Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND (Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES)



Documentos relacionados
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO - FND (Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES)

Salus Infraestrutura Portuária S.A. (anteriormente denominada RB Commercial Properties 42 Ltda.)

Graal Investimentos S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 (em fase pré-operacional)

A companhia permanece com o objetivo de investir seus recursos na participação do capital de outras sociedades.

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE

MBK Securitizadora S.A. Relatório sobre as demonstrações financeiras Período de 13 de abril de 2012 (Data de constituição da Companhia) a 31 de

Demonstrações Financeiras UPCON SPE 17 Empreendimentos Imobiliários S.A.

ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

Demonstrações Financeiras Ático Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

Demonstrações Financeiras. Confederação Brasileira de Remo. em 31 de dezembro de Com relatório dos Auditores Independentes

Brito Amoedo Imobiliária S/A. Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes

Comodoro Participações S.A. CNPJ Nº /

TÍTULOS PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA TÍTULOS FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA CRÉD. ORÇAM. SUPLEMENTARES DESPESAS CORRENTES . PESSOAL E ENC.

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012

Ecoporto Holding S.A. (Anteriormente Denominada Ecoporto Holding Ltda.)

CEMEPE INVESTIMENTOS S/A

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES. Aos Sócios, Conselheiros e Diretores da INSTITUIÇÃO COMUNITÁRIA DE CRÉDITO BLUMENAU-SOLIDARIEDADE ICC BLUSOL

R&R AUDITORIA E CONSULTORIA Luiz Carlos Rodrigues e Rodriguez Diretor

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ BPMB I Participações S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

FUNDO DE GARANTIA DA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

CNPJ: / DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Niterói Administradora de Imóveis S/A. Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes

CEMEPE INVESTIMENTOS S/A

Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (anteriormente denominado Fundo de Garantia da Bolsa de Valores de São Paulo)

Relatório sobre as demonstrações financeiras Período de 13 de abril de 2012 (Data de constituição da Companhia) a 31 de dezembro de 2012

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Anexo 12 - Balanço Orçamentário

TCE-TCE Auditoria Governamental

Demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2013 e 2012

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Instituto Ling. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012

Safra Fundo Mútuo de Privatização - FGTS Vale do Rio Doce (C.N.P.J. nº / ) (Administrado pelo Banco J. Safra S.A.

Demonstrações Financeiras. SOCIEDADE CIVIL FGV DE PREVIDÊNCIA PRIVADA (Em milhares) Exercícios findos em 31 de dezembro de 2002 e 2001

CEMEPE INVESTIMENTOS S/A

Associação Guemach Lar da Esperança. Demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Demonstração da Composição e Diversificação das Aplicações em 31 de maio de 2007.

5.4 Balanço Patrimonial

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.133/08. Aprova a NBC T 16.6 Demonstrações Contábeis.

Basimóvel Consultoria Imobiliária S/A. Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Período de 01 de janeiro a 06 de outubro de 2011 (data de extinção do Fundo) com Relatório dos Auditores Independentes

Fundo de Parcerias Público-Privadas FPPP do Município de Rio das Ostras (RJ) Demonstrações contábeis em 31 dezembro de 2010

Demonstrações Financeiras Ático Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Relatório da Administração Dommo 2014

Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (Administrado pelo Banco Fator S.A.)

FUNDAÇÃO DE APOIO AO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS FACPC. Relatório dos auditores independentes

Prezado(a) Concurseiro(a),

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 e parecer dos auditores independentes

CNPJ: /

Conselho Federal de Contabilidade Vice-presidência de Controle Interno INSTRUÇÃO DE TRABALHO INT/VPCI Nº 005/2012

Demonstrativo da Composição e Diversificação da Carteira

UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL - REGIÃO DO RIO DE JANEIRO. Demonstrações Contábeis. Em 31 de Dezembro de 2014 e Conteúdo

*,)(*UXSRGH,QVWLWXWRV )XQGDo}HVH(PSUHVDV. 'HPRQVWUDo}HVILQDQFHLUDVHP GHGH]HPEURGHHGH HSDUHFHUGRVDXGLWRUHVLQGHSHQGHQWHV

BERJ PUBLICA BALANÇO DE 2007 AUDITADO (25/08/2008)

LAM AUDITORES INDEPENDENTES

Instituto Ling. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Empreendimentos Florestais Santa Cruz Ltda. Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2009 e relatório dos auditores independentes


GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2002 e de 2001 e parecer dos auditores independentes

EARNINGS RELEASE 2008 e 4T08 Cemig D

ITAÚ MAXI RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

SPE - BRASIL SOLAIR LOCAÇÃO E ARRENDAMENTO DE PAINÉIS SOLARES S.A

a) Notas explicativas às demonstrações contábeis 1 Constituição, objetivo social e contexto operacional

Ilmos. Senhores - Diretores e Acionistas da LINK S/A CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

AUDITORIA EXTERNA PARECERES

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

Bovespa Supervisão de Mercados - BSM

GP Andaimes Sul Locadora Ltda.

Bungeprev Fundo Múltiplo de Previdência Privada Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 e parecer dos auditores independentes

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2006 e de 2005 e parecer dos auditores independentes

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

Curso Extensivo de Contabilidade Geral

Contabilidade Pública. Aula 4. Apresentação. Plano de Contas. Sistema de Contas e Demonstrativos Contábeis de Gestão. Sistemas Contábeis

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DE CAMPINAS S.A. CEASA

ANEND AUDITORES INDEPENDENTES S/C

Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. Demonstrativo das mutações do ativo imobilizado Exercício findo em 31 de dezembro de 2011

CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. - CART (EM FASE PRÉ-OPERACIONAL)

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

Fundo de Investimento Imobiliário Hospital da Criança (Administrado pelo Banco Ourinvest S.A.)

RELATÓRIO FINANCEIRO

Balanço Patrimonial. Art O Balanço Patrimonial demonstrará: I o Ativo Financeiro

Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Demonstrativo das mutações do ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2011

HTL SP Participações S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e relatório dos auditores independentes

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ INEPAR TELECOMUNICAÇÕES SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) PROCEDIMENTOS

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BANCO BRADESCO SA Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

SOARES & ASSOCIADOS AUDITORES INDEPENDENTES

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO

Transcrição:

Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND (Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES) Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Quotistas e Administradores do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND (Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES) Rio de Janeiro - RJ Examinamos as demonstrações financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento FND ( Fundo ), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e os respectivos balanço financeiro e a demonstração das variações patrimoniais e do resultado para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras A administração do Fundo é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às entidades do setor público e consoante a Lei 4.320/64 e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras do Fundo para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos do Fundo. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.

Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND 2 Base para opinião com ressalva Conforme mencionado na nota explicativa nº 6, o Fundo possui investimento em uma companhia com ações não cotadas em Bolsas de Valores no montante de R$70.230 mil, (R$70.230 mil em 2009). Em 22 de janeiro de 2007, foi encerrado o processo de liquidação e a extinção desta companhia, sendo assegurado aos acionistas minoritários o direito ao recebimento do valor de suas participações acionárias, calculado com base no valor do patrimônio líquido registrado no balanço patrimonial na mesma data, atualizado monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês anterior à data do pagamento. Em função da indisponibilidade do balanço patrimonial de encerramento desta companhia até a conclusão de nossos trabalhos, não nos foi possível mensurar o montante que o Fundo receberá relativo ao seu investimento nesta companhia. Conforme mencionado na nota explicativa nº 6, o Fundo possui investimento em empresas não cotadas em Bolsas de Valores, no montante de R$59.178mil (R$36.390 mil em 2009), que não foram auditadas por nós nem por outros auditores independentes. Consequentemente não estamos em condições de concluir com relação à realização desses ativos. Conforme mencionado na nota explicativa nº 9, o Fundo encontra-se envolvido em processo judicial tendo registrado provisão para contingência na rubrica Obrigações legais e tributárias o montante de R$7.652.976 mil (R$5.531.799 mil em 2009). Até o final de nossos trabalhos não recebemos posição da Advocacia Geral da União acerca da probabilidade de perda e o montante envolvido nesse processo. Consequentemente, não podemos concluir sobre a adequação desta provisão. Opinião com ressalva Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos descritos nos parágrafos Base para opinião com ressalva, as demonstrações financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às entidades do setor público e consoante à Lei 4.320/64. Outros Assuntos O Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND) foi extinto pela Medida Provisória nº 517/10, em vigor a partir de 31 de dezembro de 2010, cabendo à União sucedê-lo em seus direitos, obrigações e ações judiciais em que o Fundo seja autor, réu, assistente, opoente ou terceiro interessado. Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2011 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC 2SP 011.609/O-8 F RJ Marcelo Cavalcanti Almeida Contador CRC 1RJ 036.206/O-5

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) ATIVO Notas explicativas 2010 2009 Ativo financeiro 7.355.636 6.527.000 Disponível Disponível em moeda nacional 7.354.195 6.525.559 Créditos em circulação Créditos a receber 697 697 Limite de saque com vinculação de pagamento 744 744 Ativo não financeiro 1.489.916 1.436.060 Realizável a longo prazo 76.825 623.908 Créditos realizáveis a longo prazo Empréstimos e financiamentos - 551.895 Créditos a receber 76.825 72.013 Permanente 1.413.091 812.152 Investimentos Participação societária 6 1.413.091 892.300 Provisão para perdas prováveis 6 - (80.148) Ativo real 8.845.552 7.963.060 Ativo compensado - 7.083.208 Compensações ativas diversas Direitos e obrigações contratuais - 52 Outras compensações - 7.083.156 Total do ativo 8.845.552 15.046.268 (continua) 3

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) PASSIVO Notas explicativas 2010 2009 Passivo financeiro 5.627 618.018 Obrigações em circulação Restos a pagar não processados a liquidar 7 750 750 Credores diversos 4-551.895 Outras obrigações a pagar 8 4.877 65.373 Passivo não financeiro 7.685.115 5.568.397 Obrigações em circulação 32.139 36.598 Outros débitos a pagar 8 32.889 37.348 Retificação de restos a pagar não processados a liquidar (750) (750) Exigível a longo prazo 7.652.976 5.531.799 Obrigações exigíveis a longo prazo Obrigações legais e tributárias 9 7.652.976 5.531.799 Passivo real 7.690.742 6.186.415 Patrimônio líquido 10 1.154.810 1.776.645 Capital Realizado 924.553 924.553 Capital social subscrito 1.701.438 1.701.438 Cotas em tesouraria (776.885) (776.885) Reserva técnica administrativa 15.649 15.649 Lucros acumulados 214.608 836.443 Passivo compensado - 7.083.208 Compensações passivas diversas Direitos e obrigações contratadas - 52 Compensações diversas - 7.083.156 Total do passivo 8.845.552 15.046.268 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) BALANÇOS FINANCEIROS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) INGRESSOS Notas explicativas 2010 2009 Receitas correntes 11.a 903.026 1.562.072 Receita patrimonial 903.026 537.580 Receita de serviços - 1.024.492 Receitas de capital 11.b - 3.218.290 Amortizações de empréstimos e financiamentos - 3.218.290 Transferências recebidas 11.c - 8.832 Transferências orçamentárias Repasse recebido - 8.832 Ingressos extra-orçamentários 558.963 618.762 Valores em circulação Recursos especiais a receber 744 744 Créditos diversos a receber 697 - Obrigações em circulação Restos a pagar Não processados a liquidar 750 750 Empréstimos, financiamentos e incentivos a liberar - 551.895 Outras obrigações 4.877 65.373 Ajustes de direitos e obrigações Desincorporação de obrigações 551.895 - Disponibilidade do período anterior 6.525.559 1.771.673 Conta única do Tesouro Nacional 6.525.559 1.771.673 Total de ingressos 7.987.548 7.179.629 (continua) 5

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) BALANÇOS FINANCEIROS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) DISPÊNDIOS Notas explicativas 2010 2009 Despesas correntes 11.d 8.107 8.886 Outras despesas correntes Outras despesas 8.100 8.885 Despesa entre órgãos do orçamento Outras despesas correntes 7 1 Dispêndios extra-orçamentários 625.245 645.184 Valores em circulação Recursos especiais a receber 744 744 Créditos diversos a receber 697 697 Obrigações em circulação Restos a pagar não processados - inscrição 750 750 Empréstimos, financiamentos e incentivos a liberar 551.895 551.895 Outras obrigações 65.373 26.028 Ajustes de direitos e obrigações Ajustes de obrigações 11.e Atualização monetária financeira 5.786 1.972 Ajustes financeiros a débito - 63.098 Disponibilidade para o período seguinte 7.354.196 6.525.559 Conta única do Tesouro Nacional 7.354.196 6.525.559 Total de dispêndios 7.987.548 7.179.629 (continua) 6

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) DEMONSTRAÇÕES DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) VARIAÇÕES ATIVAS 2010 2009 ORÇAMENTÁRIAS 903.026 4.789.194 Receitas correntes 903.026 1.562.072 Receita patrimonial 903.026 537.580 Receita de serviços - 1.024.492 Receitas de capital - 3.218.290 Amortizações de empréstimos e financiamentos - 3.218.290 Interferências ativas - 8.832 Transferências financeiras recebidas Repasse recebido - 8.832 RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO 1.193.962 694.606 Interferências ativas - 63.098 Movimento de fundos a débito - 63.098 Acréscimos patrimoniais 1.193.962 631.508 Incorporações de ativos Incorporação de direitos - 669 Ajustes de bens, valores e créditos 634.020 188.332 Reavaliações de títulos e valores 629.209 54.793 Ajustes de créditos 4.811 133.539 Desincorporação de passivos 559.942 8.832 Ajustes de exercícios anteriores Ajustes não financeiros - 433.675 RESULTADO PATRIMONIAL 621.835 - Déficit 621.835 - Total das variações ativas 2.718.823 5.483.800 (continua) 7

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) DEMONSTRAÇÕES DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) VARIAÇÕES PASSIVAS 2010 2009 ORÇAMENTÁRIAS 560.002 4.685.342 Despesas correntes 8.107 8.886 Outras despesas correntes 8.100 8.885 Despesa entre órgãos do orçamento Outras despesas correntes 7 1 Mutações passivas 551.895 4.676.456 Desincorporações de ativos Liquidação de créditos 551.895 4.676.456 RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO 2.158.821 430.126 Interferências passivas - 63.098 Movimento de fundos a crédito - 63.098 Decréscimos patrimoniais 2.158.821 367.028 Desincorporação de ativos Baixa de títulos e valores - 28 Baixa de direitos - 334 Ajustes de bens, valores e créditos Desvalorização de títulos e valores 28.269 30.426 Incorporação de passivos 2.121.177 333.259 Ajuste de obrigações 9.375 2.981 RESULTADO PATRIMONIAL - 368.332 Superávit - 368.332 Total das variações passivas 2.718.823 5.483.800 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Notas explicativas 2010 2009 RECEITAS 1.508.777 704.987 Rendas de aplicações financeiras 11a 737.588 454.559 Rendas de participações societárias Dividendos 11a 138.596 7.701 Juros sobre o capital próprio 11a 26.620 75.122 Prêmios sobre debêntures 11a 222 198 Ajuste da carteira de títulos e valores mobiliários 12 600.939 24.368 Rendas de títulos de renda fixa 12 4.812 4.890 Juros e correção monetária de financiamentos concedidos 12-128.648 Outras 12-9.501 DESPESAS (2.130.612) (336.655) Provisão para contingências 12 (2.121.177) (333.259) Atualização de dividendos a pagar 12 (9.375) (2.981) Despesas administrativas (60) (53) Outras 12 - (362) SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO EXERCÍCIO (621.835) 368.332 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 9

(Administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O Fundo Nacional de Desenvolvimento FND possui natureza autárquica e personalidade jurídica de direito público e foi constituído em 23 de julho de 1986 pelo Decreto-lei nº 2.288 (alterado pelo Decreto-lei nº 2.383, de 17 de dezembro de 1987), sendo regulamentado pelo Decreto nº 193, de 21 de agosto de 1991. O Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND) foi extinto pela Medida Provisória nº 517/10, em vigor a partir de 31 de dezembro de 2010, cabendo à União sucedê-lo em seus direitos, obrigações e ações judiciais em que (o Fundo) seja autor, réu, assistente, opoente ou terceiro interessado. De acordo com a Medida Provisória, caberá ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior coordenar e supervisionar o processo de inventariança dos bens, direitos e obrigações do extinto FND. A estrutura e o prazo de duração do processo de inventariança dependerá de Ato do Poder Executivo. Aos cotistas minoritários será assegurado o ressarcimento de sua participação no extinto FND, calculado com base no valor patrimonial de cada cota, segundo o montante do patrimônio líquido registrado no balanço patrimonial apurado na data de publicação da Medida Provisória, atualizado monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, divulgado pelo IBGE, do mês anterior à data do pagamento. Ainda de acordo com a Medida Provisória, fica a União autorizada a utilizar os títulos e valores mobiliários oriundos do extinto FND para promover, junto a entidades da administração indireta, o pagamento dos dividendos e o ressarcimento das cotas, mediante dação em pagamento. Até 31 de dezembro de 2010, a administração do FND esteve a cargo de uma Secretaria Executiva e de um Conselho de Orientação. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES executava os serviços da referida Secretaria, consoante Decreto nº 193, de 21 de agosto de 1991, sem cobrança de taxa de administração, prestando apoio técnico, administrativo e de pessoal necessário a seu funcionamento, cabendo ao Presidente da Entidade a função de Secretário Executivo. Com a extinção do Fundo, foram encerrados os mandatos dos componentes do Conselho de Orientação do FND. O FND tinha por finalidade prover recursos para realização, pela União, de investimentos de capital necessários à dinamização do desenvolvimento nacional, bem como apoiar a iniciativa privada na organização e ampliação de suas atividades econômicas. Os recursos captados pelo FND originaram-se, basicamente, da alienação de Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento (OFNDs), de longo prazo. Entretanto, o FND podia emitir cotas nominativas, endossáveis, para captar recursos de investidores privados, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, ou quaisquer empresas sob controle direto ou indireto da União. 10

2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis descritas na Nota 3 e foram apresentadas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às entidades do setor público e consoante à Lei n o 4.320/64. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Apuração do resultado As receitas, as despesas e demais variações patrimoniais são apropriadas pelo regime contábil de competência, tendo como referência, para as despesas, as datas de seus respectivos empenhos legais. b) Ativo financeiro Registra os recursos pecuniários provenientes da execução orçamentária da receita. Compreende os créditos e valores que independem de autorização orçamentária para serem movimentados. O disponível está representado pela Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, tendo por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União a serem movimentadas pelas Unidades Gestoras da Administração Pública Federal, inclusive Fundos, Autarquias, Fundações, e outras entidades integrantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal SIAFI, na modalidade on-line, sendo remunerada pela taxa média aritmética ponderada da rentabilidade intrínseca dos títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna de emissão do Tesouro Nacional em poder do Banco Central do Brasil, de acordo com a Medida Provisória nº 2.179 de 24 de agosto de 2001. c) Ativo não financeiro Compreende o conjunto de bens e direitos cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa para suas realizações. i) Empréstimos e financiamentos Atualizados monetariamente, de acordo com os índices contratuais, acrescidos dos rendimentos financeiros pactuados. ii) Investimentos Em razão da extinção do Fundo em 31de dezembro de 2010, determinado pela Medida Provisória nº 517/2010, foram alterados os critérios contábeis para registro dos valores da carteira. Em decorrência disso, naquela data, os investimentos em companhias com ações cotadas em Bolsa de Valores foram valorizados com base nas suas respectivas cotações médias do último dia de negociação. Para as participações societárias em companhias que não possuem suas ações negociadas em bolsa de Valores, foi utilizado o seu valor patrimonial, apurado com base no último balanço patrimonial ou balancete de verificação disponível da empresa. 11

Em 2009, de acordo com a Resolução n o 06, de 13 de dezembro de 2005, emitida pelo Conselho de Orientação do Fundo, as ações eram reduzidas ao valor de mercado quando fosse inferior ao valor contábil, tomando-se por base a cotação média em bolsas de valores ou ao valor patrimonial com prazo de defasagem de até 60 dias para aquelas ações que não eram negociadas em bolsa de valores e que eram consideradas relevantes. De acordo com a referida Resolução um investimento era considerado relevante quando o seu valor de custo fosse igual ou superior a 10% do valor do patrimônio líquido do Fundo. Para os investimentos considerados não relevantes foi considerado como valor de mercado a cotação média do último dia em que foram negociadas as ações, e como valor patrimonial aquele apurado com base no último balanço patrimonial ou balancete de verificação disponível da empresa. As demonstrações financeiras dos investimentos considerados não relevantes, utilizadas para fins de determinação do valor patrimonial do investimento foram as de 31 de dezembro de 2006 (Rede Ferroviária Federal S.A RFFSA) e estão de acordo com a Resolução n o 6, de 13 de dezembro de 2005, emitida pelo Conselho de Orientação do Fundo. d) Passivos financeiro e não financeiro O passivo financeiro registra as obrigações provenientes da execução orçamentária da despesa, não pagas até o final do exercício. É representado pelas dívidas a curto prazo (Dívida Flutuante), cujos valores independem de autorização orçamentária para sua realização. O passivo não financeiro representa os saldos das obrigações a curto e longo prazos que dependam de autorização orçamentária para suas liquidações ou pagamentos, e que não provocaram, de imediato, efeitos financeiros durante o exercício, sendo consideradas Dívida Fundada. Os passivos financeiro e não financeiro são demonstrados pelos valores de exigibilidade e contemplam as variações monetárias, bem como os encargos incorridos, reconhecidos em base pro rata temporis. e) Ativo e passivo compensado Representam contas com função precípua de controle, relacionadas a bens, direitos e obrigações. 4. Empréstimos e Financiamentos Em 2009, o saldo refere-se a empréstimos concedidos a liberar, apresentados no passivo financeiro sob a rubrica Obrigações em Circulação Credores Diversos. 12

5. Créditos a Receber Representam, principalmente, os valores investidos em Notas do Tesouro Nacional série P, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização PND, cujos vencimentos variam de 6 de janeiro de 2014 a 28 de dezembro de 2015 e são remunerados com base na variação da TR acrescidos de juros de 6% ao ano. 6. Investimentos Permanentes No exercício de 1988, 75 entidades da Administração Federal transferiram para o FND ações de propriedade delas, representando participações no capital de empresas controladas, direta ou indiretamente, pela União, em troca de cotas do Fundo em valor correspondente ao das ações conferidas. 13

Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a carteira de ações do FND está composta como segue: Quantidade de ações Ordinárias Preferenciais 2010 2009 Custo corrigido Ajuste a valor de mercado Total líquido Quantidade total de ações Custo corrigido Provisão de perda Total líquido Companhias com ações cotadas em Bolsa de Valores Banco do Nordeste do Brasil S.A. 1.473.704 2.373.264 170.727 28.604 199.331 3.846.968 170.727 (30.724) 140.003 Centrais Elétricas Brasileiras S.A. ELETROBRÁS 45.621.589-560.445 454.179 1.014.624 45.621.589 560.445-560.445 Tractebel Energia S.A. (Ex-GERASUL Centrais Geradoras do Sul do Brasil S.A.) 2.362.827-3.556 60.878 64.434 2.362.827 3.556-3.556 Brasil Telecom S.A. 7 341 1 3 4 348 1-1 Telemar Norte Leste S.A. - 54.530 1.467 1.122 2.589 54.530 1.467-1.467 736.196 544.786 1.280.982 736.196 (30.724) 705.472 Companhias com ações não cotadas em Bolsa de Valores Rede Ferroviária Federal S.A. RFFSA 3.000.000.000-113.723 (43.493) 70.230 3.000.000.000 113.723 (43.493) 70.230 Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária INFRAERO 197.350-37.361 (5.931) 31.430 197.350 37.361 (5.931) 31.430 Empresa Brasileira de Telecomunicações EMBRATEL 24.649.540-4.960 22.788 27.748 24.649.540 4.960-4.960 156.044 (26.636) 129.408 156.044 (49.424) 106.620 Outras Cias com ações cotadas e não cotadas em Bolsa de valores 90.763 129.292 60 2.641 2.701 220.055 60-60 TOTAL 892.300 520.791 1.413.091 892.300 (80.148) 812.152 14

7. Restos a Pagar Não Processados a Liquidar Os restos a pagar não processados foram inscritos com base nos saldos credores dos empenhos não liquidados até o encerramento do exercício. 2010 2009 Referente a pagamento de dividendos 744 744 Referente a serviços prestados 6 6 Total 750 750 8. Dividendos a Pagar (Outras obrigações a pagar/outros débitos a pagar) 2010 2009 União Federal - 60.710 Minoritários integrantes do BGU (*) 4.877 4.663 Minoritários não integrantes do BGU (*) 32.889 37.348 Total 37.766 102.721 Passivo financeiro 4.877 65.373 Passivo não financeiro 32.889 37.348 (*) Balanço Geral da União relatório de prestação de contas do Governo Federal; inclui os balanços das entidades da administração direta e indireta, integrantes da Execução dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. De acordo com o artigo 1º do Decreto-lei nº 2.383, de 17 de dezembro de 1987, a partir de 31 de dezembro de 1989 as cotas do FND passaram a dar direito a um dividendo anual mínimo, isento do imposto de renda, de 25% (vinte e cinco por cento) do resultado líquido positivo apurado em cada exercício. Em 31 de dezembro de 2010, o saldo a pagar refere-se aos dividendos de exercícios anteriores a 2010, que aguardam previsão orçamentária para o seu pagamento. Os saldos são atualizados pela taxa SELIC, conforme previsto pelo Decreto nº 3.381/00. 15

9. Contingências Por determinação do artigo 7º do Decreto-lei nº 2.288, de 23 de julho de 1986, as entidades fechadas de previdência privada adquiriram, compulsoriamente, Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento - OFNDs, cujo índice de atualização à época da compra das obrigações era a variação no valor das Letras do Banco Central - LBC. Posteriormente, tal indexador foi substituído pelas Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, de acordo com o determinado pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 2.383, de 17 de dezembro de 1987. Com a edição da Lei nº 7.799, de 11 de julho de 1989, e da Circular do BACEN nº 1.517, de 26 de julho de 1989, passou a ser utilizado o Bônus do Tesouro Nacional - BTN como indexador de todas as obrigações contraídas antes de 15 de janeiro de 1989 e vincendas a partir da publicação da lei e da circular antes relatadas, com cláusula de reajuste vinculada à variação da OTN sem que as partes tivessem pactuado esse índice substitutivo. Tal fato levou as entidades integrantes da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada - ABRAPP a ingressar em juízo, por intermédio dessa Associação, contra a utilização do aludido indexador. A causa da ação deve-se ao fato de o patrimônio de suas afiliadas ter sofrido dano, de acordo com a ABRAPP, pois o índice de atualização monetária correto era o Índice de Preços ao Consumidor, consoante a Lei nº 7.730, de 31 de janeiro de 1989, em face da ocorrência de variação inferior do BTN em relação à variação do IPC. O Fundo mantém registrada uma provisão para eventual desembolso. Até 2009, conforme decisão contida na Ata da 28ª Reunião do Conselho de Orientação do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND, de 13 de dezembro de 2000, o valor da provisão era baseado na expectativa de perda que representava 85% da causa. Em sua 48ª Reunião Ordinária, realizada em 01.09.2010, o Conselho de Orientação do Fundo Nacional de Desenvolvimento aprovou o aumento da Provisão para Contingências, registrada no balancete do Fundo de 31.07.2010, no valor de R$5.752.357 para R$7.441.601, mantidos os critérios em vigor para atualização deste valor. O referido acréscimo decorreu, basicamente, da elevação de tal provisão do patamar de 85% para 100% do valor estimado da causa, tendo em vista que o julgamento da ação contra o FND, em segunda instância, foi favorável à ABRAPP, tendo tal decisão já transitado em julgado, bem como pela inclusão no cálculo das custas do processo e de honorários advocatícios. Em 31 de dezembro de 2010, o saldo da provisão é de R$7.652.976. A Procuradoria-Geral Federal da Advocacia-Geral da União, através da Portaria Nº 284, de 11 de agosto de 2006, resolveu que as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos e a representação judicial do Fundo Nacional de Desenvolvimento FND, relativamente às ações em que seja parte ou de qualquer forma interessado, perante a Justiça Federal da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região e a Justiça Estadual do Rio de Janeiro, passassem a ser exercidas pela Procuradoria Regional Federal 2ª Região. 16

10. Patrimônio Líquido Reserva Cotas em técnica - Lucros Capital tesouraria administrativa acumulados Total Saldos em 1º de janeiro de 2009 1.701.438 (343.210) 15.649 560.312 1.934.189 Recebimento de Cotas em Tesouraria da FINEP (433.675) (433.675) Superávit do exercício 368.332 368.332 Destinação: Proposta de distribuição de dividendos do exercício corrente (92.083) (92.083) Saldos em 31 de dezembro de 2009 1.701.438 (776.885) 15.649 836.443 1.776.645 Déficit do exercício (621.835) (621.835) Saldos em 31 de dezembro de 2010 1.701.438 (776.885) 15.649 214.608 1.154.810 a) Cotas A União Federal e 56 empresas estatais detêm 1.912.597.216,72 cotas do FND, representadas por certificados de investimentos, cuja composição é a seguinte: União Federal 66% Caixa Econômica Federal 27% Outros 7% Total 100% O valor unitário patrimonial da cota em 31 de dezembro de 2010 era de R$0,6037918 (em 31 de dezembro de 2009 - R$0,9289177). b) Cotas em tesouraria Através de decreto presidencial de 15 de dezembro 2009, a União transferiu para o FINEP, a título de aumento de capital, R$524.000, mediante transferência de cotas do FND. Essas cotas foram utilizados pela FINEP para liquidar totalmente seus empréstimos junto ao fundo, conforme deliberado no Voto FND 02/02, aprovado na 25ª reunião extraordinária do Conselho de Orientação deste Fundo, realizada em 24/09/2009. Em 31 de dezembro de 2009, o FND mantinha 1.008.377.061,38 cotas em tesouraria, que representam 52,72% do total das cotas emitidas. c) Reserva técnica administrativa Constituída com a sobra de caixa oriunda do pagamento de despesas correntes com os recursos recebidos através de repasse do Tesouro Nacional nos exercícios de 2005, 2006 e 2007. 17

11. Balanços Financeiros Os ingressos e dispêndios do Balanço Financeiro demonstram o movimento das operações financeiras do exercício, evidenciando a receita e a despesa orçamentárias, os recebimentos e pagamentos de natureza extra-orçamentária, bem como os saldos financeiros provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte. a) Receitas correntes 2010 2009 Patrimonial Dividendos 138.596 7.701 Juros sobre o capital próprio 26.620 75.122 Prêmios sobre debêntures 222 198 Rendimentos de aplicações na Conta única do Tesouro 737.588 454.559 Total 903.026 537.580 Serviços Juros de empréstimos concedidos - 1.024.492 Total 903.026 1.562.072 b) Receitas de capital Referem-se às amortizações de principal dos empréstimos e financiamentos concedidos. c) Transferências recebidas Refere-se a repasse de recurso financeiro do Tesouro Nacional, a título de crédito orçamentário suplementar para pagamento de dividendos, em cumprimento a Portaria do Ministério da Fazenda nº 189, de 27/04/2009. d) Despesas correntes Representam, principalmente, dividendos pagos a minoritários. e) Dispêndios extra-orçamentários - Ajustes de direitos e obrigações Refere-se às movimentações ocorridas na provisão de dividendos a pagar do passivo financeiro. 2010 2009 Atualização monetária 5.786 1.972 Apropriação dos dividendos a pagar à União ref. exercício de 2009-63.098 5.786 65.070 18

12. Demonstrações das Variações Patrimoniais Evidencia as alterações ocorridas no patrimônio do Fundo durante o exercício, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, e revela o Resultado Patrimonial, resultado líquido das variações positivas e negativas. As variações orçamentárias são constituídas pelas receitas e despesas orçamentárias, pelas transferências financeiras entre órgãos integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social (interferências ativas e passivas), e ainda, pelas mutações ativas e passivas que correspondem, basicamente, às despesas de capital e às receitas de capital acrescidas da receita de serviços, respectivamente. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o resultado orçamentário foi o superávit de R$343.024, (superávit de R$103.852 em 31 de dezembro de 2009). O resultado extra-orçamentário é composto pelos seguintes acréscimos e decréscimos patrimoniais líquidos: 2010 2009 Rendas de Financiamento - 128.648 Incorporação de Títulos do Tesouro Nacional - 669 Pagamento de dividendos 559.942 8.832 Atualização de títulos e valores 4.812 4.890 Provisão para contingências (2.121.177) (333.259) Atualização monetária de obrigações (9.375) (2.981) Reversão de provisão para perdas em participações societárias 80.148 24.368 Ajuste a valor de mercado das participações societárias 520.791 - Desincorporação de ativos ref. entrada de títulos do tesouro - (334) Ajuste não financeiro ref. quotas transferidas da FINEP - 433.675 Baixa de títulos e valores - (28) Resultado extra-orçamentário (964.859) 264.480 19

MAURÍCIO BORGES LEMOS Secretário Executivo do FND SELMO ARONOVICH Superintendente da Área Financeira VÂNIA MARIA DA COSTA BORGERTH Chefe do Departamento de Contabilidade Contadora CRC-RJ 064.817-4 20