PERFUSÃO INTRAPERITONEAL HIPERTÉRMICA



Documentos relacionados
Escrito por Prof. Dr. Sabas Carlos Vieira Sex, 18 de Junho de :48 - Última atualização Qui, 15 de Julho de :30

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cirurgia citorredutora associada a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QtIPH) no tratamento da carcinomatose peritoneal

Tumor Desmoplásico de Pequenas Células Redondas: Relato de um caso.

Protocolo de realização de cirurgia. citorredutora com quimioterapia. intraperitonial hipertérmica.

CIRURGIA CITORREDUTORA E QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL HIPERTÉRMICA NO TRATAMENTO DOS IMPLANTES PERITONEAIS

QUIMIOTERAPIA HIPERTÉRMICA INTRAPERITONEAL. De acordo com a RN 428 há cobertura para a Quimioterapia Intracavitária mediante código:

Journal Club 23/06/2010. Apresentador: João Paulo Lira Barros-E4 Orientador: Dr. Eduardo Secaf

Cons. Dalvélio de Paiva Madruga

Diretrizes Assistenciais

Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Avaliação da sobrevida dos pacientes com câncer colorretal tratado em hospital oncológico terciário

25/11 - SEXTA-FEIRA. Sala/Horário SALA RITZ SALA CC1 SALA CC2

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008

PECOGI A.C.Camargo Cancer Center PROGRAMA 2014

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

GABARITO. Resposta: Cálculo da superfície corporal para dose de gencitabina 1 m mg 1,66 m X mg X = 1660 mg

Tema: Uso do pet scan em pacientes portadores de câncer

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

Módulo: Câncer de Rim Localizado

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

Apoio e realização: II Congresso Brasileiro de Ginecologia Oncológica AGINON 2015 I Jornada Latino-Americana de Ginecologia Oncológica - LASGO

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

O que é câncer de estômago?

NEOPLASIAS. Prof. Dr. Fernando Ananias

O QUE É? O TUMOR DE WILMS

Circular 0078/2000 São Paulo, 21 de Fevereiro de 2000.

Folheto para o paciente

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRATAMENTO DE CÂNCER GASTROINTESTINAL

Pesquisa. 40 INCA Relatório Anual 2005 Pesquisa

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Tratamento do câncer no SUS

Figura 1 Principais áreas de atuação

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Módulo Doença avançada

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

29/10/09. E4- Radiologia do abdome

Diretrizes Assistenciais

VI Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia 2012 Pólipos de Vesícula Biliar Diagnóstico e Conduta

Benefícios e Dificuldades na Implantação do Sistema Fechado de Infusões Endovenosas

ADENDO MODIFICADOR DO EDITAL N.º 13/2015-IEP/HCB

OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Cetuximabe para Carcinoma de Laringe recidivado

Oncologia. Aula 2: Conceitos gerais. Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO. Eduardo Vieira da Motta

Câncer de Testículo Não Seminomatoso

Gencitabina em câncer de pulmão: avaliação retrospectiva de resposta clínica, sobrevida livre de progressão e sobrevida global

Qual o estado atual das reabilitações de maxilas atróficas com osseointegração?

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES.

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA

Estudos de Coorte: Definição

Humberto Brito R3 CCP

TUMORES BENIGNOS DOS OVARIOS. Pedro Cordeiro de Sá Filho

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE -

ABORDAGEM DO ADENOCARCINOMA IN SITU

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal *

TEP incidental em neoplasias

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

Revista Portuguesa de. irurgia. II Série N. 4 Março Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ISSN

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Carcinomatose peritoneal de neoplasias do tubo digestivo

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

Módulo: Câncer de Bexiga Localizado

Elevação dos custos do setor saúde

Câncer de Pulmão Casos Clínicos Riad Younes Hospital S ão São José São Paulo

SALSEP cloreto de sódio Solução nasal 9 mg/ml

Indicações de quimioterapia intra-peritoneal com catéter nas pacientes com câncer de ovário avançado. Aknar Calabrich

TUMORES DO PÉNIS: Cirurgia Minimamente Invasiva. Pedro Eufrásio. Serviço de Urologia Centro Hospitalar Tondela-Viseu

FUNDAMENTOS DA ESTEATOSE HEPÁTICA

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

USO DE MARCADORES TUMORAIS PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO DO CÂNCER. Orientadora, docente do Curso de Farmácia, UnuCET Anápolis - UEG

Perfusao e Infusao Papel Atual Frente os Novos Tratamentos

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Key Words: câncer de mama, quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia, resposta patológica, carbopaltina.

Alexandre de Lima Farah

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA

CONGRESSO BRASILEIRO DE CÂNCER COLORRETAL E PERITÔNIO 3º CONGRESSO CENTRO-OESTE DA SBCO

Algoritmos: Lógica para desenvolvimento de programação de computadores. Autor: José Augusto Manzano. Capítulo 1 Abordagem Contextual

Anestesia para cirurgia citorredutora (CRS) com quimioterapia intraperitoneal

I Seminário de Controvérsias rsias em Aparelho Digestivo I Encontro Norte-Nordeste Nordeste de Videocirurgia no Aparelho Digestivo

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV

CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante.

Recomendações do tratamento do câncer de rim estadio T1

Câncer do pâncreas. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA

Carcinoma do pénis. La Fuente de Carvalho, Ph.D MD

Élsio Paiva Nº 11 Rui Gomes Nº 20 Tiago Santos Nº21. Disciplina : Área de Projecto Professora : Sandra Vitória Escola Básica e Secundária de Fajões

Transcrição:

NewsLetter Boletim Científico ano 6 abril 2015 nº36 Biológica & Soluções Cardiovascular Eletromecânica Endovascular Oncologia PERFUSÃO INTRAPERITONEAL HIPERTÉRMICA 1 Nathália Paiva Pereira, MsC 2 Renata Gabaldi Glaucia G. Basso Frazzato, MsC 4 Domingo M. Braile, MD, PhD 3 Introdução 1 Bióloga nathalia.paiva@braile.com.br 2 Biomédica - Perfusionista renata.gabaldi@braile.com.br 3 Física Bióloga glaucia.basso@braile.com.br 4 Cirurgião Cardíaco domingo@braile.com.br A cirurgia citorredutora, associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QIPH), constitui uma nova modalidade para tratamento de pacientes com (1) disseminação de carcinomas na região peritoneal. Seus princípios são baseados na suposição de que a cirurgia possibilita a redução da doença peritoneal e permite a diminuição de aderências, criando condições para maior eficácia dos quimioterápicos. Estudos publicados em revistas científicas internacionais demonstraram aumento na sobrevida de pacientes, portadores de câncer de cólon, estômago e ovário, submetidos à (2-4) QIPH. Spratt et al. foram os primeiros a utilizar quimioterapia com hipertermia em estudos experimentais, com o objetivo de otimizar os efeitos citotóxicos dos quimioterápicos, e, em 1979 foi realizada a primeira (5) QIPH. Na quimioterapia hipertérmica, os efeitos do quimioterápico são potencializados pela ação do calor em virtude do aumento da permeabilidade celular, da alteração do transporte ativo de fármacos e da alteração do metabolismo. A hipertermia aumenta a liberação de macromoléculas dos agentes químicos nas células (6) neoplásicas. Braile Biomédica Ind. Com. Repres. Ltda São José do Rio Preto, SP, Brasil 1

A perfusão intraperitoneal pode ser realizada pela técnica aberta, também conhecida como Técnica de (7) Coliseu, ou pela fechada. Em ambas, os cateteres são conectados a uma máquina de circulação extracorpórea, cujo rolete propulsor permite a perfusão. O circuito é composto também por um aquecedor, um trocador de calor e um monitor de temperatura. O trocador de calor mantém a solução a ser infundida entre 43 e 44 C, de modo que na cavidade peritoneal, quando é atingida a temperatura de (8) 41-42 C, a perfusão é iniciada e então mantida por 90 minutos (Figura 1). Trocador de Calor Aquecedor de água Reservatório Figura 1. Esquema de um circuito de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QIPH). Algumas vantagens específicas da QIPH são: evitar a hipotermia induzida pela quimioterapia intraperitoneal, aumentar o contato do quimioterápico com a superfície peritoneal, permitir a remoção de células tumorais flutuantes e aumentar o desprendimento das células aderidas à superfície, além da potencialização do efeito dos agentes quimioterápicos e do próprio efeito citotóxico do calor. Estas propriedades conferem à QIPH vantagens sobre a quimioterapia intraperitoneal sem hipertermia(9). O Sistema para Perfusão Intraperitoneal da Braile Biomédica é integralmente confeccionado em material polimérico biocompatível e atóxico, resistente à pressão, ao impacto, às variações de temperatura e à ação de agentes químicos e biológicos. É composto por um reservatório para armazenamento de solução, um trocador de calor de alta performance e cânulas multiperfuradas para infusão e drenagem (Figura 2). 2

(b) Trocador de calor (a) Reservatório (c) Cânulas multiperfuradas Figura 2. Sistema para Perfusão Intraperitoneal. 3

Resultados do Uso do Sistema para Perfusão Intraperitoneal Devido a variabilidade da técnica de citorredução combinada com QIPH, não há um consenso relativamente ao tempo e temperatura de perfusão, ao uso da técnica aberta ou fechada e à dosagem de quimioterápicos(10). Sendo assim, apresentaremos alguns resultados obtidos durante procedimentos de QIPH com a utilização do Sistema para Perfusão Intraperitoneal da Braile Biomédica (Tabela 1), a fim de demonstrarmos sua segurança e eficácia. Tabela 1. Resultados de procedimentos em pacientes submetidos à quimioterapia com Sistema para Perfusão Intraperitoneal hipertérmica da Braile Biomédica. Paciente Patologia Quimioterápico (dose) Idade (anos) Peso (kg) T i - T f (ºC) T máx Abd (ºC) 1 Câncer de ovário Cisplatina (125 mg) 78 67 35,3-37,8 42,2 2 Câncer de rim Mitomicina (64 mg) 45 74 36,2-39,2 42,0 3 Câncer de ovário Mitomicina (51 mg) 61 60 35,9-38,1 42,2 4 Pseudomixoma Mitomicina (60 mg) 26 70 36,4-38,5 43,0 5 Câncer de vesícula Mitomicina (66 mg) 46 70 36,3-38,1 44,9 6 Câncer de apêndice Mitomicina (65 mg) 56 75 36,4-38,0 42,3 7 Câncer de ovário e cólon Mitomicina (36 mg) 37 91 35,3-37,4 42,0 8 Câncer de apêndice e adenocarcinoma Mitomicina (12 mg) 54 60 36,3-38,4 42,0 9 Câncer de cólon Mitomicina (67 mg) 57 78 36,0-38,8 43,0 10 Câncer de ovário Paclitaxel (288 mg) 60 50 36,2-38,5 42,6 11 Câncer de apêndice e pseudomixoma Mitomicina (60 mg) 68 83 37,0-40,4 43,0 12 Câncer de cólon e apêndice Cisplatina (130 mg) e Mitomicina (28 mg) 68 65 36,0-39,7 42,5 13 Adenocarcinoma Mitomicina (60 mg) 40 65 36,3-38,4 42,3 14 Câncer de ovário e pseudomixoma Mitomicina (53 mg) 59 52 33,7-37,9 42,3 15 Mesotelioma Cisplatina (81 mg) e Doxorrubicina (24 mg) 24 53 35,4-39,3 43,0 16 Câncer de ovário Plastistina (68 mg) e Adriblastina (20 mg) 60 48 34,7-38,0 43,3 17 Tumor colorretal Mitomicina (70 mg) 50 112 36,0-37,2 40,7 18 Câncer de estômago Mitomicina (60 mg) e Cisplatina (240 mg) 50 82 36,5-38,2 43,0 19 Câncer de colo retal Mitomicina (61 mg) 44 80 35,5-38,3 42,2 20 Câncer de peritônio Mitomicina (52 mg) 59 54 35,8-37,8 41,1 Média ± Desvio Padrão 52,1±13,6 69,4±15,8 35,9±0,7-38,4±0,8 42,4±0,8 T i = temperatura inicial; T f = temperatura final; T máx Abd. = temperatura máxima abdominal. 4

Considerações A utilização da perfusão intraperitoneal associada à cirurgia citorredutora mostra-se um procedimento viável, oferecendo benefícios para pacientes com disseminação de doença restrita ao peritônio. Para os tumores com características invasivas, de maneira geral, o prognóstico depende fundamentalmente da possibilidade de citorredução completa, da extensão da disseminação peritoneal e da ausência de comprometimento linfonodal ou de metástases. Para os tumores não-invasivos, esta abordagem terapêutica tem sido adotada como conduta (1) padrão. Os resultados observados durante a utilização do Sistema para Perfusão Intraperitoneal da Braile Biomédica comprovam sua qualidade e demonstram, a curto prazo, sua segurança e eficácia. Ensaios clínicos com seguimento são necessários para o melhor julgamento dos reais benefícios da citorredução associada à QIPH, tanto com finalidade "preventiva" como terapêutica, e do próprio Sistema para Perfusão Intraperitoneal. Referências 1. Lopes A, Carneiro A. Cirurgia citorredutora associada a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QtIPH) no tratamento da carcinomatose peritoneal. Onco&. 2011:26-35. 2. Chan DL, Morris DL, Rao A, Chua TC. Intraperitoneal chemotherapy in ovarian cancer: A review of tolerance and efficacy. Cancer Manag Res. 2012;4:413-22. 3. Suo T, Mahteme H, Qin XY. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy for gastric and colorectal cancer in Mainland China. World J Gastroenterol. 2011;17(8):1071-5. 4. Bree E, Witkamp AJ, Zoetmulder FA. Peroperative hyperthermic intraperitoneal chemotherapy (HIPEC) for advanced gastric cancer. Eur J Surg Oncol. 2000;26(6):630-2. 5. Dunnick ND, Jones RB, Doppman JL, Speyer J, Myers CE. Intraperitoneal contrast infusion for assessment of intraperitoneal fluid dynamics. ARJ. 1979;133(2):221-3. 6. Roviello F, Caruso S, Marrelli D, Pedrazzani C, Neri A, Stefano A, et al. Treatment of peritoneal carcinomatosis with cytoreductive surgery and hyperthermic intraperitoneal chemotherapy: State of the art and future developments. Surg Oncol. 2011;20(1):38-54. 7. Esquevel J, Angulo F, Bland RK, Stephens AD, Sugarbaker PH. Hemodynamic and cardiac function parameters during heated intraoperative intraperitoneal chemotherapy using the open coliseum technique. Ann Surg Oncol. 2000;7(4):296-300. 8. Glehen O, Osinsky D, Cotte E, Kwiatkowski F, Freyer G, Isaac S, et al. Intraperitoneal chemohyperthermia using a closed abdominal procedure and cytoreductive surgery for the treatment of peritoneal carcinomatosis: Morbidity and mortality analysis of 216 consecutive procedures. Ann Surg Oncol. 2003;10(8):863-9. 9. Portilla AG, Cendoya I, Tejada IL, Olabarría I, Lecea CM, Magrach L, et al. Carcinomatosis peritoneal de origen colorrectal. Estado actual del tratamiento. Revisión y puesta al día. Rev Esp Enferm Dig. 2005;97(10):716-37. 10. Abreu J, Serralva M, Fernandes M, Santos L, Guerra P, Gomes D. Citorredução seguida de quimioperfusão intraperitoneal hipertérmica no tratamento da doença peritoneal maligna: Estudo de fase II com reduzida toxidade e morbilidade. Rev Port Cirurgia. 2008;II(4):15-21. 5