PROGRAMA ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório Agrupamento de Escolas de Lousada Este Julho 2018
Introdução A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), no âmbito das atividades que desenvolve, tem vindo a implementar metodologias de trabalho que fomentam a intervenção dos elementos da comunidade escolar na conceção e implementação de medidas que visam a melhoria do desempenho da escola e o consequente sucesso educativo das crianças e jovens que a frequentam. A atividade Acompanhamento da Ação Educativa, inscrita nos sucessivos Planos de Atividades da IGEC, desde 2013, decorre das suas atribuições, especialmente as consignadas na alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º 15/2012 de 27 de janeiro e desenvolve-se no respeito pela autonomia das escolas consignada no n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril. Tem como objetivo promover nas escolas uma atuação estratégica para a resolução das suas dificuldades, a reflexão sobre as práticas pedagógicas e o trabalho colaborativo entre os docentes, tendo em vista o alcance de soluções pedagógicas e didáticas que contribuam para a qualidade das aprendizagens. A atividade toma por referência algumas das ações/medidas de melhoria concebidas pelas escolas na sequência da avaliação externa e dos seus processos de autoavaliação (planos de melhoria), bem como as medidas contempladas noutros documentos orientadores, tais como os planos de ação estratégica, concebidos no âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, ou os planos plurianuais de melhoria, no caso das escolas que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. Consagra, como metodologia de trabalho com as escolas, um acompanhamento regular, em momentos diferentes, ao longo do ano letivo, relativamente às estratégias por estas implementadas, com especial enfoque nos mecanismos internos de coordenação e supervisão pedagógica do trabalho docente. Com esta atividade pretende-se: 1) Conhecer as áreas de intervenção que a escola elegeu como prioritárias; 2) Acompanhar e aprofundar ações/medidas de melhoria identificadas pela escola e explicitadas nos seus documentos orientadores, tendo em vista a superação das fragilidades diagnosticadas; 3) Suscitar a reflexão sobre o rigor objetividade, pertinência, adequação, credibilidade, exequibilidade e a eficácia das ações/medidas de melhoria privilegiadas; 4) Induzir a monitorização da execução e dos resultados das ações/medidas de melhoria implementadas; 1
5) Conhecer e questionar as práticas de coordenação e supervisão implementadas, promovendo o trabalho colaborativo, no âmbito da gestão do currículo; 6) Incentivar a implementação de estratégias sustentadas na regular supervisão do trabalho dos docentes por parte dos coordenadores de departamento. Este relatório deve ser objeto de debate por toda a comunidade escolar. Código DGAE: 151464 Identificação das escolas/agrupamentos ATI: Designação: Escola-Sede: Localidade: Concelho: Distrito Norte Agrupamento de Escolas de Lousada Este Escola Básica de Lousada Este Caíde de Rei Lousada Porto Telefone: 255821020 E-mail institucional: direcao@eb23caiderei.pt Intervenções Início Fim 1.ª 29.01.2018 31.01.2018 2.ª 09.04.2018 11.04.2018 3.ª 10.07.2018 12.07.2018 2
1 Identificação das principais fragilidades da escola: Os resultados escolares dos alunos, designadamente nos primeiros anos de escolaridade do ensino básico, nos domínios da oralidade e da leitura; As práticas de articulação horizontal e vertical de conteúdos curriculares; A supervisão da prática letiva, em contexto de sala de aula, enquanto processo de desenvolvimento profissional docente e das aprendizagens dos alunos. 2 Áreas de intervenção objeto de acompanhamento por parte da IGEC, conforme estipulado no Programa de Acompanhamento: Acompanhamento do trabalho dos docentes; Planeamento do ensino e das aprendizagens; Reflexão sobre os resultados escolares dos alunos. A APRECIAÇÃO FINAL DAS AÇÕES Área de intervenção: Acompanhamento do trabalho dos docentes Ação n.1: Partilha de boas práticas em sala de aula Melhorias conseguidas: A auscultação dos alunos sobre as práticas letivas em contexto de sala de aula; A maior sensibilização dos docentes para a partilha e troca de experiências sobre as metodologias e estratégias utilizadas na prática letiva; O recurso a plataformas eletrónicas para recolha e partilha de informação. Oportunidades de melhoria: O enfoque dos inquéritos de satisfação aos alunos nos seus interesses, aptidões e expectativas; O maior envolvimento das estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica na implementação da medida; O alargamento da partilha de boas práticas em contexto de sala de aula a todos os docentes do Agrupamento, enquanto vetor de desenvolvimento profissional; 3
A reflexão sobre a grelha e/ou guião de observação de aulas, em ordem a identificar, objetivamente, práticas pedagógicas de qualidade e sua disseminação. Constrangimentos ao desenvolvimento da atividade: A ausência de tempos comuns que promovam o trabalho colaborativo. Área de intervenção: Planeamento do ensino e das aprendizagens Ação n.º 2: Articulação curricular no 1.º e 2.º ciclo na área da matemática Melhorias conseguidas: A participação no Fórum de discussão, em plataforma eletrónica, para reflexão e debate das tarefas apresentadas pelos docentes e das estratégias utilizadas pelos alunos na resolução dos problemas; A realização de um diagnóstico mais rigoroso sobre as dificuldades específicas dos alunos e a consequente procura de soluções didático-pedagógicas adequadas; O tratamento e a divulgação dos resultados dos alunos, a partir da resolução dos problemas quinzenais propostos no âmbito da medida. Oportunidades de melhoria: O aprofundamento da discussão em torno dos motivos inerentes às dificuldades apresentadas pelos alunos na resolução de problemas, de forma a compreender as estratégias implementadas pelos docentes; A gestão curricular mais integrada, a partir da planificação e implementação de atividades/estratégias entre docentes de diferentes níveis e ciclos de ensino; O aperfeiçoamento dos mecanismos/processos de monitorização que possibilitem o acompanhamento e avaliação regulares dos processos e dos resultados. Constrangimentos ao desenvolvimento da atividade: A ausência de tempos comuns nos horários que facilitem o trabalho colaborativo. Área de intervenção: Reflexão sobre os resultados escolares dos alunos Ação n.º 3: Domínio da oralidade Melhorias conseguidas: A construção de descritores de desempenho que facilitam o acompanhamento e avaliação do trabalho realizado; A atuação mais preventiva baseada na análise da informação REPA e RIPA; A internalização da importância do planeamento estratégico, como condição mobilizadora de resposta atempada às dificuldades dos alunos; 4
A maior motivação dos alunos, materializada na predisposição para a leitura, no aumento de requisições de livros e na realização dos trabalhos, com repercussão na qualidade das aprendizagens. Oportunidades de melhoria: O maior envolvimento das estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica, designadamente na definição das atividades a desenvolver e na construção dos descritores de desempenho; A maior integração curricular, a partir de um trabalho cooperativo mais sistemático entre docentes de níveis e ciclos de ensino diferentes. Constrangimentos ao desenvolvimento da atividade: A ausência de tempos comuns condicionante da implementação da medida. B- APRECIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO Grau de consecução das ações. Globalmente, as metas previamente definidas foram alcançadas, concorrendo para uma atuação estratégica por parte dos docentes envolvidos nas ações de melhoria delineadas; As atividades desenvolvidas responderam, genericamente, aos objetivos enquadradores, obedeceram à calendarização previamente definida e contribuíram para resolver as dificuldades diagnosticadas. No entanto, configurase necessário que os docentes utilizem as atividades como estratégia exploratória de conexões disciplinares e transdisciplinares; Os instrumentos de monitorização criados com o intuito de avaliar e acompanhar as ações mostraram-se úteis, na medida em que permitiram fazer alguns reajustamentos. Contudo, é necessário continuar a refletir o seu aperfeiçoamento visando aferir, regularmente, a concretização das ações/medidas de melhoria e a consecução das metas definidas. 1. Ganhos ao nível das áreas de intervenção objeto de acompanhamento. Atendendo às áreas de intervenção selecionadas (Acompanhamento do trabalho dos docentes, Planeamento do ensino e das aprendizagens e Reflexão sobre os resultados escolares), infere-se o seguinte: A maior proximidade entre os docentes dos diferentes níveis e ciclos de ensino, promovendo o trabalho colaborativo e uma gestão curricular mais integrada; A partilha de estratégias e de recursos pedagógicos, designadamente através da utilização de meios tecnológicos; O impacto na qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares, como consequência de um planeamento estratégico; O reconhecimento, por parte dos docentes, da pertinência e da utilidade da 5
monitorização regular dos processos e dos resultados; A auscultação dos alunos sobre as práticas utilizadas pelos docentes em contexto de sala de aula. 2. Práticas pedagógicas inovadoras, em contexto de sala de aula, com impacto nas aprendizagens. Não se evidenciaram práticas pedagógicas inovadoras em contexto de sala de aula. 3. Compromisso da escola para dar continuidade e/ou aprofundar o trabalho já realizado. Criar condições organizativas facilitadoras do trabalho colaborativo; Integrar as medidas de promoção do sucesso educativo num plano global de ação estratégica do Agrupamento, em resultado do processo de autoavaliação; Envolver as estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica, tendo em vista o alcance de soluções pedagógicas e didáticas que contribuam para a qualidade das aprendizagens e melhoria dos resultados. Data: 13.07.2018 A Equipa Inspetiva: João Morais Monteiro e Maria Manuela Alves Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte Maria Madalena Moreira 2018-08-06 Homologo. O Inspetor-Geral da Educação e Ciência Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79, Série II, de 22 de abril de 2016 6