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ACORDAM, em 3 a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

Transcrição:

fls. 1 ACÓRDÃO Registro: 2014.0000460552 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0254786-60.2007.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO - F G C, são apelados ARLETTE BARROS VITA CAMARA, CARLA BIANCHINI FONSECA, CARLOS EDMUNDO CARDOSO MENDES, DAISY MARTINS GUIMARÃES, FABIO TEIXEIRA DE MELLO, FERNANDO PEREIRA FONSECA, JOAQUIM COSTA PEREIRA PINTO, JORGE ALBERTO COSTA VIEIRA PINTO e JOSE DE JEUS SOARES. ACORDAM, em 20ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso, com observação.v.u.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ÁLVARO TORRES JÚNIOR (Presidente) e ALBERTO GOSSON. São Paulo, 4 de agosto de 2014. Rebello Pinho RELATOR Assinatura Eletrônica

fls. 2 VOTO nº 18801 Apelação Cível nº 0254786-60.2007.8.26.0100 Comarca: São Paulo 15ª Vara Cível do Foro Central Apelante: Fundo Garantidor de Crédito - FGC Apelados: Arlette Barros Vita Camara e Outros CONTRATO BANCÁRIO CDB's emitidos pelo Banco Empresarial não foram adquiridos pelos autores, mas sim pela Orla Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários em nome dela e não no nome de cada um dos investidores, sendo essa a razão pela qual os nomes dos autores não constam nos livros empresariais da instituição financeira em liquidação judicial, circunstância esta que resultou no indeferimento do pedido de habilitação de crédito Documentos, denominados de nota de negociação de títulos emitidos pela intermediária Orla não se prestam a comprovar a titularidade dos créditos aos autores, uma vez que não satisfazem os requisitos estabelecidos no 4º, do art. 2º, do Anexo II da Resolução n 3.251/2004 - Ilegitimidade ativa dos autores para pleitearem a cobertura do réu, uma vez que não comprovaram a titularidade dos créditos objeto do pedido - Alterado o dispositivo da r. sentença recorrida de improcedência da ação, nos termos do art. 269, I, do CPC, para o de julgamento de extinção do processo, sem apreciação do mérito, com base no art. 267, VI, do CPC, em razão da ilegitimidade ativa dos autores. Recurso desprovido, com observação. Vistos. Ao relatório da r. sentença de fls. 144/151, acrescenta-se que foi julgada procedente para condenar o requerido a pagar a quantia de R$ 20.000,00 aos autores cujos créditos superam esse valor e a quantia equivalente aos respectivos créditos aos demais autores, tudo com correção monetária adotada para cálculos judiciais incidentes desde o ajuizamento, mais juros pela taxa de um por cento (1%) ao mês contados da citação. Em conseqüência, EXTINGO o processo na fase de conhecimento, com base no artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil. Arcará o requerido, por força do 2 Apelação nº 0254786-60.2007.8.26.0100

fls. 3 princípio do sucumbimento, com o pagamento das custas e despesas processuais bem como dos honorários advocatícios, que são fixados na quantia correspondente a vinte por cento (20%) do valor atualizado da causa. Apelação do réu (fls. 165/181), sustentando que: (a) não recebeu do banco liquidando qualquer documentação em que constasse a indicação dos créditos reclamados pelos apelados, o que inviabiliza o pagamento da garantia por ele propiciada aos clientes daquela instituição financeira ; (b) somente a Orla DTVM possui legitimidade ativa para propor ação que tenha por objeto pendências que envolvam eventuais créditos registrados em seu nome junto àquela instituição financeira ; (c) a prescrição da pretensão; e (d) as aplicações representadas por notas de negociação de títulos feitas através de Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários não serem objeto de cobertura àquela época. A apelação foi recebida (fls. 184) e processada, com resposta doa autores (fls. 187/201), insistindo na manutenção da r. sentença. É o relatório. 1. A pretensão recursal do réu é de reforma da r. sentença para acolher a preliminar arguida e julgar extinto o processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso VI, do CPC, ou caso assim não entenda, seja julgada totalmente improcedente a ação, condenando os apelados nas verbas decorrentes da sucumbência. 2. Nega-se provimento ao recurso, alterando o dispositivo da r. sentença recorrida de improcedência da ação, nos termos do art. 269, I, do CPC, para o de julgamento de extinção do processo, sem apreciação do mérito, com base no art. 267, VI, do CPC, em razão da ilegitimidade ativa dos autores. 3. Nos termos do art. 2º, 3º, I, do anexo II, da Resolução 3.251/2004, que regulamenta o Fundo Garantidor de Créditos - FGC, titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito. No caso de negociação do título por intermédio de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional, a titularidade do crédito deve ser comprovada pelo cliente da instituição intermediária na operação, mediante apresentação da nota de negociação do título na forma da Circular 915, de 13 de fevereiro de 1985 (art. 2º, 3º, V, do anexo II, da Resolução 3.251/2004 fls. 104), e ainda, a instituição intermediária da operação deve apresentar ao interventor ou liquidante relação de seus clientes contendo os valores aplicados, a data e as demais características da aplicação em títulos de responsabilidade de emissor sob intervenção ou em liquidação extrajudicial (art. 2º, 4º, do anexo II, da Resolução 3.251/2004 - fls. 105). 3 Apelação nº 0254786-60.2007.8.26.0100

fls. 4 Diante das alegações das partes e da prova constante dos autos, é de se reconhecer que os CDB's emitidos pelo Banco Empresarial não foram adquiridos pelos autores, mas sim pela Orla Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários em nome dela e não no nome de cada um dos investidores, sendo essa a razão pela qual os nomes dos autores não constam nos livros empresariais da instituição financeira em liquidação judicial, circunstância esta que resultou no indeferimento do pedido de habilitação de crédito (fls. 62/67). Documentos, denominados de nota de negociação de títulos emitidos pela intermediária Orla (fls. 51/59) não se prestam a comprovar a titularidade dos créditos aos autores, uma vez que não satisfazem os requisitos estabelecidos no 4º, do art. 2º, do Anexo II da Resolução n 3.251/2004. Isto porque a instituição intermediária deixou de apresentar ao interventor ou liquidante os dados dos autores, contendo os valores aplicados, a data e as demais características da aplicação em títulos de responsabilidade de emissor sob intervenção ou em liquidação extrajudicial, nos termos do art. 2º, 4º, do anexo II, da Resolução 3.251/2004, sendo certo que as declarações de crédito de fls. 42/49 não se prestam a esse fim, uma vez que além de não conterem todos os dados estabelecidos pela resolução, foram enviadas pelos próprios autores, e não pela intermediária, titular do crédito perante a ré. Em sendo assim, é de se reconhecer a ilegitimidade ativa dos autores para pleitearem a cobertura do réu, uma vez que não comprovaram a titularidade dos créditos objeto do pedido. No mesmo sentido, para casos análogos aos dos autos, a orientação dos julgados deste Eg. Tribunal de Justiça de São Paulo: (a) CONTRATO CDB Fundo garantidor de Créditos Pedido condenatório - Créditos de CDB's emitidos por Banco Empresarial Entidade financeira que se encontra em liquidação extrajudicial Pretensão de cobrança de garantia sobre os créditos perante o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) Inviabilidade Hipótese em que os autores adquiriram os créditos da intermediária Orla DTVM - As notas de negociação de títulos emitidos pela intermediária são insuficientes para comprovar a transmissão de titularidade dos créditos aos autores Ilegitimidade ativa reconhecida Extinção do processo, sem resolução de mérito Admissibilidade Recurso desprovido (20ª Câmara de Direito Privado, Apel. 9259303-27.2008.8.26.0000, rel. Des. Álvaro Torres Júnior, j. 13.02.2012); (b) ILEGITIMIDADE "AD CAUSAM" Ação de cobrança de prêmio ajuizada em face de Fundo Garantidor de Crédito (FGC) Ilegitimidade ativa reconhecida Aquisição de CDB's, por distribuidora de valores mobiliários (ORLA), em nome próprio, mediante captação de recursos entregues pelos autores Negócio fiduciário firmado entre autores e distribuidora de valores mobiliários, e contrato de compra e venda entre ORLA e instituição financeira falida (Banco Empresarial) Direito da ORLA ao recebimento da cobertura securitária e simultâneo dever de restituir o valor integral investido por cada um dos demandantes Extinção sem resolução do mérito mantida Apelação improvida Dispositivo: negam provimento (19ª Câmara 4 Apelação nº 0254786-60.2007.8.26.0100

fls. 5 de Direito Privado, Apel. 0062252-30.2009.8.26.0000, rel. Des. Ricardo Negrão, j. 29.05.2013); e (c) AÇAO ORDINÁRIA - Aplicação em CDB junto à instituição financeira em liquidação, através de intermediária - Cobrança do Fundo Garantidor de Créditos - Inadmissibilidade Hipótese que a Resolução 3251/2004 determina que se os créditos estiverem em nome de representante legal ou intermediário, os pagamentos só poderão ser feitos diretamente ao mandante se esta condição estiver documentada junto à instituição - Situação não evidenciada nos autos - Recurso improvido (14ª Câmara de Direito Privado, Apel. 0254784-90.2007.8.26.0100, rel. Des. Pedro Ablas, j. 29.06.2011). 4. A alteração do dispositivo da r. sentença não tem reflexo nos encargos de sucumbência, visto que mínima a alteração do julgado. 5. Em resumo, o recurso deve ser desprovido, com observação de que é alterado o dispositivo da r. sentença recorrida de improcedência da ação, nos termos do art. 269, I, do CPC, para o de julgamento de extinção do processo, sem apreciação do mérito, com base no art. 267, VI, do CPC, em razão da ilegitimidade ativa dos autores. Ante o exposto e para os fins acima, nega-se provimento ao recurso, com observação. Manoel Ricardo Rebello Pinho Relator 5 Apelação nº 0254786-60.2007.8.26.0100