VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA CELULAR NA SALA DE AULA, UM ALIADO NA PRÁTICA DE GEOMETRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Documentos relacionados
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA

Plano de Recuperação 1º Semestre EF2

Aula 33.1 Conteúdo: Ângulos: conceito e classificação dos ângulos; Relação entre ângulos FORTALECENDO SABERES CONTEÚDO E HABILIDADES

Semelhança de Polígonos

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DA MATEMÁTICA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO LIETH MARIA MAZIERO

Que tal estudar geometria dinâmica?

CONHECENDO E EXPLORANDO O GEOGEBRA

PLANO DE AULA Autora: Descritor: Série: Número de aulas previstas: Conteúdos: Objetivos:

Conceitos básicos de Geometria:

Geometria Dinâmica e a lei dos cossenos Marcus Alexandre Nunes e Maria Alice Gravina (publicado na Revista do Professor de Matemática, No.

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ/SEEDUC-RJ

O USO DE NOVAS FERRAMENTAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FELIPE RODRIGUES DE LIMA BARAÚNA/PB.

UTILIZANDO O SOFTWARE GEOGEBRA NO ENSINO DE CONTEÚDOS MATEMÁTICOS NA FORMAÇÃO INICIAL: POSIÇÕES RELATIVAS DAS RETAS

Resolução Analógica de Problemas Geométricos

POTENCIALIDADES DO SOFTWARE GEOGEBRA NO ENSINO E APRENDIZAGM DE TRIGONOMETRIA

VIABILIDADE E ACEITAÇÃO DO SOFTWARE GEOGEBRA COMO RECURSO DIDÁTICO NAS AULAS DO ENSINO MÉDIO DE MATEMÁTICA

INOVANDO O CURRÍCULO DE MATEMÁTICA ATRAVÉS DA INCORPORAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - GeoGebra Pâmela da Rosa 1

Tema da atividade: Teorema de Tales

Figura 1 Sala de aula Fonte: Microsoft Office

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA

ÂNGULOS. Dados dois pontos distintos, a reunião do conjunto desses dois pontos com o conjunto dos pontos que estão entre eles é o segmento de reta.

A1R. Matemática - Linhas e ângulos. Matemática - Linhas e ângulos. 1. Define os conceitos de: Reta. Semirreta. Segmento de reta.

LISTA DE EXERCÍCIOS MAT GEOMETRIA E DESENHO GEOMÉTRICO I

Revisional 1º Bim - MARCELO

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA

DESENHO. 1º Bimestre. AULA 1 Instrumentos de Desenho e Conceitos Básicos de Construções Geométricas Professor Luciano Nóbrega

CURSO DE CAPACITAÇÃO O USO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS E AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DOS DOCENTES NA REDE MUNICIPAL DE GURUPI TO

Curso: Engenharia Disciplina: Desenho Técnico Prof.ª Me. Aline Ribeiro CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS 1. DESENHO GEOMÉTRICO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

O GEOGEBRA E OS CASOS DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS

O origami no ensino da Matemática

FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ/ CONSÓRCIO CEDERJ. Matemática 3º Ano 3º Bimestre 2014 Plano de Trabalho

RELATÓRIO Data: 18/08/2016 e 19/08/2016. Apresentar o software GeoGebra 3D e suas potencialidades aos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio

A GEOMETRIA PLANA E O SOFTWARE GEOGEBRA: AS POSSIBILIDADES DE ELABORAÇÃO DOS CONCEITOS RELACIONADOS AOS QUADRILÁTEROS

Plano de Recuperação Final EF2

Professor-cursista: Nilda de Oliveira Campos Atividade 4.6 Reelaborar o plano de aula da atividade 4.5

Equilátero Isósceles Escaleno

PD15 Geogebra Uma visita aos programas de Matemática dos 2 e 3ºciclos RELATÓRIO. Formanda: Maria Amélia de Jesus Mendes Coelho

MATEMÁTICA DINÂMICA NA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA OBMEP

Vamos dividir quadrados ao meio

O GEOGEBRA COMO FERRAMENTA DE SUPORTE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM ENVOLVENDO CONCEITOS E CÁLCULOS DE ARÉA DE FIGURAS PLANAS

A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE GEOGEBRA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

OFICINA: DESCOBRINDO A BELEZA EXISTENTE NOS TRIÂNGULOS

ALGUMAS PRÁTICAS PARA ENSINAR GEOMETRIA COM O GEOGEBRA. Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Matemática. Tecnologias. GeoGebra.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CAMPUS ALEGRETE PIBID

GEOMETRIA MOMENTO 03

O que aprendi neste capítulo 3 POLÍGONOS: TRIÂNGULOS E PARALELOGRAMOS

1 Adaptado pelo GRUPO MDMAT-UFRGS (

Plano de Recuperação 1º Semestre EF2

UMA AULA DE DESENHO GEOMÉTRICO COM O GEOGEBRA

Matemática - Geometria Caderno 1: Ângulos triédricos

Ampliações e Reduções no dia a dia. 15 a 20 min. Semelhança entre Triângulos. 15 a 20 min. Problemas Semelhantes 25 a 35 min

SEQUENCIA DIDÁTICA. Aula 1: Momento introdutório Duração: 1 hora aula Material necessário: lanterna e diferentes objetos tridimensionais.

Prova Brasil de Matemática - 9º ano: espaço e forma

Atividade com TANGRAM

PLANEJAMENTO ANUAL 2014

Olimpíada Mineira de Matemática 2008

Teorema do ângulo externo e sua consequencias

Palavras-chave: Ensino Fundamental, Calculadora, Atividades Didáticas.

Desafio de Geometria Marina Cancio Rodrigues Orientadora: Edna Maura Zuffi Universidade de São Paulo São Carlos PIBID - Capes

JOGOS E TECNOLOGIAS QUE AUXILIAM NO ENSINO DA MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO

PIBID DE MATEMÁTICA EM ARRAIAS (TO) UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE. Professor: João Carmo

AULA 3 Atividade 06 Atividade 07 Atividade Complementar 8: Triângulos e seus ângulos internos

O que é triângulo (*) (*) Extraído do livro: Vencendo com a matemática; Miguel Asis Name, Editora Brasil

1. Quantos são os planos determinados por 4 pontos não coplanares?justifique.

Tarefa 2 - Remodelada

FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CERCIERJ CONSÓRCIO CEDERJ MATEMÁTICA 1 ANO - 4 BIMESTRE PLANO DE TRABALHO

A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE GEOGEBRA NA OBTENÇÃO DE MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES SUJEITO Á RESTRIÇÕES Educação Matemática no Ensino Superior GT 12 RESUMO

MATEMÁTICA ATRAENTE: A APLICAÇÃO DE JOGOS COMO INSTRUMENTO DO PIBID NA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO SEMESTRAL MATEMÁTICA 7º ANO. Nome: Nº - Série/Ano. Data: / / Professor(a): Eloy/Marcello/Renan

Axiomas de Incidência Axiomas de Ordem Axiomas de Congruência Axioma das paralelas Axiomas de Continuidade

TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA

um saquinho com rebuçados e gomas. Se ela colocar em cada saquinho 5 rebuçados e 3 gomas, quantas guloseimas ela vai precisar?

Compreende, concebe e aplica estratégias de resolução de problemas e avalia a adequação dos resultados obtidos.

POSSIBILIDADES NA CONVERSÃO ENTRE REGISTROS DE GEOMETRIA PLANA Produto da dissertação Sequência Didática

ÂNGULOS O ENSINO DE GEOMETRIA

Triângulos e quadriláteros - o triângulo, formado por três segmentos (3 lados); - o quadrilátero, formado por quatro segmentos (4 lados).

14 a ORMUB/2006 OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PROVA PARA OS ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO NOME: ESCOLA: CIDADE:

Nome: Nº: Disciplina: Matemática. Professor: Sandro Dias Martins CONTEÚDO DE MATEMÁTICA (ÂNGULOS)

Polígonos. Disciplina: Matemática Aplicada Prof. Filipe Arantes Fernandes

GABARITO DA BATERÍA DE EXERCÍCIOS DE DESENHO GEOMÉTRICO - 7o ANO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP ROSANA PERLETO DOS SANTOS

CADERNO DE ATIVIDADES DE GEOMETRIA PLANA DESENHO GEOMÉTRICO. Aluno: nº: turma: Disciplina: Profº: data: Disciplina: Matemática QUESTIONÁRIO

POSSIBILIDADES DO USO DO GEOGEBRA NAS AULAS DE GEOMETRIA DO ENSINO FUNDAMENTAL II

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE MATEMÁTICA (1º SEMESTRE) 7º ANO. Nome: Nº - Série/Ano. Data: / / Professor(a): Marcello, Eloy e Décio.

O USO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS E DA TECNOLOGIA NA PREPARAÇÃO DE ALUNOS PARA A OBMEP

PLANO DE AULA. Assunto: Introdução à Geometria Espacial. Tema: Conceitos primitivos de Geometria Espacial

O USO DE TECNOLOGIAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VARGINHA/MG

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ/SEEDUC-RJ COLÉGIO ESTADUAL DOM JOÃO VI

EMEF PROFESSORA MARIA MARGARIDA ZAMBON BENINI PIBID. Plano de aula 4 Abril de Ângulos

Márcio Dinis do Nascimento de Jesus

DISCIPLINA SÉRIE CAMPO CONCEITO

Avaliação 1 Solução Geometria Espacial MAT 050

Formação Continuada em Matemática. Matemática 3º ano - 3º Bimestre / Plano de Trabalho 2. Geometria Analítica

Resoluções das atividades

Introdução à Geometria Espacial

CM127 - Lista Mostre que os pontos médios de um triângulo isósceles formam um triângulo também isósceles.

APÊNDICE D SEQUÊNCIA DIDÁTICA

ENSINO Caneta de quadro branco, quadro branco.

Transcrição:

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA ULBRA Canoas Rio Grande do Sul Brasil. 04, 05, 06 e 07 de outubro de 2017 Minicurso CELULAR NA SALA DE AULA, UM ALIADO NA PRÁTICA DE GEOMETRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL Michele Moscardini Lopes 1 Educação Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental Resumo: O celular é cada vez mais utilizado por todas as pessoas, além do seu objetivo básico de comunicação, associado a tantas outras funções agregadas aos aparelhos atuais. Para os jovens, é status social, um eletrônico indispensável para interagir socialmente, se conectar, jogar, pesquisar, etc. Esse uso contínuo e constante pelos adolescentes está se tornando um grande desafio para os ambientes escolares. Na escola, esses aparelhos interferem na concentração dos alunos, dedicação e rendimento. Para a saúde, esses aparelhos podem causar danos à saúde incluindo a dependência. Apesar de tantos pontos negativos, e uma imagem ruim por todos, o celular pode trazer benefícios ao ambiente escolar. Na escola, por exemplo, o celular poderia ser um recurso tecnológico que auxilia no aspecto da aprendizagem. Fazer uso de aplicativos educacionais é uma alternativa que chama a atenção, e nos permite ensinar usando a tecnologia na sala de aula. Na disciplina de matemática, por exemplo, podemos utilizarmos inúmeros aplicativos, em especial o Geogebra 3D Grapher, para construirmos conceitos geométricos. Esse minicurso apresenta algumas sequências didáticas para trabalharmos a geometria, fazendo o uso do celular na sala de aula, de maneira assistida e atrativa, juntamente como o relato de uma experiencia aplicada no sétimo ano. Palavras-chave: Novas tecnologias. Celular. Aplicativo. Geometria. INTRODUÇÃO Os jovens estão cada vez mais envolvidos com a tecnologia, e nas escolas fazer uso destas novas tecnologias é muito importante para envolvê-los. Nas escolas, muitas vezes não possuímos um laboratório de informática, devido à falta de salas de aula, por deficiências na estrutura física, pela falta de equipamentos atualizados e devidamente funcionando, entre outros. Levando em consideração que a maioria dos alunos possuem um aparelho celular, uma alternativa seria fazer o uso destes aparelhos, de forma assistida e conduzida, como uma ferramenta educacional. A fim de promover o acesso a novas tecnologias, através de aplicativos e programas que auxiliem e despertem o interesse de uma forma diferente e agradável. Segundo o Professor de Física, André Pereira de MG em vez de proibir, as escolas deveriam usar os dispositivos móveis como ferramenta pedagógica. 1 Professora de Matemática. Atua na rede municipal de Guaíba/RS. arthwrwilly@gmail.com

Este minicurso foi dividido em duas partes. A primeira mostrará o trabalho de pesquisa realizado numa escola pública de Guaíba, no segundo momento construiremos as sequencias didáticas no aplicativo de celular. PARTE I EXPERIÊNCIA A SER RELATADA ATRAVÉS DA PESQUISA REALIZADA: CELULAR NA SALA DE AULA, INIMIGO OU ALIADO? Metodologia empregada na pesquisa de sala de aula: A partir da análise de dados de uma pesquisa realizada pela professora de matemática, sobre o uso de aparelhos celulares na nossa turma de 7 ano da escola José Carlos Ferreira podemos observar: 1. Que mais da metade dos alunos levam o celular para a escola quase todos os dias; 2. Que a grande maioria não utiliza o celular para pesquisar os assuntos trabalhados na aula; 3. Mais da metade da turma acessa as redes sócias na sala e aula; 4. Que menos a metade dos alunos utilizam o celular nas aulas para jogar; 5. A maior parte dos alunos considera que o celular atrapalha as aulas. Após essa enquete realizada com os alunos, a turma foi dividida em 3 grupos. Um grupo pesquisou sobre os aspectos positivos do celular na sala de aula, outro sobre os aspectos negativos e o último, pesquisou sobre ambos aspectos, respectivamente formando a defesa, a acusação e o júri, no tribunal do celular. Apresentamos nossas pesquisas e confrontamos os dados: Pontos positivos apresentados pela Pontos negativos apresentados pela Defesa: auxilia na melhoria da educação; acusação: aumenta os níveis de stress, propicia ao aluno e professor pesquisa a qualquer momento; auxilia os deficientes; constrói novas oportunidades de aprendizagem; estimulando zonas diferentes do cérebro; pode causar dependência; aumenta os níveis de câncer e desvia o foco de concentração durante as aulas. ajuda na globalização e ajuda por meio de jogos e aplicativos.

O resultado do júri no Tribunal do Celular na Turma 71 foi pode ser visto no gráfico da figura 1: Figura 1: Resultados do júri Tribunal do Celular Após as apresentações das partes sobre o uso do celular, como você considera sua utilizaçao na sala de aula? 25% 75% Aliado Inimigo Fonte: a autora. Passamos a nos aprofundar no assunto que nos chamou atenção, e pesquisar aplicativos educacionais, para diferentes disciplinas, e foi curioso perceber a grande oferta. Apresentamos alguns aplicativos interessantes na sala de aula (figura 2).

Figura 2: Exemplos de aplicativos Passamos utilizar dois aplicativos nas aulas de matemática, um para cálculos e outro para geometria, MyScript Calculator e Geogebra, os quais podem ser vistos na Figura 3. Figura 3: Aplicativos utilizados *imagens tiradas da Play store

Trabalhamos muitos assuntos de geometria na sala de aula fazendo uso do aplicativo GEOGEBRA, o aplicativo não exigia internet para seu uso, o que nos facilitava explorar, foi uma experiência nova e muito interessante. Realizamos um novo questionário na turma 71, a fim de observar se houve uma mudança de opinião dos alunos, sobre o uso de aparelhos celular na sala de aula. Obtemos os resultados os quais podem ser vistos nos gráficos da figura 4. Figura 4: Opinião dos alunos sobre o uso do celular 1 - Você já havia utilizado algum aplicativo para trabalhar conteúdos na sala de aula? 25% 75% Sim Não 2 - Você já conhecia o aplicativo Geogebra 3D Grapher? 5% 95% Sim Não

3 - Como você classifica a experiência com o uso do aplicativo em sala de aula? 45% 10% 45% Muito bom Bom Regular Ruim 4 - Após utilizar o celular para aprender conteúdos de matemática, na sala de aula, você considera que o seu uso pode? Ajudar 100% Atrapalhar 5 - Após utilizar o celular como ferramenta educacional como você considera a sua utilização na sala de aula? 100% Aliado Inimigo Fonte: a autora.

Por fim, também aplicamos um questionário no segmento de professores, da escola José Carlos Ferreira, para conhecermos a opinião destes, sobre o tema pesquisado. Foram entrevistados somente professores de salas de aula que trabalham diretamente com os alunos. A pesquisa apresentou os seguintes resultados, os quais podem ser vistos nos gráficos da figura 5. Figura 5: Opinião dos professores sobre o uso de tecnologias 1 - Você acha importante incluir novas tecnologias no seu planejamento? Sim 100% Não 2 - Você acredita ser viável trabalhar com novas tecnologias através do celular na sala de aula? 10% 3% 87% Sim Depende Não

3- Você considera o celular um inimigo ou aliado na sala de aula? 17% 23% 60% Aliado Depende Inimigo 4 - Você conhece algum aplicativo educacional que pode auxiliar suas práticas em sala de aula? 27% 73% Sim Não 5 - Você faz uso de aplicativos educacionais? 40% 60% Sim Não Fonte: a autora.

Podemos concluir com esta pesquisa que existem inúmeros pontos positivos em utilizar o celular na sala de aula. Podemos perceber através dos questionários realizados, que a opinião da turma em relação ao uso de telefones celulares, mudou completamente, após o uso do aparelho na utilização do aplicativo geométrico. Notamos que só a pesquisa inicial, não foi válida para ajudar os alunos perceberem o quanto pode ser valiosa a utilização de dispositivos móveis na sala de aula, precisaram da prática para comprovar o que já haviam pesquisado. O questionário direcionado aos professores nos permitiu observar que todos acreditam ser importante fazer uso de novas tecnologias, a grande maioria julga ser viável utilizá-la através do celular. Mais da metade dos professores consideram o aparelho como um aliado, na sala de aula e conhecem aplicativos educacionais, porém, a minoria faz uso dos aplicativos educacionais. Desta forma, concluímos que muitos estão dispostos e alguns estão preparados a oportunizar um aprendizado diferenciado fazendo uso dos dispositivos móveis. Observamos na prática o manuseio orientado do telefone, para aprender, como uma alternativa para a falta de um laboratório de informática, nos ajudou a entender o quanto o celular pode deixar de ser inimigo e se tornar um aliado do aluno e do professor em sala de aula. PARTE II - CONSTRUÇÃO GEOMÉTRICA: CELULAR NA SALA DE AULA, UM ALIADO NA PRÁTICA DE GEOMETRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL. Construção I- Segmento de reta, Semirreta e Reta Selecionar o modo 2D 1. Construa um ponto A no plano; 2. Construa um segmento de reta BC no plano; 3. Construa uma semirreta DE no plano; 4. Construa uma reta FG no plano; 5. Mova cada um dos pontos e observe o comportamento das 4 construções geométricas; 6. Quais as diferenças que você observou entre o ponto, o segmento de reta, a semirreta e a reta? 7. Crie: A semirreta AB, o Segmento de reta EF, a reta CD e o ponto G.

Construção II Construção de um ângulo Selecionar o modo 2D 1. Construa o ponto A no plano; 2. Construa um segmento a partir do ponto A; 3. Construa outro segmento a partir do ponto A, sem sobrepor esses segmentos; 4. Observe os elementos que formam o ângulo; 5. Meça o ângulo; 6. Mova o ângulo e observe o seu comportamento; 7. Mova e forme ângulos de: 50, 90, 180 e 120 ; 8. Conhecer e diferenciar a nomenclatura dos ângulos a partir de suas medidas: agudo, reto, obtuso e raso. 9. Crie: 1- Construa os seguintes os seguintes ângulos: a) AÔB = 20º b) AÔC = 48º c) AÔD = 55º d) AÔE = 90º e) AÔF = 120º f) AÔG = 180º g) AÔH = 70º h) AÔI = 30º 2- Classificar os ângulos a partir de suas medidas oralmente. Construção III - Retas paralelas Selecionar o modo 2D 1. Construa o ponto A no plano; 2. Construa uma reta BC no plano; 3. Construa uma reta paralela à reta BC, passando pelo ponto A, no plano; 4. Construa uma reta DE no plano; 5. Mova o ponto A e observe; 6. Mova o ponto B e observe; 7. Mova o ponto C e observe; 8. Mova o ponto D e observe; 9. Mova o ponto E e observe; 10. O que você pode concluir sobre as retas paralelas?

11. Crie: O ponto B paralelo à reta AC Construção IV- Retas perpendiculares Selecionar o modo 2D 1. Construa o ponto A no plano; 2. Construa uma reta BC no plano, distante do ponto A; 3. Construa uma reta perpendicular à reta BC, passando pelo ponto A; 4. Crie um ponto D de intersecção entre as retas criadas; 5. Mova o ponto A e observe; 6. Mova o ponto B e observe; 7. Mova o ponto C e observe; 8. Mova o ponto D e observe; 9. Meça o ângulo BDA; 10. Meça o ângulo CDA; 11. Compare as medidas encontradas de cada ângulo; 12. Mova as retas e observe como se comportam as medidas dos ângulos; 13. O que você pode concluir sobre as retas perpendiculares? 14. Crie: Faça a reta AB perpendicular à reta que contém o ponto C Construção V - A soma dos ângulos internos de um triângulo Selecionar o plano 2D 1. Construa um polígono de três lados; 2. Identifique o polígono construído e suas características; 3. Observe e mover o triângulo ABC; 4. Meça o ângulo BÂC 5. Meça o ângulo ABC 6. Meça o ângulo BCA 7. Some os 3 ângulos internos do triângulo ABC

8. Observe a medida encontra pelos demais colegas; 9. Mova o triângulo, a fim de torná-lo um triângulo retângulo; 10. Observe as novas medidas dos ângulos do triângulo retângulo ABC: BÂC. ABC. BCA. 11. Some as medidas dos ângulos internos do triângulo retângulo ABC 12. Mova um dos lados do triângulo retângulo, mantendo a sua condição de triângulo retângulo, observando os demais ângulos; 13. O que podemos concluir sobre a soma dos ângulos internos de um triângulo? 14. Crie: 1 - Construa no GEOGEBRA um triângulo DEF, que ocupe a quarta parte do plano 2D. No caderno identifique os ângulos internos desse triângulo, meça e anote as medidas, depois some-as. 2 - Construa no GEOGEBRA um triângulo retângulo GHI, que ocupe a quarta parte do plano 2D. No caderno identifique os ângulos internos desse triângulo, meça e anote as medidas, depois some-as. 3 - Desafio: tentei mover um triângulo qualquer, de modo que ele não possua a soma dos ângulos internos iguais a 180. CONCLUSÃO Trabalhar geometria sempre exige trabalho e muita dedicação. Muitas vezes os alunos não trazem o material necessário, faltam réguas, transferidores entre outros materiais, e isso acaba sendo um fator desgastante, que atrapalha e desmotiva o desenvolvimento do trabalho. Utilizar o aplicativo foi algo novo, interessante e desafiador. A maioria dos alunos levam o aparelho celular juntamente com o material básico. Nem todos que possuem o aparelho tem internet disponível, mas esse aplicativo não requer este prérequisito. Alguns alunos baixaram em suas casas o aplicativo e outros passaram para seus colegas na aula, via Bluetooth.

Tendo em vista que a maioria dos alunos possuíam um dispositivo móvel, a turma foi dividida em grupos, com o cuidado de que nos grupos tivessem colegas com o aparelho e o aplicativo instalado. Durante a realização das sequências didáticas, turma foi muito receptiva a proposta de trabalho, sempre realizavam tudo com atenção e entusiasmo. Alguns alunos exigiam mais atenção durante as sequências, esse cuidado se dava pela dificuldade ou pelo aplicativo que não respondia tão bem, e os outros conseguiam construir com autonomia. Ao construir, os alunos realizavam screenshots e apresentavam as suas construções. Realizando passo a passo, juntamente com os alunos, pude perceber que ao construir e mover os entes geométricos, o conceito se tornava mais natural aos alunos. Pois ao criar, os alunos sempre moviam as suas construções para observar seu comportamento, e isso auxiliava na compreensão e entendimento dos conceitos, o que é muito diferente de um desenho geométrico estático em uma folha de papel. Analisar a postura de alunos, que apresentam alguma necessidade especial, manuseando com interesse e realizando tudo com uma participação efetiva, foi muito gratificante. Ter a oportunidade de observar a expressão de descoberta foi maravilhosa, e mesmo sendo um trabalho de acompanhamento constante, foi compensador. Essa foi uma experiência em que pude consolidar minhas convicções na prática. E ter a certeza do quanto o aparelho celular pode ser meu aliado na disciplina de matemática, e na sala de aula. Já havia trabalhado com o programa GEOGEBRA, em anos anteriores, porém em computadores, na sala de informática da escola. Poder fazer uso o GEOGEBRA, agora como um aplicativo para celular, essa foi uma alternativa interessante e importante, ao passo que nossa escola não possui mais laboratório de informática. Certamente essa será uma experiência em que pretendo repetir outras vezes, aprimorando ainda mais as sequências didáticas, bem como compartilhar com outros professores de matemática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores associados, 2003. DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. 1ª a 5ª séries. 3. ed. São Paulo: Ática, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra,2002. 23ª ed. GROENWALD, Claudia LIsete O. A Matemática e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Educação Matemática em Revista, Porto Alegre, Sociedade Brasileira de Matemática, ano 6, p.23-30, maio 1999. POZO, Juan Ignácio. A solução de problemas: aprender a resolver para aprender. Porto Alegre: ArtMed, 1998. PROJETO Araribá. Matemática Ensino Fundamental, 7 ano. Moderna, 3ª ed.