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Transcrição:

A Electra Empresa de Electricidade e Água, SARL é uma Sociedade Anónima, cujo objecto social, definido pelos seus estatutos, consiste na produção, distribuição e venda de electricidade em todo o território nacional, de água na Praia, S.Vicente, Sal e Boa Vista, e na recolha e tratamento de águas residuais para reutilização nas cidades da Praia e do Mindelo, podendo dedicar-se a outras actividades relacionadas com o seu objecto social. Com os seguintes códigos de actividade económica: Produção de electricidade 40101 Transporte e distribuição de electricidade 40102 Captação, produção e distribuição de água 41000 Saneamento (águas residuais) 9000 Capital Social: mcve 1.585.262 Localização: a empresa tem a sede social na Avenida Dr. Baltazar Lopes da Silva S. Vicente; Telefone: 2 30 30 30, Fax: 2 32 44 46, e-mail: Electra@electra.cv e possui unidades de produção e de distribuição em todas as ilhas habitadas, excepto Boa Vista. Visão Fazer da ELECTRA uma empresa de referência em Cabo Verde Missão Fornecer energia eléctrica, água e serviços que agreguem valor e conforto, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, com uma equipa que aposta na máxima satisfação dos seus clientes, accionistas e colaboradores 1

INDICE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA 16 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA 23 PRODUÇÃO DE ÁGUA 25 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 28 ÁGUAS RESIDUAIS 29 1

ELECTRA EM NÚMEROS 2008 2009 2010 2011 2012 COMERCIAL Nº Clientes Electricidade 94.461 104.398 115.562 124.275 133.481 Nº Clientes Água 32.172 35.069 37.345 40.160 44.772 Vendas de Energia (MWh) 180.917 185.111 204.394 207.594 203.155 BT 110.614 113.183 122.445 126.585 123.952 IP 5.424 6.392 6.327 7.498 8.308 BTE 20.633 22.197 24.919 23.147 23.885 MT 44.246 43.339 50.702 50.363 47.011 Vendas de Água (mil m3) 2.866 2.912 2.970 3.005 2.941 PRODUÇÃO Produção Electricidade (MWh) 285.795 294.934 318.413 325.421 330.197 Produção Água (mil m3) 4.237 4.539 4.675 4.423 4.384 Consumo de Combustíveis (litros) 69.765.771 71.475.159 74.450.797 73.613.843 63.482.405 F0 180 37.434.805 41.280.339 40.873.367 42.810.298 40.162.318 F0 380 11.128.638 10.887.860 9.830.456 10.279.539 7.955.014 Gasóleo 21.202.328 19.306.960 23.746.974 20.524.005 15.365.073 RECURSOS HUMANOS Nº trabalhadores 687 709 719 713 734 Clientes / Trabalhador 184 197 213 231 243 ECONÓMICO-FINANCEIROS 1 Volume de Negócios (mil CVE) 5.420.642 6.196.225 6.930.479 7.556.626 8.292.593 EBITDA (mil CVE) 271.761 551.604 396.380 521.955 348.196 Resultado Operacional (mil CVE) -675.413-280.398-737.433-732.157-472.874 Resultado Líquido (mil CVE) -969.249-698.661-1.044.726-1.058.941-823.446 Activo Líquido (mil CVE) 10.507.262 10.014.087 10.808.684 10.385.793 9.985.370 Capital Próprio (mil CVE) 481.068 507.564 759.225-299.716-909.942 CAPEX (mil CVE) 610.745 395.146 1.397.116 186.460 195.107 1 2008 e 2009 Valores do activo de cordo com o novo Sistema de Normalização Contabilístico e Relato Financeiro (SNCRF) 5

ORGANIGRAMA Assembleia Geral Conselho Fiscal Conselho de Administração Assessoria Secretaria Geral Assessor Jurídico Assessor CA Gabinete de Qualidade e Ambiente Gabinete de SI Auditoria Interna Direcção de Aprovisionamentos Direcção deprodução e Distribuição Norte Direcção de Produção e Distribuição Sul Direcção Comercial Direcção de Planeamento e Análise de Investimentos Direcção de Infraestruturas Direcção de Recursos Humanos Direcção Financeiira 6

ÓRGÃOS SOCIAIS E CORPO DIRECTIVO Mesa da Assembleia-geral Presidente: Eng.ª Abraão Andrade Lopes Primeiro Secretário: Eng.ª Sónia Maria Morais Gonçalves Segundo Secretária: A designar pelos accionistas Municípios Conselho de Administração Presidente Administradores Executivo Dr. Alexandre Guilherme Vieira Fontes Eng.º João Dias da Fonseca Dr. Pedro Lima Rocha Conselho Fiscal Presidente Vogais Dr. Renato Lopes Fernandes Dr. Carlos Alberto Rodrigues A designar pelos Municípios 7

FACTOS RELEVANTES NA VIDA DA EMPRESA A entrada em vigor da lei que determina os parâmetros provisórios da fórmula de preços máximos de venda dos produtos petrolíferos ao consumidor final Price CAP a partir de Agosto de 2009, implicou um aumento no preço do Gasóleo utilizado na produção em 3,6% em 2012, enquanto que os preços de Fuel Oil 380 e Fuel Oil 180 mantiveramse constantes. Houve duas actualizações das tarifas de electricidade, em Fevereiro e Abril de 2012, de aproximadamente +8% e +4,5%, respectivamente. Definição da Tarifa de Referência da Electra No decurso de 2012 a ELECTRA deu continuidade à apreciação do Modelo Económico e Financeiro da Electra e do tarifário de base para a empresa, apresentados pela ARE, tendo constatado, que o referido tarifário não assegura o equilíbrio Económico e Financeiro da empresa, designadamente pelo facto da ARE ter fixado em 2008 o nível de perdas aceitáveis para a distribuição de electricidade em 20,8 %, tendo as perdas reais de 2011 e 2012 situado em 27% e 28,7% respectivamente. Investimentos O plano de investimentos da Electra é avaliado em 10,9 milhões de contos para os próximos 3 anos. Com esse plano, projectos estruturantes vão entrar 8

na sua fase de execução, aumentando a capacidade de produção de energia e água, na cidade da Praia, S.Vicente, Sal, Santo Antão, S.Nicolau, Fogo. De referir que no decurso de 2012 deu-se a entrada em funcionamento de uma nova unidade (Acciona 5.000 m³/dia) e a continuidade ao processo de fornecimento de mais uma unidade de dessalinização, por Osmose Inversa, (Uniha 5.000m³/dia), a ser instalada no edifício da actual central dessalinizadora de Palmarejo. Paralelamente deu-se continuidade aos estudos visando o reforço das capacidades de produção de água dessalinizada em S. Vicente e Sal e à elaboração do caderno de encargos para a selecção de um consultor visando a elaboração dos estudos de viabildade e o caderno de ancargos para o reforço e optimização do sistema electrico da ilha do Sal e elaboração de caderno de encargo para o lançamento do concurso para o reforço das potências instaladas nas centrais eléctricas de Palmarejo e Lazareto. Deu-se continuidade do concurso internacional visando aumentar a capacidade de produção e distribuição de energia eléctrica nas ilhas de Santo Antão, S.Nicolau, Fogo e Boa Vista. Os documentos do concurso foram inicialmente preparados num só lote por recomendação/condição ORET. Tendo em atenção os resultados do concurso lançado (um só concorrente submeteu proposta) e à consequente anulação do mesmo, em virtude da decisão Wartsila em não continuar o projecto, ORET/OFID (co-financiadores do projecto) aceitou, em finais de 2010, o relançamento do concurso em dois lotes, faltando nesta data a assinatura do contrato para fornecimento e montagem dos equipamentos. Deu-se continuidade aos trabalhos de implementação do projecto de Extensão da Central Eléctrica de Palmarejo, compreendendo o fornecimento e instalação de dois Grupos de 11 MW, prevendo-se a entrada em funcionamento provisória em Junho de 2012. 9

Legislação Decreto Lei de criação das filiais Ao abrigo da Resolução n.º 19/2010, de 16 de Abril, alterada pela Resolução n.º 26/2011, de 8 de Agosto, a Empresa de Electricidade e Água, SARL ( ELECTRA ), marcou o arranque efectivo do seu processo de reestruturação, criando duas filiais, respectivamente, a Electra Sul Sociedade Unipessoal, S.A., com sede na Praia, e Electra Norte, Sociedade Unipessoal, S.A., com sede em São Vicente para a produção, transporte, distribuição e comercialização de água e electricidade, com jurisdição, respectivamente, sobre as Ilhas de Sotavento e Barlavento, à excepção, neste último caso, da Ilha da Boa Vista na qual prevalece o contrato de subconcessão já celebrado entre a ELECTRA, SARL e a Empresa de Águas e Electricidade da Boavista, S.A., objecto de regulação através do Decreto-Lei n.º 26/2008, de 1 de Setembro. Para cada nova sociedade foi estabelecido como objecto social, a produção, o transporte, a distribuição e a comercialização de electricidade e água. A sociedade ainda exerce actividades relacionadas com recolha, tratamento e a reutilização de águas residuais. Após a prova de preenchimento de todos os requisitos legais perante os Conservadores de Registo e Notariado, procedeu-se ao registo da firma das novas sociedades, como se segue: 20-09-2011 Electra Sul - Sociedade Unipessoal, S.A., na Conservatória da Praia; 31-10-2011 Electra Norte Sociedade Unipessoal, S.A., na Conservatória de São Vicente; 10

Decreto-lei Direito de Consumidor Lei Defesa do Consumidor Lei nº88/vi/2006 de 9 de Janeiro de 2006 Outras acções desenvolvidas Implementação de um programa de recuperação da dívida privada e de combate às ligações fraudulentas; Implementação dum plano de recuperação da dívida de entidades públicas; Negociações com a AEB e assinatura do contrato de subconcessão das redes de distribuição de electricidade e água da ilha da Boa vista. Situação Financeira O Resultado Líquido de 2012 atingiu mesc 823.446 Negativos. 11

ACÇÕES MAIS SIGNIFICATIVAS PREVISTAS PARA 2013 Das acções mais significativas previstas para 2013, são de realçar as obras de elevado volume de investimento e que têm seus impactos na satisfação da procura, na qualidade de prestação de serviços e na redução dos custos de exploração. Investimentos: Produção de energia eléctrica Avaliação das propostas, adjudicação e assinatura de contrato para extensão III da Central do Eléctrica do Palmarejo (2x10 MW) e Extensão I Central do Lazareto (1x5,5MW) ou (2x5MW) Início do processo de Instalação das Centrais Únicas do S.Antão (2x1.6 MW) e Fogo (2x1.6 MW), e Reforço de capacidade de produção de energia nas Centrais de S.Nicolau (1x1 MW) e Boavista (1x1MW), no âmbito do Projecto ORET/OFID/BIDC. Grande manutenção de Grupos. Préqualificação dos concorrentes e lançamento de concurso para Extensão da Central de Palmeira (4x4MW) com interligação ao sistema Eólico existente. Produção de água para consumo humano Manutenção Geral da Unidade Pridesa de 5000m3/dia de capacidade, incluindo a substituição de todas as membranas instalada em 2002. Conclusão da montagem e arranque da Primeira fase dacentral Dessalinizadora UNIHA com capacidade de 5000m³/dia e 2 reservatórios de armazenagem de água de 1500 m3 de capacidade, cada. Conclusão do concurso e adjudicação para fornecimento e montagem de duas Unidades de 5000 m3/dia para as Centrais Dessalinizadoras de S.Vicente e Palmeira. 12

Grande manutenção de Dessalinizadores. Transferência da Unidade Dessalinizadora 1x12000m3/a (Euromec) da Central do Palmarejo para a Central Dessalinizadora de São Vicente. Início e conclusão do Programa de execução de abertura de furos captação água do mar para dessalinização em Palmarejo (3 furos), S.Vicente (2 furos) e Palmeira (2 furos). Abertura de furo de teste de caudal em Salamansa/S.Vicente. Distribuição de energia eléctrica Conclusão da construção e montagem das linhas aéreas e subterrâneas MT 20 kv ligando a Subestação 60/20 kv de Calheta de S. Miguel ao Tarrafal, à Assomada e à Santa Cruz. Continuação da Extensão das Redes MT/BT S. Vicente, Santiago, Sal, Santo Antão e São Nicolau. Rede MT/BT - Investimentos Endógenos e Manutenção Redução de Perdas Eléctricas Lançamento de concursos internacionais no âmbito do projecto de desenvolvimento dos sistemas de transporte e distribuição de energia eléctrica a remodelação e extensão das redes MT/BT das ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal, Maio, Santiago e Fogo (Projecto JICA II) Execução redes MT de interligação dos Concelhos em S.Antão e Fogo no âmbito Projecto ORET/OFID/BIDC. 13

Distribuição de água Substituição do troço de conduta de adução de água potável, em ferro fundido por polietileno, em Monte Barbosa, Eugénio Lima e Ponta de Água na ilha de Santiago. Reparação das infraestruturas de Stocagem/Adução/Distribuição nas ilhas Sal e Boavista. Investimentos Endógenos e Manutenção na rede de água Reestruturação da Electra A necessidade de melhorar a capacidade de intervenção da ELECTRA, de forma a acompanhar a dinâmica de desenvolvimento do País, levou o seu principal accionista - o Estado - a equacionar uma intervenção profunda que permita a realização dos investimentos necessários, dotando assim a empresa de capacidade de resposta aos novos desafios. A reorganização institucional foi objecto de estudos prévios levados a cabo por um consultor externo, cujas recomendações incluem a criação de duas empresas subsidiárias, designadas por ELECTRA Norte e ELECTRA Sul, competindo à ELECTRA criar as condições para a sua operacionalização. No decurso de 2013 continuar-se-á com o programa de monitorização do Contrato de Performance. Definição de uma nova Tarifa de Referência da Electra O tarifário em vigor não assegura o equilíbrio Económico e Financeiro da empresa, designadamente pelo facto da ARE ter fixado em 2008 um nível de perdas aceitáveis muito inferior às perdas reais e às perdas consideradas no Business Plan da Electra. Assim, deverá ser aprovado até meados de 2013 um novo regulamento tarifário para o novo quinquénio 2013_2017, assim como uma nova tarifa de referência, eventualmente com uma nova estrutura tarifária, para o referido período tarifário, que tenha em consideração, por um lado, parâmetros mais consensuais, designadamente no que se refere às perdas nas redes de transporte e distribuição de electricidade e água e, por outro lado, que introduza incentivos à economia de energia e à eficiência energética. 14

15

ACTIVIDADE OPERACIONAL PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA A produção de energia eléctrica em Cabo Verde reparte-se por três grupos de tecnologias: fuel óleo 180, Fuel oil 380 e o gasóleo. Térmica diesel Eólica, e Solar fotovoltaica A produção térmica utiliza combustíveis de origem fóssil, A ELECTRA tinha em exploração em 31.12.2012 um conjunto de 15 centrais diesel de dimensões variadas, 1 parque eólico e 2 centrais solares. 16

Repartição da potência a 31.12.2012 (kw) Ilha Unidade de Produção Diesel Éolica Solar Porto Novo 1.800 Ribeira Grande 3.800 Santo Antão 5.600 Matiota 10.909 900 Lazareto 7.440 S.Vicente 18.349 900 Tarrafal 2.220 S.Nicolau 2.220 Sal Palmeira 11.356 2.500 Maio Porto Inglês 1.376 Praia 7.426 Palmarejo 48.043 5.000 Assomada (Sta Catarina) 3.850 Tarrafal ST 1.360 S.Cruz 2.176 Santiago 62.854 5.000 S.Filipe 3.000 Mosteiros 800 Fogo 3.800 Brava Favetal 1.056 Total Electra 106.611 900 7.500 A potência instalada no parque produtor da ELECTRA totalizava no final do ano 115.011 kw repartida pelas centrais diesel 106.611 kw (92,7 %), centrais eólicas 900 kw (0,8%) e centrais solares 7.500 KW (6,5%). No ano 2012 foram produzidos 330.196.955 kwh de energia eléctrica, sendo 79.1,5% origem térmica, 18,6% eólica e 2.3% solar. 350.000 300.000 250.000 200.000 Evolução Produção de Energia MWh 150.000 100.000 285.795 294.934 318.413 322.394 330.197 50.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 A evolução da produção de energia eléctrica ao longo dos últimos 5 anos registou uma taxa média de crescimento de 3,7% ao ano. Em relação ao ano 2012 registou-se um aumento de 2,4% determinado pelo crescimento da procura. Esse aumento foi suportado basicamente pela produção a Fuel Óleo 180 e compra de energia eólica. 17

Evolução da Produção de Energia 2008 2009 2010 2011 2012 Disel Eólica Vapor Solar Electra 279.645 5.510 640 0 285.795 290.273 4.661 0 0 294.934 314.315 1..992 0 2..105 318.413 297.833 15.605 0 8. 956 322.394 261.334 61.399 0 7..464 330.197 A produçãoo de energia Diesel teve uma diminuiçãod o de 12%. A produçãoo da energia Eólica teve um aumento dee 293%. A produçãoo de energia solar teve uma diminuiçãoo de 17%.. Optou-e pela paragem do Parque Solar no Sal, devido a disponibilidade de pentração de energia Eólica, Produção por central e tipo de equipamento em 2012 (kwh) Ilha Central Porto Novo Diesel 5.218.791 Éolica Solar Total 5.218.791 Repartição percentual Ribeira Grande 7.052.259 1.390.002 8.442.261 Santo Antão Matiota 12.271.050 11.501.700 1.390.002 20.682.221 13.661.052 32.183.921 4,1% Lazareto 33.905.553 33.905.5533 S. Vicente Ribeira Brava 45.407.253 0 20.682.221 66.089.4744 0 20,0% Tarrafal 5.522.596 5.522.596 S. Nicolau Sal Maio Palmeira Porto Ingês Cidade da Praia 5.522.596 27.455.606 2.733.453 3.398.780 10.960.398 28.366.230 1.640.227 5.522.596 40.056.231 2.733.4533 31.765.0100 1,7% 12,1% 0,8% Palmarejo 141.117.697 5.823.494 146.941.191 Total Praia 144.516.477 28.366.230 5.823.494 178.706.2011 54,1% Assomada (Sta Catarina) Ribª da Barca 6.515.234 0 6.515.234 0 Tarrafal Santiago 815.530 815.530 S.Cruz Órgãos 1.306.790 1.306.7900 Total Interior Santiago 8.637.554 8.637.554 2,6% Santiago S.Filipe 153.154.030 10.596.172 28.366.230 187.343.7555 10.596.172 56,7% Mosteiros 1.489.173 1.489.173 Fogo 12.085.345 12.085.3455 3,7% Brava Favetal 2.705.049 2.705.049 0,8% Total Electra 261.334.382 61.398.851 7.463.721 330.196.9555 100,0% 18

Variação de pontas máximas Entre os diversos centross electroprodutores, a ponta máxima foi de 33.410 kw, registada na cidade da Praia, ilhaa de Santiago, no dia 16 de Outubro, às 12:00 horas. É de realçar o aumento considerável da ponta máxima noo sistema da ilha do Sal, devido ao aumento substancial da produção, resulatnte r do fornecimento de energia à empresa APP - Águas de Ponta Preta. Pontas máximas (kw) Ilha Sistemas 2009 2010 2011 2012 Valor Mês Dia Hora Santo Antão Porto Novo 956 994 1. 060 1.112 Junho 24 20:27 Ribeira Grande 1.7477 1.728 1. 673 1.805 Dezembro 31 20:25 S. Vicente S.Vicente 10.9000 10.900 11. 000 11.700 Janeiro 3 21;00 Tarrafal 1.0200 1.054 1. 136 1.130 Agosto 7 20;30 Sal Maio Sal Maio 6.420 578 6.280 564 6. 100 590 8.396 552 Março Janeiro 20 18 20:00 0:00 Santiago Cidade da Praia 24.0000 25.100 27. 935 33.410 Outubro 16 12:00 Assomada (Sta Catarina) 2.246 2.700 3. 700 3.650 Janeiro 11 19:30 Ribª da Barca (Sta. Catarina) 156 145 Tarrafal Santiago 1.092 1.141 2. 000 1.092 Janeiro 7 19:10 S.Cruz 1.5755 1.815 2.458 2.281 Janeiro 14 18:45 Fogo S. Filipe 1.490 1.620 1. 960 1.990 Fevereiro 0 0:00 Mosteiros 402 392 385 540 Novembro 0 0:00 Brava Favetal 568 570 550 614 Dezembro 0 0:00 Ponta Assíncrona Total 54.526 55.068 60..547 68.272 19

Qualidade de Serviços Os sistemas de produção de Porto Novo, São Nicolau e Sal registaram tempos de interrupção superiores aos verificados em 2011. Este fenómeno deveu-se a falhas e avarias sistemática as nos grupos da base doo sistema electroprodutores, devido a falta de manutenç ão nos grupos geradores. Black-Outs (Quantidade e duração) Ilha Sistemass Qtd Santo Antão Porto Novo Ribeira Grande 36 12 S. Vicente S. Nicolau S.Vicente Ribeira Brava Tarrafal 15 0 38 Sal Maio Santiago Sal Maio Cidade da Praia 56 47 36 Assomada (Sta Catarina) 102 Tarrafal Santiago 43 S.Cruz 29 Fogo S.Filipe Mosteiros 3 0 Brava Favetal 1 2012 Dur.(min) 1.393 530 273 0 741 4.689 7.826 1.288 5.539 1.208 1.404 1.235 0 63 Qtd 2011 Dur.(min) 13 379 19 1.220 31 672 0 0 18 256 16 1.943 87 15.405 36 2.218 133 7.307 99 5.975 133 10.306 3 465 0 0 17 1.334 Var. 2011-2012 Dur.( (min) Qtd 23-7 -16 0 20 40-40 0-31 -56-104 0 0-16 1.014-690 -399 0 485 2.746-7.579-930 -1.768-4.767-8.902 770 0-1.272 Consumos de Combustíveis 20

Durante o ano 2012 foram consumidos 7.955.014 litros de fuelóleo 380; 40.162.318 litros de fuelóleo 180 e 15.365.073 litros de gasóleo na produção de energia nas centrais diesel. Relativamente ao ano 2011 registou-se uma diminuição de consumo de gasóleo em 25,1%. O consumo do fuelóleo 180 e fuelóleo 380 diminuíram 6,2 % e 22,6 % respectivamente, devido a uma maior taxa de penetração de energia eólica. Consumo de combustível na produção de energia Ilha Central Gasóleo (L) Fuel Oil 180 (L) Fuel Oil 380 (L) Cons.específico (gr/kwh) 2012 2011 Var 2012/2011 Porto Novo 1.440.570 231,9 238,3-6,4 Ribeira Grande 1.935.165 230,5 231,1-0,6 Santo Antão 3.375.735 Matiota 1.070.717 1.933.436 236,2 232,7 3,5 Lazareto 74.939 7.955.014 227,1 223,9 3,2 S. Vicente 1.145.656 1.933.436 7.955.014 Ribeira Brava Tarrafal 1.590.588 241,9 234,9 7,0 S. Nicolau 1.590.588 Sal Sal 86.708 6.847.742 237,1 234,5 2,6 Maio Maio 758.181 233,0 233,5-0,5 Cidade da Praia 863.388 213,4 235,3-21,9 Palmarejo 1.058.102 31.381.140 215,3 220,9-5,5 Total Praia 1.921.490 31.381.140 Assomada (Sta Catarina) 1.807.131 233,0 230,0 3,0 Ribª da Barca (Sta. Catarina) 0 0,0 0,0 0,0 Tarrafal Santiago 256.051 263,7 226,8 36,9 S.Cruz 371.341 238,7 236,1 2,6 Total Interior Santiago 2.434.524 Santiago 4.356.013 31.381.140 S.Filipe 2.919.557 231,4 233,8-2,4 Mosteiros 441.362 249,0 240,5 8,5 Fogo 3.360.919 Brava Favetal 691.274 214,7 215,3-0,6 Total Electra 15.365.073 40.162.318 7.955.014 223,1 223,9-0,8 No que concerne ao consumo específico de combustíveis é de salientar que o valor de 2012 (223,1 gr/kwh) sofreu uma diminuição, de 0,8 gr/kwh, relativamente ao valor de 2011 (223,9 gr/kwh). 21

Com o aumento da taxa de penetração das energias renováveis em vários centros produtores, notou-se um agravamento dos consumos específicos, sobretudo nos centros produtores das ilhas do Sal e de São Vicente. Consumo de Lubrificantes Consumo de lubrificantes na produção de energia Ilha Central Total (L) Cons.específico (gr/kwh) 2012 2011 Var 2012-2011 Porto Novo 5.661 0,97 0,74 0,22 Ribeira Grande 7.778 0,98 0,95 0,03 Santo Antão 13.439 Matiota 41.907 3,24 4,00-0,76 Lazareto 87.480 2,30 1,48 0,82 S. Vicente 129.387 Tarrafal 9.878 1,59 1,39 0,20 S. Nicolau 9.878 Sal Sal 68.162 2,21 1,10 1,11 Maio Maio 3.310 1,08 1,09-0,01 Cidade da Praia 1.294 0,34 1,51-1,17 Palmarejo 179.853 1,13 0,91 0,22 Total Praia 181.147 Assomada (Sta Catarina) 6.991 0,95 1,22-0,27 Tarrafal Santiago 1.913 2,09 0,91 1,18 S.Cruz 1.857 1,26 1,33-0,07 Total Interior Santiago 10.761 Santiago 191.908 S.Filipe 5.732 0,48 0,43 0,05 Mosteiros 430 0,26 0,08 0,18 Fogo 6.162 Brava Favetal 1.422 0,47 0,46 0,00 Total Electra 423.667 1,44 1,18 0,26 O consumo de lubrificantes passou de 1,18 gr/kwh no ano 2011 para 1,44 gr/kwh no ano 2012. Em 2012 foram consumidos mais 423.667 litros de óleos lubrificantes nas centrais diesel, o que corresponde a um aumento nos lubrificantes de 6,0% relativamente a 2011. 22

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA Balanço energético Da energia produzida no total dee 330.196.955 Kwh foi distribuída para a rede pública 300.283.631 Kwh (90,9%). A energia consumida na dessalinização e bombagem de água no valor de 18.833.329 kwh, aumentou de 5,5% em 2011 para 5,7% em e 2012. Os consumos internos no valor de 11.079.994 kwh da produção, p, diminui de 3,8% em 2011 paraa 3,4% em 2012, justificado principalmente, pela entrada em funcionamentoo dos grupos Wartsila e consequentemente a desactivação das pequenas centrais no interior de Santiago. Consumos referidos à produção (Gross electrical consumption ) - 2012 (kwh) Consumos afectos à produção nas centrais Fornecimentos à rede distribuição Consumo Total dos Ilha Central Produção Consumo Bombagem consumos Dessalinização Interno água da 2012 2011 2012-2011 produzida produção Porto Novo 5.218.791 8.089 8.089 5.210.7022 5.071.141 Ribeira Grande 8.442.261 7.566 7.566 8.434.695 8.169.228 Santo Antão 13.661.052 0 15.655 0 15.655 13.645.397 13.240.369 405.028 Matiota 32.183.921 5.733.473 817.540 478.729 7.029.742 25.154.179 15.013.034 Lazareto 33.905.553 1.779.500 1.779.500 32.126.0533 42.590.395 S. Vicente S. Nicolau Sal Maio Palmeira Maio Cidade da Praia 66.089.474 5.522.596 40.056.231 2.733.453 37.588.504 5.733.473 0 3.940.313 0 2.597.040 11.945 2.406.265 10.813 431.218 478.729 0 281.570 0 8.809.242 11.945 6.628.148 10.813 431.218 57.280.2322 5.510.6511 33.428.0833 2.722.640 37.157.286 57.603.429 5.368.753 30.618.747 2.827.370 20.256.965-323.198 141.898 2..809.336-104.730 Palmarejo 141.117.697 7.638.847 5.524.545 760.396 13.923.789 127.193.908 120.955.763 Total Praia 178.706.201 7.638.847 5.955.763 760.396 14.355.007 164.351.1944 141.212.729 23..138.465 Assomada (Sta Catarina) 6.515.234 14.439 14.439 Ribª da Barca (Sta. Catarina) 0 0 0 Tarrafal Santiago 815.530 8.280 8.280 Calheta de S. Miguel 0 0 S.Cruz 1.306.790 12.864 12.864 Total Interior Santiago 8.637.554 0 35.583 0 35.583 8.601.9711 27.319.652-18.717.681 Santiago S.Filipe 187.343.755 10.596.172 7.638.847 5.991.346 23.000 760.396 14.390.590 23.000 172.953.164 10.573.172 168.532.381 9.854.351 4..420.784 Mosteiros 1.489.173 6.730 6.730 1.482.443 1.474.764 Fogo 12.085.345 0 29.730 0 29.730 12.055.6155 11.329.115 726.500 Brava Favatal 2.705.049 0 17.200 0 17.200 2.687.849 2.449.607 238.242 Total Electra 330.196.955 17.312.633 11.079.994 1.520.695 29.913.323 300.283.631 291.969.771 8..313.860 23

As perdas de Energia Eléctrica, soma das perdas técnicas e comerciais, passaram de 27,0% no ano 2011 para 28,7no ano 2012. Relativamente a Santiago a Electra continua atenta aos valores das perdas, que este ano atingiu quase os 37,0% e vem desenvolvendo acções para as poder controlar, quer ao nível das perdas comerciais quer ao nível das perdas técnicas. O roubo/fraude de energia eléctrica, que atinge particularmente a ilha de Santiago, alcançou níveis muito preocupantes, levando já a Electra, juntamente com as entidades governamentais competentes a uma acção concertada para a tentativa de resolução do problema. Produção versus vendas de energia eléctrica Total dos Ilha Central Produção consumos da Vendas Perdas produção 2012 2011 Porto Novo 5.218.791 8.089 3.948.978 1.261.724 24,2% 23,3% Ribeira Grande 8.442.261 7.566 6.478.438 1.956.257 23,2% 22,9% Santo Antão 13.661.052 15.655 10.427.416 3.217.981 23,6% 23,1% Matiota 32.183.921 7.029.742 0,0% Lazareto 33.905.553 1.779.500 0,0% S. Vicente 66.089.474 8.809.242 43.603.828 13.676.404 20,7% 18,8% Tarrafal 5.522.596 11.945 S. Nicolau Tarrafal 5.522.596 11.945 4.584.677 925.974 16,8% 14,1% Sal Palmeira 40.056.231 6.628.148 30.449.409 2.978.674 7,4% 4,2% Maio Maio 2.733.453 10.813 2.002.489 720.151 26,3% 20,8% Cidade da Praia 31.765.010 431.218 Palmarejo 146.941.191 13.923.789 Total Praia 178.706.201 14.355.007 87.255.425 77.095.769 Assomada (Sta Catarina) 6.515.234 14.439 7.597.189-1.096.395 Tarrafal Santiago 815.530 8.280 2.968.734-2.161.484 S.Cruz e S.Miguel 1.306.790 12.864 5.881.722-4.587.796 Total Interior Santiago 8.637.554 35.583 16.447.645-7.845.674 Santiago 187.343.755 14.390.590 103.703.070 69.250.095 37,0% 35,6% S.Filipe 10.596.172 23.000 7.417.825 3.155.347 29,8% 27,2% Mosteiros 1.489.173 6.730 1.266.545 215.898 14,5% 16,4% Fogo 12.085.345 29.730 8.684.370 3.371.245 27,9% 25,8% Brava Favetal 2.705.049 17.200 1.934.789 753.060 27,8% 21,9% Total Electra 330.196.955 29.913.323 205.390.048 0 94.893.584 28,7% 27,1% 24

PRODUÇÃO DE ÁGUA A produção e distribuição de água pela ELECTRA estão circunscritas às ilhas de S. Vicente, Sal e a Cidade da Praia na ilha de Santiago. Capacidade Instalada A ELECTRA dispunha em 2012 de 3 centrais de produção de água dessalinizada e explorava 6 furos de captação de água subterrânea. A dessalinização da água do mar constituía 91% da capacidade de produção. As águas subterrâneas captadas somente na ilha de Santiago, também alimentaram o sistema de distribuição de água na cidade da Praia. Foram utilizadas as seguintes tecnologias de dessalinização de água do mar na produção de água no ano 2012. Capacidade de produção (m 3 /d) Ilha/Unidade Produção Processo Dessalinização Designação Capacidade Nominal (m 3 /d) Capacidade Garantida (m3/d) Água Subterrânea (garantida) (m3/d) Total (garantida) (m3/d) Osmose Inversa RO1-1000 1.000 1.000 1.000 Osmose Inversa RO2-1000 1.000 1.000 1.000 Osmose Inversa RO3-1000 1.000 1.000 1.000 Osmose Inversa RO4-1200 1.200 1.200 1.200 Osmose Inversa RO5-1200 1.200 1.200 1.200 Total S.Vicente 5.400 5.400 5.400 Osmose Inversa RO1-1000 1.000 1.000 1.000 Osmose Inversa RO2-1000 1.000 1.000 1.000 Osmose Inversa RO3-1200 1.200 1.200 1.200 Osmose Inversa RO4-1200 1.200 1.200 1.200 Total Sal 4.400 4.400 4.400 Osmose Inversa RO1-5000 5.000 5.000 5.000 Osmose Inversa RO2-1200 1.200 1.200 1.200 Osmose Inversa RO3-5000 5.000 5.000 5.000 Galerias 0 0 Furos 2.080 2.080 Total Santiago (Praia) 11.200 11.200 2.080 13.280 Total Electra 21.000 21.000 2.080 23.080 25

Produção de Água Evidencia-se a abaixo, a evolução da Produção de água ao longo dos últimos 5. A ELECTRA produziu no ano 2012 4.383.690 m3 de água sendo 4.066.854 m3 de água dessalinizada (92,8 % do total) e 316.836 m3 de água de origem subterrânea (7,2%). Devidas as várias paragens na produçãoo de energia e problemas na zona de captação de água do mar, em relação ao ano 2011, houve uma diminuição da produção de água em 0,2% 0 o quee corresponde a 10.379 m3. 26

Produção de água (m 3 /d) Ilha/Unidade Produção Processo Designação Produção 2012 2011 Var 2012-2011 Osmose Inversa RO-1 294.049 314.483-6,5% Osmose Inversa RO-2 269.994 299.329-9,8% Osmose Inversa RO-3 9.664 80.845-88,0% Osmose Inversa RO-4 289.185 378.028-23,5% Osmose Inversa RO-5 387.912 277.951 39,6% S.Vicente 1.250.804 1.350.636-7,4% Osmose Inversa - P.I. APP 0 72.927-100,0% Osmose Inversa UNIHA 1 256.963 341.842-24,8% Osmose Inversa UNIHA 2 293.793 291.091 0,9% Osmose Inversa Euromec 1 73.496 0 100,0% Osmose Inversa Euromec 2 99.285 0 100,0% Sal 723.537 705.860 2,5% Osmose Inversa 1200 RO-1 7.256 160.967-95,5% Osmose Inversa 1200 RO-2 318.895 419.808-24,0% Osmose Inversa 5000 Pridesa 1.766.363 1.422.115 24,2% Osmose Inversa 5000 Acciona 0 0 0,0% Dessalinizada 2.092.513 2.002.890 4,5% Galerias 0 0 0,0% Furos 316.836 334.683-5,3% Subterrânea 316.836 334.683-5,3% Santiago (Praia) 2.409.349 2.337.573 3,1% Total Dessalinizada 4.066.854 4.059.386 0,2% Total Subterranea 316.836 334.683-5,3% Total Electra 4.383.690 4.394.069-0,2% 27

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Balanço hidrológico Durante o ano 2012 foram entregues à distribuição 4.364.346 m3 de água, cerca de 99,6% do total produzido. O consumo interno foi de 19.344 m3 de água, cerca de 0,4% do total produzido. As perdas totalizaram em 2012 cerca de 1.423.630 m3 de água cerca de 32,5% do total produzido. Em relação ao ano 2011 houve um aumento de 0,7%. Houve um aumento das perdas nos sistemas de distribuição da Praia de 3,0% e Sal de 2,9% e uma diminuição no sistema de São Vicente de 5,4%. Repartição da água produzida (m3) Unidade de Água produzida Consumo Perdas Vendas Produção Origem Quantidade Interno 2012 2011 S.Vicente Dessalinização 1.250.804 4.514 965.935 280.355 22,4% 27,8% Sal Dessalinização 723.537 4.978 504.872 213.687 29,5% 26,6% Dessalinização 2.092.513 Subterrânea 316.836 Santiago (Praia) 2.409.349 9.852 1.469.909 929.588 38,6% 35,6% Total Electra 4.383.690 19.344 2.940.716 1.423.630 32,5% 31,8% 28

ÁGUAS RESIDUAIS A ELECTRA exerce actividade de recolha e tratamento de d águas residuais na Cidade da Praia. No ano de 2012 foram recolhidos cerca de 547.522 m3 de água residual, sendo tratados 357. 647 m3 naa estação de tratamento (ETAR), i.e. 980 m3/dia. O caudal médio diário nos últimos quatro meses do ano 2012, após a reabilitação do sistema de tratamento, foi de 1.203 m3/dia (máximo 1.829 m3, mínimo 776 m3), registando um aumento de 27% face ao período homologo anterior, que foi de 946.6 m3/dia. A totalidade de águas residuais tratadas (357.647 m3) tevee tratamento primário, secundário e terciário. Durante o anoo de 2012 foram executadas 1.373 novas ligações à rede de esgotos. Evolução dos ultimos 5 anos m 3 Caudal médio diário m 3 20 07 294.858 806 2008 366.825 1.005 2009 357.555 1.150 2010 335.401 931 2011 339.774 932 2012 357.647 980 29

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ACTIVIDADE COMERCIAL A Direcção Comercial (DCM),( no decurso do ano 2012, manteve como objectivos primordiais a recuperação de dívidas dos clientes, a redução de perdas comerciais, a melhoria da qualidade dos serviços prestados e de satisfação dos Clientes. e impondo, gradualmente, uma maior eficácia e eficiência do sistema de gestão. O aumento a da facturação e de cobranças bem como a recuperação da imagemm da empresa estiveram na origem da nova dinâmica imprimida ao longo de 2012. Ao longo do ano deu-se continuidade à implementação de processos de controlo interno. Estes vêm ajudando na mudançaa de atitude dos colaboradores A nova Administração da empresa criou novas dinâmicas fazendo com que as condições de trabalho da DCM fossem propiciadoras de maior eficácia e eficiência no desempenho comercial da empresa, não obstante os efeitos da envolventee externa, grandemente influenciada pela grandee crise financeira e económicaa internacional. Com muito esforço e dedicação da equipa de trabalho da DCM, naturalmente apoiada por equipas de outras Direcções, se obtiveram os resultados apresentados no presentee relatório. O projecto MECOFIS, iniciado em finais de 2008, nas cidades de Mindelo e Praia, depois na Assomada e em 2010, na ilha do Sal, apesar de algumas dificuldades e desvios dos seus objectivos principais, sobretudo por necessidades estruturais, através das suass actividades foram conseguidos alguns resultados positivos, sobretudo, a nível das cobranças, facturações e recuperaçãoo de créditos. Relembramos que as actividades e objectivos previstos a nível deste projectoo eram os seguintes: inspecções dos locais de consumo, detecção de fraudes e roubos de electricidade e água, substituição de contadores velhos e emm mau estado de funcionamento, execução de pequenos trabalhos de melhoria de ramais e baixadas, cortes por dívida, com destaque para uma nova abordagem aos clientes. Esse mesmo projecto que, apesar de algumas adaptações, tem apresentado resultadoss que se traduzem na contenção do considerável aumento global g de perdas, melhoria da 31

facturação e recuperação de dívidas. Os resultados poderiam ser melhores caso a parte punitiva dos infractores, que não depende da ELECTRA, estivesse a funcionar. Em S. Vicente, o projecto foi dado por terminado em Dezembro de 2010, para ser reformulado em termos de prestação de serviço. Este projecto foi reforçado na Praia, contudo necessita de uma reavaliação e reorientação na procura de maior eficácia. Dado o peso das perdas comercias no total das perdas na electricidade e água fazemos aqui uma breve alusão às mesmas. Relativamente às perdas na electricidade, atingiram os 94,9 milhões de kwh o que representa 28,7% em relação à produção e 46,2% em relação às vendas. Relativamente ao ano de 2011, houve um aumento global de 1,6 %, contrariamente ao que se esperava tendo em conta o esforço desenvolvido por toda a ELECTRA, concretamente pelas Unidades Comerciais e de Distribuição e ainda através do projecto MECOFIS. Constatam-se crescimentos dos valores percentuais de perdas em todas as UCs. Isto deveu-se, sobretudo, às situações de clientes cortados por falta de pagamento, que não pagam as dívidas e continuam a obter energia através de autoreligações clandestinas. Infelizmente, ainda em 2012 não se conseguiu a separação do valor global das perdas, em técnicas e comerciais o que esperamos virem a ser clarificadas, oportunamente, para uma definição clara de responsabilidades e de actuação. Em relação às perdas na água, mantiveram-se, praticamente, os 1,4 milhões de m 3, o que representa 32,5% em relação ao total produzido e 48,6% das vendas. Relativamente ao ano de 2011, houve um aumento de 0,8% o que demostra pouca insistência e fraca dinâmica na forma de combate as perdas na Praia e na ilha do Sal. Contudo, registou-se um abaixamento em cerca de 5,4% em S. Vicente. Durante 2012 deu-se continuidade aos novos procedimentos e formas de pagamento das facturas ELECTRA através das Caixas Automáticas Vinti4, do telemóvel e através dos sites portondinosilha e o da própria ELECTRA. Infelizmente a adesão a estes processos é lenta mas constatou-se algum progresso apesar de algumas anomalias prontamente reparadas. A comunicação, sobretudo entre a empresa e os clientes mereceu uma atenção redobrada. A DCM é consciente de ter muito trabalho pela frente nesta matéria, sobretudo na necessidade da criação de um Contact Center, contudo foram melhorados os acessos de clientes aos nossos serviços através linhas telefónicas de acesso gratuito para os clientes, entre outros serviços, facilitadores do relacionamento entre os clientes e a empresa. Outro aspecto importante de referir é a utilização, muito 32

frequente, do Site ELECTRA que se reforça cada vez mais como um canal privilegiado dos clientes no contacto com a empresa e colocação das suas dificuldades e problemas. A Direcção Comercial tem procurado responder com a maior rapidez possível, muito embora estamos cientes do longo caminho a percorrer para atingir a qualidade almejada. Evolução do número de contratos 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 N CONTRATOS 2008 2009 2010 2011 2012 ÁGUA ENERGIA ELÉCTRICA Nº CONTRATOS NÍVEL TENSÃO 2011 2012 Var. 2012/11 (%) BAIXA TENSÃO 123.460 132.624 7,42 BAIXA ESPECIAL 672 704 4,76 MÉDIA TENSÃO 143 153 6,99 TOTAL ENERGIA 124.275 133.481 7,41 ÁGUA 40.160 44.772 11,48 De acordo com estes quadros, registaram-se aumentos de 7,41% nos contratos de electricidade e 11,48% nos contratos de água. 33

Vendas de Energia Eléctrica e Água A ELECTRA, em 2012, vendeu 205.390.048 kwh de electricidade, tendo-se registado um decréscimo da ordem de 1%, em relaçãoo ao ano 2011. Contudo, a variação será positiva e da ordem dos 0,4% se deduzirmos, em 2011 valor da energia facturada na Boa Vista, da ordem dos 2.849.789 kwh. FACTURAÇÃO ENERGIA (kwh) 2011 2012 VAR.(%) ESTADO 12.964.103 12.956.929-0,06 AUTARQUIAS 9.929.552 10.365.507 4,39 INST/ORG.SOCIAISS 5.110.386 4.643.727-9,13 COM/IND/AGRI. 79.778.886 79.770.615-0,01 DOMÉSTICOS 98.761.397 96.945.416-1,84 C.PRÓPRIO 915.819 707.854-22,71 TOTAL ELECTRA 207.460.143 205.390.048-1,00 FACTURAÇÃO ÁGUA (m3) 2011 2012 VAR.(%) STADO 143.738 145.624 1,31 AUTARQUIAS 227.583 254.014 11,61 INST/ORG.SOCIAISS 53.648 46.773-12,82- COM/IND/AGRI. 577.743 550.401-4,73 DOMÉSTICOS 1.987.966 1.925.246-3,15 C.PRÓPRIO TOTAL ELECTRA 14.619 3.005.297 18.658 27,632 2.940.716-2,15- Em 2012 facturou-se 2.940.716 m3 de água, tendo-se verificado, relativamente a 2011, uma redução em cerca de -2,15%, justificada pela diminuição da produçãoo de água.. O crescimento médio ao longoo dos últimos 5 anos tem sido diminuto e da ordem dos 0,5%. 34

Tarifas e Preços Médios de Venda Em substituição à actualização tarifária de 27 de Junho de 2008, registou-se a 12 de Abril de 2011 uma alteração das tarifas de vendas de electricidade e água, permanecendo inalteradas as taxas de potência e outras taxas de serviços. Os preços médios de venda no ano transacto conheceram a seguinte evolução: Produto Unidade 2011 2012 Variação (%) Electricidade ECV/kWh 29,57 31,26 6,79 Água ECV/m 3 375,98 365,33-2,83 Facturação e Cobrança Tipo Cliente ÁGUA ENERGIA TOTAL (ECV) RELAÇAO COBR/FACT FACTURAÇÃO COBRANÇA FACTURAÇÃO COBRANÇA FACTURAÇÃO COBRANÇA 2011 2012 ESTADO 100.343.964 58.683.915 431.820.655 303.385.146 532.164.619 362.069.061 113,84 68,04 AUTARQUIAS 161.225.988 64.745.099 359.313.615 96.957.992 520.539.603 161.703.091 50,28 31,06 DOMÉSTICOS 703.949.594 640.293.583 3.915.791.106 3.528.032.200 4.619.740.700 4.168.325.783 89,25 90,23 EMPRESAS PÚBLICAS 23.642.900 25.509.519 321.251.676 288.099.717 344.894.576 313.609.236 114,89 90,93 EMPRESAS PRIVADAS 290.666.242 287.919.820 2.799.966.578 2.677.827.440 3.090.632.820 2.965.747.260 95,31 95,96 ELECTRA 1.279.828.688 1.077.151.936 7.828.143.630 6.894.302.495 9.107.972.317 7.971.454.431 91,90 87,52 A facturação e cobrança aumentaram relativamente ao ano anterior em 10,66% e 5,39%, respectivamente. Relativamente às variações de 2011 em relação a 2010 verificaram-se aumentos de 12,82% e 10,87% respectivamente, o que significa um decréscimo no desempenho comercial. Estas variações devem-se, em parte, à actualização tarifária. Dívida Global Relativamente à dívida global dos clientes, registou-se um agravamento de 25,75%, correspondente a 1.228.286.174 CVE. O rácio entre os valores de cobranças e facturação em 2012, foi de 87,52%, valor que traduz um decréscimo de -4,38% em relação a 2011. Analisando esse rácio em relação às Unidades Comerciais, verifica-se que nas da região Barlavento o valor médio situa-se em 35

91,76%, um pouco acima do valor global da ELECTRA. No tocante à região de Sotavento o valor médio é de 86,02%, um pouco abaixo do valor global. Contribuíram para o abrandamento do crescimento da dívida e, consequentemente, alguma recuperação de créditos, na região do Barlavento, a melhoria da dinâmica da DCM durante o ano de 2012, associado à melhoria de vários procedimentos e ferramentas de controlo. O tratamento e a recuperação da dívida continuaram a ocupar, ao longo do ano, a maior parte da atenção e esforços da DCM, a todos os níveis da sua estrutura organizativa. Estas actividades continuaram a ser desenvolvidas com enormes esforços e dificuldades, nomeadamente na recuperação de créditos sobre os clientes domésticos. A realização de acções de interrupção do fornecimento para a recuperação de dívidas, em particular nos grandes centros urbanos, mostrou-se difícil e inconsequente, sobretudo, devido a alguma impunidade dos prevaricadores. Comparativamente ao exercício de 2011, constatou-se em 2012 um aumento da dívida em 25,75%, repartida entre dois grandes sectores: Entidades Oficiais (Governo, Municípios, Instituições Públicas) com cerca de 28% e Outras Dívidas (Domésticos, Comércio, Indústria e Instituições) com 72%. Dívidas 2011 2012 VAR.(%) ESTADO 56.077.983 232.668.204 314,90 AUTARQUIAS 1.040.978.327 1.399.343.839 34,43 DOMÉSTICOS 2.791.733.537 3.285.962.582 17,70 EMP.PÚBLICA 28.482.743 59.845.330 110,11 EMP.PRIVADAS 853.019.860 1.020.758.669 19,66 EMP.PRIVA DAS 17% EMP.PÚBLIC A 1% DÍVIDA POR TIPO CLIENTE DOMÉSTICO S 55% ESTADO 4% AUTARQUIA S 23% TOTAL ELECTRA 4.770.292.450 5.998.578.624 25,75 O valor da dívida, registado no sistema de gestão comercial, em 31 de Dezembro de 2012, era de 5.998.578.624 CVE, sendo 3.532.965.799 CVE (58.9%) de dívida vencida com mais de 1 ano e 2.465.612.825 CVE com menos de 1 ano (41.1%). Se tivermos em consideração o valor das facturas não vencidas, o total da dívida seria de, aproximadamente, 4.820.716.052 CVE. De acordo com dados do sistema o valor da dívida incobrável, em virtude da não localização ou inexistencia (falecimento, falência, ausência, etc.) dos respectivos devedores, atingia o total de 70.497.001 ECV. Se deduzirmos ao valor da dívida vencida as dívidas do Estado (232.668.204 CVE), da IP (1.094.047.271 ECV) e dos incobráveis (70.497.001 ECV), poderemos considerar que o valor 36

da dívida dos Clientes Domésticos, Comércio/Industria, Municípios e outros cobráveis situava-se, em 31 de Dezembro de 2012, no valor de 3.423.703.576 CVE. Divida global 5.998.578.624 Divida < 60 dias (não vencida) 1.177.862.572 Divida > 60 dias (vencida) 4.820.716.052 Divida do Estado* e Governo** 232.668.204 Divida de Iluminação Publica 1.094.047.271 Divida Incobrável (ELAG) 70.297.001 Total 1.397.012.476 Divida objectiva a recupear 3.423.703.576 * A dívida do Estado acima indicada diz respeito, concretamente, às das empresas estatais com autonomia financeira, tendo atingido o valor de 124.729.901 ECV (232.668.204 107.938.303). **O valor da dívida do Governo apresentado no quadro acima e registado no ELAG era, em 31-12-12, de 107.938.303 ECV o que contabilisticamente não está correcto. Isto porque a Direcção Geral do Tesouro (DGT) realizou adiantamentos à ELECTRA nesse mesmo valor. Posteriormente, e porque alguns Ministérios e Serviços liquidaram algumas facturas de consumo, com os devidos acertos, transitou para o ano seguinte um crédito a favor da DGT, no valor de 8.452.733 ECV. Taxa de Cobertura da Rede Nºde Familias Nº de Clientes Domésticos Taxa de Cobertura Electricidade Água Sanemaento Electricidade Água Sanemaento Electricidade Água Sanemaento 115.793 56.629 31.028 114.635 41.323 7.331 99% 73% 24% A taxa de cobertura de electricidade em 2012 e em relação a 2011, manteve-se constante nos 99% e relativamente à água de 65% para 73% (+8%). O consumo per capita de electricidade, relativo ao consumo doméstico, passou de 201 para 181 kwh/hab/ano (-10,0%) e de água passou de 22 para 20 lts/hab/dia. Imagem e Melhoria de Serviços Lojas ELECTRA De uma forma geral todas as Lojas beneficiaram de melhorias diversas, em termos de climatização do espaço, equipamentos de escritório, material publicitário, material de escritório, pequenas obras, remodelação e apetrechamentos de espaços, com destaque para a admissão de pessoal (reforço dos Recursos Humanos), formação, promovendo uma melhor capacitação dos trabalhadores da DCM, entre outros. A DCM através do seu serviço de marketing, como habitualmente, deu apoio a todas as Lojas da ELECTRA, na operacionalização de diversas solicitações feitas, na resolução e encaminhamento de problemas apresentados pelos clientes, em todas as ilhas. Em 2012, no âmbito do alargamento do serviço de Mail Box, o GSI atribuiu e-mails da ELECTRA a alguns colaboradores propostos pela Direcção Comercial. 37

Rede Comercial de Agentes ELECTRA Com o objectivo de dar continuidade à melhoria da qualidade do serviço comercial prestado, a ELECTRA, em 2012, manteve a sua Rede Comercial de Agentes, como forma de dar maior comodidade aos seus clientes e melhor a qualidade do serviço prestado. Os Agentes Cobrança têm contribuído para diminuir as filas de espera para pagamento de facturas, nas Lojas ELECTRA, aumentando a proximidade dos clientes, permitindo o pagamento de facturas em localidades periféricas, afastadas das Lojas ELECTRA. Assim, e com os propósitos acima referidos a empresa deu em 2012 continuidade ao projecto Rede Comercial de Agentes ELECTRA com 17 Postos, ou seja com menos 5 do que o ano anterior. Nos últimos 3 anos a tendência tem sido a de reduzir o número de Postos de Cobrança, na sequência da abertura de lojas ELECTRA e sempre que haja incumprimento por parte dos Agentes [2010 (26); 2011 (22); 2012 (17)]. Dos 17 Postos de Cobrança, foi encerrado um na Praia, Rádio Comunitária Ponta D Água, devido a incumprimentos contratuais sucessivos. Em 2012 os referidos 17 Postos de Cobrança cobraram 99.889 facturas que representa um acréscimo de 3.435 em relação ao ano anterior com 96.454, apesar da redução em menos 5 Postos. Tal facto deve-se aos Postos on-line e o aumento de confiança manifestado pelos nossos clientes em escolherem os mesmos para pagamento de facturas mensais. O valor total cobrado pelos agentes foi no montante de 310.199.543$00, tendo-se registando um aumento no valor de 31.250.091$00 em relação ao de 2011 (278.949.452$00). Na globalidade o serviço dos Agentes Cobrança, tem sido positivo, mas ainda é necessário reforçar o controlo e aumentar os contactos presenciais dos responsáveis de Lojas nos locais onde actuam Agentes Cobrança. Modalidades de Pagamento Durante 2012, deu-se continuidade a implementação das modalidades de cobrança em Caixas ATM e pagamento via site da Casa do Cidadão (portondinosilha) e site ELECTRA. Infelizmente a adesão pelos clientes a estas modalidades não tem sido o desejado, devido a alguns constrangimentos a nível do sistema de gestão comercial e dificuldades dos nossos clientes na adesão aos novos processos. Reclamações Livro Reclamações - ARE Continuámos a responder, e dar tratamento às reclamações apresentadas nas Lojas, no Livro de Reclamações (LR). As alegações são respondidas via ARE, conforme exigência legal. 38

Em 2012 deram entrada nas Lojas ELECTRA um total de 77 reclamações sendo 50 em Santiago (35 em 2011), 16 no Sal (6 em 2011), 9 em S. Vicente (6 em 2011) e 2 em S. Antão (0 em 2011). Em relação ao ano 2011 o número total registou um aumento de 30 reclamações, ou seja de 61%. Este indicador é muito negativo, porque reflecte uma fraca qualidade de serviço na empresa, principalmente em relação a aspectos técnico-comerciais. As reclamações com maior peso foram referentes a cortes sem aviso prévio (27%), facturação por estimativa (21%), má qualidade de serviço e demora nas respostas às reclamações por danos em equipamentos (20%). Reclamações apresentadas directamente - ARE Também foram respondidas outras reclamações apresentadas directamente nas instalações da ARE. Em 2012 forma registadas 9 reclamações sendo 8 da Praia e uma do Sal. Por tipo de reclamações, registamos 3 referentes à Facturação água, 4 Facturação de energia eléctrica e 2 facturação indevida. Reclamações - Site ELECTRA Continuamos a responder a reclamações e pedidos de esclarecimentos apresentadas via Site ELECTRA. Foram respondidas e encaminhadas para efeitos de resolução, um total de 104 solicitações (reclamações e pedidos de esclarecimentos) apresentadas por esta via, que se vem evidenciando como um meio de comunicação cada vez mais expressivo e com uma utilização crescente pelos clientes (55 solicitações em 2011). Reclamações ADECO Respondemos a 5 reclamações apresentadas na Associação de Defesa dos Consumidores (ADECO), sendo todas elas referentes à facturação de água e de electricidade. Gestão de reclamações de danos causados a terceiros De acordo com os dados do SGR (Sistema Gestão Reclamações), em 2012 registaram-se 279 reclamações, contra 263 registadas em 2011. Este aumento de 16 reclamações registadas, é um indicador negativo do ponto de vista de satisfação do cliente e qualidade de serviço. 39

A registar que, em relação ao ano anterior, as cidades da Praia e As Pombas no Paul foram as que apresentaram uma subida de reclamações sendo 45 e 10 respectivamente. Este indicador é muito negativo, podendo-se traduzir num maior número de incidentes na rede com danos em equipamentos e custos elevados para a empresa e para os próprios clientes. Em relação à S. Vicente, Ribeira Grande e Porto Novo de Santo Antão e S. Filipe, em 2012, ocorreu uma redução de reclamações. Tal facto, é um indicar positivo, traduzindo-se num menor número de incidentes na rede com danos em equipamentos dos clientes. Assim, esta situação poderá revelar alguma melhoria na exploração e manutenção das redes de distribuição em Baixa Tensão. Entretanto, regista-se que a DCM contínua a receber, tardiamente, a comunicação de danos. Do total de reclamações por danos a terceiros, concluídas em 2012, 154 (55,0%) foram procedentes (tiveram fundamento) e os restantes 125 (45,0%) foram improcedentes (não tiveram fundamento). É de realçar a ocorrência de aumento percentual de reclamações com fundamento 55,0% o que continua a significar alguma ineficiência na exploração das redes. Pode-se dizer que é um indicador pouco favorável à empresa, dado corresponder a um aumento de custos de exploração, insatisfação de clientes e responsabilização da ELECTRA pelos danos causados aos clientes, normalmente assumidos através do competente Seguro. Outras Actividades Organização da Comemoração dos 30 Anos ELECTRA Abril de 2012, foi o mês em que a ELECTRA, completou 30 anos de existência. No âmbito das comemorações alusivas à data, foram realizadas algumas actividades: Publicidade /divulgação do 30º Aniversário Divulgação de Publicidade 30 Anos ELECTRA, na Comunicação Social (Jornal impresso e on-line). Divulgação da mensagem do Presidente do Conselho de Administração, no Boletim Interno, ELECTRA Notícias On-Line e no Site ELECTRA. Divulgação da Publicidade 30 Anos, via Mailing List ELECTRA e no Site ELECTRA (www.electra.cv) 40

Programa O reconhecimento da experiência Aos trabalhadores com 25 anos ou mais de antiguidade na empresa foram entregues Certificados de Mérito e Medalhas como reconhecimento pelos anos de dedicação e valiosa contribuição dadas à ELECTRA. Campanhas Publicitárias Campanha de Verão e Natal Isenção de juros de Mora Com o objectivo de melhorar a eficiência de cobranças e recuperação de dívidas, a ELECTRA, promoveu algumas campanhas publicitárias no Verão e Época Natalícia, que são períodos que coincidem com a presença de muito visitantes em férias e caboverdianos residentes no estrangeiro. A Campanha foi divulgada através de faixas de rodapé na TCV, informação radiodifundida, via SMS e nos Jornais impressos e on-line. Também divulgámos a informação via Mailing List da ELECTRA, para 1700 clientes. Campanha contra Roubo de Energia e Ligações Clandestinas No âmbito da luta contra o roubo e as ligações clandestinas foi organizado uma campanha publicitária que visava apelar ao fim do roubo de energia e à legalização dos contratos de fornecimento. Assim, fez-se a divulgação de um Spot Fixo na TCV, apelando contra o roubo e alertando para a necessidade de se fazer contratos legais. Foram ainda divulgadas através de faixas de rodapé na TCV, radiodifundidos spot radiofónicos e nos Jornais impressos e on-line. A mesma informação foi difundida através do Mailing List da ELECTRA, para 1700 clientes. Campanha de alerta para evitar morte por electrocussão/roubo de energia eléctrica Na sequência do conhecimento de algumas perdas humanas, por electrocussão em cabos eléctricos e através de ligações clandestinas, foi organizada uma campanha publicitária que visava apelar aos cuidados a ter para evitar esse tipo de incidentes mortais, em consequência de ligações clandestinas e roubos de energia. Para tal utilizamos os mesmos meios de comunicação ao dispor do serviço de marketing. Campanha Pagamento de facturas por transferência bancária Reforçamos a campanha de sensibilização e promoção para adesão ao pagamento de facturas por transferência bancária. A campanha foi divulgada nos jornais, fez-se a distribuição de folhetos informativos nas Lojas ELECTRA e distribuição do folheto via Mailing List da ELECTRA. 41

Campanha Espaço Mensagem na Factura ELECTRA Esta campanha teve como objectivo alertar aos clientes para terem em atenção e lerem as informações que a empresa disponibiliza no Espaço Mensagem que se encontra na factura mensal. Campanha Pagamentos pela Caixas Vinti4 e Portondinosilha Em 2012 reforçamos e intensificamos a campanha das novas modalidades de pagamento Caixas Vinti4 e Portondinosilha. Utilizámos alguns atendedores/promotores, para a divulgação do pagamento via Caixa Vinti4, utilizando o ATM Lobby existente na Loja ELECTRA, na Gamboa. Num período de 22 dias conseguiu-se 26 adesões a essa modalidade de pagamento, o que pode ser considerado como muito positivo. A SISP, em 2012 voltou a colocar a publicidade Pagamentos na Caixa Vinti4, gratuitamente, nos ecrãs das Caixas ATM. Promoção de meios de Comunicação Interna e Externa Boletim On-line da ELECTRA Fez-se a distribuição por e-mail e afixação nos placares do Boletim ELECTRA Noticias online aos colaboradores da empresa. No Boletim divulgámos notícias sobre alguns aspectos referentes aos assuntos de interesse para os trabalhadores da empresa, como: estatísticas das novas modalidades de pagamento, abertura de dois balcões de atendimento na Casa do Cidadão, Protocolo de Serviço com o BES, novo serviço SMS, desmantelamento de redes clandestinas, parque eólico da ilha do Sal. Site ELECTRA Continuámos a fazer a actualização do Site enviando para o GSI todos os documentos e informações produzidas pela DCM/MRK e outras Direcções, para melhorar a divulgação dos mesmos. Foram inseridos no Site, (Avisos, Comunicados, Agentes Cobrança, Boletim Qualidade da Água, folhetos Modalidade de pagamento Transferência Bancária, Roubos e Ligações Clandestinas, diversos, artigos Hora Ponta, novos serviços para pagamento de facturas, serviço caixas Vinti4, entre outros. Promoção da Imagem Institucional da ELECTRA No âmbito do Dia Mundial do Consumidor foi divulgado via Mailing List da ELECTRA um folheto com o título "O Cliente ELECTRA quer estar informado a 1700 clientes. Este Folheto responde a um conjunto de perguntas mais frequentes dos clientes. 42

Divulgamos ainda por e-mail, aquando do Dia Mundial da ÁGUA um folheto Poupança de água e limpeza de Reservatórios de água. Este Folheto divulga recomendações a ter com a limpeza dos reservatórios de água e sugere dicas para uma utilização racional do precioso líquido. No âmbito do Dia Mundial de Segurança fizemos a divulgação por e-mail a clientes em diversas ilhas, o folheto Utilizar a electricidade com Segurança. Este Folheto divulga cuidados a ter para utilizarmos a energia com segurança, em nossas casas. No Dia Mundial de Energia distribuímos um folheto informativo sobre Poupança de Energia Eléctrica aos clientes do Mailing List da ELECTRA. Este Folheto divulga recomendações a ter e pequenos gestos para a utilização racional da energia eléctrica. 43

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INVESTIMENTOS No ano 2012 deu-se continuidade às actividades iniciadas em anos anteriores e iniciaram-se outros, quer no âmbito do desenvolvimento das infraestruturas da empresa, quer no da prestação de serviços a terceiros. O investimento realizado no exercício de 2012 pela empresa foi de mesc 195 107 incluindo os encargos financeiros capitalizados nas imobilizações em curso. Esta verba representa um aumento ligeiro de mesc 11 647 relativamente ao realizado em 2011, ano em que se registara mesc 186.460em investimentos. Os Investimentos realizados em 2012 não se aproximam dos objectivos que se propôs no Business Plan para 2012, que se estimava em mesc 915.597. A não realização de aproximadamente mesc - 720 490 (79%), deveu-se principalmente aos problemas financeiros. Relativamente aos projectos de investimentos globais realizados em 2012, destacam-se como mais significativos os seguintes: 45

PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE Santiago Extensão II da Central Termoeléctrica do Palmarejo, com a instalação de grupos electrogéneos Wärtsilä W12V46, de 21,9 MWe, cada. Os trabalhos de pré-comissionamento e de comissionamento terminaram no mês de Junho de 2012. PRODUÇÃO DE ÁGUA Sal Extensão da Central Dessalinizadora de Palmeira, com a instalação de duas unidades dessalinizadoras de 1200m3/dia cada e todos os seus auxiliares: Transferência da unidade da Central Dessalinizadora EUROMEC de 1200m3/dia do Palmarejo para Palmeira (Ilha do Sal). Projecto concluído em Abril de 2012. Instalação de nova unidade RO1200, no âmbito do contrato assinado com a empresa italiana Euromec, em Junho de 2011. 46

O projecto contemplou o fornecimento de uma unidade dessalinizadora por osmose inversa, com capacidade diária de produção de 1200 m3 de água potável e todos os seus auxiliares, incluindo todo o sistema de captação e alimentação de água do mar, peças de reserva para 2 anos de operação e produtos químicos para 6 meses de funcionamento. O Projecto foi concluído em Setembro de 2012. Santiago Aumento de Capacidade de Produção de Água Praia Extensão I da Central Dessalinizadora do Palmarejo, com a instalação de uma unidade dessalinizadora Acciona de 5000m3/dia e todos os seus auxiliares e peças de reserva. Projecto concluído em Março de 2012 Aumento da Capacidade de Produção de Água Praia (Extensão II) Projecto de Extensão II da Central Dessalinizadora do Palmarejo, com a instalação da unidade dessalinizadora da UNIHA Wasser Technologies, de 5000m3/dia e todos os seus auxiliares, incluindo as obras de construção civil, betões, das base do edifício em pré-fabricado, das bases dos equipamentos e das bases dos 2 reservatórios pré-fabricados, de armazenagem de água produzida, de 1500 m3 de capacidade, cada. Projecto em curso, prevendo-se o seu término em Abril 2013. 47

DISTRIBUIÇÃO DE ELECTRICIDADE Santiago Subestações de 20/60 kv E 60/20 kv e Linhas de Transporte de Electricidade em 60KV - Santiago Entrada em funcionamento da linha em alta tensão e das subestações 60 kv de Palmarejo e Calheta de interligação de Santiago. Projecto concluído em Fevereiro de 2012, dando início a exploração experimental da alimentação de todo o interior de Santiago a partir da central do Palmarejo, recorrendo às linhas de 20 kv existentes. Linhas Aéreas de Interligação MT 20 KV, Calheta - Tarrafal, Calheta - Assomada e Calheta-Santa Cruz. Linha Calheta - Tarrafal de 148 mm2 Calheta, com cerca de 22 km foi concluída e entrado em funcionamento em Setembro de 2012. A linha Calheta Santa Catarina está praticamente concluída faltando instalar somente dois vãos de cabo devido a dificuldade na obtenção de autorização de proprietários de terrenos para instalação de duas torres metálicas. A conclusão desta linha transita para 2013. A linha Calheta Santa Cruz está em curso, mas enfrenta o mesmo problema devido a dificuldade na obtenção de autorização de proprietários de terrenos para instalação de duas torres metálicas. Reabilitação e Extensão da Rede Média Tensão (MT) Praia 48

O projecto contempla essencialmente a construção e reabilitação de 16 postos de transformação, 2 postos de seccionamento e extensão de 16 km de cabos subterrâneos MT. O projecto está em curso, devendo ficar concluído em Março de 2013. Rede de Media Tensão (MT) Assomada Santa Catarina O Projecto contempla essencialmente a construção e reabilitação de 4 postos de transformação e instalação de dois feeder em 240 mm2 para ligação directa da central de Arribada à Cidade de Assomada. Todos os PT já estão construídos e os trabalhos de instalação dos feeder em cerca de 80% executado. Reabilitação e Extensão da Rede Baixa Tensão (BT) - Praia Projecto de reabilitação e expansão das redes BT em vários bairros periféricos da Cidade da Praia, nomeadamente Safende, Achada São Filipe, Monte Agarro, Achada Mato, Jamaica, São Paulo e Achada Grande Frente e Trás, com instalação de 45,3 km de cabos torçada de 35 e 70 mm2 e 965 candeeiros de IP. O Projecto foi concluído em Agosto de 2012. Reabilitação e Extensão da Rede de Baixa Tensão (BT) Assomada O projecto contempla a reabilitação e expansão das redes BT nos bairros periféricos de Assomada, nomeadamente, Nhagar, Pedra barro, Fundo Cutelo, Lem Vieira, Cumbem, Bolanha, Arribada, Cutelo e Zona Centro da Cidade, com a instalação 31 km de cabos torçada de 35 e 70 mm2 e 712 candeeiros de IP. O projecto foi concluído em Julho de 2012. 49

Projecto de Desenvolvimento dos Sistemas de Transporte e Distribuição de Energia em seis ilhas de Cabo Verde (JICA II). Projecto financiado pela Cooperação Japonesa e pelo BAD, contempla as ilhas de Santo Antão, são Vicente, Sal, Maio, Santiago e Fogo Possui 4 componentes: Reabilitação, Reforço e Expansão das redes MT e BT nas ilhas; Implementação de sistema Scada para distribuição nas ilhas de Santiago, São Vicente e Sal; Aquisição de um conjunto de viaturas para organização dos serviços de exploração e manutenção da distribuição de energia nas ilhas alvo; Aquisição de ferramentas para os serviços de distribuição de energia. Timing de execução do projecto: 2012 à 2016. DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Praia Acompanhamento do Projecto referente ao Plano Sanitário da Praia, que contemplou a reabilitação das infraestruturas referentes aos Sistemas de Adução e Distribuição de Água Potável e Redes de drenagem das águas residuais dos Bairros Periféricos da Cidade e ainda: A construção de nova estação elevatória de água nas instalações do Palmarejo; A construção de nova estação elevatória em Monta Babosa; Lançamento de nova adutora DN500 em PEAD, de Palmarejo à Monte Babosa; 50

A construção de novo reservatório de distribuição de 1250 m3 em Monte Babosa, A Reabilitação dos furos de Santa Clara; As extensões das Redes de Águas residuais de Calabaceira, Ponta d Água, Achada Grande Frente, entre outras localidades. Projecto de substituição de 7.000 metros condutas Ferro Fundido DN400 para Polietileno de Alta densidade (PEAD) nas redes de adução e distribuição na Cidade da Praia. 51

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QUALIDADE E AMBIENTE Ao longo do ano de 2012 deu-se continuidade ao programa de monitorização da qualidade da água produzida e distribuída nos concelhos da Praia e Praia Rural, ilhas de São Vicente e Sal de acordo com o Plano de Controlo de Qualidade existente na Empresa. O programa de actividades contemplou a recolha de amostras para ensaios laboratoriais ensaios físico-químicos e microbiológicos em vários pontos de amostragem, nomeadamente, nas unidades dessalinizadoras, reservatórios de distribuição e fontanários. Segundo o Plano de Controlo de Qualidade em vigor, é desenvolvido um programa de monitorização da qualidade da água produzida e distribuída pela ELECTRA. Os ensaios laboratoriais são efectuados com o propósito de determinar os níveis dos parâmetros que assegurem a qualidade da água para consumo e cujas características não ponham em risco a saúde pública, nem causem a deterioração dos sistemas de abastecimento. Os Laboratórios apoiaram ainda as UP s do Palmarejo e do Lazareto no controlo dos tratamentos anti-incrustantes dos sistemas de Osmose Inversa, da qualidade da água do sistema gerador de vapor água do tanque de alimentação, água da caldeira e condensado e analise de óleos. 53

Na Praia realizou-se um número significativo de determinações microbiológicas, em amostras oriundas de fontanários (Cidade da Praia e Praia Rural), furos e reservatórios da ELECTRA. Em São Vicente, por não haver fontenários na rede de distribuição, as amostras analisadas são recolhidas praticamente apenas nos nossos reservatórios, privilegiando-se o controle diário da desinfecção (determinação do cloro livre) realizada à saída da Produção. Foram efectuadas na Ilha de Santiago (Cidade da Praia e Praia Rural) bem como nas ilhas do Sal e São Vicente, 766 amostras, distribuídas por cerca de 84 pontos de recolha, num total de determinações 527 microbiológicas e 239 físico-químicas, conforme o quadro seguinte: ILHA/CONCELHO DETERMINAÇÕES (Nº Pts Recolha) Microbiológicas Físico-químicas Subtotal São Vicente (16) 139 139 278 Sal (10) 40 40 80 Santiago (58) 348 60 408 TOTAL (84) 527 239 766 54

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RECURSOS HUMANOS A 31.12.2012 o efectivo total da ELECTRA era de 734 trabalhadores, 589 dos quais eram efectivos permanentes e 145 contratados a prazo. Unidades Efectivos C.Prazo Total 2012 2011 2012 2011 2012 2011 Comissão Executiva e Assessores 2 2 0 0 2 2 Gabinete Auditoria Interna 1 1 0 0 1 1 Prevenção e Segurança 0 1 0 0 0 1 Direcção Administrativa e Financeira 17 16 1 1 18 17 Direcção de Aprovisionamentos 24 25 3 3 27 28 Direcção Comercial 62 88 33 31 95 119 Direcção de Distribuição 233 214 15 12 248 226 Direcção das Infraestruturas 6 12 2 2 8 14 Direcção de Planeamento 3 4 0 0 3 4 Direcção de Produção 228 220 46 29 274 249 Direcção de Recursos Humanos 5 5 1 1 6 6 Gabinete de Qualidade e ambiente 2 1 2 2 4 3 Gabinete de Sistema de Informação 4 4 1 0 5 4 Secretária Geral 2 2 0 0 2 2 Proj. 2000 Ligações 0 0 2 2 2 2 Proj. MECOFIS - SV 0 0 0 0 0 0 Proj. MECOFIS - PR 0 0 25 25 25 25 Proj. MECOFIS - IS 0 0 5 5 5 5 Proj. MECOFIS - Sal 0 0 9 5 9 5 Total 589 595 145 118 734 713 Relativamente ao nº de total trabalhadores verificou-se um aumento de 21 trabalhadores (2,9%), em relação ao ano anterior. Sendo que diminui 6 trabalhadores do quadro efectivo e aumentou 27 trabalhadores contratados a prazo. Foram contratados 27 trabalhadores com contratos a prazo e saíram 6 trabalhadores, sendo 2 por iniciativa da empresa, 3 por reforma e 1 por falecimento. Clientes/ Trabalhadores Total Geral 2008 2009 2010 2011 2012 Nr. Trab 687 709 719 713 734 Clientes 126.633 139.467 152.907 164.435 178.253 Clientes / Trabalhadores 184 197 213 231 243 A produtividade da empresa continua a crescer, o rácio número de trabalhadores por clientes é de 243 sendo 5% a mais que 2011. 56

Estrutura etária do efectivo Total Masc Feme Total %Homem % Mulheres O nível etário médio é de 42,10 registando-se deste modo um aumento de 0.37% face ao ano anterior. Por sua vez o leque etário foi de 4,00 (em 2011 foi de 4,16). No que se refere aos efectivos totais o nível de antiguidade médio foi de 13,39 anos. < 18 anos 0 0 0 0,00% 0,00% 19-25 19 5 24 2,59% 0,68% 26-30 63 27 90 8,58% 3,68% 31-35 77 21 98 10,49% 2,86% 36-45 202 38 240 27,52% 5,18% 46-55 175 27 202 23,84% 3,68% 56-60 50 11 61 6,81% 1,50% 61-65 14 0 14 1,91% 0,00% 66 e mais 5 0 5 0,68% 0,00% Total 605 129 734 82,43% 17,57% Trabalhadores por níveis de qualificação No que respeita aos níveis de qualificação registou-se um aumento de Quadros Superiores (5) e uma diminuição de Profissionais Altamente Qualificados (- 2). O nível de qualificação Profissionais Qualificados é aquele que reúne maior número de trabalhadores (369). Somente 10 dos 734 trabalhadores da Empresa não possuem a 4ª classe. Prof. Altam.qual. Téc.sup.empresa 2% 0% 6% Q. médios 6% Quadros Superiores 11% Prof. não-qual. 8% Prof. qualificados 50% Prof. semi-qual. 23% Absentismo A taxa de absentismo sofreu um ligeiro aumento de 0,41% em relação ao ano anterior (2,28% em 2011 e 2,69% em 2012). No que se refere a faltas, constatou-se um aumento das justificadas e diminuição das injustificadas relativamente ao ano transacto. 57

Higiene e Segurança No decorrer do ano 2012 houve 5 casos de acidente de trabalho. Do total de casos registados, 3 tiveram lugar na Praia, 1 em São Nicolau e 1 no Sal. O número total de dias com Baixa Médica, por Acidente de Trabalho, aumentou em comparação com o ano anterior, e o maior número registou-se em São Nicolau. Aspectos Sociais Não foi concedido aumento salarial em 2012. A ELECTRA continuou a garantir aos trabalhadores de S. Vicente e Sal, bem como aos seus familiares, a assistência médica e de enfermagem; e aos de Santiago a assistência médica. E no que se relaciona com o serviço de transporte, este continua a ser garantido para os trabalhadores de S. Vicente, Sal e Praia. Em alguns casos, a empresa garantiu o serviço de transporte para os trabalhadores de turno. Durante o corrente ano a Empresa pagou uma pensão complementar de reforma a trabalhadores reformados antes de 1999, num total de 409.554 ESC. Devido à situação financeira da Empresa, a gratificação de Natal foi processada, foi efectuada o pagamento de 50%, ficando o restante para ser pago em 2013. Formação Foram realizadas 32 Acções de Formação 7 internas e 25 externas num total de 32 frequências e 841 horas, assim distribuídas: Actividades Frequência Horas Internas Actividades 7,0 280,0 Externas 25,0 561,0 Total Geral 32,0 841,0 58

Estágios na ELECTRA A ELECTRA faculta estágios a estudantes que terminam os seus cursos, no sentido de os preparar para o mercado de trabalho. Em 2012 foram admitidos 22 estagiários, dos quais 5 foram remunerados e 17 não remunerados. 59

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INFORMAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA As contas da Electra relativas a 2012 foram preparadas e estão apresentadas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilístico e de Relato Financeiro (SNCRF), aprovado pelo Decreto-lei nº5 /2008, de 4 de Fevereiro, que entrou em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2009, substituindo o Plano Nacional de Contabilidade (PNC), vigente em Cabo Verde desde 30 de Janeiro de 1984. Desempenho económico A contribuição da empresa para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país, obtida a partir do Valor Acrescentado Bruto (VAB) foi, em 2012, de mesc 1.656.997, registando-se um aumento de 14,1% em relação ao período anterior. O quadro a seguir apresenta-nos a estrutura do desempenho económico da Electra, nos últimos três anos, com informação comparativa do ano anterior e análise de variações, tendo como referencial o SNCRF. De realçar o aumento do volume de negócios em 9,7%, fixando-se em mesc 8.292.593. Os outros rendimentos operacionais de mesc 142.147 compreendem, essencialmente, a valores recebidos do Estado, em 2012, para compensação de gastos operacionais. O resultado líquido do período atingiu a cifra de mesc 823.446 negativos, representando uma redução do prejuízo em 22,2% relativamente ao período anterior, justificado basicamente pelo efeito conjugado do aumento do rédito de vendas e de serviços prestados na ordem dos 9,7%, do aumento dos gastos com matérias-primas consumidas na ordem dos 7,2%, e da redução dos subsídios à exploração. O resultado continua afectado pelos aumentos dos preços dos combustíveis, ocorridos ao longo do ano, principalmente no período em que se verifica fraca penetração da energia eólica. O crescimento do rédito, acima referido, continua insuficiente para fazer face aos gastos totais da empresa, não havendo, portanto, margem de segurança. 61

Demonstração de resultados funcional do exercício, em milhares de CVE Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % Volume de negócios 6.686.439 7.556.626 8.292.593 735.967 9,7% Outros rendimentos operacionais 179.986 241.303 142.811-98.492-40,8% Total dos rendimentos operacionais 6.866.425 7.797.929 8.435.404 637.475 8,2% Gastos com inventários vendidos e consumidos 5.127.429 5.941.030 6.368.903 427.873 7,2% Outros gastos variáveis (1) 311.296 327.927 319.484-8.443-2,6% Sub - total 5.438.725 6.268.956 6.688.386 419.430 6,7% Margem bruta 1.427.699 1.528.972 1.747.018 218.045 14,3% "Custos" fixos desembolsáveis (2) 933.889 983.780 958.451-25.329-2,6% "Custos" fixos não desembolsáveis (2) 1.133.812 1.270.273 1.261.440-8.832-0,7% Sub - total 2.067.701 2.254.053 2.219.891-34.162-1,5% Outros rendimentos 64.054 110.594 68.249-42.345-38,3% Outros gastos 161.487 117.671 68.250-49.421-42,0% Resultados operacionais -737.433-732.157-472.874 259.282 35,4% Rendimentos financeiros 98.901 94.053 75.219-18.834-20,0% Gastos financeiros 406.194 420.836 425.791 4.954 1,2% Resultados financeiros -307.293-326.784-350.572-23.788-7,3% Resultados antes de impostos -1.044.726-1.058.941-823.446 235.495 22,2% Estimativa de imposto sobre o rendimento 0 0 0 0 Resultados líquidos -1.044.726-1.058.941-823.446 235.495 22,2% Dividendos 0 0 0 0 Resultados retidos -1.044.726-1.058.941-823.446 235.495 22,2% Resultados por acção -1,74-1,76-0,99 1 44,0% (1) Pressuposto: consideram-se outros gastos variáveis 23% dos FSE e dos gastos com o pessoal. (2) O termo "custos" aqui utilizado é o correntemente usado em análise financeira e equivale aos "gastos" contabilísticos. Os sucessivos prejuízos, as insuficiências de liquidez e os atrasos verificados na manutenção dos equipamentos de produção, dificultaram a prossecução dos objectivos previstos no plano de negócios da empresa, sendo certo que, a entrada em exploração de grandes projectos de expansão de capacidade produtiva em meados de 2012 e a continuidade em 2013, é expectável que os resultados tendem a melhorar. Apesar dos sucessivos aumentos dos combustíveis, mitigado com o efeito da energia eólica consumida durante o ano de 2012, o EBITDA situou-se em mesc 348 196 face aos mesc 110 523 em 2011. 62

Rendimentos Os rendimentos operacionais ajustados aos outros rendimentos e ganhos não financeiros atingiram o valor de mesc 8.503.653, resultando num acréscimo de 7,5% em relação ao ano comparativo, com destaque no aumento das vendas de electricidade na ordem dos mesc 748.078, justificado essencialmente pelo crescimento da clientela e do consumo por cliente e pelo ajuste tarifário ocorrido em Fevereiro e Abril do referido ano. RENDIMENTOS NÃO FINANCEIROS (mesc) (1) Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % Vendas e prestações de serviços 6.686.439 7.556.626 8.292.593 735.967 9,7% Subsídios à exploração 179.986 236.223 142.147-94.076-39,8% Ganhos associados a participações financeiras 0 5.080 665-4.416-86,9% Outros rendimentos e ganhos não financeiros 64.054 110.594 68.249-42.345-38,3% Total dos rendimentos não financeiros 6.930.479 7.908.522 8.503.653 595.130 7,5% (1) Incluem resultados de participação em associadas, subsidiárias e afins. Excluem ganhos de financiamentos concedidos. Gastos Os gastos operacionais ajustados aos outros gastos e perdas não financeiros atingiram o montante de mesc 8.976.527, sofrendo um aumento de mesc 335.847, equivalente a 3,9%, comparativamente ao período anterior. GASTOS NÃO FINANCEIROS (mesc) (1) Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % Gasto com mercadorias vendidas e consumidas 5.127.429 5.941.030 6.368.903 427.873 7,2% Fornecimentos e serv. externos 412.770 404.961 409.504 4.544 1,1% Gastos com o pessoal 832.415 906.746 868.430-38.316-4,2% Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)359.398 411.432 426.280 14.848 3,6% Provisões (aumentos/reduções) 335 16.160 14.090-2.070-12,8% Gastos/Reversões de depreciação e amortização 774.078 842.680 821.070-21.610-2,6% Outros Gastos operacionais 161.487 117.672 68.251-49.421-42,0% Total dos gastos não financeiros 7.667.912 8.640.680 8.976.527 335.847 3,9% (1) Incluem todos os gastos que concorrem aos resultados operacionais. Excluem perdas de financiamentos obtidos. Nos gastos, convém realçar o efeito de quatro rubricas, como sejam os combustíveis e lubrificantes que se fixaram nos mesc 5.194.969, sofreram uma redução de 1,9%, os gastos com o pessoal registaram um decréscimo de 4,2%, situando-se em mesc 868.430, as perdas por imparidade de dívidas a receber de clientes que cresceram 3,6%, fixando-se 63

em mesc 426.280 e as depreciações e amortizações que diminuíram 3,6%, fixando-se em mesc 821.070. Com exclusão dos financeiros, os gastos totais aumentaram 3,9%. Os fornecimentos e serviços externos sofreram uma ligeira redução de 1,1%. Contrariamente a 2011, não se verificou qualquer ajustamento salarial,facto que justifica, em parte, a redução dos gastos com o pessoal em 4,2%. Contribui também para essa redução a diminuição de algumas rubricas de gastos com o pessoal, designadamente ajudas de custos e horas extras. A conjuntura económica desfavorável continuou a dificultar a capacidade da empresa em gerar resultados operacionais sólidos, contudo, o valor negativo diminuiu 35,4%, fixando-se em mesc 472.874. Posição financeira No final do exercício económico de 2012, a Electra apresentava uma aplicação líquida acumulada (activo líquido) de mesc9.985.370, alvo de uma diminuição de 3,9% em relação ao ano anterior. Aplicação de fundos Necessidad es cíclicas 42,2% Tesouraria activa 0,6% Activo Fixo 57,2% Essas aplicações de recursos eram financiadas, em 45,1%, por capitais permanentes (capitais próprios e empréstimos à médio e longo prazos), 50,9% por recursos cíclicos (créditos de fornecedores e outras dívidas de exploração a curto prazo) e 4% pela tesouraria passiva (incluindo empréstimos a curto prazo). As aplicações eram caracterizadas por um elevado activo fixo, de baixo grau de liquidez, representando 57,2% do total, contra uma tesouraria activa com apenas 0,6%. Em posição intermédia tínhamos as necessidades cíclicas formadas sobretudo por inventários e créditos / clientes, contribuindo com 42,2% do activo. Tesouraria passiva 4% Origem de fundos Recursos cíclicos 50,9% Capitais permanent es 45,1% 64

Activos de adição Conforme previsto para o ano de 2012, realizou-se um leque de projectos, sobretudo em Santiago, com destaque para a extensão II da central do Palmarejo com dois grupos Wartsila que entrou em funcionamento em regime comercial em 2012, e o projecto Acciona, extensão de produção de água do Palmarejo constituída por uma unidade de produção de água a osmose inversa de 5000 m3/dia, ambos reconhecidos em parte nos activos em curso. Assim, registou-se, em 2012, uma adição de activos na ordem dos mesc 195 107, resultante, essencialmente, de (i) aquisição de terrenos na ilha do Fogo (mesc 5.140), destinada a construção da central de S. Filipe, (ii) Edifícios e outras construções, remodelação de edifícios de Gamboa em curso (mesc 4.176), (iii) equipamento básico, cerca de mesc 94.176, relativo à aquisição de uma Unidade Dessalinizadora Osmose Inversa de 1200 m3/dia para Palmeira na Ilha do Sal, transferência do Projecto ERP Primavera para o activo intangível. Dívidas de clientes Apesar da melhoria dos rácios de facturação e cobranças, com aumentos de 10,66% e de 5,39%, respectivamente, registou-se um agravamento da dívida global a receber dos clientes na ordem dos 25,75%, fixando-se em mesc 5.998.578, com um peso do sector doméstico de 55% e das autarquias locais (incluindo iluminação pública) de 23% (informação comercial). De acordo com o anexo às Demonstrações financeiras, a Electra manteve o critério de reconhecimento das imparidades numa base de 100% das dívidas de clientes privados, com antiguidade a data de fecho superior aos 12 meses, sendo estas 40,23% da dívida global. Os créditos/clientes líquidos de perdas por imparidade acumuladas tiveram um aumento de 18,7%, fixando-se em mesc 3.222.037 (informação financeira). 65

Balanço funcional a final do exercício, em milhares de CVE Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % Activo Fixo 7.044.996 6.334.200 5.708.900-625.300-9,9% Activo fixo tangível e intangível 7.044.996 6.323.495 5.697.531-625.964-9,9% Investimentos financeiros 10.705 11.370 665 6,2% Dívidas a receber a MLP 0 0 0 0 Necessidades cíclicas 3.729.736 3.989.921 4.215.352 225.430 5,6% Inventários 748.664 653.539 683.660 30.121 4,6% Clientes 2.332.055 2.713.384 3.222.037 508.653 18,7% Dívidas a receber explor CP 636.074 609.006 303.745-305.261-50,1% Acrésc e diferimentos explor 12.943 13.992 5.910-8.083-57,8% Tesouraria activa 33.952 61.672 61.118-554 -0,9% Disponibilidades 33.952 61.672 61.118-554 -0,9% Total das aplicações 10.808.684 10.385.793 9.985.370-400.423-3,9% Capitais próprios e passivo De um total de mesc -299.716 no final de 2011, os capitais próprios em 2012 passaram ao valor de mesc -909.942, registando um decréscimo de 203,6%, como consequência do resultado líquido negativo apurado em 2012, de mesc 823.446. Em 2012, registou-se na conta de capital próprio o valor de mesc 213.220 recebido do accionista Estado que será reconhecido no capital social uma vez realizada a respectiva escritura do aumento. A variação dos capitais próprios continua sendo justificada, essencialmente, pelos resultados negativos do período. Os sucessivos prejuízos comprometem grandemente os indicadores económicos e financeiros da empresa, utilizados sobretudo pelos financiadores na análise de risco de crédito, inflacionando o custo do capital alheio (juros). O activo da empresa continuou a ser financiado totalmente pelo passivo, que totalizava no final do ano mesc 10.895.312, dos quais um passivo não corrente de mesc 5.529.211 e um passivo corrente de mesc 5.366.101. O passivo não corrente, com 50,7% do total, é composto sobretudo pelos empréstimos obrigacionistas, das Classes B, C e D, tendo sido amortizado as obrigações da Classe A em 2012 por refinanciamento das obrigações D, no valor de mesc 1.192.814. O passivo corrente com um peso de 49,3% do total, compreende, essencialmente, os saldos aos fornecedores, ao Estado e de créditos bancários à tesouraria. O segundo membro do balanço abaixo demonstra que a amortização da obrigação A e contracção da obrigação D contribuíram para o aumento dos financiamentos estáveis, com efeito, os capitais permanentes cresceram 40,5%, comparativamente ao ano anterior, quando os recursos cíclicos aumentaram 9,8% e a tesouraria passiva reduziu 84,5%, exigindo uma injecção de caixa no ano de 2013. 66

Balanço funcional a final do exercício, em milhares de CVE Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % Capitais permanentes 5.615.140 3.207.062 4.506.855 1.299.793 40,5% Capitais próprios 759.225-299.716-909.942-610.226-203,6% Dívidas a pagar MLP 4.855.915 3.506.778 5.416.797 1.910.019 54,5% Recursos cíclicos 3.776.948 4.629.728 5.083.215 453.487 9,8% Fornecedores 1.983.160 2.273.103 2.657.692 384.589 16,9% Dívidas a pagar explor CP 1.468.777 2.064.955 2.167.151 102.196 4,9% Acrésc e diferimentos explor 325.010 291.671 258.372-33.299-11,4% Tesouraria passiva 1.416.597 2.549.003 395.300-2.153.703-84,5% Empréstimos obtidos CP 1.416.597 2.549.003 395.300-2.153.703-84,5% Total das orígens 10.808.684 10.385.793 9.985.370-400.423-3,9% 67

Análise económica e financeira Os gastos financeiros de financiamento ascenderam a quantia de mesc 425.791, onde se incluem os juros de empréstimos obrigacionistas, na ordem dos mesc 289 794, juros de outros financiamentos obtidos, no valor de mesc 112 745 e da dívida em mora à fornecedores (caso da Enacol e Cabeólical), mesc 23 252. O aumento das dívidas a pagar a médio e longo prazo em 54,5% deveu-se a Obrigação D, contraída em Julho de 2012, em compensação da redução 84,5% das dívidas a pagar de curto prazo justificada pela amortização da obrigação A e de alguns itens de créditos à tesouraria (contas correntes caucionadas) contribuíram positivamente para o desempenho da função financeira, não obstante o aumento dos juros e gastos similares suportados em 1,2% e o consequente agravamento nos resultados financeiros negativos em 7,3%, situando-se em mesc 350.572. Não obstante os aumentos dos gastos com combustíveis consumidos, com as compensações de energia eólica durante 2012 e subsídios à exploração, a margem bruta aumentou 14,3%, passando de mesc 1.528.972, em 2011, para mesc 1.747.018, em 2012. Sendo justificado, em parte pela energia eólica e a compensação de gastos operacionais pelo apoio institucional do Governo. Margem bruta Mil CVE 1.500.000 1.000.000 500.000 1.427.699 1.747.018 1.528.972 0 2010 2011 2012 O cash flow operacional do exercício aumentou 46,5% em relação ao período anterior, fixando-se em mesc 788.566, não conseguindo, contudo, a empresa assegurar as suas actividades operacionais com recurso aos rendimentos de exploração. Esse cash-flow postivo resulta sobretudo dos custos não desembolsáveis em valor absoluto superiores aos resultados operacionais. 68

Agravaram-se os prazos médios, tanto de recebimento de clientes de 142, como de pagamento a fornecedores de143 dias, correspondendo a um aumento de 11 e 13 dias respectivamente, comparado ao ano anterior. O stock de matérias-primas, subsidiárias e de consumo, registou uma duração média de 39 dias, tendo diminuído 1 dia em relação ao ano anterior. A empresa apresentava, no final do período, um fundo de maneio negativo, de mesc 1.202.045, perigando o seu equilíbrio financeiro, ou seja, a regra do equilíbrio financeiro mínimo não se verifica. A rendibilidade bruta das vendas teve um aumento no exercício de 0,83 p.p., situando-se nos 21,06%. Porém, demonstra uma margem de comercialização ainda baixa, que não consegue fazer face aos custos fixos muito elevados, sobretudo com o pessoal, com a depreciação do investimento e com determinados fornecimentos e serviços externos. De um sector nitidamente industrial, a empresa apresentou uma rotação do investimento líquido (activo fixo mais necessidades de fundo de maneio, ou activo económico) de 1,713 vezes, contra 1,327 vezes de 2011, correspondente ao aumento de 0,386. A empresa apresentou em 2012 uma rendibilidade bruta do investimento total (Return on investment) negativa de 3,98%, contra outra, também negativa, de 6,14%, no ano anterior, resultado de elevados prejuízos acumulados ano-pós-ano. RETORNO DO INVESTIMENTO Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor % 1 Resultados líquidos do exercício -1.044.726-1.058.941-823.446 235.495 22,2% 2 Custos financeiros 406.194 420.836 425.791 4.954 1,2% 3 Provisões para impostos sobre o rendimento 0 0 0 0 4 Resultados antes Juros e Impostos (RAJI) -638.531-638.104-397.655 240.449 37,7% 5 Activo líquido 10.808.684 10.385.793 9.985.370-400.423-3,9% 6 Return on investment (ROI) -5,908% -6,144% -3,982% 2,16 p.p. Em 2012, a empresa viu diminuída a sua autonomia financeira, fixando-se em 9,1% negativos. O mesmo em relação à solvabilidade que fixou-se em 8,4% negativos, ambas influenciadas pelos capitais próprios negativos de mesc 909.944. A empresa apresentava uma estrutura do endividamento (flexibilidade do passivo) de 50,3% e um grau de endividamento dos capitais permanentes de 120,2%, sendo a liquidez geral de 78,1%, inferior ao mínimo exigido da unidade. Ao abrigo do artigo 137º do Código das Empresas Comerciais, face ao capital próprio negativo apresentado à data do balanço,o Conselho de Administração propõe ao acionista a resolução da actual situação. 69

RÁCIO DE ESTRUTURA Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor Autonomia financeira 7,0% -2,9% -9,1% -6,2% p.p. Solvabilidade 7,6% -2,8% -8,4% -5,5% p.p. Estrutura do endividamento 51,7% 67,2% 50,3% -16,9% p.p. Grau de endividamento 86,5% 109,3% 120,2% 10,8% p.p. Liquidez geral 72,5% 56,4% 78,1% 21,6% p.p. Finalmente, o quadro seguinte demonstra uma diminuição na margem operacional, situando-se em 24,9%. A rentabilidade dos capitais próprios é inexistente ou negativa de 90,5%, o que demonstra que o prejuízo do exercício acabou por eliminar todo o capital próprio. Assim, a continuidade da empresa está na dependência da credibilidade financeira dos accionistas e por conseguinte da recapitalização. RENTABILIDADE E EFICIÊNCIA Rubricas Ano Variação 2010 2011 2012 Valor Margem Operacional a 26,0% 24,6% 24,9% 0,35 p.p. Rotação do Activo b 64,1% 76,1% 85,2% 9,01 p.p. Rentabilidade do Activo c 16,1% 17,9% 20,7% 2,82 p.p. Rentabilidade Capitais Próprios d - ROE -137,6% -353,3% -90,5% 262,82 p.p. a b c Res ultado Operacio nal Bruto 1 e 2 /P ro veito s Operacio nais P ro veito s Operacio nais /Activo Res ultado Operacio nal Bruto 1 e 2 /Activo To tal d Res ultado Líquido /Capital P ró prio 70

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Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ELECTRA EMPRESA DE ELECTRICIDADE E ÁGUA, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Valores expressos em milhares de Escudos - mesc) INFORMAÇÃO GERAL A ELECTRA - Empresa de Electricidade e Água, SARL (adiante designada por ELECTRA ou Sociedade) foi criada pelo Decreto-Lei nº 37/82, de 17 de Abril, como uma Empresa Pública, tendo sido, pelo Decreto-Lei nº 68/98, de 31 de Dezembro, transformada em sociedade anónima de responsabilidade limitada. O capital social da Sociedade ascende a mesc 1 585 262, tendo o Estado uma participação de 77,731%, o INPS 16,592% e o conjunto de municípios 5,677%. O objecto social da ELECTRA, definido pelos seus Estatutos, consiste na produção, transporte e distribuição e venda de água e eletricidade, bem como na recolha e o tratamento para reutilização de águas residuais, em todo o território nacional, podendo ainda dedicar-se a outras actividades relacionadas com o seu objecto social. A Sociedade exerce a actividade de produção, transporte e distribuição e venda de eletricidade e água, assim como a recolha e tratamento de águas residuais para reutilização, ao abrigo, respetivamente, dos Decretos-Lei nº 54/99, de 30 de Agosto, e nº 75/99, de 30 de Dezembro, os quais referem que após a privatização da Sociedade esta obterá licença automática para continuar a prestar os serviços regulados nos diplomas referidos. No dia 24 de Maio de 2002, o Estado de Cabo Verde e a Electra assinaram o Contrato Geral de Concessão de Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica e Água e de Recolha e Tratamento de Águas Residuais para Reutilização ( Contrato Geral ), nos termos do qual o prazo de concessão foi fixado em 36 anos, podendo o mesmo ser renovado ou prorrogado por períodos mínimos de 18 anos, a contar a partir de Janeiro de 2000. O prazo a partir do qual o Estado de Cabo Verde pode se justificado por motivos de interesse público, resgatar a concessão foi fixado em, pelo menos, 18 anos, tendo a Electra direito a uma indemnização igual ao valor de mercado da concessão na data do resgate, sem prejuízo de eventual indemnização por perdas e danos causados. A licença relativa à actividade de produção através dos centros produtores atualmente existentes foi concedida à Sociedade, no âmbito das Leis da Electricidade e Água. Após o terceiro ano de gestão privada, o Estado de Cabo Verde pode autorizar o estabelecimento em território nacional de outros operadores no domínio da produção de eletricidade. Com a assinatura dos acordos de transferência dos sistemas de produção e distribuição de eletricidade e água dos Municípios, a ELECTRA assume atualmente as actividades anteriormente exercidas por catorze Municípios, tendo integrado na sua estrutura o Relatório e Contas 2012 Página 85

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS pessoal, o ativo imobilizado e, em alguns casos, as existências e os direitos e obrigações que pertenciam àqueles Municípios e afectas às actividades integradas. Contrariamente ao inicialmente previsto, a integração do serviço de recolha e tratamento de águas residuais de S. Vicente ainda não ocorreu. A Sociedade conta com Delegações em todas as ilhas habitadas do país e tem a sua Sede na Rua Baltazar Lopes da Silva, nº 10-1º, na cidade do Mindelo (S. Vicente). A Resolução do Conselho de Ministros n.º 19/2010, de 16 de Abril, alterada pela Resolução n.º 26/2011, de 8 de Agosto, marcou o arranque efetivo do processo de reestruturação da ELECTRA, com a criação de duas filiais, respetivamente, a Electra Sul Sociedade Unipessoal, S.A., com sede na Praia, e Electra Norte, Sociedade Unipessoal, S.A., com sede em São Vicente, com jurisdição sobre as ilhas de Sotavento e de Barlavento, exceto na Boavista, que já beneficia de solução própria. A operacionalização destas filiais ainda não ocorreu. Com efeito, a 9 de Setembro de 2010 a Electra celebrou com a Sociedade Águas e Energia da Boavista, AEB, S.A. um contrato, tendo por objecto a subconcessão dos serviços relativos ao transporte e distribuição de energia eléctrica e água na ilha da Boa Vista, autorizada pelo Decreto-lei n.º 26/2008, de 1 de Setembro, transferindo para a Subconcessionária AEB os direitos e obrigações de que é titular a Concessionária, conforme o Contrato Geral. Contudo, até a data da emissão destas contas, o contrato de subconcessão não tinha entrado em vigor, não obstante um enorme esforço de gestão e financeiro dispendido pela Electra, pelo facto de a Concessionária não consentir com um Caso Base apresentado pela Subconcessionária, por falta de clareza e de uma discussão alargada, e também da exigência na cláusula 52ª do contrato, da aprovação pela Entidade Reguladora do Sector de um tarifário específico de venda de energia eléctrica e água que seja consentâneo com o referido Caso Base que, a existir, representará uma derrogação do princípio de solidariedade nacional, na fixação de tarifas de eletricidade. Entretanto a Electra cessou já toda a sua actividade na Ilha, ficando simplesmente como acionista da AEB, cuja participação no capital social equivalente a 10% se previa fosse realizada em 2012, em espécie, com base no património ativo, afeto à produção e à comercialização, o que não aconteceu. Esses ativos foram alvo de um processo de atualização e de re-mensuração, com inclusão de itens antes omissos na escrita, revalorização e reconhecimento de perdas por imparidade. Procedeu-se à desvinculação colectiva dos trabalhadores e prevê-se a cessão de bens postos em concessão pela Concessionária, cujos custos, por força de um Protocolo de Intenções assinado entre o Estado, a Electra, a SDTIBM, a BUCAN e a Cassa, a 25 de Janeiro de 2008, deverão merecer uma indemnização do Estado. NOTA 0 REFERENCIAL CONTABILISTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística e de Relato Financeiro (SNCRF), aprovado pelo Decreto- Lei nº5/2008, de 4 de Fevereiro, o qual entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2009. A fim Relatório e Contas 2012 Página 86

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS de facilitar a sua leitura, os valores apresentados no presente Anexo encontram-se expressos em milhares de Escudos (mesc). Estas Demonstrações Financeiras foram aprovadas para distribuição em 17 de Junho de 2013. NOTA 1 RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos utilizados na preparação destas demonstrações financeiras encontram-se descritos a seguir: 1.1 Ativos fixos tangíveis e depreciações e ativos intangíveis e depreciações (i) Ativos de propriedade da Sociedade Os ativos fixos tangíveis encontram-se expressos ao custo de aquisição, o qual inclui o preço de fatura do fornecedor acrescido de gastos de compra e instalação, líquido das respetivas depreciações acumuladas e de perdas de imparidade (ver Notas 1.2 e 3), sendo acrescidos os respetivos encargos financeiros durante o período de construção/instalação. Exceptuam-se os ativos fixos tangíveis afetos à Delegação da Boa Vista, os quais foram objecto de revalorização, resultante de avaliação feita internamente. Os gastos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como ativos separados sempre que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do ativo existente, quando for provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o custo do ativo possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Depreciações As depreciações são calculadas, sobre os valores de aquisição ou reavaliação pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens. As principais taxas utilizadas são as seguintes: Edifícios e outras construções 2,5% - 12,5% Equipamento básico 5% - 25% Equipamento de transporte 12,5% Equipamento administrativo 8,33% - 25% Outras ativos fixos tangíveis 8,33% - 25% Os ativos tangíveis subsidiados por terceiros são depreciados na mesma base e às mesmas taxas dos restantes bens da Sociedade, sendo o respetivo custo compensado em Proveitos operacionais Outros rendimentos e ganhos (ver Nota 23), pela redução dos subsídios registados em Diferimentos (Passivo) (ver Nota 18). Relatório e Contas 2012 Página 87

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (ii) Ativos afetos à concessão e amortizações Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 76/98, de 31 de Dezembro, e do contrato assinado pelas partes em Maio de 2002, a concessão à Sociedade da distribuição de energia eléctrica e água envolve a afectação a essa actividade dos respetivos bens, propriedade do Estado de Cabo Verde. Sendo as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS) subsidiárias do SNCRF, e não havendo no SNCRF normativo relativo ao tratamento das concessões é aplicado aos ativos da concessão o definido no IFRIC 12. Com base neste IFRIC, os investimentos afetos à concessão, postos em concessão pelo concedente, não são objecto de registo, e os investimentos afetos à concessão, postos em concessão pela Electra, os quais no final da concessão revertem para o Estado de Cabo Verde, são registados como Ativos Intangíveis (ver Nota 4) pelo valor do investimento efetuado, ao qual não é acrescida qualquer margem, sendo adicionados os respetivos encargos financeiros relativos ao período de construção/instalação. Os investimentos de expansão (aqueles que provocam um aumento do negócio) são tratados da mesma forma que os investimentos postos em concessão pela Electra. Não tendo sido identificados, os investimentos de substituição não foram tratados como responsabilidade, de acordo com o definido na NRF 19- Provisões, Passivos contingentes e Ativos contingentes, o que implicava a constituição de uma provisão pelo período que medeia entre o investimento inicial e o investimento de substituição, devendo essa provisão ser registada pelo valor presente. Amortizações As amortizações dos bens postos em concessão pela Electra são calculadas sobre os valores de aquisição pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal durante o período da concessão. A manutenção, reparação e substituição dos bens afetos à concessão são da responsabilidade da Sociedade durante o período do contrato de concessão. 1.2 Imparidade de ativos Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas são objecto de testes de imparidade anuais. Os ativos sujeitos a amortização são revistos, quanto à imparidade, sempre que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo, menos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os ativos são agrupados aos mais baixos nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de caixa). Relatório e Contas 2012 Página 88

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1.3 Inventários e ajustamentos Os inventários são constituídos essencialmente por peças de reserva para os equipamentos, materiais diversos e combustíveis. O custo de aquisição das matérias primas, subsidiárias e de consumo inclui o preço da fatura do fornecedor acrescido dos gastos adicionais de compra, excepto quanto a uma parte dos inventários que foi, em exercícios anteriores, mensurada com base em avaliações técnicas efectuadas internamente e no custo de reposição. A água potável em depósitos no final do exercício não é objecto de contabilização, não sendo, contudo, o seu valor significativo. O método de custeio das saídas de inventários é o Custo Médio Ponderado. A partir de 2012, as perdas por imparidade em inventários, passaram a ser apuradas por referência a critérios de avaliação técnico-comercial (ver Nota 6). 1.4 Investimentos financeiros Refere-se à participação correspondente a 3,75% detida na Cabeólica, SA, na qual a Sociedade exerce influência significativa, encontrando-se, por isso, valorizada de acordo com o Método de Equivalência Patrimonial. Segundo o Método da Equivalência Patrimonial o investimento é inicialmente registado pelo seu custo e, posteriormente, ajustado em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte do investidor nos ativos líquidos da participada. Os preceitos contabilísticos vigentes em Cabo Verde não contemplam a preparação e apresentação de contas consolidadas. 1.5 Contas a receber de clientes e outros devedores e imparidade Os saldos de clientes e devedores são reconhecidos inicialmente pelo seu valor atual ou valor descontado, calculado por referência à taxa de juro média dos financiamentos da Sociedade, deduzido de qualquer perda de imparidade (ver Notas 7 e 9). Os riscos efectivos de cobrança associados às contas a receber de clientes e outros devedores, apurados por referência a critérios de gestão e de avaliação comercial, são objecto de ajustamento por imparidade. Em 2011 e 2012, a Sociedade voltou a utilizar o mesmo critério adoptado até 2009 de reconhecer em imparidade 100% dos saldos de clientes vencidos há mais de 12 meses (excluindo Estado e Entidades Publicas), contrariamente ao critério utilizado em 2010, que consistiu em aplicar uma percentagem entre os 25% e 100% sobre os saldos em dívida, de acordo com a sua antiguidade para o reconhecimento de perdas por imparidade, por se considerar ser este mais adequado para registar a expectativa de perdas. Relatório e Contas 2012 Página 89

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1.6 Caixa e depósitos bancários A rubrica de Caixa e depósitos bancários inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço - Passivo Corrente, na rubrica de Financiamentos obtidos, sendo considerados como caixa e equivalentes na Demonstração dos Fluxos de Caixa. 1.7 Capital Próprio As acções ordinárias são classificadas no capital próprio, quando realizadas. A parcela não realizada do capital não é objecto de registo. Quando houver, os custos inerentes à emissão de novas acções são apresentados no capital próprio como uma dedução das entradas de capital. As prestações acessórias de capital são reconhecidas no Capital Próprio quando não existe prazo de reembolso definido, não estejam sujeitas a juros e cumpram as demais condições de reconhecimento na rubrica de capital próprio. 1.8 Empréstimos Obtidos Os empréstimos obtidos são reconhecidos inicialmente ao seu valor nominal ou justo valor, quando diferente, deduzido dos respetivos custos de transação, quando incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado, se aplicável; qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de gastos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efectiva. Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto se a Sociedade possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 1.9 Imposto único sobre o rendimento e impostos diferidos Com a publicação do Decreto-Lei nº 1/96, de 15 de Janeiro, foi aprovado o Regulamento do Imposto Único sobre o Rendimento, segundo o qual o rendimento tributável é determinado com base no resultado do exercício antes de impostos, eventualmente ajustado pelos custos e proveitos que, nos termos do referido Decreto-Lei, não devam ser considerados para efeitos fiscais, ao qual é aplicado uma taxa de 25,5%. Os resultados fiscais podem ser revistos pela Administração Fiscal por um período de cinco anos, pelo que os resultados fiscais de 2008 a 2012 podem vir a ser corrigidos. Os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de três anos, após a sua ocorrência, e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Relatório e Contas 2012 Página 90

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base tributável. A base tributável dos ativos e passivos é determinada de forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa em vigor à data de balanço, ou a taxa que esteja já aprovada para utilização futura. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária. Os impostos diferidos ativos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. Os impostos diferidos são classificados como Não corrente. 1.10 Provisões para riscos e encargos São constituídas provisões no balanço sempre que a Sociedade tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos venha a ser exigido para liquidar a obrigação. 1.11 Reconhecimento do rédito (i) Vendas e prestações de serviços Os proveitos associados à prestação de serviços são reconhecidos em resultados com referência à fase de acabamento da transação à data de balanço. Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos ativos vendidos são transferidos para o comprador. Embora não seja considerada qualquer margem nos contratos de construção relativos à aquisição e construção das infra-estruturas afectas à concessão, estes valores, com base no definido na NRF 6 - Ativos Intangíveis e NRF 18 - Rédito, são considerados no Rédito como Vendas, por se considerar como troca de ativos não semelhantes, sendo o valor dos gastos do investimento efetuado registado como gastos com mercadorias vendidas e matérias consumidas. (ii) Subsídios Os subsídios do Governo só são reconhecidos após existir segurança de que a Sociedade cumprirá as condições a eles associadas e os subsídios serão recebidos. Os subsídios à exploração, recebidos com o objetivo de compensar a Sociedade por gastos incorridos, são reconhecidos na demonstração dos resultados de forma sistemática durante os períodos em que são reconhecidos os gastos que os mesmos visam compensar. Relatório e Contas 2012 Página 91

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Os subsídios ao investimento, recebidos com o objetivo de compensar a Sociedade por investimentos efetuados em ativos tangíveis afetos à produção, são registados na rubrica de Diferimentos (passivo) (ver Nota 18) e reconhecidos em resultados durante a vida útil estimada do respetivo ativo subsidiado (ver Nota 23). 1.12 Gestão de riscos financeiros A exposição da Sociedade a riscos financeiros não é significativa e inclui principalmente variações de taxas de juro e risco de liquidez. (i) Risco cambial O risco cambial é muito reduzido, dado que (a) existe uma paridade fixa do Escudo face ao Euro, moeda em que são, essencialmente, efectuadas as compras ao estrangeiro, sendo as compras em outras moedas de pouca relevância, e (b) as vendas são realizadas em Cabo Verde. (ii) Risco da taxa de juro Os empréstimos vencem juros a taxas variáveis, encontrando-se por isso a Sociedade sujeita ao risco da variação da taxa de juro. Não existem swaps de taxas de juro. (iii) Risco de crédito Reconhece-se alguma concentração de risco de crédito, estando, contudo, definidas políticas de corte de serviço que procuram assegurar que as vendas efectuadas sejam cobradas. O risco de crédito mais significativo relaciona-se, essencialmente, com vendas de exercícios anteriores, com tendência de aumento neste exercício, para as quais foram reconhecidas as imparidades consideradas necessárias. (iv) Risco de liquidez A gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades de fundos através de facilidades de crédito negociadas. Devido à natureza dinâmica dos seus negócios, a Sociedade tem como objectivo uma gestão flexível de fundos através da manutenção das linhas de crédito disponibilizadas pelos bancos. A informação relativa à liquidez em cada um dos anos, pode ser apresentada da seguinte forma: 2012 2011 Passivo corrente 5 107 729 7 080 407 Ativo corrente 3 360 037 4 051 593 Fluxos de caixa das atividades operacionais n/d 639 230 1 747 692 2 389 564 Relatório e Contas 2012 Página 92

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS O activo corrente encontra-se deduzido dos Inventários, destinados ao consumo (ver Nota 6), dos Adiantamentos a fornecedores (ver Nota 8) e dos Diferimentos (ver Nota 10). O Passivo corrente encontra-se deduzido dos Diferimentos (ver Nota 18). Não se encontra disponível (n/d) informação sobre os fluxos de caixa das atividades operacionais para 2013, não sendo, expetável, contudo, que venha superar os mesc 1 747 692. Adicionalmente, a Sociedade prevê efetuar investimentos em Ativos fixos tangíveis e intangíveis no próximo exercício, envolvendo valores significativos e os juros dos financiamentos ascenderão a cerca de mesc 400 000. Assim, a Sociedade apresenta uma insuficiência de liquidez para o próximo exercício. Não sendo expectável que em 2013 gere cash flow suficiente, decorrem negociações visando a obtenção de financiamentos que permitam à Sociedade terminar o seu plano de investimentos e regularizar as suas dívidas. Adicionalmente, a Sociedade conta com o apoio do seu acionista principal (o Estado) para fazer face às suas responsabilidades. As necessidades de financiamento apresentadas em 2011 foram supridas em 2012 por financiamentos adicionais, pela dilatação do prazo de pagamento aos fornecedores e pelo apoio do Estado. A Sociedade não utiliza derivativos na gestão dos seus riscos operacionais e financeiros, quer para cobertura, quer para negociação (especulação). 1.13 Créditos e débitos em moeda estrangeira Os ativos e passivos denominados em moeda estrangeira são convertidos e contabilizados em Escudos ao câmbio oficial do Banco de Cabo Verde em vigor na data da transação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do Balanço, por referência às taxas de câmbio vigentes nessa data são reconhecidas nos resultados. As transações em moeda estrangeira foram efectuadas, essencialmente, em Euros, cuja paridade para Escudos é fixa (1 Euro equivale a 110$265). 1.14 Especialização de exercícios Os ganhos e gastos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, ou seja, são reconhecidos na medida em que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes gastos e ganhos gerados, são registadas no balanço nas rubricas de Outras contas a pagar e Outros contas a receber. 1.15 Responsabilidades assumidas para com o pessoal De acordo com a legislação Cabo-verdiana vigente, os trabalhadores têm anualmente direito a um mês de férias remuneradas, encargo este, que representa um direito adquirido pelo serviço prestado no ano civil anterior ao do seu pagamento. Adicionalmente, a Sociedade garante aos trabalhadores o pagamento de subsídio de Relatório e Contas 2012 Página 93

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS férias o que, à semelhança das férias, representa um direito adquirido pelo serviço prestado no ano civil anterior ao do seu pagamento. Esta responsabilidade encontra-se apresentada em balanço na rubrica Outras contas a pagar (ver Nota 17). Os trabalhadores da Sociedade encontram-se integralmente abrangidos pelo sistema oficial de previdência social, gerido pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), não assumindo a Sociedade qualquer responsabilidade, presente ou futura, relacionada com o pagamento de pensões ou complementos de reforma, excepto no caso referido em 1.15 abaixo. 1.16 Pensões de reforma A Sociedade assumiu a responsabilidade para com 5 trabalhadores (6 em 2011) que se encontram atualmente na reforma, sendo-lhes paga a diferença entre a pensão paga pelo INPS e o salário líquido recebido à data de reforma. Devido à imaterialidade dos valores envolvidos, tendo em conta a idade dos reformados e valores que auferem (em 2012 foram pagos mesc 410 e mesc 436 em 2011, registados na rubrica de Gastos com o pessoal), esta responsabilidade não se encontra registada. 1.17 Fornecedores e Outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são registados pelo seu valor nominal ou presente, caso aplicável. 1.18 Estimativas e julgamentos As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência e outros factores, designadamente em eventos futuros em que se acredita ser expectável virem a ocorrer de acordo com as circunstâncias actuais. As diferenças de estimativa são registadas em rendimentos/gastos do exercício nas rubricas respetivas da natureza do rendimento ou gasto. Relatório e Contas 2012 Página 94

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 2 - FLUXOS DE CAIXA São considerados Caixa e Equivalentes os saldos de Caixa e Depósitos bancários que estejam disponíveis para uso num prazo curto que não exceda os três meses. Adicionalmente, consideram-se também equivalentes de caixa as aplicações financeiras que estejam disponíveis para uso num prazo não superior a três meses e em relação às quais a variação de justo valor não seja significativa, assim como os descobertos bancários, que são apresentados no Balanço em Financiamentos Obtidos. Na Nota 12 é apresentada a conciliação do saldo de Caixa e depósitos bancários no Balanço e o saldo de Caixa e Equivalentes da Demonstração dos Fluxos de Caixa. NOTA 3 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS Os movimentos ocorridos nestas rubricas decompõem-se como segue (em mesc): TERRENOS E RECURSOS NATURAIS EDIFICIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES EQUIPAMENTO BÁSICO MATERIAL DE CARGA E TRANSPORTE EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL POSIÇÃO A 1 DE JANEIRO DE 2011 Valor de aquisição 160 581 1 725 702 10 116 748 210 505 224 761 27 832 12 466 128 Depreciação acumulada - ( 1331 922) ( 5731 321) ( 156 793) ( 198 278) ( 24 397) ( 7442 711) Valor escriturado 160 581 393 780 4 385 427 53 712 26 483 3 434 5 023 417 VARIAÇÕES EM 2011 Valor liquido inicial 160 581 393 780 4 385 427 53 712 26 483 3 434 5 023 417 Aquisições 7 875 13 468 42 005 10 199 16 356 4 566 94 470 Abates e alienações - valor de aquisição - ( 425) ( 404 081) ( 404 506) Abates e alienações - depreciação acumulada - 339 223 339 223 Depreciação do exercicio - ( 136 158) ( 595 326) ( 11 336) ( 10 835) ( 1 612) ( 755 266) Valor liquido 168 456 270 665 3 767 248 52 574 32 005 6 388 4 297 337 POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Valor de aquisição 168 456 1 738 745 10 093 895 220 704 241 117 32 398 12 495 315 Depreciação acumulada - (1 468 080) (6 326 647) ( 168 129) ( 209 112) ( 26 010) -8.197.978 Valor escriturado 168 456 270 665 3 767 248 52 574 32 005 6 388 4 297 337 VARIAÇÕES EM 2012 Valor liquido inicial 168 456 270 665 3 767 248 52 574 32 005 6 388 4 297 337 Aquisições 5 140 6 472 140 012 565 6 445 802 159 436 Abates e alienações - depreciação acumulada - - - ( 20 057) - - ( 20 057) Depreciação do exercicio - ( 107 958) ( 599 062) 9 157 ( 11 421) ( 1 465) ( 710 749) Valor liquido 173 596 169 179 3 308 198 42 239 27 029 5 725 3 725 967 POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Valor de aquisição ou reavaliação 173 596 1 745 217 10 233 907 201 212 247 562 33 200 12 634 694 Depreciação acumulada - (1 576 038) (6 925 709) ( 158 972) ( 220 533) ( 27 475) -8.908.727 Valor escriturado 173 596 169 179 3 308 198 42 239 27 029 5 725 3 725 967 As principais adições de 2012 compreendem, essencialmente, (i) em Terrenos, mesc 5 140 relativos à aquisição de 4 200m 2 do terreno em São Filipe - Fogo destinado a construção da Central de São Filipe, (ii) em Edifícios e outras construções, mesc 4 176 (2011: mesc 13 468) relativos à remodelação do edifício administrativo de Gamboa, em curso à data do balanço, (iii) em Equipamento básico, mesc 94 176 relativos à aquisição de uma unidade dessanilizadora Osmose Inversa de 1 200 m3/dia para o Sal e mesc 43 000 referentes a uma unidade dessanilizadora de 5 000 m3/dia, no âmbito do Projecto Uniha, para a cidade da Praia, em curso a data Relatório e Contas 2012 Página 95

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS do balanço e (iv) mesc 6 445 em Equipamento administrativo, aquisição de materiais informáticos e mobiliário diversos. Os mesc 20 057 de abates em 2012 referem-se à alienação de viaturas da Praia totalmente depreciados, tendo gerado uma mais valia de mesc 2 659. Em 2011, as principais adições compreendiam ainda, essencialmente, (i) em Terrenos, mesc 7 875 relativos à aquisição de 15 000m2 do terreno no Porto Novo, em Santo Antão, (ii) em Equipamento básico, cerca de mesc 11 000 referentes a motor submersível e gerador, (iii) em Equipamento de transporte, mesc 9 412 referentes a seis viaturas. Os mesc 404 081 de abates referiam-se à alienação do dessalinizador MVC 1 250 de Palmarejo, tendo gerado uma menos valia de mesc 62 658 (ver Nota 24). Uma parcela do terreno com todas as benfeitorias edificadas ou a edificar, sito na zona da Palmeira - ilha do Sal, cujo valor contabilístico ascende a mesc 6 469, e equipamentos da central de Produção de energia da Palmeira, no valor global a USD 6 780, equivalentes a mesc 564 296, encontram-se hipotecados e penhorados, respetivamente, como garantia de empréstimos obtidos (ver Nota 14). Relatório e Contas 2012 Página 96

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 4 ATIVOS INTANGÍVEIS Esta rubrica compreende, essencialmente, os direitos relativos à distribuição de energia e água e saneamento. Os movimentos ocorridos durante o exercício nestas rubricas decompõem-se como segue (em mesc): Distribuição de Energia Distribuição de Água Saneamento Outros Total POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2010 Valor de aquisição 1 936 642 189 855 66 619 132 155 2 325 271 Depreciação acumulada ( 184 840) ( 17 993) ( 6 681) ( 94 176) ( 303 690) Valor escriturado 1 751 802 171 862 59 938 37 980 2 021 582 VARIAÇÕES EM 2011 Valor liquido inicial 1 751 802 171 862 59 938 37 980 2 021 582 Aquisições 71 943 7 984 1 109 10 954 91 991 Depreciação do exercicio ( 71 108) ( 6 639) ( 2 365) ( 7 301) ( 87 413) Valor liquido 1 752 637 173 207 58 682 41 633 2 026 159 POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2011 Valor de aquisição 2 008 585 197 839 67 729 143 108 2 417 262 Depreciação acumulada ( 255 948) ( 24 632) ( 9 046) ( 101 477) ( 391 103) Valor escriturado 1 752 637 173 207 58 683 41 631 2 026 159 VARIAÇÕES EM 2012 Valor liquido inicial Aquisições 31 616 4 055-35 671 Depreciação do exercicio ( 69 603) ( 6 596) ( 2 365) ( 11 700) ( 90 264) Valor liquido ( 37 987) ( 2 541) ( 2 365) ( 11 700) ( 54 593) POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Valor de aquisição ou reavaliação 2 040 201 201 894 67 729 143 108 2 452 933 Depreciação acumulada ( 325 551) ( 31 228) ( 11 411) ( 113 177) ( 481 367) Valor escriturado 1 714 650 170 666 56 318 29 931 1 971 565 As adições em distribuição de energia compreendem, essencialmente, investimentos em curso de (i) mesc 5 539 (2011: mesc 41 885) referentes à aquisição de materiais eléctricos e custos diversos do projeto 2.000 ligações Sal (ii) mesc 9 369 (2011: mesc 11 120) relativos a fornecimento e montagem de peças para a reabilitação de redes na ilha de Santiago e (iii) mesc 7 115 (2011: mesc 8 920) referentes a trabalhos diversos para extensão da rede de média tensão no interior da ilha de Santiago. Em 2011, as adições em distribuição de água compreendiam, essencialmente, investimentos em curso de (i) mesc 2 979 relacionados com aberturas de valas em S. Vicente e (ii) mesc 2 500 referentes a novas ligações de água em Santiago. As adições em Outros ativos intangíveis compreendiam cerca de mesc 9 775 relativos ao upgrade no sistema ELAG para permitir pagamentos através da rede vinti4. Relatório e Contas 2012 Página 97

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 5 - PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS O saldo desta rubrica compreende: (a) mesc 5 000 referentes a realização de capital das duas filiais criadas em 2011 (Electra Norte e Electra Sul), no âmbito do processo de reestruturação da Sociedade, em curso. (b) mesc 6 370, correspondente à participação de 3,75% no capital da Cabeólica, a qual se encontra valorizada de acordo com o Método de Equivalência Patrimonial (MEP). Em 31 de Dezembro de 2012 a informação financeira da Cabeólica, SA resume-se como segue: mesc Total do activo 7 260 551 Capital próprio 170 049 Total do passivo 7 090 502 Rendimentos 948 580 Resultado líquido 17 720 NOTA 6 - INVENTÁRIOS O saldo desta rubrica decompõe-se como se segue: mesc 2012 2011 Combustíveis 76 006 62 244 Materiais diversos 674 623 658 264 Menos - 750 629 720 508 Perdas por imparidade acumuladas ( 66 969) ( 66 969) 683 660 653 539 A rubrica de materiais diversos compreende, essencialmente, acessórios para produção e distribuição de energia e água. Relatório e Contas 2012 Página 98

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS As perdas por imparidade não registaram qualquer movimento nos exercícios de 2012 e 2011. O saldo em balanço corresponde ao montante necessário para reduzir o valor dos inventários evidenciado no balanço ao respetivo valor realizável líquido, estimado com base em critérios técnicos e de gestão. NOTA 7 - CLIENTES Por tipo de clientes, os saldos decompõem-se como segue: mesc 2012 2011 Domésticos 3 285 963 2 791 734 Empresas privadas 1 020 757 853 020 Autarquias 1 399 344 1 040 978 Estado 232 668 56 078 Empresas públicas 59 845 28 483 Clientes aplicação comercial 5 998 577 4 770 292 Diferença entre a aplicação comercial e saldos contabilísticos ( 607 783) ( 310 762) Saldos contabilísticos 5 390 794 4 459 530 Menos: Perdas por Imparidade acumuladas (2 168 757) (1 746 145) 3 222 037 2 713 384 A comparação efetuada entre o saldo evidenciado nos registos contabilísticos (mesc 5 390 794) e o saldo ajustado da aplicação comercial (mesc 5 998 577) evidenciou uma diferença líquida de mesc 607 783 (2011: mesc 310 762), a qual se encontra em processo de análise. Verifica-se um aumento dessa diferença face a 2011 de mesc 297 133, dos quais mesc 154 586 referem-se a depósitos efectuados pelo Estado de Cabo Verde por conta de pagamentos de faturas de entidades públicas e que apenas foram registados na aplicação comercial em 2013. A Sociedade adopta o critério de reconhecer em imparidade 100% dos saldos de clientes vencidos há mais de 12 meses (excluindo Estado e Entidades Publicas), evidenciados na aplicação comercial como segue: Privados mesc Estado e autarquias Total 2012 2011 2012 2011 2012 2011 Saldos até 90 dias 1 331 272 1 282 962 328 455 106 137 1 659 727 1 389 099 Saldos entre 91 e 180 dias 372 675 281 249 123 554 125 759 496 229 407 008 Saldos entre 181 dias e 1 ano 201 436 238 848 108 221 67 114 309 658 305 963 Saldos com mais de 1 ano 2 401 338 1 841 695 1 131 627 826 528 3 532 966 2 668 223 Saldo total 4 306 721 3 644 753 1691 857 1125 539 5 998 579 4 770 292 Relatório e Contas 2012 Página 99

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Assim, a perda por imparidade em saldos de clientes foi no exercício de 2012, reforçada em mesc 426 279 (2011: mesc 411 432) e utilizada em mesc 3 667. Salvaguardando a diferença de mesc 453 197 face à contabilidade, o saldo resultante de mesc 2 168 757 cobre a totalidade dos saldos de Privados em dívida há mais de um ano, deduzidos da taxa RTC que está incluída no saldo de clientes (mesc 162 085), não tendo sido reconhecidas perdas por imparidades relativas às dívidas do Estado (incluindo empresas públicas) e Autarquias dado ser expetativa da Administração que a sua recuperação ocorrerá a curto prazo. O justo valor das contas a receber não difere do seu valor contabilístico. NOTA 8 ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES O saldo desta rubrica compreende: mesc 2012 2011 Paprottka 30 351 25 341 Euromec 10 404 48 044 Sousa Investimentos 9 007 6 323 CV Movel 3 856 - Aristides Lima e Silva 3 022 - Estação Shell Terra branca 2 189 - Elpor 2 077 - RTC 2 029 - Ferdinad Freese 1 780 - Vas Cabo Verde 1 197 - Aguas Boa Vista - 4 500 Catterpillar - 67 463 Impordisel - 4 701 Outros, inferiores a mesc 1 000 160 951 62 893 226 863 219 265 Os saldos da Paprottka, Euromec e Sousa Investimentos (e Catterpilar em 2011) representam adiantamentos por conta de fornecimento de peças para manutenção de grupos (ver Nota 15). Relatório e Contas 2012 Página 100

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOT A 9 OUTRAS CONTAS A RECEBER mesc 2012 2011 Curto prazo: Estado de Cabo Verde - subconcessão da Boavista (i) 59 965 59 965 AEB - Água e Electricidade de Boa Vista (ii) 11 496 - Cheques devolvidos 6 733 6 733 Empréstimos concedidos ao pessoal (iii) 2 659 3 149 Devedores por Acréscimos de rendimentos 1 783 2 970 Outras Cauções Prestadas 1 752 1 687 Alexandrino Spencer Evora 1 285 1 285 Estado - Direcção Geral do Tesouro (iv) - 135 455 Outros 4 646 191 905 90 319 403 150 Menos: Perdas por imparidade acumuladas (v) ( 13 437) ( 13 437) 76 882 389 713 (i) Estado de Cabo Verde subconcessão da Boa Vista A Sociedade considera ter a receber do Estado de Cabo Verde mesc 59 965 (igual valor em 2011) correspondentes ao saldo líquido de ativos intangíveis (redes de distribuição) afetos à Delegação da Boavista que deixaram de se qualificar como ativo (ver Nota 4), em virtude da subconcessão das suas actividades nesta ilha. (ii) AEB - Água e Electricidade de Boa Vista Corresponde ao valor a receber da AEB referente à fatura emitida pela Cabeólica relativa ao fornecimento de energia em Dezembro. Um valor a pagar à Cabeólica de igual valor encontra-se registado na rubrica de Fornecedores. (iii) Empréstimos a empregados O saldo desta rubrica compreende empréstimos atribuídos aos empregados destinados a (i) assistência na doença, (ii) aquisição e remodelação de habitação e (iii) fins diversos. Estes empréstimos não vencem juros e têm um período de reembolso que poderá atingir dois anos. Devido à sua imaterialidade não se procedeu ao cálculo do seu valor descontado. Relatório e Contas 2012 Página 101

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Por Delegação, decompõem-se como segue: mesc 2012 2011 S. Vicente 1 165 998 Santiago 715 725 Sede 310 672 Outras Delegações 469 754 2 659 3 149 (iv) Estado de Cabo Verde Em 2011, representava o valor descontado a receber referente ao défice tarifário, calculado em função dos atrasos das atualizações tarifárias face ao aumento de combustíveis e outros custos. O saldo em 31 de Dezembro de 2011 era resultante de um saldo de mesc 552 765 referente a exercício de 2006, o qual vinha sendo amortizado em 4 prestações anuais, tendo sido a última em 2012. Conforme se refere na Nota 32, em 2007 a ELECTRA contratou com o BCA um empréstimo nesse montante, tendo o Estado, através da Direcção Geral do Tesouro, assumido o compromisso de pagar a dívida à ELECTRA. Esta rubrica teve a seguinte evolução: mesc Saldo em 31 de Dezembro de 2008 552 765 Liquidação da 1ª prestação em 2009 ( 138 191) Liquidação da 2ª prestação em 2010 ( 138 191) Liquidação da 3ª prestação em 2011 ( 138 191) Liquidação da 4ª prestação em 2012 ( 138 191) Saldo em 31-12-2012 0 Tendo em conta que estes saldos não venciam juros, o seu valor foi registado pelo valor presente em 1 de Janeiro de 2008, tendo os mesmos sido reduzidos em mesc 119 941. Consequentemente foi registado em 2012, o respectivo proveito a titulo de juros, relativo à actualização da divida no valor de mesc 2 736 (2011: mesc 10 535). (v) Perdas por imparidade acumuladas Os saldos do Estado e Câmaras Municipais não foram ajustados por ser convicção da Sociedade que a sua recuperação ocorre a curto prazo. NOTA 10 DIFERIMENTOS (Ativo) O saldo desta rubrica compreende, essencialmente, pagamentos antecipados, em 2012, de prémios de seguros relativos ao primeiro semestre de 2013. Relatório e Contas 2012 Página 102

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 11 CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS O saldo desta rubrica compreende: mesc 2012 2011 Caixa 20 888 27 370 Depósitos à ordem Banco Comercial do Atlântico 12 618 5 045 Banco Caboverdiano de Negócios 9 167 - Caixa Económica de Cabo Verde 7 186 19 621 Banco Africano de Investimentos 6 242 - Banco BPI 3 693 3 693 Banco Espirito Santo 2 273 2 645 Banco Efisa 24 24 Banco Interatlântico ( 1 164) 3 083 Transferências entre Bancos 191 191 40 230 34 302 Total de Disponibilidades 61 118 61 672 Descobertos Bancarios ( 57 237) ( 38 917) Caixa e equivalentes nos fluxos de caixa 3 881 22 755 O saldo de Caixa inclui mesc 20 288 (2011: mesc 25 433) referentes a cobranças do último dia do ano, depositadas em Janeiro de 2013. O valor relativo aos descobertos bancários encontra-se incluído na rubrica de financiamentos obtidos (Nota 14). Os outros recebimentos/pagamentos da actividade operacional no valor de mesc 112 928, evidenciados na Demonstração dos Fluxos de Caixa, relacionam-se, essencialmente, com montantes recebidos do Estado, sendo (i) mesc 143 129 (2011: mesc 298 279) referentes a reembolsos de IVA, (ii) mesc 138.191 (2011: mesc 138 191) relativos amortização do empréstimo défice tarifário de 2006, (iii) mesc 175 500 (2011: mesc 190 000) transferidos à RTC relacionados com a Taxa de Televisão Relatório e Contas 2012 Página 103

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS recolhida pela Electra junto dos clientes e (iv) mesc 12 000 respeitantes ao projecto de perfurações para produção de água. NOTA 12 CAPITAL PRÓPRIO Os movimentos registados em 2012 e em 2011 nesta rubrica encontram-se evidenciados na Demonstração de Alterações no Capital Próprio. (a) Capital realizado Em 1999, de acordo com o Decreto-Lei nº 68/98, de 31 de Dezembro, que transformou a ELECTRA em sociedade anónima de responsabilidade limitada, o capital social da Sociedade realizado foi fixado na quantia de mesc 600 000. Em 2012 o capital social foi aumentado em mesc 985 262, sendo mesc 722 236 pelo Estado e mesc 263 026 pelo INPS, através da utilização das Prestações Acessórias. Conforme se refere abaixo, em 2011 encontravam-se registados em Outros instrumentos de capital próprio o montante de mesc 1 966 740, dos quais mesc 985 262 foram transferidos para capital social, na sequência da respectiva escritura notarial realizada em Julho de 2012, e os restantes mesc 981 478 representam prémio de emissão dessas novas acções. Com esse aumento o capital fica assim representado: mesc % 2012 2011 2012 2011 Estado de Cabo Verde 1 232 236 510 000 77,73% 85% Municípios de Cabo Verde 90 000 90 000 5,68% 15% INPS 263 026 16,59% 0 1 585 262 600 000 100,00% 100,00% O valor do Capital Próprio da Sociedade em 31 de Dezembro de 2012 é negativo em mesc 908 210 pelo que o Conselho de Administração irá propor aos Acionistas, na próxima Assembleia Geral, a tomada de medidas para a sua resolução. (b) Outras reservas O saldo desta rubrica resultou do saneamento financeiro a que a Sociedade foi sujeita em 1999 e da transformação da Electra em sociedade anónima, ao abrigo do Decreto-lei Nº 68/98, de 31 de Dezembro. Podem ser utilizadas para cobertura de prejuízos ou para incorporação no capital estatutário. Relatório e Contas 2012 Página 104

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (c) Outros Instrumentos de Capital Próprio Compreendem mesc 213 220 referentes a adiantamentos recebidos do Estado no âmbito do contrato de Performance e pagamentos a Obrigacionistas não institucionais, destinados a serem convertidos em capital social. Em 2011, o saldo de mesc 1 966 740 compreendia (i) mesc 525 156 referentes a adiantamentos e pagamentos por conta da Sociedade efetuados pelo INPS Instituto Nacional de Previdência Social, os quais, nos termos da deliberação dos acionistas em Assembleia Geral realizada em Abril de 2010, ficou aprovada a sua conversão em capital social, (ii) mesc 200 000 adiantados pelo acionista Estado para serem convertidos em capital social, conforme deliberação da Assembleia Geral realizada em Abril de 2010, e (iii) mesc 1 241 584 respeitantes ao valor de duas centrais back up de Palmarejo- Santiago e Palmeira-Sal (ver Nota 3) entregues pelo Estado de Cabo Verde por conta do aumento da sua participação no capital social da Electra, conforme Deliberação da Assembleia Geral realizada em Dezembro de 2010. O referido aumento de capital ocorreu em 2012 (ver (a) acima). Este aumento de Capital inclui um prémio de emissão no valor de mesc 981 322, o qual apenas pode ser utilizado para aumento de capital e cobertura de prejuízos. (d) Prémios de emissão Resultaram do aumento de capital referido em (a) acima. Apenas podem ser utilizados para aumento de capital e cobertura de prejuízos. (e) Excedentes de revalorização O saldo desta rubrica representa o efeito da revalorização dos ativos fixos tangíveis da Delegação da Boavista (ver Nota 3). (f) Resultados transitados O movimento de mesc 1 058 941 registado a débito nesta rubrica corresponde à aplicação do resultado líquido do exercício de 2011. Em 2005, face à situação líquida negativa apresentada em 2004, a Assembleia Geral deliberou a recapitalização da Sociedade, por via de cobertura de prejuízos, no valor de mesc 741 090, encontrando-se ainda por realizar mesc 110 748 pelos Municípios, com excepção do Município do Sal. NOTA 13 PROVISÕES A provisão para outros riscos e encargos representa a melhor estimativa possível (baseada em informações dos serviços jurídicos) dos encargos em que a Sociedade poderá eventualmente vir a incorrer a respeito de litígios, de foro laboral, fiscal, danos materiais e humanos e outros, em que é parte interveniente, em curso de tramitação à data do balanço. Relatório e Contas 2012 Página 105

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Os movimentos ocorridos resumem-se como segue: mesc 2012 2011 Saldo inicial 98 323 102 866 Reforço 24 934 34 185 Reversão ( 10 844) ( 38 727) Saldo final 112 414 98 324 O reforço de mesc 24 934 resulta de processos de natureza laboral e cível movidos contra a Sociedade em 2012, segundo informação dos serviços jurídicos. As reversões dizem respeito a processos judiciais resolvidos a favor da Sociedade. Relatório e Contas 2012 Página 106

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 14 - FINANCIAMENTOS OBTIDOS 2012 2011 Não Não Corrente Corrente Total Corrente Corrente Total EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS A. Banco Comercial do Atlântico Empréstimo Nº 293/99 23 403 23 610 47.013 21 185 47 013 68.198 Linha de crédito -mesc 552 765 - - - 138 172 138.172 Conta caucionada - mesc 300 000 164 860-164 860 224 489-224.489 Descoberto em depósitos à ordem 18 919-18 919 15 787-15.787 - B. Caixa Económica de Cabo Verde - Conta caucionada - mesc 300 000 89 364-89 364 227 112-227.112 Descoberto em depósitos à ordem 35 371-35 371 34-34 - C. Banco Caboverdiano de Negócios - Empréstimo - mesc 197 566 - - - 42 810-42.810 Descoberto em depósitos à ordem - - - 3 545 3.545 - D. Novo Banco - Descoberto em depósitos à ordem 2 946-2.946 5 475 5.475 - E. Banco Africano de Investimento - Empréstimo - mesc 10 000 5 039-5 039 8 248-8.248 Empréstimo - mesc 200 000 - - - 169 171-169.171 Empréstimo - mesc 781 000 41 571 736 060 777 631 518 121 518.121 Descoberto em depósitos à ordem - - - 14 076-14.076 381 473 759 670 1 141 143 1 388 225 47 013 1 435 238 F. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS Empréstimo A - - - 1 142 405 1 142 405 Empréstimo B - 1 139 698 1 139 698-1 139 698 1 139 698 Empréstimo C 2 270 249 2 270 249 2 270 249 Empréstimo D - 1 192 815 1 192 815-2 270 249-4 602 762 4 602 762 1 142 405 3 409 947 4 552 352 EMPRÉSTIMOS DO ESTADO G. Empréstimo de retrocessão - Maio de 2002 13 827 54 364 68 191 18 373 49 818 68 191 395 300 5 416 797 5 812 096 2 549 003 3 506 778 6 055 781 Relatório e Contas 2012 Página 107

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS A. Banco Comercial do Atlântico Empréstimo Nº 293/99 Corresponde ao saldo remanescente de um empréstimo sob a forma de abertura de crédito, no montante equivalente a USD 1 915 000, utilizado em Novembro de 1999. O empréstimo destinou-se a financiar a aquisição de dois dessalinizadores para as ilhas do Sal e da Boa Vista. Este empréstimo vence juros à taxa anual de 10% e será reembolsado em 156 prestações mensais de capital e juros, iguais e consecutivas, de mesc 2 254, com início após um período de diferimento de 24 meses, ou seja, Dezembro de 2001. O empréstimo encontra-se garantido por aval do Estado de Cabo Verde. Linha de crédito mesc 552 765 Corresponde à parcela utilizada de um crédito concedido em Outubro de 2007 para liquidação de dívidas a fornecedores de combustíveis e para financiamento de investimentos urgentes, no montante total de mesc 552 765, o qual corresponde ao valor do défice tarifário a receber do Estado referente a 2006. O prazo de utilização do empréstimo terminou em Outubro de 2008. A primeira utilização foi consignada à liquidação de um empréstimo intercalar concedido pelo BCA no montante de mesc 184 000. O capital utilizado deverá ser liquidado em 4 prestações anuais de capital e juros no valor de mesc 138 191 cada, vencendo-se a primeira em Abril de 2009. Vence juros semestralmente, à taxa anual variável, indexada à taxa Euribor a 6 meses mais um spread de 0,75%. Em Maio 2012 foi liquidada a quarta e ultima prestação do empréstimo. O empréstimo encontrava-se garantido por um termo de compromisso emitido pela Direcção Geral do Tesouro, no qual assumiu o pagamento à Electra de mesc 552 765. Conta caucionada mesc 300 000 Corresponde à parcela utilizada de um crédito através de descoberto na conta de depósito à ordem, concedido em Agosto de 2007, no montante máximo de mesc 300 000, por um período de 6 meses, renovável. Em conformidade com as novas condições de renovação acordadas entre as partes em 2010, o crédito passou a vencer juros à taxa fixa de 10% e deve ser feito pagamento anual do capital até mesc 50 000. Anteriormente vencia juros à taxa base anual divulgada pelo Banco de Cabo Verde acrescido de 2,43%. O empréstimo encontra-se garantido por uma livrança em branco com convenção de preenchimento e carta de conforto da Direcção Geral do Tesouro. Descoberto em contas de depósitos à ordem Representam saldos credores temporários em contas de depósitos à ordem. Relatório e Contas 2012 Página 108

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS B. CAIXA ECONÓMICA DE CABO VERDE Conta caucionada mesc 300 000 Corresponde à parcela utilizada de um crédito através de descoberto em conta de depósito à ordem concedido em Setembro de 2006 por um período de um ano, o qual já por cinco vezes foi, na data do vencimento, renovado por mais um ano. Em 2012 a taxa anual foi alterada de 6,5%, para 9%. O empréstimo encontra-se garantido por livrança com montante e data em branco, com convenção de preenchimento e por carta de conforto da Direcção Geral do Tesouro. C. BANCO CABOVERDIANO DE NEGÓCIOS Empréstimo mesc 197 566 Corresponde ao saldo remanescente de um empréstimo sob a forma de abertura de crédito, no montante correspondente a mesc 197 566, para apoio a tesouraria, utilizado em Novembro de 2008. Este empréstimo vence juros à taxa anual de 8,5% e será reembolsado em 48 prestações mensais de capital e juros, iguais e consecutivas, de mesc 3 889, com início em Fevereiro de 2009 e término em Novembro de 2012. Em Dezembro 2012 foi liquidada a ultima prestação do empréstimo. D. NOVO BANCO Descoberto em contas de depósitos à ordem Corresponde à parcela utilizada de um crédito através de descoberto em conta de depósito à ordem concedido em Novembro de 2011 por um período de três meses, eventualmente renovável mediante solicitação da subscritora e autorização do Banco, por iguais ou diferentes períodos de tempo, à taxa anual de 9,5%. E. BANCO AFRICANO DE INVESTIMENTOS Linha de crédito mesc 781 000 Este empréstimo resulta da conversão do empréstimo denominado Linha de Crédito mesc 700 000 e descobertos bancários no montante de mesc 81 000, nos termos do contrato celebrado entre o Banco Africano de Investimentos de Cabo Verde, SA. (BAICV), Banco Africano de Investimentos, S.A. (BAI) e a Electra, SARL, em 31 de Julho de 2012. Relatório e Contas 2012 Página 109

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Este empréstimo vence juros mensais à taxa anual de 7%, sendo reembolsável em 126 prestações mensais de capital e juros no montante de mesc 9 068. O empréstimo encontra-se garantido por (i) aval do Estado no montante mesc 390 500, (ii) hipoteca de primeiro grau sobre a parcela do terreno com todas as benfeitorias edificadas ou edificar, sito na zona da Palmeira - ilha do Sal, onde se situa a central eléctrica da Palmeira, cujo valor contabilístico ascende a mesc 6 469, (iii) Penhor mercantil sobre equipamentos da central de Produção de energia da Palmeira, no valor global a USD 6 780 equivalentes a mesc 564 296 a favor do BAI, cujo valor contabilístico ascende a mesc 222 955. Linha de crédito mesc 700 000 Este empréstimo, denominado financiamento intercalar, foi convertido, conforme referido acima. Resultante de um contrato celebrado entre o Banco Africano de Investimentos de Cabo Verde, SA. (BAICV), Banco Africano de Investimentos, S.A. (BAI) e a Electra, SARL, em 13 de Dezembro de 2010, para pagamento de dívidas comerciais, o empréstimo vencia juros trimestrais e postecipados à taxa anual de 6,84%, contando com uma maturidade de 12 meses. Encontrava-se garantido por (i) carta conforto do Estado de Cabo Verde, emitido pela Direcção Geral do Tesouro, garantindo ao BAICV e os seus associados o direito preferencial na participação no capital social da Electra, por via da conversão do presente financiamento, e (ii) hipoteca de primeiro grau sobre a parcela do terreno em que está instalada a Central de Produção na ilha do Sal, cujo valor na contabilidade ascende a mesc 6 470 e avaliação atual de mesc 106 000, bem como o penhor mercantil sobre os equipamentos da Central de Produção do Sal em valores não inferiores a mesc 840 000. Linha de crédito mesc 10 000 Corresponde à parcela do remanescente do empréstimo contratado em Abril de 2011, destinado a financiar o projeto de melhoria da performance de gestão comercial. Vence juros à taxa anual de 8,5% e será reembolsado em 36 prestações mensais de capital e juros, iguais e consecutivas de mesc 316 com início em Junho de 2011 e término em Maio de 2014. O empréstimo encontra-se garantido por livrança em branco, subscrita pela Sociedade e pela consignação de receitas a favor do banco. F. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS A condição credora da Sociedade para com os acionistas EDP e AdP havia sido adquirida pelo Banco Comercial do Atlântico (BCA) por mesc 4 394 025, tendo este concedido à Sociedade um financiamento de igual montante, destinado à liquidação desse crédito, constituído por três créditos separados e autónomos. Estes créditos foram regularizados com recurso à emissão de três empréstimos obrigacionistas, no montante global de mesc 4 552 352, nos seguintes termos e condições: Relatório e Contas 2012 Página 110

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (i) Empréstimo obrigacionista A mesc 1 142 405 Empréstimo pelo prazo de 5 anos, remunerado à taxa fixa anual de 6,121%. O pagamento de juros deverá ser feito em prestações semestrais e sucessivas, com liquidação integral do empréstimo no final da maturidade, em 2012. Foi contraído um novo empréstimo obrigacionista, denominado Empréstimo obrigacionista D (ver abaixo), em Julho de 2012, utilizado para liquidar o Empréstimo obrigacionista A. (ii) Empréstimo obrigacionista B mesc 1 139 698 Empréstimo pelo prazo de 10 anos, remunerado à taxa fixa anual de 6,65%. O pagamento de juros deverá ser feito em prestações semestrais e sucessivas, com liquidação integral do empréstimo no final da maturidade, no ano de 2017. (iii) Empréstimo obrigacionista C mesc 2 270 249 Empréstimo pelo prazo de 20 anos, remunerado à taxa variável semestral calculada entre a maior entre as taxas EURIBOR a seis meses ou a TBA divulgada pelo Banco de Cabo Verde, uma ou outra adicionada de 2,0%. O pagamento de juros deverá ser feito em prestações semestrais e sucessivas, com liquidação integral do empréstimo no final da maturidade, no ano de 2027. (iv) Empréstimo obrigacionista D mesc 1 202 360 Empréstimo pelo prazo de 8 anos, remunerado à taxa variável semestral, calculada com base na taxa base anual (TBA) divulgada pelo Banco de Cabo Verde, adicionada de um spread de 2,45% (Floor de 6,6%). O pagamento de juros deverá ser feito em prestações semestrais e sucessivas, com liquidação integral do empréstimo no final da maturidade, no ano de 2020. Conforme referido acima, este empréstimo foi utilizado para liquidar o Empréstimo obrigacionista A. Os três empréstimos obrigacionistas (B, C e D) encontram-se garantidos por aval do Estado de Cabo Verde. G. ESTADO DE CABO VERDE Empréstimo de retrocessão Maio de 2002 De acordo com o Contrato de Concessão entre o Governo de Cabo Verde e a Electra, assinado em 24 de Maio de 2002, o Estado de Cabo Verde entregou à Electra as obras e equipamentos que constituem a rede de drenagem pública de águas residuais das zonas do Palmarejo e Tira Chapéu e as estações elevatórias de Lém Ferreira e Chã de Areia, realizadas no âmbito da Segunda Fase do Projeto de Água e Saneamento da Praia, inserido no Programa Energia, Água e Saneamento, financiado pelo IDA - Banco Mundial. Em consequência da referida entrega, o Estado de Cabo Verde e a Electra assinaram o respetivo contrato de retrocessão, nos termos do qual o empréstimo, no valor de mesc 68 191, deveria ser amortizado em 15 prestações anuais, após um período de diferimento de 5 anos, e vence juros anuais à taxa Relatório e Contas 2012 Página 111

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EURIBOR acrescida de 0,75%. À data do balanço a parcela de capital vencido e não liquidado ascende a mesc 13 827. NOTA 15 FORNECEDORES mesc 2012 2011 Estrangeiros ELPOR 138 337 168 882 EURO MEC 57 742 56 434 Paprottka 44 689 36 246 Caterpillar Intern.Power Station 29 181 111 403 Ferdinand Freese 19 416 14 680 Nirosoft 11 809 11 281 Resul, Ldª 11 491 21 496 Logica - Edinfor 9 336 18 697 Resopre, SA 6 156 5 480 Man Diesel 5 856 - I.D.E. - Technologies, Ldt 5 195 5 195 Wartisilla 4 962 - S.T.E.T. 4 581 5 051 Alfa Laval Portugal 4 139 4 690 Primavera Software 2 866 2 249 Outros 128 518 14 913 484 274 476 697 Nacionais ENACOL 1 162 725 1 170 950 Vivo Energy 232 557 161 068 Cabeólica 211 620 86 276 ARE - Agência de Regulação Económica 220 000 - MTCV - Instalações Técnicas, Lda 57 596 43 924 Só Constroi 21 803 20 722 Águas e Energia de Boa Vista 21 666 6 875 Aristides Lima e SIlva 15 976 9 309 Silmac 11 446 - Electric 8 677 2 594 CV Telecom 8 685 2 630 Vitorino Manuel Andrade 6 461 5 441 Electric Wind 6 060 3 286 Escritório de Advocacia Eurico Monteiro 4 484 22 966 Empreitel Feguiredo 3 404 1 366 Outros 180 259 259 000 2 173 418 1 796 406 2 657 692 2 273 103 O saldo expresso em moeda estrangeira é devido, essencialmente, em Euros. Relatório e Contas 2012 Página 112

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Os saldos a pagar à ELPOR, Caterpillar, Paprottka e Resul relacionam-se, essencialmente, com o fornecimento de peças. A dívida à Euromec relaciona-se com o fornecimento de uma unidade dessalinizadora osmose inversa destinada a produção de água - Central Palmeira na Ilha do Sal. Os saldos a pagar à Enacol e à Vivo Energy são devidos pelo fornecimento de combustíveis. O valor devido à ARE, totalmente vencido, refere-se à taxa de regulação do sector. Em 2011 o saldo de mesc 180 000, encontrava-se registado em Outras contas a pagar (ver Nota 17). A dívida a pagar à Cabeólica resulta de fornecimentos de energia eólica à Electra, na Praia, Mindelo, Sal e Boavista, referentes aos meses de Novembro e Dezembro de 2012. Em 2011 o saldo dizia respeito a fornecimentos na Praia e Mindelo referentes ao mês de Dezembro. NOTA 16 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (Saldo credor) Os valores incluídos nesta rubrica são decompostos do seguinte modo: mesc 2012 2011 I.U.R - Imposto Único sobre rendimento (i) 189 226 113 632 Previdência Social (i) 271 745 115 906 Imposto de selo (ii) 49 831 49 831 Outras 330-511 132 279 369 (i) Imposto Único sobre Rendimento e Previdência Social Correspondem, essencialmente, aos processamentos das (a) retenções efectuadas no processamento de remunerações do pessoal referentes aos anos de 2011 e 2012, deduzidos de mesc 15 451 referentes aos meses de Janeiro e Fevereiro de 2012 pagos, e (b) contribuições da Sociedade para a previdência social, sendo mesc 155 835 referentes ao exercício de 2012 e mesc 115 906 relativos a anos anteriores. À data do balanço encontrava-se em mora o valor total de mesc 456 259. Relatório e Contas 2012 Página 113

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (ii) Imposto de selo O Imposto de selo sobre cobranças compreende (i) mesc 31 533 decorrentes do não pagamento regular desde 1992 até 1998 - à presente data não se encontram ainda concluídas as negociações, iniciadas em 1999, com as autoridades fiscais no sentido da dívida ser regularizada em prestações e (ii) cerca de mesc 19 947 referentes ao período após 2009, deduzido das prestações liquidadas, das quais mesc 1 649 em 2011. O plano de amortização acordado previa pagamentos mensais de mesc 1 434. Dada a imaterialidade dos valores em causa e a incerteza sobre as datas de liquidação, não se procedeu ao cálculo do seu valor presente. NOTA 17 OUTRAS CONTAS A PAGAR Os valores incluídos nesta rubrica são decompostos do seguinte modo: mesc 2012 2011 Taxas RTC (i) 415 375 344 235 Cauções de contratos de electricidade e água (ii) 393 718 384 725 Estado de Cabo Verde (iii) 261 610 282 265 Estimativa dos encargos com férias e subsídio de férias (ver nota 21 e 1.15) 112 800 108 893 Juros a pagar (iv) 74 567 38 205 Valores a regularizar (v) 56 165 54 741 Projecto UNINHA 38 488 - Remunerações a pagar (ver nota 21) 21 017 52 877 INPS - Instituto Nacional de Previdência Social 20 000 20 000 EDP - Electricidade de Portugal 16 540 16 540 Estado - Projecto de electrificação de zonas rurais (vi) 16 477 16 477 Estado - renda do prédio da sede (vii) 15 105 14 970 Estado - MCA 13 290 13 290 Estado - fornecimento de potência suplementar 11 674 11 674 Credores por acréscimos de gastos (viii) 9 404 55 388 AdP - Águas de Portugal 6 616 6 616 Taxas RNCV 4 854 4 854 Outras Cauções Bancarias 3 322 3 322 Intermediarios 2 572 2 572 Camara Municipal Boa Vista 2 198 2 198 Agência de Regulação Económica (ix) - 180 000 Outros, inferiores a mesc 10 000 19 918 18 269 Outros credores contas gerais 1 515 711 1 632 112 Credores por fornecimentos de imobilizado 27 894 55 151 Outras contas a pagar 1 543 605 1 687 263 Relatório e Contas 2012 Página 114

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (i) Taxas de RTC O saldo desta rubrica diz respeito às taxas faturadas pela ELECTRA a entregar à RTC. As taxas são pagas no mês seguinte ao do seu recebimento do cliente. O total de taxas faturadas no exercício de 2012 ascendeu a cerca de mesc 351 722 (mesc 344 235 em 2011), sendo a respetiva comissão de 10% sobre as cobranças efectuadas em 2012, no valor de cerca de mesc 27 757 (2011: mesc 27 532), registada em Outros rendimentos e ganhos (ver Nota 23). (ii) Cauções de electricidade e água Referem-se a cauções prestadas pelos clientes no acto de assinatura do contrato de fornecimento de electricidade e água e pelas atualizações posteriores decorrentes dos cortes de fornecimento. O valor da caução varia de acordo com a capacidade instalada. (iii) Estado de Cabo Verde O saldo desta rubrica compreende, essencialmente: (a) mesc 156 859 (2011: mesc 156 859) referentes a pagamentos efetuados pelo Estado de Cabo Verde por conta da Sociedade a fornecedores pelo fornecimento, instalação e supervisão de montagem dos grupos G3 e G4. Em 2010, esse valor encontrava-se deduzido ao saldo a receber do Estado porque no entender da Sociedade configuravam amortização do défice tarifário. (b) mesc 43 493 (2011. mesc 76 152) correspondente ao excedente dos pagamentos efetuados pela Direcção Geral do Tesouro a título de reembolso do IVA face ao saldo do referido imposto a receber registado pela Sociedade. (c) mesc 41 076 (2011: mesc 41 076) relativos a uma transferência efectuada pela Direcção Geral do Tesouro, havendo expectativa da mesma ser futuramente convertida em Capital. (d) mesc 12 000 entrega destinada ao Projecto de construção de 8 perfurações pela empresa Montero & Ricart. (e) mesc 5 000 (2011: mesc 5 000), relativos a uma transferência efectuada pela Direcção Geral do Tesouro, para realização de capital das duas empresas filiais, constituídas em 2012. Relatório e Contas 2012 Página 115

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (iv) Juros a pagar Compreendem, essencialmente, juros vencidos e especializados relacionados com os seguintes empréstimos (ver Nota 14): mesc 2012 2011 Banco Comercial do Atlântico (ver Nota 14 (A)) 14 003 11 209 Estado de Cabo Verde (ver Nota 14 (E)) 26 751 26 959 Juros de Obrigações D (ver Nota 14 (G) 33 813-74 567 38 168 (v) Valores a regularizar O saldo desta rubrica encontra-se em fase de análise e justificação. (vi) Estado projeto de eletrificação de zonas rurais O saldo desta rubrica corresponde à parcela remanescente da comparticipação atribuída pelo Estado, no exercício de 2007, no âmbito do projeto de electrificação de zonas rurais nas ilhas de Santiago, São Nicolau, Fogo e Maio. Este saldo será regularizado aquando da transferência para ativo intangível do referido projeto, nos termos dos acordos que vierem a ser celebrados. (vii) Estado renda do prédio da sede O saldo desta rubrica corresponde a rendas de parte do edifício da sede, referentes ao período de 2000 a 2012, devidas ao Estado. (viii) Credores por acréscimos de gastos Correspondem, essencialmente, mesc 8 184 relativos aos gastos com comunicação e outros gastos estimados para o mês de Dezembro de 2012 (2011: mesc 5 731). Em 2011, compreendia ainda mesc 42 166 referentes ao fornecimento de energia pela Cabeólica (mesc 39 520), Electric Wind (mesc 1 858) e água pela Aguas de Ponta Preta (mesc 113) em Dezembro de 2011, cujas faturas foram emitidas com data de Janeiro de 2012. (ix) Agência de Regulação Económica Em 2011, correspondia ao montante devido à Agência de Regulação Económica (ARE) referente à taxa de regulação do sector. Em 2012 o saldo foi registado na rubrica de Fornecedores (ver Nota 15). Relatório e Contas 2012 Página 116

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 18 DIFERIMENTOS (PASSIVO) O saldo desta rubrica inclui, essencialmente, (i) mesc 79 267 (2011: mesc 87 007) referente ao excedente dos ativos tangíveis afetos à produção recebida dos Municípios integrados na ELECTRA sobre a participação dos mesmos no capital social da Sociedade, e (ii) mesc 178 304 (2011: mesc 203 863) referentes a subsídios de investimento recebidos do Estado para aquisição de ativos tangíveis também afetos à produção. O valor proporcional das depreciações do exercício é compensado em Outros rendimentos e ganhos (ver Nota 23). NOTA 19 - VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS E GASTO COM MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS As vendas por tipo de produto podem ser apresentadas da seguinte forma: 2012 2011 Vendas Electricidade 6 793 631 6 046 056 Água 1 077 569 1 095 551 7 871 200 7 141 607 Prestação de serviços Instalação e aluguer de contadores 193 958 194 677 Ramais 32 326 44 035 Taxa fixa 144 808 143 264 Outras 48 351 29 833 419 443 411 809 Cedência de materiais 1 950 3 210 8 292 593 7 556 626 Relatório e Contas 2012 Página 117

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS As vendas em quantidade e respetivos preços médios de venda foram os seguintes: 2012 2011 2010 Vendas Electricidade (kwh) 205 390 048 207 460 143 204 393 639 Água (m3) 2 940 716 3 005 297 2 970 286 Preços de Venda (ESC) Electricidade 31,3 28,9 25,7 Água 365,33 376 354 Os preços de venda da água variam conforme o destinatário e o nível de consumo. No caso da eletricidade, os preços de venda dependem do tipo de contador e do tipo de tensão instalada. Em substituição à actualização tarifária de 27 de Junho de 2008, registou-se a 12 de Abril de 2011 uma alteração das tarifas de vendas de electricidade e água, permanecendo inalteradas as taxas de potência e outras taxas de serviços. As perdas de eletricidade e água em 2012 representaram, respetivamente, 28,7% e 32,5% das respetivas produções (em 2011: 27% e 31,7% %), equivalentes a 94 893 584 KWh e 1 423 630 metros cúbicos de água. Os consumos de Matérias-primas e subsidiárias foram os seguintes: mesc 2012 2011 Combustíveis 5 104 004 5 060 263 Lubrificantes 131 220 111 267 Produtos quimicos 11 666 4 975 Água e electricidade 912 388 302 378 Materiais diversos 209 624 462 148 6 368 903 5 941 031 Variação do Consumo 7,20% 15,87% Aumento da produção de electricidade 2,40% 2,20% Aumento da produção de água -0,24% -5,40% Consumo de Materiais diversos -54,64% -16,86% Consumo de Combustíveis 0,86% 19,96% Consumo específico de combustíveis (Gr/Kwh) 220,58 223,9 O aumento verificado no consumo de água e electricidade face ao ano anterior devese essencialmente ao fornecimento de energia eólica pela Cabeólica, que atingiu o montante de cerca mesc 877 000 em 2012 (2011: cerca de mesc 175 000). Relatório e Contas 2012 Página 118

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 20 SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO O saldo desta rubrica representa subsídios recebidos do Estado, destinados à liquidação de dívidas da Cabeólica relacionadas com o fornecimento de energia renovável (mesc 142 146). Em 2011 compreendia o défice tarifário referente ao período de 8 de Dezembro 2010 a 7 Abril de 2011 (mesc 151 223) e outros subsídios recebidos do Estado e destinados à liquidação de dívidas da Enacol relacionadas com o fornecimento de combustíveis (mesc 85 000). NOTA 21 - FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS mesc 2012 2011 Conservação e reparação (i) 107 564 90 911 Rendas e alugueres (ii) 19 661 24 057 Comunicação 45 980 42 627 Vigilância e protecção 42 833 41 330 Comissões a intermediários (iii) 43 125 37 368 Trabalhos especializados (iv) 15 238 41 631 Seguros 18 983 21 812 Combustível 27 334 20 424 Serviços bancários (v) 12 966 5 327 Royalties com assistência técnica (vi) 17 396 15 335 Outros 58 424 64 139 409 504 404 961 (i) (ii) (iii) (iv) Relacionam-se com gastos de manutenção e conservação dos equipamentos afetos à produção e distribuição de água e eletricidade. O saldo inclui (i) mesc 15 552 (2011: mesc 15 985) relativos a rendas de escritório, agências, e (ii) mesc 4 109 relativos a aluguer de viaturas (2011: mesc 8 072).. Esta rubrica regista os custos relacionados com os serviços de leitura e distribuição de faturas. O saldo desta rubrica compreende, essencialmente, serviços de assistência técnica prestados pela Wartsilla, Martinho Ramos e José Vaz Fonseca nos montantes de mesc 8 270, mesc 2 370 e mesc 1 098 respectivamente. Em 2011, compreendia, essencialmente, serviços de manutenção prestados pela Caterpillar e pela Metalock, nos montantes de mesc 25 313 e mesc 6 209, respetivamente. Relatório e Contas 2012 Página 119

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (v) (vi) Os serviços bancários compreendem essencialmente comissões de serviços prestados pelas instituições financeiras O saldo desta rubrica representa valores debitados pela Lógica relativos à manutenção do sistema informático ELAG (mesc 13 714), pela Navaltik referentes à manutenção do Sistema informático MANWINWIN (mesc 1 164) e pela Primavera pela assistência técnica prestada ao sistema (mesc 2 442). NOTAS 22 - GASTOS COM O PESSOAL As despesas com o pessoal apresentam a seguinte composição: mesc 2012 2011 Ordenados e salários 514 735 514 735 Encargos sobre remunerações 110 622 114 211 Subsídio de natal 40 394 38 559 Horas extraordinárias 38 662 39 986 Subsídio de férias 44 766 53 807 Isenções de horário 30 775 30 370 Subsídio de coordenação 26 016 25 487 Gratificações de turnos 23 592 22 987 Remuneração dos órgãos sociais 9 906 7 800 Outros gastos com pessoal 3 356 29 720 Outras 25 605 29 084 868 430 906 746 Nº Médio de Funcionários 719 703 Nº de Funcionários no final do ano 734 713 Nº de Efectivos 589 595 Nº de Contratados a prazo 145 118 A diminuição nas despesas com o pessoal atingiu 4,3% e resultou essencialmente do efeito conjugado (i) da saída dos trabalhadores afetos à Delegação da Boavista, incluído na rubrica de Outros gastos com o pessoal, (ii) do efeito das evoluções na carreira e (ii) da diminuição do número de funcionários efectivos. Relatório e Contas 2012 Página 120

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTAS 23 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS Esta rubrica é composta pelos seguintes itens: mesc 2012 2011 Comissão sobre cobrança de taxas de rádio e televisão 27 757 27 532 Compensação de depreciações de activos tangíveis subsidiados (ver Notas 1.1, 3 e 18) 25 559 26 184 Compensação de depreciações de activos tangíveis recebidos dos Municípios (ver Nota 18) 7 740 7 780 Benefícios de penalidades contratuais 447 22 870 Outros ganhos 76 746 26 229 68 249 110 595 Em 2011, os benefícios de penalidades contratuais compreendiam essencialmente multas por fraude debitadas a um cliente. Outros ganhos, em 2011, incluíam mesc 20 000 recebidos do Estado a título de compensação pelo aluguer de potência à Energyst, os quais haviam sido registados, em 2010, na rubrica de Fornecimentos e serviços externos. NOTAS 24 OUTROS GASTOS E PERDAS Esta rubrica é composta pelos seguintes itens: mesc 2012 2011 Taxa de regulação 40 000 29 842 Renda de Concessão 8 294 7 556 Impostos directos e indirectos 6 252 5 885 Gastos em investimentos não Financeiros - Abates 33 62 658 Outras perdas 13 672 11 731 68 251 117 672 A rubrica de Taxa de regulação em 2012 compreende mesc 40 000 faturados pela Entidade Reguladora. A rubrica de Taxa de regulação representa a faturação do ano da Entidade Reguladora, no montante de mesc 40 000 (ver Nota 15). Em 2011, o valor foi deduzido de mesc 10 158 referentes à regularização de um excesso de estimativa efectuada em 2010. Relatório e Contas 2012 Página 121

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Em 2011, os mesc 62 658 referiam-se à menos valia resultante da alienação do dessalinizador da Central do Palmarejo (ver Nota 3). NOTA 25 GASTOS / REVERSÕES DE DEPRECIAÇÕES E DE AMORTIZAÇÕES O saldo de mesc 821 070 compreende mesc 730 806 (2011: mesc 755 266) de depreciação do exercício de ativos fixos tangíveis (ver Nota 3) e mesc 90 264 (2011: mesc 87 413) de amortizações de ativos intangíveis (ver Nota 4). NOTA 26 JUROS E GANHOS SIMILARES OBTIDOS O valor registado nesta rubrica representa, essencialmente, (i) juros de mora debitados a clientes devido a atrasos na liquidação das faturas, no valor de mesc 72 512 (2011: mesc 83 518) e (ii) juros resultantes da atualização da dívida do Estado, no valor de mesc 2 707 (2011: mesc 10 535) (ver Nota 9). NOTA 27 JUROS E PERDAS SIMILARES SUPORTADOS O saldo desta rubrica compreende, essencialmente, os juros referentes aos seguintes empréstimos (ver Nota 14): mesc 2012 2011 Empréstimos obrigacionistas 289 794 281 477 Banco Comercial do Atlântico - Linhas de crédito e conta caucionada 22 381 24 162 - Empréstimo nº 293/99 5 865 7 954 Juros de mora - Enacol 17 753 19 661 Juros de mora - Cabeólica 5 499 - Banco Africano de Investimentos 55 192 52 588 Caixa Económica de Cabo Verde 11 704 15 845 Banco Caboverdiano de Negócios 1 854 5 139 Bolsa de Valores - Custódia de obrigações 2 689 2 713 - Comissão relativa á operação de venda de obrigações 5 112 1 500 Empréstimo do Estado 2 549 2 567 Outros juros 5 399 7 230 425 791 420 836 Os juros da Enacol e da Cabeólica, devidos a atrasos na liquidação de faturas, foram calculados à taxa anual de 6,33% e 1%, respectivamente. Relatório e Contas 2012 Página 122

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 28 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS DIFERIDOS Por apresentar resultado fiscal negativo, tanto em 2012 como em 2011, a Sociedade não registou qualquer valor em Imposto Sobre o Rendimento (IUR). Em Abril de 2010 foi publicado o regime transitório do IUR, relativo aos ajustamentos de transição para o SNCRF, o qual define que os ajustamentos relevantes para efeitos fiscais devem ser considerados no cálculo do imposto no período de 5 anos, em partes iguais, com início em 2009. A Sociedade efetuou ajustamentos na transição que relevam para efeitos fiscais, pelo que tem o direito de considerá-los nas declarações de rendimento dos exercícios de 2009 a 2013. Efetuou ainda outros ajustamentos em relação aos quais a legislação fiscal é omissa, pelo que não os considera relevantes para efeitos fiscais, mas poderão dar origem a Impostos Diferidos Ativos. Conforme referido na Nota 1.8, os prejuízos fiscais podem ser deduzidos ao resultado antes de impostos, para efeito de apuramento da matéria coletável, nos 3 anos subsequentes à sua ocorrência, sendo os montantes disponíveis para uso os abaixo referidos. A taxa atualmente em vigor é de 25,5% (25% de IUR, acrescida de 2% sobre esta taxa). Conciliação do Resultado antes de Impostos com a Matéria coletável: 2012 2011 Resultado antes de Impostos (828 248) ( 1 058 940) Actualização do valor presente das dividas a receber (2 707) (10 535) Matéria colectável ( 830 955) ( 1 069 475) Conciliação dos Impostos Diferidos Ativos e Passivos Prejuízo Imposto Dife- Limite Ano fiscal rido Activo de uso 2010 1 064 816 271 528 2013 2011 1 069 475 272 716 2014 2012 830 955 211 894 2015 Disponível a 31/12/11 2 134 291 544 244 Disponível a 31/12/12 2 965 246 756 138 Os Impostos Diferidos ativos não foram registados devido à imprevisibilidade da sua recuperação. Relatório e Contas 2012 Página 123

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ajustamentos de transição: (i) Correção de ativos Base fiscal Imposto Diferido Saldo a 1/1/08 76 193 19 429 Amortização de 2008 (70 583) (17 999) Saldo a 31/12/08 5 610 1 431 Correcção de 1/5 (1 122) ( 286) Saldo 31/12/09 (IDP) 4 488 1 144 Correcção de 1/5 (1 122) ( 286) Saldo 31/12/10 (IDP) 3 366 858 Correcção de 1/5 (1 122) ( 286) Saldo 31/12/11 (IDP) 2 244 572 Correcção de 1/5 (1 122) ( 286) Saldo 31/12/12 (IDP) 1 122 286 Relatório e Contas 2012 Página 124

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (ii) Atualização das dívidas a receber Base fiscal Imposto Diferido Saldo a 1/1/08 119 941 30 585 Proveito registado em 2008 (51 011) (13 008) Saldo a 31/12/08 68 930 17 577 Proveito registado em 2009 (35 596) (9 077) Saldo em 31/12/09 (IDA) 33 334 8 500 Proveito registado em 2010 (20 091) (5 123) Saldo em 31/12/10 (IDA) 13 243 3 377 Proveito registado em 2011 (10 535) (2 686) Saldo em 31/12/11 (IDA) 2 708 691 Proveito registado em 2012 (2 708) ( 691) Saldo em 31/12/12 (IDA) 0 0 Conforme se verifica acima, os Impostos Diferidos Passivos (IDP) totalizam em 31 de Dezembro de 2012 mesc 286 (2011: mesc 572), os quais não foram registados por imaterialidade. NOTA 29 RESULTADO POR AÇÃO BÁSICO O resultado básico por ação é calculado dividindo o lucro atribuível aos acionistas pelo número de acções como segue: 2012 2011 Resultado atribuível aos accionistas (mesc) (823 446) (1 058 941) Número médio ponderado/número de acções 833 449 600 000 Resultado por acção básico (ESC) ( 998) ( 1 765) Relatório e Contas 2012 Página 125

Empresa de Electricidade e Água, SARL ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 30 - GARANTIAS À presente data, as garantias prestadas pela Sociedade relacionam-se essencialmente com financiamentos obtidos, conforme se descreve na Nota 15. Adicionalmente, nos termos da cláusula 18ª do contrato de concessão, a Sociedade deverá entregar ao Estado de Cabo Verde uma garantia bancária correspondente a 2,5% das receitas de exploração do ano anterior ao da assinatura do contrato, o que até esta data ainda não aconteceu. NOTA 31 - PARTES RELACIONADAS (i) Excetuando os Municípios e o próprio Estado de Cabo Verde na qualidade de clientes, os principais saldos e transações ocorridas em 2012 entre a Sociedade, o Estado de Cabo Verde e a Cabeólica, sumarizam-se como segue (em mesc): 2012 Balanço Transações Contas a Contas a Emprésreceber pagar Fornecedores timos Juros Compras (ver Nota 9) (ver Nota 17) (ver Nota 15) (ver Nota 14) Estado 85 941 76 219-68 191 2 549 - Cabeólica - - 211 820 - - 1 043 541 2011 Estado 81 369 76 219-68 181 - - Cabeólica - - 86 276 - - 141 368 (ii) Não existem transações com os Administradores. (iii) As remunerações dos Administradores incluídas na rubrica de Despesas com o pessoal ascendem a mesc 16 568 (2011: mesc 12 400) e as do Conselho Fiscal a mesc 2 032 (2011: mesc 420). NOTA 32 - EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO Desde a data do fecho de contas até esta data não se verificou qualquer acontecimento que possa influenciar significativamente as Demonstrações Financeiras apresentadas ou que mereça menção nas Notas. Relatório e Contas 2012 Página 126