Webinar o Nutricionista Dr. Dan Undersander PhD / Professor Universidade de Wisconsin - Madison Silagem de milho: da colheita ao silo. O que eu preciso saber para produzir o máximo de leite com minha silagem. Foco em seleção de híbridos, processamento e armazenamento. Marcelo Hentz Ramos PhD / Diretor 3rlab. Foi realizado mais um Webinar (palestra online) no dia 13 de maio as 19:00 em cooperação com EUA, Brasil e Argentina. Dr. Undersander, um dos maiores especialistas em produção de silagem de milho de alta qualidade, discutiu pontos que afetam produção de matéria seca e qualidade da silagem de milho. Doutor Undersander deixou claro: - práticas agronômicas afetam principalmente produção. - os maiores impactantes da qualidade da silagem de milho são: maturidade ao corte, práticas de colheita (processamento e altura de corte) e gestão do armazenamento. De extrema importância tanto para produção de matéria seca (quantidade) como para produção de leite por tonelada de matéria seca (qualidade, Milk2006) é a seleção do híbrido. Híbridos podem gerar diferenças de até 10.000 litros de leite por hectare,
comenta Dr. Undersander, de acordo com dados apresentados durante o Webinar. Outro ponto de extrema importância discutido no Webinar foi a população de plantas por hectare. O saco de semente de milho americano normalmente contém 80.000 sementes enquanto o saco de semente brasileiro normalmente contem 60.000 sementes. De acordo com vários experimentos realizados nos EUA, produção de matéria seca responde linearmente até 100.000 plantas por hectare. Certamente um aumento de sementes por hectare no Brasil pode resultar em aumento de matéria seca sem prejudicar qualidade, comentou Dr. Undersander. Altura do corte da planta para silagem tem impacto na qualidade e na produção de matéria seca por hectare. Comparando alturas de corte de 15, 30 e 45 cm, concluímos que o corte mais alto (45 cm) resulta em um material com maior qualidade, entretanto, a penalização na produção de matéria seca é tão grande que não recomendamos esta prática, comentou Dr. Undersander. Durante o Webinar foram realizadas quatro perguntas para entender um pouco mais sobre práticas recomendadas pelos nutricionistas americanos, brasileiros e argentinos. A primeira pergunta foi em relação ao ponto de início de corte da planta para fazer silagem (figura 1). Brasileiros ainda demonstraram dois perfis distintos: os que ainda confiam friamente na linha do leite e
os que não possuem opção e cortam a planta quando a máquina esta por perto. Já americanos amostram a roça e mede a matéria seca da planta toda, o que é o recomendado. Argentinos ainda confiam no olho e experiência para determinar o ponto de corte da planta. Dr. Undersander precisamos observar a linha do leite com um ponto de início do monitoramento. Assim que estiver em 2/3 da linha do leite, precisamos amostrar algumas plantas e medir a matéria seca. Entendemos que a planta seca em torno de 0,5 unidades percentual por dia. Com estas informações podemos prever quando iniciaremos o processo de corte. Se você possui máquina de somente 1 linha sem processador de grão, não colha com matéria seca mais baixa (recomendamos entre 30 e 35%) e sim diminuía o tamanho de corte para que a máquina danifique o grão. Grão inteiro não será utilizado pelo animal. Com relação a compra de semente para silagem (figura 2), argentinos ainda preferem as sementes mais baratas. Americanos procuram experimentos locais e compram entre os 2-3 melhores híbridos. Brasileiros ainda focam em maior produção de matéria seca e grãos por hectare. A pergunta relacionada ao processamento da silagem (figura 3) resultou em clara afirmação de que argentinos não processam grãos, americanos pagam bônus para prestadores de serviço que produzem silagem com grão processado (KPS) e brasileiros ainda focam em velocidade na colheita com uma pequena porcentagem entendendo a importância do processamento do grão.
A última pergunta deixou Dr. Undersander um pouco assustado (figura 4). Grande parte da audiência ainda acredita que os tratores utilizados na compactação são pesados, a extensão nos 3 países precisa ajudar o produtor a entender que esta afirmação não esta correta. Grande parte do custo de produção da silagem, se não for o maior custo, é com perdas durante o processo de ensilagem. No próximo Webinar iremos discutir um ponto de extrema importância na fazenda leiteira: a diferença entre a dieta formulada e a dieta na frente da vaca. Quando esta diferença é pequena, fazendas são capazes de aplicar nutrição de precisão e o retorno financeiro é impressionante. Próximo Webinar Será dia 10 de junho as 19:00 com Dr. Noelia Da Silva PhD Universidade da Califórnia : Pontos de checagem na fazenda com o objetivo de minimizar a diferença entre a dieta formulada e a dieta oferecida no cocho. Mais informações: www.3rlab.com.br
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Eu olho para roça e sei o ponto de corte, tenho experiência Faço amostragem da roça e matéria seca da planta toda Olho grão e tenho meta de 2/3 a 1/2 da linha do leite Sigo recomendação da empresa de semente Corto quando a máquina esta na região Brasil EUA Argentina Figura 1 Como determinamos o início do corte da planta para silagem. Preto nutricionistas brasileiros, Vermelho Nutricionistas americanos e Cinza nutricionistas Argentinos.
100 90 80 70 60 50 40 30 Brasil EUA 20 10 Argentina 0 Preço, quanto mais barato melhor Experimentos regionais, melhores 2-3 hibridos para leite Híbridos com maior produção de grão/hectare Híbrido com maior janela de corte Híbridos com maior produção de MS/hectare Figura 2 Como determinamos a compra da semente para silagem. Preto nutricionistas brasileiros, Vermelho Nutricionistas americanos e Cinza nutricionistas Argentinos.
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Não processamos, processo lento e caro Pagamos extra para processamento (maior KPS) Máquina somente de uma linha sem processamento de grãos Pago extra para maior KPS e deixamos mais tempo no silo Focamos em velocidade não em qualidade Brasil EUA Argentina Figura 3 Processamento do grão da silagem de milho. Preto nutricionistas brasileiros, Vermelho Nutricionistas americanos e Cinza nutricionistas Argentinos.
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Utilizo planilha da UW para cálculo de densidade Número de carretas, peso e volume do silo, me da densidade Utilizamos tratores pesados, densidade é ok Se é difícil amostrar pós abertura silo esta ok Silo acaba tão rápido que não focamos em densidade Brasil EUA Argentina Figura 4 Densidade do silo. Preto nutricionistas brasileiros, Vermelho Nutricionistas americanos e Cinza nutricionistas Argentinos.