Educação Fiscal e Financiamento 10º Encontro Estadual da UNCME/ES 14 de maio de 2015
Vinculação Constitucional de Recursos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Tributo: CTN O que é tributo? Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Espécies Espécies (CF/88) Impostos Taxas Contribuição de Melhoria Empréstimo Compulsório Contribuições Especiais
Espécies de impostos e respectivas competências tributárias: União IR IPI Estados/DF ICMS II IPVA IE ITCD IOF IOF Municípios/DF ISS ITR IGF IPTU ITBI
Impostos proveniente de transferências arrecadação de sua própria competência O critério de transferências está previsto na Seção VI Da repartição das receitas tributárias da CF/88 _ Art. 157 a 162.
Estados/DF DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS (Transferência de receitas) Art. 157 a 162 da CF/88 IR de seus servidores e empregados (100%) IPI sobre produtos exportados (10%) Municípios IR de seus servidores e empregados (100%) IPI export. (transf. de 25% do que o Estado receber) ITR (50%/100%) IPVA (50%) ICMS (25%) FPE IR e IPI (21,5%) FPM IR e IPI (23,5%)
Financiamento da Educação no Brasil: Impostos proveniente de transferências* arrecadação de sua própria competência O critério de transferências está previsto na Seção VI Da repartição das receitas tributárias da CF/88 _ Art. 157 a 162. Contribuição social do salário-educação
SALÁRIO-EDUCAÇÃO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 212. (...) 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Decreto nº 6.003, de 2006) LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996. Art 15. O Salário-Educação, previsto no art. 212, 5º, da Constituição Federal e devido pelas empresas, na forma em que vier a ser disposto em regulamento, é calculado com base na alíquota de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o total de remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, assim definidos no art. 12, inciso I, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Regulamento)
DECRETO Nº 6.003 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006. Art. 9o O montante recebido na forma do art. 8o será distribuído pelo FNDE, observada, em noventa por cento de seu valor, a arrecadação realizada em cada Estado e no Distrito Federal, em quotas, da seguinte forma: I - quota federal, correspondente a um terço do montante dos recursos, será destinada ao FNDE e aplicada no financiamento de programas e projetos voltados para a universalização da educação básica, de forma a propiciar a redução dos desníveis sócio-educacionais existentes entre Municípios, Estados, Distrito Federal e regiões brasileiras; II - quota estadual e municipal, correspondente a dois terços do montante dos recursos, será creditada mensal e automaticamente em favor das Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito Federal e em favor dos Municípios para financiamento de programas, projetos e ações voltadas para a educação básica. 1o A quota estadual e municipal da contribuição social do salário-educação será integralmente redistribuída entre o Estado e seus Municípios de forma proporcional ao número de alunos matriculados na educação básica das respectivas redes de ensino no exercício anterior ao da distribuição, conforme apurado pelo censo educacional realizado pelo Ministério da Educação. (...) 4o Os dez por cento restantes do montante da arrecadação do salário-educação serão aplicados pelo FNDE em programas, projetos e ações voltadas para a universalização da educação básica, nos termos do 5o do art. 212 da Constituição.
Meta 20 PNE Financiamento da Educação Ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.
O que é PIB? É uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo.
Como é calculado? O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade. O primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai. O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros altos atrapalham o crescimento do país.
Como é calculado? Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir. Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o que ele eleva a produção geral da economia. As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto em investimentos e consumo.
Como é calculado? Fórmula de cálculo do PIB A fórmula utilizada para calcular o PIB é: PIB= C+I+G+X-M Sendo que: C representa o consumo privado I é a totalidade de investimentos realizada no período G equivale aos gastos do governo X é o volume de exportações M é o volume de importações
Desafios A qualidade do ensino oferecida nas escolas públicas é extremamente baixa. Persistem problemas de reprovação, evasão e abandono. Em comparação com outros países da América Latina, a população brasileira possui baixa escolaridade, em termos de anos de estudo. Na agenda da política educacional consta a universalização do ensino dos 4 aos 17 anos, a melhoria da qualidade da educação, a elevação da escolaridade da população adulta e a ampliação da jornada escolar.
Desafios do PNE Estratégia 20.1 - Fontes de financiamento = Para que seja atingida a meta de financiamento estipulada pelo Plano, a União, as unidades federativas e os municípios terão de ter recursos disponíveis para aumentar o percentual de seus orçamentos gastos em Educação. Para isso, é importante que tenham fontes permanentes e sustentáveis de recursos que estejam de acordo com suas capacidades fiscais e atribuições constitucionais. Estratégia 20.3 - Fundo Social do Pré-Sal = A queda dos preços internacionais do barril, impasses jurídicos sobre as novas regras de distribuição de royalties e a redução esperada no ritmo de investimentos na indústria de óleo e gás, contudo, indicam um cenário pouco otimista de arrecadação de receitas para o fundo.
Desafios do PNE Estratégias 20.6 e 20. 7- CAQi e CAQ = homologação do parecer e da resolução nº 8 de 2010 que normatiza os padrões mínimos de qualidade da educação básica nacional, seguindo a metodologia e a cesta de insumos propostas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A iniciativa De Olho nos Planos sugere que, na medida do possível, seja calculado o Custo Aluno Qualidade do Município, prevendo qual o valor necessário por aluno para se cumprir a legislação educacional e os objetivos e estratégias contempladas no Plano em construção. Definição e Implementação do CAQ em 3 anos.
Desafios do PNE Estratégia 20.9 - Cooperação Regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais regionais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste. PLP 413/2014 Deputado Ságuas Moraes (PT/MT)
Desafios do PNE Estratégia 20.10 - Complementação de recursos = Caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ. Estratégia 20.11 - Lei de Responsabilidade Educacional = Aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacional.
Simec Planejando a próxima década, construindo metas. Meta 20 = Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional.
Perdas Art. 5º 4 o O investimento público em educação a que se referem o inciso VI do art. 214 da Constituição Federal e a meta 20 do Anexo desta Lei engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos programas de expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil e o financiamento de creches, préescolas e de educação especial na forma do art. 213 da Constituição Federal.
Obrigada! Professora Doutora Gilda Cardoso de Araujo E-mail: gilda.vix@terra.com.br ou gilda.araujo@ufes.br Telefones: (27) 99880-8019/ 4009-2534/4009-2549