COMENTÁRIOS DE DESEMPENHO 1 O TRIMESTRE DE 2005



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Transcrição:

COMENTÁRIOS DE DESEMPENHO 1 O TRIMESTRE DE 2005 1. AMBIENTE ECONÔMICO O primeiro trimestre de 2005 foi marcado pela continuidade do aperto monetário da economia. Com o objetivo de conter pressões inflacionárias e atingir a meta de inflação de 5,1% em 2005, o Comitê de Política Monetária (Copom), manteve aumentos mensais consecutivos da taxa de juros Selic, processo iniciado em setembro de 2004. No encerramento do trimestre a taxa Selic atingiu 19,25%. Em abril de 2005, surpreendendo os agentes econômicos, foi realizado o oitavo aumento consecutivo e, a taxa chegou a 19,50% ao ano. Como conseqüência dos aumentos da taxa de juros, o ritmo da atividade econômica começou a dar sinais de desaceleração. Após fechar 2004 em alta recorde, a produção industrial fechou o primeiro trimestre com alta de 3,9%, ritmo de crescimento inferior ao do último trimestre de 2004 (6,3%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A inflação medida pelo IGP-M e IPCA acumularam respectivamente 1,55% e 1,79% no primeiro trimestre, comparada as variações de 2,73% e 1,85% registradas no mesmo período do ano anterior. Após valorização do real nos dois primeiros meses do ano (2,44% acumulado), a moeda brasileira sofreu forte queda em março encerrando o trimestre com desvalorização de 0,44%. O risco-país encerrou o trimestre em 465 pontos base, comparado aos 384 pontos de dezembro de 2004. No primeiro trimestre, as exportações continuaram surpreendendo, com o saldo da balança comercial registrando US$ 8,3 bilhões, crescimento de 33,8% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Os indicadores econômicos que influenciaram os resultados da Elektro apresentam a seguinte evolução: Indicadores jan-mar/05 jan-mar/04 Taxa de Câmbio R$/US$ (1).. 2,6662 2,9086 Valorização Cambial (2). -0,44% -0,67% Selic (2). 4,18% 3,78% IGP-M (2).. 1,55% 2,73% IGP-DI (2).. 1,73% 2,84% TJLP (2). 2,35% 2,41% (1) Cotação em 31 de março (2) Variação acumulada 2. ASSUNTOS REGULATÓRIOS 2.1 Leilão de Energia Em 21 de fevereiro de 2005, as empresas distribuidoras de energia elétrica, enviaram ao Ministério de Minas e Energia (MME) a declaração dos montantes a serem contratados no leilão marcado para 1 de abril de 2005. Nesse leilão, estavam contemplados contratos com vigência de oito anos e com início de suprimento para os anos de 2008 e 2009. No leilão, 34 empresas distribuidoras realizaram compra de energia de 10 empresas de geração de energia. Houve contratação parcial dos montantes declarados pelas empresas compradoras em fevereiro de 2005, totalizando 92.856 GWh, para inicio de suprimento em 2008. Não ocorreram contratações para início de suprimento em 2009. 1 13/05/05 12:23

2.2 Aditivo aos Contratos de Concessão O Decreto n o 5.163, de 30 de julho de 2004, prevê a aplicação do mecanismo da CVA (Conta de Variação de Itens de Parcela A) para as variações resultantes dos custos de aquisição de energia elétrica não consideradas no último reajuste tarifário das empresas distribuidoras de energia elétrica. Este também prevê que nos reajustes tarifários dessas empresas, o cálculo do preço médio de compra de energia na data do reajuste em processamento, considere o volume contratado para os doze meses seguintes. A aplicação do disposto acima ficará condicionada à celebração de aditivo contratual aos atuais contratos de concessão. Desta forma, após a realização de Audiência Pública, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o modelo de aditivo contratual a ser celebrado entre o poder concedente e as empresas distribuidoras de energia elétrica. O presente aditivo contempla as seguintes alterações: Altera a metodologia de cálculo do preço médio de compra de energia elétrica para efeito de reajuste tarifário; Inclui como Parcela A para efeito de reajustes tarifários, pesquisa e desenvolvimento, eficiência energética, energia adquirida de geração própria e Proinfa (programa de incentivo a fontes alternativas de energia elétrica); Inclui o conceito de Perdas do Sistema de Distribuição, a ser utilizado quando das revisões tarifárias, no cálculo da compra de energia; Exclui o PIS e a Cofins da receita de venda para efeito do cálculo dos reajustes tarifários. A inclusão do mecanismo da CVA para a compra de energia se deu através da Portaria Interministerial (Fazenda e Minas e Energia) n o 361 de 26 de novembro de 2004 e sua regulamentação foi definida pela ANEEL através da Resolução Normativa n o 153 de 30 de março de 2005. A regulamentação da exclusão do PIS e da Cofins das tarifas de energia elétrica, e sua cobrança diretamente na fatura do consumidor ainda carece de normas especificas, as quais deverão ser temas de Audiência Pública específica a ser promovida pela ANEEL. 3. DESEMPENHO COMERCIAL 3.1 Vendas de Energia GWh R$ milhões Classes de Consumo jan-mar/05 jan-mar/04 Var. % jan-mar/05 jan-mar/04 Var. % Residencial 766,9 726,8 5,5% 302,6 243,7 24,1% Industrial 786,7 1.014,9-22,5% 197,0 183,7 7,2% Comercial 336,5 311,8 7,9% 123,7 99,1 24,8% Rural 167,3 154,4 8,3% 35,1 28,5 23,2% Poder Público 46,2 49,1-6,0% 17,1 15,3 11,8% Iluminação Pública 78,0 92,8-16,0% 18,4 18,5-0,6% Serviços Públicos 138,6 176,3-21,4% 33,8 27,2 24,2% Venda de Energia a Clientes Finais 2.320,1 2.526,2-8,2% 727,6 616,1 18,1% Clientes Livres - Uso do Sistema de Distribuição 616,4 267,8 50,7 14,5 Total da Área de Concessão 2.936,4 2.794,1 5,1% 778,3 630,6 23,4% Tarifa Média - Clientes Finais (R$/MWh) 313,62 243,87 2 13/05/05 12:23

No primeiro trimestre de 2005, as vendas de energia da Elektro para clientes finais, registraram redução de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a março de 2005, as vendas para a classe residencial apresentaram crescimento de 5,5% em relação ao primeiro trimestre de 2005. Já as classes comercial e rural, apresentaram em conjunto, crescimento de 8,1%. Esse aumento de consumo foi influenciado pelas elevadas temperaturas registradas no último verão, implicando no maior uso de equipamentos de refrigeração. Destaca-se a elevação do consumo das classes comercial e rural, pois estas duas, de acordo com histórico recente, apresentam maior elasticidade de consumo à temperatura do que a classe residencial. A redução de 22,5% nas vendas para a classe industrial deve-se exclusivamente pela saída de grandes clientes para o mercado livre de energia. A saída de clientes para o mercado livre tem sido influenciada pelo excesso de oferta de energia causando significativa redução dos preços de fornecimento, praticados por outros agentes comercializadores do setor. A Elektro recebe tarifa pelo uso do sistema de distribuição de energia elétrica dos clientes que saíram de sua base de clientes cativos. A saída desses clientes representa um decréscimo nas vendas de energia em GWh, mas, implica também na redução das respectivas compras de energia, que no caso da Elektro tem um impacto positivo em sua margem operacional. Vale ressaltar que a queda de 21,4% na classe de Serviço Público, quando comparada com o primeiro trimestre do ano anterior é causada pela saída de um grande cliente da Elektro. Em março de 2005, o número total de clientes da Elektro atingiu 1.879 mil, representando um aumento de 17 mil clientes em relação ao encerramento do exercício de 2004. Evolução do Número de Consumidores (Mil) 1.819 1.862 1.879 2003 2004 mar/05 3 13/05/05 12:23

3.2 Segmentação das Vendas A energia vendida, a receita com a venda de energia a clientes finais e a base de consumidores apresentam a seguinte segmentação no encerramento do primeiro trimestre de 2005: Vendas de Energia a Clientes Finais (2.320 GWh) Vendas de Energia a Clientes Finais (R$ 728 milhões) 7,2% 11,3% 33,1% 17,0% 4,8% 9,5% 41,6% 14,5% 33,9% 27,1% Residencial Industrial Comercial Rural Outros Residencial Industrial Comercial Rural Outros Número Total de Clientes - 1,9 milhão 6,8% 1,2% 4,9% 1,0% 86,1% Residencial Industrial Comercial Rural Outros 3.3 Suprimento de Energia Em 2005, deve-se destacar a redução do volume de energia contratada por meio dos contratos iniciais para o patamar de 25% em relação aos seus valores iniciais, sendo que este será o último ano de vigência desses contratos. A redução dos contratos iniciais será substituída por contratos de suprimento advindos dos leilões de energia regulados pelo governo federal, particularmente o realizado em dezembro de 2004, que resultou em contratos de compra por parte da Elektro, com início de suprimento em 2005 e 2006 e com duração de 8 anos. No leilão regulado realizado em 1 de abril de 2005, a Elektro contratou parte dos montantes informados em fevereiro de 2005, ao MME, totalizando 3.663 GWh para o período de 2008 a 2015. A Elektro participará do próximo leilão de energia, com data a ser definida pelo MME, para complementar suas necessidades de compra. Vale salientar que a partir de janeiro de 2005 a quota-parte de Itaipu foi revista, passando de 4,3% para a quota de 4,4%. Isto significou um aumento de 47 GWh na energia assegurada de Itaipu para a Elektro. 4 13/05/05 12:23

4. EMPRÉSTIMOS COM TERCEIROS E DÍVIDAS E OBRIGAÇÕES COM PESSOAS LIGADAS Valores em 31 de março de 2005 (R$ milhões) Curto Longo Prazo Prazo Total Empréstimos / Debêntures com Terceiros 234,7 64,7 299,4 Dívidas com Pessoas Ligadas 23,2 1.586,7 1.609,9 Contas a Pagar - Acionistas 517,5-517,5 Total Geral 775,4 1.651,4 2.426,8 Caixas, Aplicações Financeiras e Caução de Fundos (548,4) Endividamento Líquido 1.878,4 A Elektro encerrou o trimestre com um endividamento líquido de R$ 1.878,4 milhões, resultado do endividamento total de R$ 2.426,8 milhões e saldo de caixa, aplicações financeiras e caução de fundos no montante de R$ 548,4 milhões. Em relação a 31 de dezembro de 2004, o endividamento líquido apresentou uma redução de R$ 91,3 milhões, influenciada principalmente pelas amortizações realizadas no período. Do endividamento total da Elektro, 67% está no longo prazo e R$ 162,2 são referentes aos financiamentos de cunho regulatório (Parcela A, vinculada a RTE e CVA). A operação de resgate de ações continua em discussão com a ANEEL (vide nota explicativa 22 às informações trimestrais), o que levou a Elektro, em comum acordo com os acionistas controladores, a decidir não pagar a parcela vencida em março de 2005, no valor de R$ 56,0 milhões, referente ao primeiro trimestre. Foram pagos apenas R$ 211,6 mil aos acionistas minoritários. O endividamento total apresenta a seguinte indexação: Endividamento Total em 31/03/05 R$ 2,4 bilhões 21,3% 5,3% 6,7% 2,3% 64,3% IGP-M / IGP-DI / TR Selic TJLP US$ R$ sem Juros 5. RESULTADOS No primeiro trimestre de 2005, a receita operacional bruta da Elektro foi de R$ 815,3 milhões, sendo que 89,2% equivalem à receita com venda de energia para clientes finais e 6,2% a receita pelo uso do sistema de distribuição, proveniente dos clientes livres que saíram da sua base de clientes cativos. 5 13/05/05 12:23

Receita Operacional Bruta (R$ 815 milhões) 1,5% 6,2% 3,1% Venda de Energia Clientes Finais Receita do Uso do Sistema 89,2% Reposicionamento Tarifário Outras Receitas Valores em R$ milhões jan-mar/05 jan-mar/04 Variação Venda de Energia Clientes Finais 727,6 616,1 111,6 Reposicionamento Tarifário 11,9 42,4 (30,4) Receita Uso do Sistema de Distribuição 50,7 14,5 36,2 Outras Receitas 25,0 30,7 (5,6) Receitas operacionais 815,3 703,6 111,7 Deduções às receitas operacionais (257,2) (211,2) 46,0 Receitas operacionais líquidas 558,1 492,4 65,7 Energia comprada para revenda (293,2) (277,0) 16,2 Custo da operação (73,9) (70,3) 3,6 Lucro operacional bruto 191,0 145,1 45,9 Despesas operacionais (42,9) (33,6) 9,3 Resultado do Serviço 148,1 111,5 36,6 Resultado financeiro (41,1) (81,3) 40,2 Resultado Operacional 107,0 30,2 76,8 Lucro Líquido 69,6 9,8 59,8 No primeiro trimestre de 2005, as receitas operacionais líquidas da Elektro foram de R$ 815,3 milhões, 15,8% superiores às registradas no mesmo período do exercício anterior, decorrente dos seguintes efeitos: Aumento de 18,1% na vendas de energia a clientes finais, influenciadas principalmente, pelo reajuste de 19,46% nas tarifas da Elektro em agosto de 2004; Aumento de R$ 36,2 milhões na receita do uso do sistema de distribuição, devido à saída dos clientes livres. Aumento da conta de desenvolvimento energético CDE e conta consumo combustível CCC (encargos regulatórios) em R$ 46 milhões, impactando as deduções às receitas operacionais. A energia comprada para revenda, nos três primeiros meses de 2005, aumentou R$ 16,2 milhões (5,8%), em relação ao primeiro trimestre de 2004, devido ao reajuste pelo IGP-M das tarifas dos Contratos Iniciais e Bilaterais de suprimento de energia. O custo da operação aumentou em R$ 3,6 milhões (5,1%) em relação ao mesmo período do exercício anterior, influenciado pelo aumento de serviços de terceiros e gastos com pessoal, causado por aumentos salariais realizados pela companhia, conforme previsto no acordo coletivo da categoria. 6 13/05/05 12:23

O resultado operacional da Elektro, expresso pelo resultado do serviço, atingiu R$ 148,1 milhões no trimestre, registrando um aumento de 32,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado financeiro foi negativo em R$ 41,1 milhões, comparado a um resultado negativo de R$ 81,2 milhões de janeiro a março de 2004. Esta redução, se deve principalmente, a efeitos cambiais atrelados a dívida da Elektro denominada em dólar norte-americano, uma vez que a cotação da moeda brasileira no encerramento do trimestre está com valorização de 8,3% quando comparada com a cotação do Real no mesmo período do ano anterior. Como conseqüência dos efeitos mencionados acima, a empresa registrou lucro líquido de R$ 69,6 milhões, representando um expressivo aumento de R$ 59,8 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2004. Abaixo segue a evolução dos principais indicadores financeiros: Indicadores Financeiros jan-mar/03 jan-mar/04 jan-mar/05 Receita operacional Líquida (R$ milhões) 403,2 492,4 558,1 EBITDA (R$ milhões) 70,4 146,1 186,5 Lucro líquido (R$ milhões) 66,9 9,8 69,6 Margem EBITDA / Receita op. líquida 17,5% 29,7% 33,4% Margem Lucro líquido / Receita op. líquida 16,6% 2,0% 12,5% Pelo conceito do EBITDA Ajustado, a geração operacional de caixa totalizou R$ 262,0 milhões, um aumento de 133,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Valores em R$ milhões jan-mar/05 jan-mar/04 Resultado do Serviço 148,1 111,5 Amortização do Ágio 12,6 8,4 Depreciação e outras Amortizações 25,8 26,1 EBITDA 186,5 146,1 Provisão Reposicionamento Tarifário Diferido 11,9 42,6 ESS - Encargos Serv. Sistema 2,4 1,5 Recomposição PIS/COFINS 17,5 - CVA (35,1) 18,6 Ajustes (-) (3,4) 62,6 Amortização CVA 19,4 - Amortização Perdas com Racionamento 18,0 16,1 Provisão Devedores Duvidosos 4,1 1,3 Baixa renda - modicidade tarifária 6,3 9,8 Recebimento do MAE 0,4 0,4 Provisão para contingências 0,4 1,0 Amortização do Reposicionamento Tarifário 23,6 - Ajustes (+) 72,1 28,6 EBITDA Ajustado 262,0 112,1 Margem EBITDA Ajustado / Receita Operacional Líquida 47,0% 22,8% 7 13/05/05 12:23

6. FLUXO DE CAIXA Valores em R$ milhões jan-mar/05 jan-mar/04 Lucro Líquido do Período 69,6 9,8 Juros e Variações Monetárias de Longo Prazo (3,2) 24,7 Depreciação e Amortização 38,4 34,6 Outras Receitas / (Despesas) 35,2 (35,3) Receitas / (Despesas) que não Afetam o Caixa 70,4 23,9 Lucro Líquido Ajustado 140,0 33,7 Variação do Capital de Giro Operacional (7,8) 28,2 Geração Operacional de Caixa após I.R e C.S. 132,2 61,9 Captações de Empréstimos 39,8 29,7 Juros e Variações Monetárias de Curto Prazo 55,0 54,0 Amortização de Empréstimos (126,4) (55,8) Atividades de Financiamento e Juros e Variações Monetárias de Curto Prazo (31,7) 28,0 Aplicações no Imobilizado (30,9) (30,2) Geração Líquida de Caixa 69,5 59,6 Saldo Inicial do Período 478,9 412,3 Saldo Final de Caixa do Período Incluindo Caução de Fundos 548,4 471,9 Caução de Fundos (72,8) (46,6) Saldo Disponível de Caixa do Período 475,6 425,3 A geração operacional de caixa da Elektro, após imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 132,2 milhões, R$ 70,3 milhões superior a registrada no primeiro trimestre do ano anterior. A Elektro apresentou de janeiro a março de 2005, uma geração líquida de caixa de R$ 69,5 milhões, encerrando o trimestre com R$ 548,4 milhões em caixa, incluindo aplicações financeiras e caução de fundos. A geração líquida de caixa foi influenciada pela amortização dos empréstimos, que superou em R$ 86,6 milhões a captação de recursos. 7. INVESTIMENTO E MODERNIZAÇÃO No primeiro trimestre do ano a Elektro investiu R$ 30,0 milhões, dos quais R$ 29,0 milhões foram com recursos próprios e o restante proveniente de recursos dos clientes. Os principais programas realizados com recursos próprios foram destinados a programas de expansão com a ligação de novos clientes, preservação das condições de segurança e do sistema elétrico e modernizações tecnológicas. Evolução dos Investimentos (R$ milhões) 24 28 29 jan-mar/03 jan-mar/04 jan-mar/05 8 13/05/05 12:23

8. DESEMPENHO OPERACIONAL Os indicadores técnicos DEC e FEC da Elektro são melhores que os padrões exigidos pela ANEEL e decorrem dos investimentos que vêm sendo realizados nos últimos anos. Dando continuidade ao projeto de prevenção e redução de perdas comerciais, criado em 2003, a Elektro incrementou plano de ação específico, cujos resultados vem reduzindo o índice de perdas de energia. DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor (horas) FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor (horas) 10,04 8,18 9,14 9,35 9,40 7,04 7,08 7,26 mar-03 mar-04 dez-04 mar-05 mar-03 mar-04 dez-04 mar-05 Obs: Os indicadores de 31/03/03 não consideram o atípico vendaval e tempestade ocorridos em setembro de 2002. Caso considerados, os indicadores DEC e FEC seriam 10,65 e 8,37, respectivamente. Os indicadores de 2004 não consideram o desligamento ocorrido em 17 de outubro, devido a um forte vendaval que atingiu toda a área de concessão, e a queda de uma torre de transmissão no município de Pirapozinho. Caso considerados, os indicadores DEC e FEC seriam 9,87 e 7,23, respectivamente. Perdas de Energia 7,74% 7,67% 7,06% 6,98% mar-03 mar-04 dez-04 mar/05 9 13/05/05 12:23

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis. 10 13/05/05 12:23

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis. 11 13/05/05 12:23

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis. 12 13/05/05 12:23

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis. 13 13/05/05 12:23

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações contábeis. 14 13/05/05 12:23

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE MARÇO DE 2005 31 DE DEZEMBRO DE 2004 (Valores expressos em milhares de reais, exceto se indicado de outra forma) 1. CONTEXTO OPERACIONAL 1.1. OPERAÇÃO A Elektro Eletricidade e Serviços S.A., concessionária de serviço público, atua na distribuição de energia elétrica em 228 municípios, dos quais 223 no Estado de São Paulo e 5 no Estado do Mato Grosso do Sul. O contrato de concessão da Elektro foi assinado em 27 de agosto de 1998, com prazo de vigência de 30 anos, podendo ser prorrogado, por requerimento da concessionária e a critério da ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, por prazo adicional de, no máximo, 30 anos. Os negócios da Sociedade,incluindo os serviços que presta e tarifas cobradas são em geral regulamentados pela ANEEL. 1.2. PROCESSO DE REORGANIZAÇÃO DA ENRON SOB O CAPÍTULO 11 DA LEI DE FALÊNCIAS DOS ESTADOS UNIDOS DA ÁMERICA DO NORTE 1.2.1 Histórico do Processo Em 2 de dezembro de 2001, a Enron Corp. (Enron) e algumas de suas afiliadas (conjuntamente com a Enron, os Devedores) iniciaram um processo de proteção falimentar com base no Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos. Em 11 de junho de 2003, os Devedores, com o apoio do Comitê Oficial de Credores Quirografários (Official Unsecured Creditors Committee) da Enron, e do Examinador Independente do processo (nomeado pelo juiz da Corte de Falências de Nova Iorque), submeteram à aprovação da Corte de Falências do Distrito Sul de Nova Iorque (Corte de Falências), um plano conjunto dos Devedores (conhecido com seus aditamentos subseqüentes, como o Plano) com base no Capítulo 11 e o seu respectivo Memorando de Informações. O Plano contemplou a criação da Prisma Energy International Inc. (Prisma Energy), empresa sediada nas Ilhas Cayman que atua na gestão de participações integrais ou parciais da Enron nos ativos de distribuição de energia elétrica, gás natural, gasodutos e geração de energia elétrica, todos localizados fora dos Estados Unidos. O Plano considera a Elektro como uma das empresas integrantes dos investimentos da Prisma Energy. Após audiência pública, em 9 de janeiro de 2004, a Corte de Falências aprovou o Memorando de Informações, confirmando que este contém informações suficientes para permitir que um reclamante ou parte interessada no processo vote contra ou a favor do Plano. Após a realização, em junho de 2004, de mais uma audiência pública, a Corte de Falências, em 15 de julho de 2004, aprovou o Plano da Enron com base no Capítulo 11. Os credores quirografários da Enron receberão pagamentos em espécie e em ações da Prisma Energy. A transferência dos ativos da Enron para a Prisma Energy está sujeita à obtenção das aprovações regulatórias e de terceiros necessárias. A Elektro obteve as aprovações locais necessárias para a efetivação da transferência do seu controle societário indireto para a Prisma Energy: (i) em 16 de março de 2004, a ANEEL emitiu a Resolução Autorizativa nº 109; (ii) em 6 de abril de 2004, a Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, banco credor da Elektro, deliberou a aprovação, em consonância com disposições aplicáveis aos seus contratos de financiamento e, (iii) os bancos agentes de repasses e linhas de crédito do BNDES detidos pela Elektro também aprovaram a alteração do seu controle societário indireto. 15 13/05/05 12:23

Por meio de fato relevante emitido em 3 de setembro de 2004, a Elektro informou ao mercado que a Enron, sua controladora, transferiu em 31 de agosto de 2004 sua participação acionária indireta na Elektro para a Prisma Energy, concretizando assim uma das etapas do Plano. No estágio atual, a Prisma Energy continua sendo uma subsidiária integral da Enron. Em 17 de novembro de 2004, certas condições foram cumpridas, as quais permitiram que o Plano entrasse em pleno efeito. O Comitê de Credores foi extinto e a Enron saiu da falência e está atualmente em estágio denominado empresa reorganizada, com um Conselho de Administração que inclui representantes dos Credores. 1.2.2 Descrição da Prisma A Prisma Energy é uma empresa que foi constituída nas Ilhas Cayman, em 24 de junho de 2003. Com a transferência dos ativos para a Prisma Energy prevista no Plano, as suas operações apresentam as seguintes características: Cerca de 7.900 empregados; Operações em 13 países; Cerca de 90.000 Km de linhas de distribuição de energia elétrica; Cerca de 15.000 Km de gasodutos de transporte e distribuição de gás natural; Cerca de 2.000 MW de capacidade de geração de energia elétrica; e Atendimento de cerca de 6,5 milhões de clientes de eletricidade, gás e gás liquefeito de petróleo. A governança corporativa da Prisma Energy conta com um Conselho de Administração e um Comitê Executivo que vem acompanhando a gestão destes ativos. Maiores detalhes sobre a Prisma Energy e o status do processo da Enron sob o Capítulo 11 podem ser acessados nos seguintes sites: www.prismaenergy.com e www.enron.com. 1.3. Alterações de Razões Sociais Dando seqüência ao processo de transferência dos ativos para a Prisma Energy, as seguintes empresas tiveram suas razões sociais alteradas durante o primeiro trimestre de 2005: De Enron Investimentos Energéticos Ltda. para Prisma Energy Investimentos Energéticos Ltda. (empresa Holding acionista da Elektro) De Enron Brazil Power Holdings IV Ltd. para Prisma Energy Brazil Finance Ltd. (Coligada) 1.4. Desverticalização O art. 4 o da Lei nº. 9074, de 7 de julho de 1995, alterado pelo art.8 o da Lei nº 10.848, publicada em 16 de março de 2004 estabelece a obrigatoriedade da segregação das atividades relativas às pessoas jurídicas concessionárias, permissionárias e autorizadas de distribuição e de geração de energia elétrica. Assim, as concessionárias distribuidoras, no âmbito do Sistema Interligado Nacional SIN, não podem ter participação em outras sociedades, de forma direta ou indireta, ou ainda manter atividades estranhas ao objeto da concessão. 16 13/05/05 12:23

A Elektro, em sua atividade de concessão de distribuição de energia elétrica possui as concessões de duas Pequenas Centrais Elétricas (Emas e Lobo) além da subsidiária integral Terraco Investments Ltd.. A Sociedade está analisando estrutura mais adequada para o processo de desverticalização e estará procedendo às referidas desvinculações, de forma a se adaptar à nova legislação, no prazo de 18 meses, contados da data de publicação da referida Lei. 2. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Estas informações trimestrais foram elaboradas adotando-se as práticas contábeis emanadas da Legislação Societária Brasileira, disposições da Comissão de Valores Mobiliários CVM, normas da legislação específica aplicáveis às concessionárias de energia elétrica, assim como orientações específicas do Conselho Federal de Contabilidade CFC e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IBRACON. Estas ITR s foram elaboradas segundos princípios, práticas e critérios consistentes com aqueles adotados na elaboração das demonstrações financeiras do último exercício social e devem ser analisadas em conjunto com aquelas demonstrações. 3. ACORDO GERAL DO SETOR ELÉTRICO Em dezembro de 2001, a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), as distribuidoras e as geradoras de energia concluíram o Acordo Geral do Setor Elétrico visando à recomposição das perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento de Energia Elétrica que ocorreu de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. O Acordo Geral do Setor Elétrico foi assinado em 4 de julho de 2002. A Lei nº 10.438, que reflete as condições gerais estabelecidas nas negociações setoriais, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República em 26 de abril de 2002. A Resolução nº 91 da GCE e Resolução nº 635 da ANEEL, ambas publicadas em 21 de dezembro de 2001, determinaram a Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE, em vigor a partir de 27 de dezembro de 2001, visando a recuperação das perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento de Energia Elétrica, da Energia Livre e das variações dos valores de itens da Parcela A. A ANEEL, através da Resolução Normativa nº 1, de 12 de janeiro de 2004: i) retificou o montante homologado pela Resolução ANEEL nº 483, de 29 de agosto de 2002, referente, ao valor de repasse da Energia Livre ii) alterou o prazo máximo de permanência da RTE nas tarifas de fornecimento de energia elétrica da Elektro de 59 meses para 58 meses, a contar a partir de 27 de dezembro de 2001 e iii) excluiu a Compensação e Variações de Valores de Itens da Parcela A do prazo máximo de permanência da RTE nas tarifas de fornecimento de energia elétrica, previsto no artigo 4º da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002. A recuperação dos valores referentes à Compensação de Variações de Valores de Itens da Parcela A se dará imediatamente após a recuperação das perdas decorrentes do racionamento através da prorrogação da Recomposição Tarifária Extraordinária pelo prazo que for necessário. Os reflexos deste acordo e das resoluções da ANEEL estão reconhecidos nas informações trimestrais e demonstrados nas seguintes notas explicativas: Nota 7 - Energia Livre; Nota 8 - Recuperação das perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento; e Nota 9 - Conta de Compensação de Variações de Valores de Itens da Parcela A CVA. 17 13/05/05 12:23

4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS Os valores registrados em aplicações financeiras refletem o valor de mercado dos mesmos, podendo ser resgatados a qualquer momento. O cronograma abaixo se refere às datas de vencimentos dos investimentos: * Os Certificados de Depósito Bancário - CDBs estão indexados à variação de 100% a.a. das taxas diárias dos Certificados de Depósito Interbancário (CDIs). ** Fundos de Investimento Financeiro Exclusivo (FIFs) com a seguinte composição: - 14,4% de aplicações financeiras em títulos privados, públicos e CDBs com variação média de 100,6% do CDI; e - 89,6% de aplicações financeiras em títulos privados, públicos e CDBs vinculados às operações de swaps indexadas à variação cambial acrescido de juros médios de 3,8% a.a. 5. CONTAS A RECEBER CONSUMIDORES, SUPRIDORES E PARCELAMENTOS DE DÉBITOS (*) Informação não revisada pelos auditores independentes Dos montantes classificados no realizável a longo prazo, R$ 27.195 mil em 31 de março de 2005 e R$ 27.492 mil em 31 de dezembro de 2004 referem-se aos contas a receber informado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE (entidade que substituiu o MAE, no novo modelo do setor elétrico), pendente de recebimento.deste montante em 31 de março de 2005, R$ 21.016 mil referem-se a liminares interpostas junto a CCEE, R$ 4.009 mil de acordos bilaterais em negociação e R$ 2.170 mil refere-se a valores já negociados e parcelados, sem expectativa de perda. 18 13/05/05 12:23

6. PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA A Elektro tem registrado como provisão para créditos de liquidação duvidosa em 31 de março de 2005, o montante de R$ 41.471 mil, (R$ 37.091 mil em 31 de dezembro de 2004), valor este julgado suficiente pela Administração para cobertura de prováveis perdas com recebíveis, incluindo parcelamento de débitos. PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA EM 31 DE MARÇO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Tipos de créditos Valores em R$ mil 31/03/2005 31/12/2004 Residencial...6.045 4.597 Industrial...7.954 5.446 Comercial...3.329 2.954 Rural...303 205 Poder público (federal, estadual e municipal)... 1.186 971 Iluminação pública... 9.159 9.497 Parcelamentos prefeituras municipais... 11.479 11.313 Parcelamento privado...2.016 2.108 Total... 41.471 37.091 O aumento da provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 4.380 mil,em relação ao trimestre anterior,decorre principalmente, da inadimplência dos setores privados Classe Residencial e Classe Industrial. Na classe Industrial o impacto maior foi causado pela inadimplência (R$ 1.478 mil) de um único cliente, sobre o qual a Sociedade vem tomando as providências legais cabíveis. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi determinada, em conformidade com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica instituído pela Resolução ANEEL nº 444, de 26 de outubro de 2001, e com base em análise individual de consumidores de grande porte e leva em conta os parcelamentos efetuados. 7. ENERGIA LIVRE A energia livre é a energia produzida por unidades geradoras não vinculadas a Contratos Iniciais de Suprimento de Energia e que complementam e substituem a geração das usinas que participam do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Durante a vigência do Programa de Racionamento de Energia Elétrica, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou uma redução acentuada na geração das usinas participantes do MRE, resultando em exposição financeira dessas geradoras com relação às usinas produtoras de energia livre. O Acordo Geral do Setor Elétrico estabeleceu o limite de R$ 49,26/MWh para as exposições dos geradores participantes do MRE com relação às compras de energia livre durante o período do racionamento. A diferença entre os preços da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE (sucessor do MAE) vigentes à época do racionamento e o limite citado acima, devida às unidades geradoras produtoras da energia livre, está sendo repassada pelas distribuidoras mensalmente através de um percentual incidente sobre os recursos efetivamente recebidos através,da RTE em vigor a partir de 27 de dezembro de 2001, cobrada nas tarifas de fornecimento de energia de clientes finais. 19 13/05/05 12:23

Do valor R$ 115.318 mil, homologado pela ANEEL através da Resolução Normativa nº 1, de 12 de janeiro de 2004, a sociedade tem registrado contabilmente, em 31 de março de 2005, o saldo de energia livre a receber de R$ 75.748 mil (R$ 47.841 mil no ativo circulante e R$ 27.907 mil no realizável a longo prazo), e a pagar de R$ 74.778 mil (R$ 47.228 mil no passivo circulante e R$ 27.550 mil no exigível a longo prazo), líquido de PIS, COFINS, CPMF, taxa de fiscalização da ANEEL e percentual destinado a pesquisa e desenvolvimento (1% da receita bruta), conforme previsto na Resolução ANEEL nº 89, de 25 de fevereiro de 2003. Através do mecanismo da RTE o montante de Energia Livre está sendo recuperado a partir de fevereiro de 2003 e repassado às geradoras desde março de 2003, tendo seu término estimado pela Sociedade para outubro de 2006. Esse repasse corresponde a 41,1345% do valor arrecadado mensalmente através da RTE. A movimentação do saldo de energia livre é como segue: 8. RECUPERAÇÃO DAS PERDAS DE RECEITA DECORRENTES DO PROGRAMA DE RACIONAMENTO A metodologia de apuração dos valores a serem recuperados a título de perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento de Energia Elétrica foi regulamentada através da Resolução ANEEL nº 31 de 24 de janeiro de 2002 e, sua contabilização foi realizada conforme o estabelecido pela ANEEL através da Resolução nº 72, de 7 de fevereiro de 2002. O valor homologado pela ANEEL referente às perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento de Energia Elétrica no período de junho de 2001 a fevereiro de 2002, totalizou R$ 219.184 mil. O equivalente a 90% deste montante (R$ 197.266 mil) foi financiado pelo BNDES (vide nota 20). O saldo das perdas de receita decorrentes do Programa de Racionamento de Energia Elétrica está sendo amortizado através da RTE. Essa amortização teve início em janeiro de 2002, tendo seu término estimado pela Sociedade em agosto de 2006. Até 31 de março de 2005, foram amortizados R$ 219.638 mil, sendo R$ 17.953 mil no 1º trimestre de 2005. 20 13/05/05 12:23

9. CONTA DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÕES DE VALORES DE ITENS DA PARCELA A - CVA O saldo de R$ 205.456 mil, em 31 de março de 2005 (R$ 233.898 mil, em 31 de dezembro de 2004), demonstrado no quadro abaixo, refere-se ao reconhecimento dos efeitos econômicos e financeiros das variações dos custos da Parcela A e CVA, previstos no contrato de concessão de distribuição de energia elétrica, em conformidade com a Medida Provisória nº 2.227, de 4 de setembro de 2001, Portaria Interministerial nº 25 dos Ministérios de Estado da Fazenda e de Minas e Energia, de 24 de janeiro de 2002, Resoluções ANEEL nº 72, de 7 de fevereiro de 2002, e nº 90, de 18 de fevereiro de 2002. CVA A Portaria Interministerial n 116, de 4 de abril de 2003, alterou o prazo de repasse dos valores relacionados à CVA ao reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia elétrica. No caso da Elektro as variações ocorridas entre agosto de 2002 a julho de 2004, estão sendo repassadas nos 24 meses subseqüentes ao reajuste anual que ocorreu em agosto de 2004. Do saldo de CVA de R$ 97.337 mil, (R$ 72.053 mil no curto prazo e R$ 25.284 mil no longo prazo) reconhecido até 31 de março de 2005 o valor de R$ 100.777 mil está sendo recuperado desde o reajuste tarifário de 27 de agosto de 2004, sendo o saldo negativo remanescente de R$ 3.440 mil a ser devolvido a partir o próximo reajuste tarifário de 27 de agosto de 2005. Em decorrência do adiamento do repasse nas tarifas dos valores apurados com a aplicação do mecanismo de compensação da CVA, foi criado através da Medida Provisória nº 127, de 4 de agosto de 2003, o Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica, que autorizou, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, o financiamento dos valores da CVA não repassados às tarifas nos reajustes tarifários das Concessionárias. Os recursos deste financiamento foram liberados em 3 parcelas, corrigidos pela taxa Selic desde a data do último reajuste tarifário em 27 de agosto de 2003 e totalizou R$ 98.026 mil, conforme descrito na Medida Provisória nº 127, convertida na Lei nº 10.762 em 11 de novembro de 2003. 21 13/05/05 12:23

Em 14 de março de 2005, foi publicada a Resolução Normativa nº 153 que estabelece critérios e procedimentos para calculo e repasse, ás tarifas de fornecimento de energia elétrica, do Saldo da Conta de Compensação de Variação de Valores do Custo de Aquisição de Energia Elétrica conforme publicado na Portaria Interministerial nº 361, de 26 de novembro de 2004, que alterou a redação da Portaria Interministerial nº 025, de 24 de janeiro de 2002, incluindo na Conta de Compensação de Variações de Valores de Itens da Parcela A CVA as variações ocorridas entre os reajustes tarifários, do custo de aquisição de energia elétrica. A recomposição destas variações na tarifa, fica condicionada à celebração de aditivo ao Contrato de Concessão, o que deve ocorrer durante o ano de 2005. PARCELA A Em 29 de agosto de 2002, através da Resolução nº 482, a ANEEL homologou o valor da Parcela A no montante de R$ 58.910 mil, referente ao período de 1º de janeiro de 2001 a 25 de outubro de 2001. Deste valor, 90% (R$ 53.019 mil) foi financiado pelo BNDES, cuja liberação ocorreu em setembro de 2002. Em 31 de março de 2005, o montante da Parcela A, atualizado monetariamente pela Selic, totalizou R$ 108.120 mil. O início da amortização é estimado pela Sociedade para outubro de 2006, tendo o seu término previsto em outubro de 2007, através do mecanismo semelhante ao da RTE, em vigor desde 27 de dezembro de 2001. 10. RECOMPOSIÇÃO PIS/COFINS Em Conformidade com o Contrato de Concessão e o disposto no artigo 9º, parágrafo 3º da Lei n o. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 que assegura o direito à recomposição tarifária pelo aumento da carga tributária, a Elektro procedeu o reconhecimento, em dezembro de 2004(i) dos valores apurados em conseqüência da mudança do critério de tributação para não cumulatividade conforme Lei 10.637/02 do PIS a partir de dezembro de 2003, no montante de R$ 13.121 mil de principal e R$ 908 mil de atualização monetária e;(ii) Lei 10.833/03 do COFINS, a partir de fevereiro de 2004, no montante de R$ 44.607 mil de principal e de R$ 1.655 mil de atualização monetária. Esses valores estão contabilizados de acordo com o Ofício Circular nº 302/2005 SFF/ANEEL. Os valores reconhecidos estão pendentes de homologação e serão incorporados às tarifas, em prazo a ser definido pela ANEEL, entretanto, não superior a três anos, conforme definido no Ofício n o. 2237/2004- SFF/SER/ANEEL, de 17 de dezembro de 2004. 11. REPOSICIONAMENTO TARIFÁRIO A ANEEL, através da Resolução Homologatória nº 216, de 26 de agosto de 2004, revisou de forma definitiva, exceto com relação aos valores que deverão ser acrescidos, no reajuste tarifário de 27 de agosto de 2005, referente às adições e baixas dos bens e instalações ocorridas entre a data base do laudo de avaliação (março de 2003) e julho de 2003, o índice de reposicionamento tarifário de agosto de 2003 para 28,69%. A diferença entre o reposicionamento tarifário e o reajuste aplicado em agosto de 2003 (20,25%) está sendo considerada nos reajustes tarifários anuais aplicáveis de 27 de agosto de 2004 a 26 de agosto de 2007. O valor correspondente ao diferimento do reposicionamento tarifário está sendo reconhecido contabilmente como receita operacional da empresa, considerando o cálculo pró-rata dia para o período de 12 meses, desde 27 de agosto de 2003. A amortização deste ativo regulatório iniciou-se em 27 de agosto de 2004, conforme demonstrado abaixo: 22 13/05/05 12:23

12. OUTROS CRÉDITOS 23 13/05/05 12:23

13. PERMANENTE 13.1. Investimentos Terraco Investments Ltd. O investimento na Terraco Investments Ltd. (TIL), 100% controlada pela Elektro,é avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Não estão sendo apresentadas as Informações Trimestrais individuais da TIL e o consolidado daquela empresa com a Elektro, por não representar alteração relevante nas informações trimestrais da sociedade. Os principais valores do balanço patrimonial da controlada são os seguintes: As contas a receber de empresas ligadas referem-se a créditos em moedas estrangeiras, sem incidência de juros. As contas a pagar referem-se a empréstimos em moeda estrangeira, também sem incidência de juros. Em 15 de agosto de 2004, como parte do processo do Capítulo 11 do Plano de Reorganização da Enron, a Enron Development Funding Ltd (EDF) cedeu seus créditos detidos contra a TIL para a Prisma Energy International Inc.. Em março de 2005, a Prisma Energy International Inc., sucessora da Enron Development Funding Ltd. (EDF), concedeu a postergação do vencimento das parcelas vincendas entre março e dezembro de 2004 para março de 2006. A TIL, por sua vez, concedeu à ETB Energia Total do Brasil Ltda., Prisma Energy Investimentos Energéticos Ltda.(sucessora da Enron Investimentos EnergéticosLtda.) e EPC Empresa Paranaense Comercializadora Ltda., postergação de suas parcelas vincendas nas mesmas condições. 24 13/05/05 12:23

13.2 Imobilizado e Diferido (*) Taxa de 10% para os exercícios de 1999 a 2001 e taxa de amortização conforme curva de rentabilidade projetada para o período remanescente da concessão, conforme consta do Ofício ANEEL nº 393/2003-SFF/ANEEL de 20 de março de 2003 aplicadas desde janeiro de 2002. 25 13/05/05 12:23

Ágio pela Incorporação da Terraço Participações Ltda. O valor de R$ 1.274.205 mil, referente ao ágio pago na aquisição da Elektro pela Terraço Participações Ltda., incorporada pela Sociedade em 21 de dezembro de 1998, foi desdobrado em duas categorias: a primeira, referente à mais valia do ativo imobilizado no valor de R$ 147.218 mil, foi registrada no ativo imobilizado, e a segunda, referente à expectativa de rentabilidade futura no valor de R$ 1.126.987 mil, foi registrada originalmente no ativo diferido. O saldo relacionado à mais valia do imobilizado, resultante da incorporação da controladora Terraço Participações Ltda. é amortizado em 20 anos, pelo prazo médio de vida útil do imobilizado. O ágio contabilizado no ativo imobilizado, conforme reclassificação efetuada com a ANEEL e CVM, está fundamentado em expectativa de rentabilidade futura, está sendo amortizado de acordo com a expectativa de rentabilidade projetada para o período remanescente da concessão da Elektro, revisada pela ANEEL, conforme Ofício nº 2182 de 23 de dezembro de 2003, para o período de 1º de janeiro de 2002 até o período remanescente da concessão, ou seja, até o ano de 2028. Entre janeiro de 1999 e dezembro de 2001, o ágio foi amortizado a taxa de 10% a.a.. A taxa de amortização do ágio utilizada no exercício de 2005 é de 3,80520% a.a. e está em conformidade com o Ofício nº 2182 de 23 de dezembro de 2003 SFF/ANEEL, de 20 de março de 2003. 13.3 OBRIGAÇÕES ESPECIAIS As contribuições do consumidor representam recursos pagos à Sociedade pelos consumidores para cobertura dos custos de conexão à rede de energia. As doações e subvenções para investimentos estão relacionadas aos recebimentos pela Elektro de doações não vinculadas a qualquer retorno em favor do doador e de subvenções, ambas destinadas a investimentos no serviço público de energia elétrica. Eventuais compensações destas obrigações especiais dependem de futuras determinações do Poder Concedente. Tendo em vista a natureza destas obrigações, estas não devem ser consideradas como exigibilidade para fins de cálculo de índices econômico financeiros. Este saldo não se sujeita a qualquer tipo de atualização ou depreciação. 26 13/05/05 12:23

14. FORNECEDORES E SUPRIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Descrição R$ mil 31/03/2005 31/12/2004 Supridores de energia elétrica Supridores... 108.867 99.580 Encargos de serviço de sistem a - ESS... 2.000 2.000 Moeda nacional 110.867 101.580 Supridores - Furnas... 44.008 54.082 Variação Cam bial - Furnas... 483 (1.146) Moeda estrangeira 44.491 52.936 155.358 154.516 Fornecedores Materiais e serviços... 18.729 28.725 Moeda nacional 18.729 28.725 15. TRIBUTOS A RECOLHER 16. ENCARGOS DO CONSUMIDOR A quota de RGR é destinada à União, com a finalidade de prover recursos para reversão, encampação, expansão e melhorias dos serviços públicos de energia elétrica. Seu valor é representado por 2,5% aplicado sobre o ativo reversível, limitado a 3% da receita líquida. A quota de CCC é a parcela do rateio da conta de consumo dos combustíveis fósseis (carvão, óleo e gás) consumidos pelas usinas termelétricas dos sistemas interligados (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e isolados. A quota de CDE foi criada pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e homologada pela Resolução ANEEL nº 42, de 31 de janeiro de 2003, objetivando promover a competitividade da energia produzida a partir de fonte eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional, 27 13/05/05 12:23

nas áreas atendidas pelos sistemas elétricos interligados e também a universalização do serviço de energia elétrica em todo território nacional. Conforme Resolução ANEEL nº 71, de 7 de fevereiro de 2002, os encargos de capacidade emergencial estão sendo cobrados desde março de 2002 dos clientes finais, exceto os residenciais classificados como baixa renda, classe baixa tensão B1 e rural classe baixa tensão - B2 com consumo abaixo de 350 KWh/mês. Os valores arrecadados são repassados para a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial CBEE, e têm o objetivo de custear a disponibilidade das usinas térmicas participantes do programa emergencial, contratadas junto a CBEE. 17. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS Periodicamente, a Administração da Sociedade revisa os questionamentos judiciais e, baseada na opinião de seus assessores legais, identifica a necessidade de revisão dos valores provisionados, bem como casos que requeiram a constituição de novas provisões. Dada a dificuldade de classificação em relação ao prazo esperado de liquidação das contingências, conservadoramente a Sociedade as manteve classificadas no passivo circulante. As provisões refletem as perdas futuras prováveis e apresentam a seguinte composição: Cíveis, trabalhistas e desapropriações Para fazer frente à cobertura de processos cíveis, trabalhistas e de desapropriações decorrentes da atividade operacional da Elektro. Reajuste tarifário Para fazer frente a eventuais ações contra reajustes de tarifas de fornecimento de energia elétrica ocorridos durante períodos de congelamento de preços ocorridos em 1986. Fiscais PIS/COFINS Ampliação da base de cálculo Refere-se ao questionamento do direito de recolher o PIS/COFINS nos termos do que prevê a Lei Complementar 70/91, considerando a incidência somente sobre o faturamento, excetuando-se as receitas financeiras de qualquer natureza. Em 29 de setembro de 2004, a Sociedade tomou conhecimento da sentença desfavorável à Elektro, quanto ao questionamento do direito de recolher a COFINS nos termos que prevê a Lei Complementar 70/91. A Sociedade protocolou em 14 de outubro de 2004, Recurso Especial perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal (STF). 28 13/05/05 12:23

Em 18 de outubro de 2004, a Sociedade ajuizou medida cautelar perante o Tribunal Regional Federal (TRF) para assegurar efeito suspensivo aos referidos recursos. Em 10 de novembro de 2004, foi publicada no Diário Oficial do Estado, decisão favorável ao deferimento da Liminar concedendo a referida suspensão. Paralelamente, a Sociedade impetrou Mandado de Segurança com Pedido Liminar buscando o reconhecimento da não incidência da COFINS sobre as variações cambiais de receitas oriundas de operações financeiras, antes da liquidação destas últimas. Em 28 de outubro de 2004 a liminar foi obtida. Tendo em vista que há controvérsia e que a discussão não foi julgada em esfera superior, a Sociedade mantêm 100% dos valores provisionados. ICMS Refere-se à discussão sobre a definição da base de cálculo do ICMS sobre o fornecimento de energia nos termos dos contratos firmados pela Sociedade com seus Clientes do Grupo A, nos quais se garante a disponibilidade para o fornecimento de um certo volume de demanda, ainda que o nível contratado não venha a ser efetivamente fornecido (demanda contratada x demanda medida) Em 6 de dezembro de 2004 a Elektro recebeu Auto de Infração referente ao período de julho de 1998 a abril de 2004. O valor contabilizado em 31 de março de 2005 é de R$ 29.678 mil, sendo R$ 19.939 mil de principal e R$ 9.739 mil de variação monetária. A Sociedade, ademais, protocolou Recurso Administrativo na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, em 11 de janeiro de 2005, contestando os termos da referida autuação. 18. OUTROS PASSIVOS CIRCULANTES Descrição R$ mil 31/03/2005 31/12/2004 Cons um idores -contas recebidas a m aior... 2.615 889 Fundação CESP... 3.426 4.031 Taxa de fis calização - ANEEL... 370 370 Provisão para tarifa bancária... 1.190 1.060 Adiantam entos em obras de clientes... 4 587 Financiadora de Estudos e Projetos - Finep... 385 386 Repasse do seguro residencial... 1.045 600 Entidades Seguradoras... - 373 Repasse de contribuição de serviço de ilum. pública... 3.072 2.733 ISS - Prefeituras diversas... 266 302 Outros... 1.154 475 Total... 13.527 11.806 29 13/05/05 12:23

19. DEBÊNTURES 1ª Emissão Aprovadas conforme deliberações das Assembléias Gerais Extraordinárias realizadas, respectivamente, em 30 de março e 12 de setembro de 2000, e pela Comissão de Valores Mobiliários, em 3 de outubro de 2000, sendo registrada sob o nº CVM/SER/DEB-2000/026. As características gerais da emissão são as seguintes: Tipo: debêntures simples, escriturais, não conversíveis para distribuição pública Valor: R$ 62.500.000,00 Valor nominal: R$ 10.000,00 por debênture Série: Única Quantidade: 6.250 debêntures Remuneração: IGP-DI + 11,4% a.a. Pagamento dos juros: anualmente Amortização do principal: pagamento ao final de 5 anos, em 10 de maio de 2005 Garantia: flutuante sobre os ativos totais da Sociedade, excluindo-se os ativos já vinculados a empréstimos. Em 13 de dezembro de 2000, foram subscritas 1.200 debêntures, cujo valor do principal em 31 de março de 2005 é de R$ 22.089 mil (R$ 21.876 mil em 31 de dezembro de 2004) registrado no passivo circulante. Os juros proporcionais incorridos em 31 de março de 2005 no valor de R$ 2.261 mil (R$ 1.597 mil em 31 de dezembro de 2004), estão registrados no passivo circulante, em função do vencimento contratual. Em 31 de março de 2005, o saldo de 5.050 debêntures permanece em tesouraria. 20. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (*) Repasses efetuados por instituições financeiras, agentes do BNDES. (**) Empréstimo Emergencial do BNDES referente a 90% dos valores das perdas de receita decorrentes do racionamento de energia (vide nota 8) e dos itens da Parcela A (vide nota 9). A parcela referente ao racionamento foi integralmente quitada em fevereiro/05. (***) Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica do BNDES. 30 13/05/05 12:23