A formação inicial e continuada de professores de crianças pequenas



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A formação inicial e continuada de professores de crianças pequenas Linha de Pesquisa: LINHA DE PESQUISA E DE INTERVENÇÃO METODOLOGIAS DA APRENDIZAGEM E PRÁTICAS DE ENSINO (LIMAPE) Área de Concentração: GESTÃO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS DESCRIÇÃO Entende-se que o professor de Educação Infantil tem um papel primordial junto à criança pequena e que, dependendo da sua atitude, o processo de aprendizagem ocorrerá de maneira significativa e prazerosa ou não. Em razão disso, esta proposta de pesquisa tem por objetivos identificar, no currículo do curso de Pedagogia, quais disciplinas abordam o papel da dimensão afetiva na relação professor/aluno e verificar como esta dimensão é discutida na formação inicial e continuada dos docentes. O universo da pesquisa será uma universidade privada localizada na zona oeste da cidade de São Paulo e duas escolas públicas, sendo uma da rede municipal e outra da rede estadual localizadas no mesmo município. Os sujeitos serão 10 alunos que cursam o último semestre do curso de Pedagogia e 10 professoras que lecionam há mais de cinco anos nesse nível de ensino. A metodologia utilizada será de cunho qualitativo e adotará como procedimento entrevistas semiestruturadas e observação. A pesquisa será fundamentada em autores que concebem a dimensão afetiva como fundante no processo de aprendizagem, tais como: Wallon (1975, 1995); Vygotsky (1998, 2001) e Freire (2003, 2004). Palavras-chave: relação professor/aluno, processo de aprendizagem, Educação Infantil, formação inicial e continuada de professores.

1. Problemática 2. Atualmente, a maioria das mães brasileiras necessita contar com as escolas de Educação Infantil para que possam trabalhar. Trata-se não somente para alavancar a carreira profissional, como também para auxiliar na renda familiar, sendo que, o segundo motivo, é o que prepondera. Além disso, muitas delas são as únicas provedoras tanto financeira quanto emocionalmente, pois não contam com a ajuda do pai da criança para auxiliar nesses aspectos. Em função disso, a criança passa a maior parte do tempo na escola e, por isso, esse espaço torna-se extensão do lar na qual ela aprenderá regras, valores, além de realizar outras atividades. O carinho e a atenção disponibilizados pela família (quando o são) devem continuar na escola. Os primeiros dias de uma criança na escola de Educação Infantil exigem que ela se adapte a situações novas que são totalmente diferentes daquelas encontradas em casa. Normalmente, no lar, elas convivem com poucas pessoas com as quais já estabeleceu um vínculo afetivo e têm um espaço no qual encontra seus pertences podendo explorá-los da forma que melhor lhe convier, pois, assim fora determinado pelos pais. Na escola, além de conviver com outras crianças e com vários profissionais, elas têm de se adaptar ao novo ambiente, aos brinquedos diferentes, às regras, à rotina. Tudo é novo para uma criança tão pequenina. Todas essas novidades podem ser enfrentadas de uma maneira prazerosa quando há a companhia de pessoas próximas a ela, porém longe delas, os pequenos podem sentir-se desamparados, sozinhos e com medo. Nessa nova etapa da vida da criança, o professor de Educação Infantil tem um papel primordial. Cabe a ele estabelecer vínculo, mostrando à criança que ela pode confiar nele e contar com sua presença para ampará-la nos momentos que necessitar. Muitas crianças começam a frequentar a escola por volta de 5 meses de vida, assim que termina a licença maternidade da mãe. O professor assume, nesse momento, o papel que cabia à figura materna, não como substituta desta, mas como promotor de ampliação e suplementação de um papel que apenas a mãe desempenha. As crianças pequenas necessitam em um momento ou em outro da assistência materna, por isso, o professor precisa agir fornecendo esses

cuidados. Diante disso pergunta-se: Como os professores que atuam na Educação Infantil suprem as necessidades emocionais dos pequenos? Eles têm consciência do importante papel que lhes cabe no desenvolvimento emocional e, consequentemente, cognitivo da criança de 0 a 5 anos? As disciplinas estudadas no decorrer do curso de Pedagogia abordam a dimensão afetiva? Os responsáveis pela formação continuada ocorrida nos horários de ATPC e JEIF discutem esta dimensão? As escolas, nas figuras de seus gestores, podem oferecer cursos de educação continuada e/ou palestras para os profissionais, além de espaços de discussão sobre as dificuldades que encontram no cotidiano, principalmente na ATPC e JEIF. Discutir as necessidades formativas dos docentes também é papel dos gestores. O professor necessita ser ouvido e atendido em suas necessidades. Quando percebe que a dificuldade que encontra no cotidiano escolar vai ao encontro das necessidades dos colegas há um grande alívio, pois o professor entende que não está sozinho na situação. As trocas que ocorrem em espaços fora da sala de aula são fundamentais para o crescimento profissional e pessoal. 3. Objetivos e metas Esta proposta de pesquisa segue nesse viés e busca atingir os seguintes objetivos: - Identificar, no currículo do curso de Pedagogia, quais disciplinas abordam o papel da dimensão afetiva na relação professor/aluno. - Verificar como esta dimensão é discutida na formação inicial dos docentes. - Observar a atitude do professor de Educação Infantil diante da criança de 0 a 5 anos. - Analisar como tal atitude interfere no processo de aprendizagem da criança pequena. - Verificar se as escolas de Educação Infantil promovem formação continuada nos horários de ATPC e JEIF e se discutem as necessidades da criança pequena.

4. Metodologia A abordagem metodológica desta proposta de pesquisa será de cunho qualitativo. Optou-se por esta abordagem, pois ela envolve o levantamento de dados obtidos no contato direto do pesquisador com a realidade estudada, enfatizando mais o processo do que o produto. Como recurso procedimental utilizar-se-á entrevistas semiestruturadas com 10 alunos que cursam o 6º semestre do curso de Pedagogia em uma universidade privada da zona oeste da cidade de São Paulo. BIBLIOGRAFIA AGUIAR, M. A. da S; BRZEZINSKI, I.; FREITAS, H. C. L.; SILVA, M. P.; PINO, I. R. Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da educação. In. Educação e Sociedade. Campinas, vol.27, n.96- Especial, p.819-842, out.2006. ALMEIDA, L. R. O relacionamento interpessoal na coordenação pedagógica In: ALMEIDA, L. R.; PLACCO, V. M. N. S. (orgs). O coordenador pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo: Loyola, 2003. ALMEIDA. A. R. S. A emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.. A dimensão relacional no processo de formação docente In: BRUNO, E. B. ALMEIDA, L. R.; CRISTOV, L. H. S. O coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: Loyola, 2004. BRZEZINSKI, I. Políticas contemporâneas de formação de professores para os anos iniciais do ensino fundamental. In Educação e Sociedade. Campinas, vol.29, n.105, p.1139-1166, set/dez, 2008. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. COLOMBO, F.A. As dimensões afetivas nas atividades de ensino em classes de alfabetização In: LEITE, S. A. S. Afetividade e práticas pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. DANTAS, H. Afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In La Taille, Y. De; Dantas, H; Oliveira, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Editorial, 1992,

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