% 8,4% 90,4% Financiamento Externo 9,6% 91,2% 8,8% 95,1% 4,9% 92,8% Financiamento Interno 7,2% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 2626

Menor Participação do Financiamento sobre as Exportações desde 2004 120% Financiamento Total sobre as Exportações 110% 100% 107% 95% 90% 86% 80% 81% 68% 70% 70% 66% 60% 54% 50% 40% 38% 30% 20% jan/02 mai/02 set/02 jan/03 mai/03 set/03 jan/04 mai/04 set/04 jan/05 mai/05 set/05 jan/06 mai/06 set/06 jan/07 mai/07 set/07 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 2727

Análises Trimestrais 2828

Desembolso 70% Menor em Relação ao 1º Trimestre de 2008 Desembolsos Trimestrais de Financiamento Interno à Exportação 1,80 1,60 1,40 PROEX BNDES-EXIM 1,56 0,08 1,20 0,05 0,14 US$ Bilhões 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,12 0,55 0,03 0,48 1,20 1,13 0,05 0,48 0,11 0,65 1,48 0,92 0,10 0,82 0,00 1 TRI 2002 1 TRI 2003 1 TRI 2004 1 TRI 2005 1 TRI 2006 1 TRI 2007 1 TRI 2008 1 TRI 2009 Fonte: BNDES, e Banco do Brasil 2929

Concessão externa em 2009 tem nível abaixo de 2006 Desembolsos Trimestrais de Financiamento Externo à Exportação 25 ACC PA 20 US$ Bilhões 15 10 3,21 4,45 7,12 13,23 10,96 6,28 5 1,75 2,09 5,36 4,87 7,06 8,54 9,22 9,42 10,12 8,25 0 1 TRI 2002 1 TRI 2003 1 TRI 2004 1 TRI 2005 1 TRI 2006 1 TRI 2007 1 TRI 2008 1 TRI 2009 Fonte: Banco Central 3030

Série Trimestral Consolida Preponderância das Linhas Externas Desembolso Trimestral Total de Financiamento à Exportação 25,0 Total Financiamento Externo Total Financimaneto Interno 20,0 US$ Bilhões 15,0 10,0 10,27 12,99 16,34 22,65 21,08 14,53 5,0 7,12 6,96 0,51 1,26 1,27 0,53 0,76 1,56 0,0 0,66 0,92 1 TRI 2002 1 TRI 2003 1 TRI 2004 1 TRI 2005 1 TRI 2006 1 TRI 2007 1 TRI 2008 1 TRI 2009 Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 3131

Linhas Internas Perdem Participação no Total Exportado 80% 70% 60% 50% 58,50% Participação do financiamento à exportação por modalidade -15,29% 49,56% 54,47% -14,50% 46,60% 40% 30% 20% 10% 0% Total Financiamento /Exportações Financiamento Externo/ Exportação -26,6% 4,02% 2,95% Financiamento Interno/ Exportação Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 1º trim. 2008 1º trim. 2009 3232

BNDES-Exim e P.A. Promovem a Queda do Crédito no Trimestre 12 10 Evolução Trimestral de Crédito às Exportações 1º trimestre 2008-18,5% 1º trimestre 2009 10,1-42,7% 11,0 US$ Bilhões 8 6 Variação Trimestral 8,2 6,3 4-2 - 44,1% + 17,6% 1,5 0,8 0,1 0,1 PROEX BNDES-EXIM ACC PA Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 3333

45% 40% 35% Comparação Trimestral das LInhas de Crédito sobre as Exportações 38,9% ACC sobre as Exportações é o Único a Se Manter Estável ACC / Exp P.A / Exp Fin. Int / Exp 30% 25% 20% 15% 10% 27,7% 28,3% 26,2% 26,5% 20,1% 5% 2,2% 4,0% 2,9% 0% Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 1 TRI 2007 1 TRI 2008 1 TRI 2009 3434

2009: Menor Participação do Crédito Sobre as Exportações desde 2002 Crédito sobre Exportações Crédito Total para Exportação sobre Exportações Totais 80% 70% 65,3% 68,9% Média = 59,6% 60% 59,2% 58,2% 57,3% 58,5% 50% 49,5% 49,6% 40% 30% 20% 10% 0% 1 TRI 2002 1 TRI 2003 1 TRI 2004 1 TRI 2005 1 TRI 2006 1 TRI 2007 1 TRI 2008 1 TRI 2009 Fonte: BNDES, Banco Central e Banco do Brasil 3535

Conclusões 3636

Déficit de Financiamento às Exportações do 1º Trimestre de 2009 Simulação I Simulação II O aumento de US$ 2,8 Bilhões no total das linhas de Financiamento no primeiro trimestre de 2009, garantiria que a razão crédito/exportações do período alcançasse os 58,5% vistos no mesmo trimestre de 2008. O aumento de US$ 3,1 Bilhões no total das linhas de Financiamento no primeiro trimestre de 2009, garantiria que a razão crédito/exportações do período alcançasse a média de 59,6% vista entre 2002 e 2008. 3737

Conclusões Linhas Externas As linhas externas mantém a preponderância como fonte de financiamento às exportações, embora os juros tenham apresentado elevação. A grande queda nas linhas internacionais se deu na modalidade de Pagamento Antecipado, produto de maior conservadorismo dos bancos externos e de protecionismo financeiro. O ACC manteve-se estável na comparação com os trimestres anteriores e permanece como o crédito mais popular entre as empresas brasileiras. 3838

Conclusões Linhas Internas A despeito das taxas de juros atraentes, as linhas externas ainda respondem por mais de 90% do financiamento às exportações. Ainda que o público alvo das linhas internas sejam as micros, pequenas e médias empresas, os maiores tomadores de recursos são companhias de grande porte. Exigências de colateral, garantia de ativos, não inscrição em dívidas ativas e gerenciamento de risco afastam os exportadores das linhas internas. As linhas internas tem contribuído pouco para maior inserção das empresas exportadoras. As linhas internas não obtiveram êxito em substituir a escassez de crédito resultante do agravamento da crise mundial. 3939

Maio de 2009 Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior DEREX Área de Análise Econômica do Comércio Exterior Fabrizio Sardelli Panzini Paula Bolonha Wellington de Lima Freire Henio Luiz Scheidt 4040