Título: Extensão Universitária: Conhecimento que ultrapassa muros. PERES, Leandro Moreira; MARINHO, Suelen Peixoto; MIDDLETON, Sônia Regina.



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Transcrição:

Título: Extensão Universitária: Conhecimento que ultrapassa muros PERES, Leandro Moreira; MARINHO, Suelen Peixoto; MIDDLETON, Sônia Regina. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO - RJ Brasil Mesa 4: Comunicação e Extensão. Resumo: A universidade tem buscado a indissociabilidade do trinômio ensino, pesquisa e extensão. Sua presença na sociedade exige uma postura vigilante e crítica, atendendo aos problemas do cotidiano social, e nos obrigando a assumir um compromisso de responsabilidade e parceria com a sociedade. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO possui ampla atividade extensionista, buscando atender as carências da população local. O projeto Atenção Básica a Saúde nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia Rio de Janeiro, coordenado pela Professora Sônia Middleton busca melhorar as condições de saúde nestas comunidades. Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, o foco da educação em saúde está voltado para a população e para a ação. As ações desenvolvidas pelos profissionais de saúde devem encorajar as pessoas a terem hábitos mais saudáveis, atitudes e decisões que visem melhorar as condições de saúde, de forma individual e coletiva. A universidade tem o papel de produzir e difundir o conhecimento, intramuros, operacionalizada nos ambientes universitários; e extramuros, direcionadas aos grupos que não pertencem à instituição, através das ações de extensão. A missão da educação superior é formar cidadãos profissional e cientificamente competentes, comprometidos com o desenvolvimento sócio-cultural do país. A UNIRIO incentiva atividades extensionistas, como o projeto Atenção Básica a Saúde nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia, com a participação de alunos de diferentes cursos, buscando a interdisciplinaridade e uma prática adequada à formação adequada aos profissionais de saúde. (Fig.1)

Fig. 1: Acadêmicos dos diversos cursos de graduação da UNIRIO (medicina, enfermagem, nutrição e biomedicina) e Prof.ª Sônia Middleton ao centro. Alguns projetos de extensão, desenvolvidos na UNIRIO, proporcionam atividades em comunidades populares, com participação estudantil no atendimento dos profissionais de saúde, programando e participando de palestras, elaborando instrumentos e trabalhos de pesquisa. Esta atividade contribui para formação de profissionais mais adequados às necessidades atuais. Objetivos: Estimular atividades que favoreçam a interação acadêmico-comunidade, criando percepção crítica dos problemas sociais, enquanto atende suas demandas, que são problemas freqüentes nas comunidades de baixa renda, que se apresentam com precárias condições de habitação, saneamento e urbanização, refletindo nas suas condições de saúde. Este projeto busca melhoria da qualidade de vida, através da realização de ações preventivas e profiláticas em saúde Nosso objetivo é oferecer atendimento primário de qualidade na própria comunidade, diminuindo o afluxo aos postos de saúde, e centros terciários de saúde, permitindo assim melhor relacionamento médico-paciente.

Fig.2 Sede da Associação de moradores creche Dona Marcela. Fig. 3 Vista da comunidade do pátio da creche Dona Marcela. Metodologia: São realizados eventos periódicos, como Feiras de Saúde, atendimento ambulatorial, visitas domiciliares, palestras educativas, acompanhamento do desenvolvimento das crianças nas creches, orientação dietética, aplicação de flúor, testes de acuidade visual. Os dados obtidos são utilizados em trabalhos de pesquisa, contribuindo para a ligação ensino, pesquisa e extensão. As Feiras de Saúde (fig.4 e 5) são realizadas em parcerias com a Sociedade Amigos da Terceira Idade SATI, para avaliação e prevenção dos níveis pressóricos e glicêmicos dos transeuntes do bairro de Copacabana RJ, e também nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia e regiões adjacentes. Essa atividade do projeto visa prevenção, diagnóstico precoce e orientação sobre doenças crônico-degenerativas como: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), por meio do aconselhamento não

medicamentoso dos pacientes atendidos. Os materiais utilizados são próprios e também recebidos por meio de doação. Os dados obtidos são coletados e utilizados em pesquisas. Fig.4: Participantes de uma das Feiras SATI Fig.5: Feira de Saúde na comunidade. (Sociedade de Amigos da Terceira Idade). O atendimento ambulatorial é realizado pela Prof.ª Sônia Middleton há mais de 30 anos, e atualmente por mais 2 médicos contratados pelo Programa Federal de Saúde da Familia PSF/MS, com atendimentos em clínica médica e pediatria. Os estudantes têm a oportunidade de acompanhar as consultas médicas e visitas domiciliares, somando assim o conhecimento teórico aprendido nos anfiteatros da faculdade com a prática exercida em suas profissões. Outras atividades vêm sendo realizadas, como a manutenção de uma horta de verduras e legumes, com o objetivo principal de educar as crianças a terem uma alimentação saudável. Também temos oferecido atividades de reforço escolar e acompanhado jovens em um projeto educacional (CAJU Caminhos da Juventude). Resultados: A vivência dos alunos nas comunidades possibilita formação prática, amplia a visão da realidade social do nosso país, mostra possibilidades de ajudar, e cria um compromisso cívico com a sociedade. Nas comunidades atendidas as ações discentes ampliam o atendimento, e são eficazes no atendimento primário. A melhoria das condições de saúde vem sendo percebida, com redução dos casos de desnutrição e baixo peso ponderal das crianças acompanhadas nas creches. Também observamos que com o acompanhamento regular de pessoas portadoras de doenças como, hipertensão arterial e diabetes mellitus e o diagnóstico precoce de muitos pacientes portadores dessas doenças, tem provocado uma melhora acentuada na conscientização destes pacientes com maior aderência aos tratamentos e conseqüente diminuição das complicações.

As melhorias precisam ser ampliadas, e as ações deveriam ter a participação de todos os discentes, fazendo parte da formação em saúde. A extensão ainda encontra desafios como falta de verbas e de espaço na grade curricular. Em nosso projeto, tentamos sanar tais empecilhos por meio de captação de verbas via editais e concursos, parcerias com profissionais voluntários e utilização dos finais de semana para exercer algumas atividades. Em 2010 recebemos apoio do PROEXT e em 2011 foi conseguido apoio do programa PET- Conexões para desenvolvermos estas atividades. O Programa de Educação Tutorial (PET) foi criado para apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão. Formado por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET propicia aos alunos participantes, sob a orientação de um tutor, a realização de atividades extracurriculares que complementem a formação acadêmica do estudante e atendam às necessidades do próprio curso de graduação. O estudante e o professor tutor recebem apoio financeiro de acordo com a Política Nacional de Iniciação Científica. Os benefícios para alunos são enormes. Eles aprendem, na prática, a conversar, ver e ouvir o paciente, a entender os problemas das comunidades, o que é impossível de ser ensinado em sala de aula. Além disso, as palestras e aulas oferecidas para os discentes treinarem aptidões para o trabalho junto à comunidade, com noções de comunicação, ética, assim como trabalhar em equipe, tem estimulado cada vez mais alunos a se integrarem no projeto. Para os moradores também há benefícios, pois podem ter atendimento acessível e confiável, na própria comunidade, e conhecer o médico que atende. Os profissionais de saúde também têm mais condições de conhecer o paciente e seus familiares, facilitando o diálogo e as tomadas de decisão. Conclusão: O Brasil tem alta concentração de profissionais nos grandes centros, mas carece de atendimento adequado no interior, onde a saúde é precária. Precisamos formar profissionais generalistas para o atendimento básico. A modificação curricular, com ênfase em atividades básicas no início dos cursos, seguidas de atividades mais complexas nos últimos anos, seria adequado. Muito se fala no tripé ensino, pesquisa e extensão, mas a prática mostra que apenas as atividades acadêmicas são consideradas essenciais para a formação. Muitos saem da universidade sem ter participado de pesquisa ou extensão. A participação crescente dos alunos em Feiras de Saúde, Ações de Cidadania e similares, aponta para o interesse em auxiliar e buscar soluções viáveis para a deficiente saúde do Brasil. O aprendizado é tutoriado, com avaliações formativas, tipo portfólio, favorecendo a formação prática e busca ativa de conhecimento. Com as pesquisas, são capazes de avaliar e propor atividades que melhorem as condições da população atendida. Dessa maneira, alia-se teoria e prática, para melhor difusão do conhecimento. A participação cidadã ajuda a

formar indivíduos mais atuantes e conscientes, aprimorando seu caráter. A universidade deve colaborar e incentivar esta participação, formando cidadãos comprometidos com uma sociedade melhor. Referências 1. PAIVA, Daniela C. P; BERSUSA, Ana A.S; ESCUDER, Maria M. L; Avaliação da assistência ao paciente com diabetes e/ou hipertensão pelo Programa Saúde da Família do Município de Francisco Morato, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(2):377-385, fev, 2006. 2. SILVA, Francisco de A. B; Kimura, Cristilene A. Programa de Extensão Universitária Melhor Idade. Disponível em: <www.google.com.br>. Acesso em: 17 Fev 2009. 3. MIDDLETON, S. R. Projeto de Assistência Integral às Comunidades dos Morros Chapéu Mangueira e Babilônia Rio de Janeiro. Disponível em: <www.google.com.br>. Acesso em: 17 Fev 2009. 4. Ministério da Saúde/SVS e Instituto Nacional do Câncer (INCA): Inquérito Domiciliar de Comportamentos de Risco de Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2006/d27b.htm>. Acesso em: 18 Fev 2009. 5. LOLIO, Cecília Amaro de; PEREIRA, Júlio César Rodrigues; LOTUFO, Paulo Andrade and SOUZA, José Maria Pacheco de. Hipertensão arterial e possíveis fatores de risco. Rev. Saúde Pública [online]. 1993, v. 27, n. 5, pp. 357-362. ISSN 0034-8910. 6. Acioli, Sonia. A prática educativa como expressão do cuidado em Saúde Pública. Rev. bras. enferm., Fev 2008, vol.61, no.1, p.117-121. ISSN 0034-7167 7. Cabral, Paulo Eduardo et al. Serviço e comunidade, vetores para a formação em saúde: o curso de medicina da Uniderp. Rev. bras. Educ. Med., Set 2008, vol.32, no.3, p.374-382. ISSN 0100-550 8. Rodrigues, R. A. P; Oliveira, M. H. P; Robazzi, M. L. C. C. As perspectivas da cultura e extensão nas escolas de enfermagem no Brasil Rev. Latino-Am. Enfermagem v.1 n.spe. Ribeirão Preto 1993.

9. Paiva, M. S; Novaes, V. L. R. As perspectivas da cultura e extensão no curso de enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.1 n.spe. Ribeirão Preto 1993.