RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Omeprazol Sidefarma 40 mg/10 ml pó e solvente para solução injectável.

Esomeprazol magnesium pellets

Cada cápsula gastrorresistente contém 20 mg de omeprazol.

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

APROVADO EM INFARMED

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada cápsula contém 300 mg de diosmina como substância ativa.

Rabeprazol Alter pertencente ao grupo farmacoterapêutico dos medicamentos inibidores selectivos da bomba de protões ( ).

Extracto seco de raiz de valeriana 45 mg (3-6:1, etanol 70% (v/v)), por comprimido revestido.

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Omeprazol Mer 20 mg Cápsulas gastrorresistentes Omeprazol

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Pantoprazol Guess 40 mg Comprimidos gastrorresistentes Pantoprazol

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Duspatal Retard 200 mg cápsulas de libertação prolongada

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Cada cápsula contém 500 mg de dobesilato de cálcio mono-hidratado. Cápsula Cápsulas opacas com um corpo de cápsula amarelo e uma tampa verde escura

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Indicações terapêuticas: Úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna, síndrome de Zollinger-Ellison e prevenção da recorrência de úlcera duodenal.

Rabeprazol Azevedos comprimidos está indicado para o tratamento de:

APROVADO EM INFARMED

ANEXO III RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO, ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Conserve este folheto Informativo. Pode ter necessidade de o ler novamente.

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Excipientes: cada comprimido contém 268,36 mg de sacarose e 102,99 mg de glucose.

Bula AstraZeneca FORMA FARMACÊUTICA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÕES COMERCIALIZADAS

Lansoprazol Alexin 15 mg: cápsulas opacas de cabeça verde e corpo branco. Cada cápsula contém grânulos de revestimento entérico brancos a cremes.

Contra indicações de Pratiprazol Estemedicamentoécontraindicadoempacientescomhipersensibilidadeaoomeprazolouaqualquer componente da fórmula.

Não tome Pantoprazol Normon -se tem alergia (hipersensibilidade), à substância activa ou a qualquer outro componente de Pantoprazol Normon.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O DOENTE UTILIZADOR

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Comprimido revestido. Valdispert 450 mg são comprimidos revestidos brancos, redondos, brilhantes e biconvexos.

Ésio (esomeprazol magnésico) Eurofarma Laboratórios S.A. comprimido de liberação retardada 20 mg e 40 mg

Cada comprimido contém 1.34 mg de fumarato de clemastina equivalente a 1 mg de clemastina.

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada comprimido contém: Cloridrato de Ambroxol... 30mg

APROVADO EM INFARMED

O Pantoprazol é um inibidor da bomba de protões, que pode ser utilizado nas seguintes indicações:

Ésio. (esomeprazol sódico)

Posologia: A posologia habitual corresponde à ingestão de uma cápsula, três vezes por dia, no momento das principais refeições.

PANTOPRAZOL SOD. SESQUIHIDRATADO

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada comprimido revestido por película contém 10 mg de ebastina.

PROCLOR, CÁPSULAS a 10 mg

Cápsulas de gelatina opacas com corpo creme e cabeça verde azeitona

FOLHETO INFORMATIVO APROVADO EM INFARMED. Generis Farmacêutica, S.A. Rua João de Deus, Amadora

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

20 mg: Cada cápsula gastrorresistentes contém 20 mg de omeprazol.

esomeprazol magnésico comprimidos revestidos 20 mg & 40mg

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada mililitro de xarope contém 3mg de cloridrato de Ambroxol.

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Esomeprazol magnésico

Gaviscon, 250 mg + 133,5 mg + 80 mg, Comprimidos para mastigar

O nome deste medicamento é STACER e apresenta-se sob a forma de comprimidos

USO ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO (A PARTIR DE 12 ANOS)

APROVADO EM INFARMED. Folheto informativo: Informação para o doente utilizador

Cada pastilha contém 3 mg de cloridrato de benzidamina e 2,5 mg de benzocaína

Bula AstraZeneca. I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO NEXIUM iv esomeprazol sódico

Gaviscon contém 500 mg de alginato de sódio, 267 mg de bicarbonato de sódio e 160 mg de carbonato de cálcio por cada dose de 10 ml.

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica

APROVADO EM INFARMED

esomeprazol magnésio

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada cápsula contém 5,9 mg de cloridrato de flunarizina (eq. a 5 mg de flunarizina)

Folheto Informativo APROVADO EM INFARMED

Alívio da inflamação e da dor em doenças músculo-esqueléticas agudas e crónicas em cães.

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Esomeprazol Meesotev, 20 mg, comprimido gastrorresistente esomeprazol magnésio (amorfo)

TECTA. APRESENTAÇÕES Comprimidos gastrorresistentes de 40 mg. Embalagens com 2, 30 ou 60 comprimidos. USO ORAL USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Omeprazol ratiopharm, 40 mg pó para solução para perfusão.

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Esomeprazol Bluepharma 20 mg comprimidos gastrorresistentes Esomeprazol Bluepharma 40 mg comprimidos gastrorresistentes Esomeprazol

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

APROVADO EM INFARMED

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

TECTA pantoprazol magnésico di-hidratado

Modelo de bula Profissional Ezobloc 20 mg & 40mg. Ezobloc (esomeprazol magnésico) comprimidos revestidos 20 mg & 40mg

APROVADO EM INFARMED

O que contém ALBOSAN Cada cápsula contém como substância activa o omeprazol. ALBOSAN cápsulas é apresentado na dosagem de 20 mg de omeprazol.

Lansoprazole BEXAL 15 mg gélules gastro-resistantes. Lansoprazol HEXAL 15 mg Hartkapseln Lansoprazol HEXAL 30 mg Hartkapseln

Cada comprimido gastrorresistente contém 40 mg de pantoprazol (sob a forma de sesqui-hidrato sódico).

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO

TECTA. Takeda Pharma Ltda. Comprimido revestido. 40 mg

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

esomeprazol magnésico tri-hidratado

Fabricado por: Sofarimex Industria Química e Farmacêutica L.da,

ANEXO III SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO E FOLHETO INFORMATIVO

Comprimido revestido por película. Comprimido branco, homogéneo, redondo, revestido por película, com marcação F 200 num dos lados.

APROVADO EM INFARMED

Omeprazol Genkern pertence a um grupo de medicamentos denominados inibidores da bomba de protões, que reduzem a produção de ácido no seu estômago.

FOLHETO INFORMATIVO. Omeratio, 10 mg, Cápsulas duras gastro-resistentes Omeratio, 40 mg, Cápsulas duras gastro-resistentes omeprazol

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Um mililitro de solução cutânea contém 280 mg de tioconazol como substância ativa.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

NEXIUM esomeprazol magnésico tri-hidratado

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Transcrição:

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO Esomeprazol Bluepharma 20 mg comprimidos gastrorresistentes Esomeprazol Bluepharma 40 mg comprimidos gastrorresistentes 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido contém: 20 mg de esomeprazol (como esomeprazol magnésio amorfo). Excipientes com efeito conhecido: Cada comprimido contém também não mais que 27,45 mg de sacarose. Cada comprimido contém: 40 mg de esomeprazol (como esomeprazol magnésio amorfo). Excipientes com efeito conhecido: Cada comprimido contém também não mais que 54,90 mg de sacarose. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido gastrorresistente 20 mg: Comprimido revestido por película de cor vermelho tijolo claro a castanho, oval, biconvexo, com marcação E5 numa das faces e liso na outra face. 40 mg: Comprimido revestido por película de cor vermelho tijolo claro a castanho, oval, biconvexo, com marcação E6 numa das faces e liso na outra face. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1. Indicações terapêuticas Esomeprazol comprimidos gastrorresistentes está indicado para: Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) tratamento da esofagite de refluxo erosiva; controlo a longo prazo de doentes que apresentam cura de esofagite para prevenção de recidivas; tratamento sintomático da doença de refluxo gastroesofágico (DRGE). Em associação com regimes terapêuticos antibacterianos apropriados para erradicação de Helicobacter pylori e cicatrização de úlcera duodenal associada a Helicobacter pylori e prevenção da recidiva de úlceras pépticas em doentes com úlceras associadas a Helicobacter pylori Página 1 de 15

Doentes com necessidade de tratamento contínuo com AINEs cicatrização de úlceras gástricas associadas à terapêutica com AINEs prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas à terapêutica com AINEs em doentes em risco. Tratamento prolongado após prevenção induzida da recidiva hemorrágica de úlceras pépticas por via IV Tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison 4.2. Posologia e modo de administração Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com líquido. Os comprimidos não devem ser mastigados ou esmagados. No caso de doentes com dificuldades de deglutição, os comprimidos podem também ser dispersos em meio copo de água não gaseificada. Não devem ser utilizados quaisquer outros líquidos uma vez que o revestimento entérico pode dissolver-se. Agitar até que o comprimido se desintegrar e beber o líquido com os grânulos de imediato ou nos 30 minutos seguintes. Encher o copo com água até meio e beber. Os grânulos não devem ser mastigados nem esmagados. No caso de doentes com incapacidade de deglutição, os comprimidos podem ser dispersos em água não gaseificada e administrados através de um tubo gástrico. É importante que a adequabilidade da seringa e do tubo escolhido seja cuidadosamente testada. Para as instruções de preparação e administração ver secção 6.6. Adultos e adolescentes a partir dos 12 anos Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) tratamento da esofagite de refluxo erosiva 40 mg, uma vez por dia, durante 4 semanas. Recomenda-se um tratamento adicional de 4 semanas nos doentes cuja esofagite não tenha sido curada ou naqueles que apresentam sintomas persistentes. controlo a longo prazo de doentes que apresentam cura de esofagite para prevenção de recidivas 20 mg, uma vez por dia. tratamento sintomático da doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE) 20 mg, uma vez por dia, em doentes sem esofagite. Se o controlo dos sintomas não for alcançado após 4 semanas, o doente deve ser submetido a exames clínicos adicionais. Após resolução dos sintomas, o controlo de sintomas subsequentes pode ser conseguido utilizando 20 mg, uma vez por dia. Em adultos, poderá ser utilizado, quando necessário, um regime de recurso de 20 mg/dia. Nos doentes tratados com AINEs em risco de desenvolverem úlceras gástricas e duodenais, não se recomenda a utilização de um regime de recurso para o controlo de sintomas subsequentes. Página 2 de 15

Adultos Em associação com regimes terapêuticos antibacterianos apropriados para erradicação de Helicobacter pylori e cicatrização de úlcera duodenal associada a Helicobacter pylori e prevenção da recidiva de úlcera péptica em doentes com úlceras associadas a Helicobacter pylori 20 mg de esomeprazol com 1 g de amoxicilina e 500 mg de claritromicina, todos administrados duas vezes por dia durante 7 dias. Doentes com necessidade de tratamento contínuo com AINEs Cicatrização de úlceras gástricas associadas à terapêutica com AINEs: A dose habitual é 20 mg, uma vez por dia. A duração do tratamento é de 4-8 semanas. Prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas à terapêutica com AINEs em doentes em risco: 20 mg uma vez por dia. Tratamento prolongado após prevenção induzida da recidiva hemorrágica de úlceras pépticas por via IV 40 mg uma vez por dia durante 4 semanas após o tratamento intravenoso para prevenção de recidiva hemorrágica de úlceras pépticas. Tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison A posologia inicial recomendada é 40 mg de esomeprazol duas vezes por dia. A posologia deve depois ser ajustada individualmente e o tratamento continuado enquanto clinicamente indicado. Com base nos dados clínicos disponíveis, a maioria dos doentes podem ser controlados utilizando doses diárias de esomeprazol entre 80 e 160 mg. Para doses superiores a 80 mg/dia, a dose deve ser dividida e administrada duas vezes por dia. Crianças com idade inferior a 12 anos Uma vez que não existem dados disponíveis, os comprimidos de Esomeprazol não devem ser utilizados em crianças com idade inferior a 12 anos. Compromisso da função renal Não é necessário ajuste posológico em doentes com compromisso da função renal. Devido à experiência limitada em doentes com insuficiência renal grave, estes doentes devem ser tratados com precaução (ver secção 5.2). Compromisso da função hepática Não é necessário ajuste posológico em doentes com compromisso ligeiro a moderado da função hepática. Nos doentes com compromisso hepático grave, não deve exceder-se uma dose máxima de 20 mg de esomeprazol (ver secção 5.2). Idosos Não é necessário ajuste posológico nos idosos. 4.3. Contra-indicações Hipersensibilidade conhecida à substância ativa, benzimidazóis substituídos ou a qualquer dos excipientes mencionados na secção 6.1. Hipersensibilidade a qualquer outro inibidor da bomba de protões. Página 3 de 15

Esomeprazol não deve ser utilizado concomitantemente com nelfinavir (ver secção 4.5) 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização Na presença de qualquer sintoma de alarme (por ex. perda ponderal significativa e não intencional, vómitos recorrentes, disfagia, hematemese ou melenas) e se houver suspeita ou confirmação de úlcera gástrica, deve excluir-se a presença de neoplasias, uma vez que o tratamento com Esomeprazol pode aliviar os sintomas e atrasar o diagnóstico. Os doentes em tratamento prolongado (em particular aqueles que se encontram medicados há mais de um ano) devem ser mantidos sob vigilância regular. Os doentes sujeitos a terapêutica de recurso devem ser instruídos a contactar o seu médico se existir modificação do caráter dos seus sintomas. Ao prescrever esomeprazol para terapêutica de recurso, deve considerar-se o seu potencial para interações farmacológicas, devido às concentrações plasmáticas flutuantes do esomeprazol (ver secção 4.5). Ao prescrever esomeprazol para erradicação do Helicobacter pylori devem considerar-se as possíveis interações farmacológicas para todos os fármacos utilizados na terapêutica tripla. A claritromicina é um potente inibidor da CYP3A4 pelo que deverão ser consideradas as contraindicações e interações para a claritromicina, quando a terapêutica tripla é utilizada em doentes que estão a tomar simultaneamente outros fármacos metabolizados via CYP3A4, tais como a cisaprida. Este medicamento contém sacarose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento. O tratamento com inibidores da bomba de protões pode estar associado a um risco ligeiramente aumentado de infeções gastrointestinais, tais como Salmonella e Campylobacter (ver secção 5.1). A coadministração de esomeprazol com atazanavir não é recomendada (ver secção 4.5). Se a associação de atazanavir com um inibidor da bomba de protões for considerada inevitável, é recomendada a monitorização clínica rigorosa, bem como o aumento da dose de atazanavir para 400 mg com 100 mg de ritonavir; a dose de 20 mg de esomeprazol não deve ser excedida. O esomeprazol é um inibidor do CYP2C19. Ao iniciar ou terminar o tratamento com esomeprazol, o potencial para interações com fármacos metabolizados através do CYP2C19 deve ser considerado. Observa-se uma interação entre o clopidogrel e o omeprazol (ver secção 4.5). A relevância clínica desta interação é incerta. Como precaução, o uso concomitante de omeprazol e clopidogrel deverá ser desencorajado. Interferência com testes laboratoriais O aumento do nível de CgA (cromogranina-a) pode interferir com as análises para tumores neuroendócrinos. Para evitar esta interferência, o tratamento com esomeprazol deve ser temporariamente interrompido pelo menos cinco dias antes das medições da CgA. Página 4 de 15

Esomeprazol, como todos os medicamentos bloqueadores de ácido, pode reduzir a absorção de vitamina B12 (cianocobalamina), devido a hipocloridria ou acloridria. Isto deve ser tido em conta em doentes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para absorção de vitamina B12 reduzida, em tratamentos prolongados. Os inibidores da bomba de protões, especialmente quando utilizados em doses elevadas e durante um período de tempo prolongado (> 1 ano), podem aumentar moderadamente o risco de fraturas da anca, punho e coluna vertebral, predominantemente em idosos ou quando existem concomitantemente outros fatores de riscos reconhecidos. Estudos observacionais sugerem que os inibidores da bomba de protões poderão aumentar o risco global de fratura em 10-40%. Parte deste aumento poderá dever-se a outros fatores de risco. Os doentes com risco de osteoporose devem receber cuidados de acordo com as orientações clínicas em vigor e devem ter aportes adequados de vitamina D e cálcio. Hipomagnesiemia Têm sido notificados casos de hipomagnesiemia grave em doentes tratados com inibidores da bomba de protões (IBP) como o esomeprazol, durante pelo menos três meses e, na maioria dos casos, durante um ano de tratamento. Podem ocorrer manifestações graves de hipomagnesiemia como fadiga, tetania, síndrome confusional, convulsões, tonturas e arritmia ventricular, que podem começar de forma insidiosa e, como tal, não serem identificadas. Na maioria dos doentes afetados, a hipomagnesiemia melhorou após reposição de magnésio e descontinuação do inibidor da bomba de protões. Nos doentes em que se preveja uma utilização prolongada de IBP ou que tomem IBP com digoxina ou com medicamentos que possam causar hipomagnesiemia (por exemplo, diuréticos), os profissionais de saúde devem considerar a monitorização dos níveis de magnésio antes do início do tratamento com IBP e periodicamente durante o mesmo. 4.5. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Efeitos do esomeprazol sobre a farmacocinética de outros medicamentos Medicamentos com absorção dependente do ph A redução da acidez intragástrica durante o tratamento com esomeprazol pode aumentar ou diminuir a absorção de medicamentos cujo mecanismo de absorção seja influenciado pela acidez gástrica. À semelhança do que acontece com a utilização de outros inibidores da secreção gástrica ou antiácidos, a absorção de cetoconazol e itraconazol pode diminuir e a absorção de digoxina pode aumentar durante o tratamento com esomeprazol. O tratamento concomitante com omeprazol (20 mg diários) e digoxina em indivíduos saudáveis aumentou a biodisponibilidade da digoxina em 10% (até 30% em dois de dez indivíduos). A toxicidade da digoxina tem sido raramente notificada. No entanto, recomenda-se precaução quando o esomeprazol é administrado em doses elevadas a doentes idosos. A monitorização terapêutica da digoxina deve então ser reforçada. Tem sido reportado que o omeprazol interage com alguns inibidores da protease. A relevância clínica e os mecanismos subjacentes a estas interações nem sempre são conhecidos. O aumento do ph gástrico durante o tratamento com omeprazol pode alterar a absorção dos inibidores da protease. Outros possíveis mecanismos Página 5 de 15

de interação são via inibição da CYP2C19. Para o atazanavir e nelfinavir, foi notificada uma diminuição dos níveis séricos quando estes fármacos foram administrados simultaneamente com o omeprazol, não sendo por isso recomendada a administração concomitante. A coadministração de omeprazol (40 mg uma vez por dia) com atazanavir 300 mg/ritonavir 100 mg em voluntários saudáveis resultou numa redução substancial da exposição ao atazanavir (diminuição de aproximadamente 75% na AUC, Cmax e Cmin). O aumento da dose de atazanavir para 400 mg não compensou o impacto do omeprazol na exposição ao atazanavir. A coadministração de omeprazol (20 mg/dia) com atazanavir 400 mg/ritonavir 100 mg em voluntários saudáveis resultou numa diminuição de cerca de 30% da exposição ao atazanavir, comparativamente com a exposição observada após administração de atazanavir 300 mg/ritonavir 100 mg/dia sem omeprazol 20 mg/dia. A coadministração de omeprazol (40 mg/dia) reduziu os valores médios da AUC, Cmax e Cmin do nelfinavir em 36-39% e da AUC, Cmax e Cmin do metabolito M8 farmacologicamente ativo em 75-92%. Para o saquinavir (administrado com ritonavir), foram reportados níveis séricos aumentados (80-100%) durante o tratamento concomitante com omeprazol (40 mg/dia). O tratamento com omeprazol 20 mg/dia não teve qualquer efeito na exposição ao darunavir (com ritonavir) e amprenavir (com ritonavir). O tratamento com esomeprazol 20 mg/dia não teve qualquer efeito na exposição ao amprenavir (com e sem ritonavir). O tratamento com omeprazol 40 mg/dia não teve nenhum efeito na exposição ao lopinavir (com ritonavir). Devido às semelhanças dos efeitos farmacodinâmicos e propriedades farmacocinéticas do omeprazol e esomeprazol, a administração concomitante de esomeprazol e atazanavir não é recomendada, e a administração concomitante de esomeprazol e nelfinavir é contraindicada. Medicamentos metabolizados pela CYP2C19 O esomeprazol inibe a CYP2C19, a principal enzima metabolizadora do esomeprazol. Assim, quando o esomeprazol é associado com outros medicamentos metabolizados pela CYP2C19, tais como o diazepam, citalopram, imipramina, clomipramina, fenitoína etc., as concentrações plasmáticas destas substâncias ativas podem ser aumentadas e pode ser necessária uma redução da dose. Isto deve ser tido em consideração sobretudo quando o esomeprazol é prescrito numa terapêutica de recurso. A administração concomitante de 30 mg de esomeprazol resultou numa redução de 45% da depuração do diazepam, um substrato da CYP2C19. A administração concomitante de 40 mg de esomeprazol resultou num aumento de 13% dos níveis plasmáticos mínimos da fenitoína em doentes epiléticos. Recomenda-se a monitorização das concentrações plasmáticas de fenitoína ao instituir ou suspender o tratamento com esomeprazol. O omeprazol (40 mg uma vez por dia) aumentou a Cmax e a AUC do voriconazol (um substrato da CYP2C19) em 15% e 41%, respetivamente. Num ensaio clínico, a administração simultânea de esomeprazol 40 mg a doentes tratados com varfarina demonstrou que os tempos de coagulação se situavam dentro dos limites aceitáveis. Contudo, pós-comercialização, foram notificados alguns casos isolados de elevação do INR, com significado clínico, durante o tratamento concomitante. A monitorização é recomendada no início e final do tratamento concomitante de esomeprazol com varfarina ou outros derivados cumarínicos. Em voluntários saudáveis, a administração concomitante de esomeprazol 40 mg e cisaprida resultou num aumento de 32% da área sob a curva de concentração plasmática vs. tempo (AUC) e num prolongamento de 31% da semivida de eliminação (t1/2), não se tendo verificado, no entanto, um aumento significativo dos níveis plasmáticos máximos de cisaprida. O ligeiro prolongamento do intervalo Página 6 de 15

QTc, observado após a administração de cisaprida em monoterapia, não sofreu qualquer acréscimo quando a cisaprida foi administrada em associação com esomeprazol (ver também secção 4.4). Tem sido demonstrado que o esomeprazol não exerce efeitos clinicamente relevantes sobre a farmacocinética da amoxicilina ou quinidina. A administração concomitante de esomeprazol com naproxeno ou rofecoxib tem sido avaliada em estudos, não tendo sido identificadas quaisquer interações farmacocinéticas relevantes durante os estudos de curta duração. Num estudo clínico cruzado, clopidogrel (dose carga de 300 mg seguida de 75 mg/dia) em monoterapia e com omeprazol (80 mg ao mesmo tempo que clopidogrel) foram administrados durante 5 dias. A exposição ao metabolito ativo do clopidogrel foi diminuída em 46% (Dia 1) e 42% (Dia 5) quando clopidogrel e omeprazol foram administradas em conjunto. A média da inibição da agregação plaquetária (IAP) foi diminuída em 47% (24 horas) e 30% (Dia 5) quando clopidogrel e omeprazol foram administradas em conjunto. Noutro estudo foi demonstrado que administrando clopidogrel e omeprazol em tempos diferentes não prevene a sua interação, que é suscetível de ser conduzida pelo efeito inibitório do omeprazol no CYP2C19. Dados inconsistentes sobre as implicações clínicas desta interação PK/PD em termos de eventos cardiovasculares major foram notificados a partir de estudos observacionais e clínicos. Efeitos de outros medicamentos sobre a farmacocinética do esomeprazol O esomeprazol é metabolizado pela CYP2C19 e CYP3A4. A administração concomitante de esomeprazol e de um inibidor da CYP3A4, claritromicina (500 mg, 2 vezes dia), resultou numa duplicação da exposição (AUC) ao esomeprazol. A administração concomitante de esomeprazol e um inibidor combinado da CYP2C19 e CYP3A4 pode resultar em mais que uma duplicação da exposição ao esomeprazol. O voriconazol, inibidor da CPY2C19 e CYP3A4, aumentou a AUC do omeprazol em 280%. O ajuste da dose de esomeprazol não é normalmente necessário em nenhuma destas situações. No entanto, o ajuste posológico deve ser considerado em doentes com compromisso hepático grave e em caso de tratamento prolongado. Os fármacos conhecidos por induzir o CYP2C19 ou CYP3A4 ou ambos (tais como a rifampicina e hipericão) podem levar à redução dos níveis séricos de esomeprazol, através do aumento do metabolismo de esomeprazol. 4.6. Fertilidade, gravidez e aleitamento No que respeita o esomeprazol, os dados clínicos sobre as gravidezes a ele expostas são insuficientes. Com a mistura racémica, omeprazol, os dados de um número elevado de gravidezes expostas, obtidos a partir de estudos epidemiológicos, indicam não existir quaisquer efeitos fetotóxicos ou de malformação. Os estudos em animais realizados com esomeprazol não indicam quaisquer efeitos nefastos diretos ou indiretos no que respeita ao desenvolvimento embrionário/fetal. Os estudos em animais realizados com a mistura racémica não indicam quaisquer efeitos nefastos, diretos ou indiretos, no que respeita à gravidez, parto ou ao desenvolvimento pós-natal. A prescrição a mulheres grávidas deve ser feita com precaução. Página 7 de 15

Desconhece-se se o esomeprazol é excretado no leite materno humano. Não foram realizados estudos em mulheres lactantes. Como tal, o esomeprazol não deve ser utilizado durante o aleitamento. 4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Esomeprazol não influencia a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8. Efeitos indesejáveis Foram identificadas, ou suspeitou-se da existência, das seguintes reações adversas ao fármaco no programa de ensaios clínicos do esomeprazol e no período pós-comercialização. Nenhuma foi classificada como relacionada com a dose. As reações são classificadas de acordo com a frequência (muito frequentes 1/10; frequentes 1/100, <1/10; pouco frequentes 1/1000, <1/100; raros 1/10000, <1/1000; muito raros <1/10000); desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). Doenças do sangue e do sistema linfático Raros: Leucopenia, trombocitopenia Muito raros: Agranulocitose, pancitopenia Doenças do sistema imunitário Raros: Reações de hipersensibilidade, por exemplo, febre, angioedema e reação/choque anafilática(o) Doenças do metabolismo e da nutrição Pouco frequentes: Edema periférico Raros: Hiponatrémia Desconhecido: Hipomagnesemia; (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização ) Perturbações do foro psiquiátrico Pouco frequentes: Insónia Raros: Agitação, confusão, depressão Muito raros: Agressividade, alucinações Doenças do sistema nervoso Frequentes: Cefaleias Pouco frequentes: Tonturas, parestesia, sonolência Raros: Alteração do paladar Página 8 de 15

Afeções oculares Raros: Visão turva Afeções do ouvido e do labirinto Pouco frequentes: Vertigem Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Raros: broncospasmo Doenças gastrointestinais Frequentes: Dor abdominal, obstipação, diarreia, flatulência, náuseas/vómitos Pouco frequentes: Xerostomia Raros: Estomatite, candidíase gastrointestinal Afeções hepatobiliares Pouco frequentes: Elevação das enzimas hepáticas Raros: hepatite com ou sem icterícia Muito raros: Insuficiência hepática, encefalopatia em doentes com doença hepática pré-existente Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos Pouco frequentes: Dermatite, prurido, exantema, urticária Raros: Alopécia, fotossensibilidade Muitos raros: Eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidermica tóxica (NET) Afeções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos Pouco frequentes: fratura da anca, pulso e coluna vertebral (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização ) Raros: Artralgia, mialgia Muito raros: Fraqueza muscular Doenças renais e urinárias Muito raros: Nefrite intersticial Doenças dos órgãos genitais e da mama Muito raros: Ginecomastia Página 9 de 15

Perturbações gerais e alterações no local de administração Raros: Mal-estar geral, sudorese 4.9. Sobredosagem Até à data, a experiência com sobredosagem intencional é muito limitada. Os sintomas descritos relativamente a uma dose de 280 mg consistiram em sintomas gastrointestinais e astenia. Não se registaram quaisquer eventos com doses únicas de 80 mg de esomeprazol. Não se conhece qualquer antídoto específico. O esomeprazol apresenta uma extensa ligação às proteínas plasmáticas, não sendo por isso facilmente dialisável. À semelhança do que se verifica em qualquer caso de sobredosagem, o tratamento deve ser sintomático e devem ser utilizadas medidas gerais de suporte de vida. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1. Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: 6.2.2.3 Aparelho digestivo, Antiácidos e antiulcerosos, Modificadores da secreção gástrica, Inibidores da bomba de protões Código ATC: A02BC05. O esomeprazol é o isómero S do omeprazol e reduz a secreção de ácido gástrico através de um mecanismo de ação especificamente direcionado. É um inibidor específico da bomba de protões da célula parietal. Ambos os isómeros, R e S, do omeprazol apresentam uma atividade farmacodinâmica semelhante. Local e mecanismo de ação O esomeprazol é uma base fraca, concentrando-se e convertendo-se na sua forma ativa no meio altamente acídico dos canalículos secretores da célula parietal, onde inibe a enzima H+/K+-ATPase a bomba de ácido e inibe a secreção basal ou estimulada de ácido gástrico. Efeito sobre a secreção de ácido gástrico Após administração oral de esomeprazol 20 mg e 40 mg, o início do efeito ocorre no período de uma hora. Após administração repetida de esomeprazol 20 mg, uma vez por dia, durante cinco dias, o pico médio do débito de ácido após estimulação com pentagastrina é diminuído em 90% quando determinado 6-7 horas após a toma, no dia cinco. Após cinco dias de administração oral de 20 mg e 40 mg de esomeprazol, o ph intragástrico manteve-se acima de 4 durante um período médio de 13 e 17 horas, respetivamente, ao longo de 24 horas em doentes com DRGE sintomática. Para o esomeprazol 20 mg, a percentagem de doentes que mantiveram um ph intragástrico acima de 4 durante pelo menos 8, 12 e 16 horas foi, respetivamente, 76%, 54% e 24%. As percentagens correspondentes para o esomeprazol 40 mg foram 97%, 92% e 56%. Utilizando a AUC como parâmetro substituto da concentração plasmática, foi demonstrada uma relação entre a inibição da secreção ácida e a exposição ao fármaco. Página 10 de 15

Efeitos terapêuticos da inibição ácida A cura da esofagite de refluxo com esomeprazol 40 mg ocorre em aproximadamente 78% dos doentes após quatro semanas, e em 93% após oito semanas. Um tratamento de uma semana com esomeprazol 20 mg em regime bidiário e antibióticos adequados, resulta na erradicação eficaz do H. pylori em aproximadamente 90% dos doentes. Após o tratamento de erradicação durante uma semana, e nos casos de úlcera duodenal não complicada, não há necessidade de monoterapia subsequente com medicamentos antissecretores para que haja cicatrização eficaz da úlcera e resolução dos sintomas. Outros efeitos relacionados com a inibição ácida Durante o tratamento com medicamentos antissecretores, os níveis séricos de gastrina aumentam em resposta à diminuição da secreção ácida. Um número aumentado de células ECL, possivelmente relacionado com o aumento dos níveis séricos de gastrina, foi observado em alguns doentes durante o tratamento prolongado com esomeprazol. Durante tratamentos prolongados com fármacos antissecretores, foi notificada a ocorrência de quistos glandulares gástricos com uma frequência ligeiramente aumentada. Estas alterações são uma consequência fisiológica da inibição marcada da secreção ácida, são benignas e parecem ser reversíveis. A diminuição da acidez gástrica, seja qual for a etiologia, incluindo inibidores da bomba de protões, aumenta a contagem gástrica de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal. O tratamento com inibidores da bomba de protões pode conduzir a um risco ligeiramente aumentado de infeções gastrointestinais, tais como Salmonella e Campylobacter. Em dois estudos conduzidos com ranitidina como comparador ativo, o esomeprazol demonstrou um efeito superior na cicatrização de úlceras gástricas em doentes tratados com AINEs, incluindo AINEs seletivos para a COX-2. Em dois estudos controlados com placebo, o esomeprazol demonstrou um efeito superior na prevenção de úlceras gástricas e duodenais em doentes tratados com AINES (com idade > 60 anos e/ou com antecedentes de úlceras), incluindo AINEs seletivos para a COX-2. 5.2. Propriedades farmacocinéticas Absorção e distribuição O esomeprazol é instável em meio ácido, sendo administrado por via oral sob a forma de grânulos com revestimento entérico. In vivo a conversão no isómero R é negligenciável. A absorção do esomeprazol é rápida, com o pico dos níveis plasmáticos a ocorrer aproximadamente 1-2 horas após a administração da dose. A biodisponibilidade absoluta é de 64% após uma dose única de 40 mg e aumenta para 89% após administrações repetidas uma vez por dia. Para 20 mg de esomeprazol os valores correspondentes são 50% e 68%, respetivamente. Em indivíduos saudáveis, o volume de distribuição aparente em estado estacionário é de aproximadamente 0,22 L/kg de peso corporal. O esomeprazol apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de 97%. Página 11 de 15

A ingestão de alimentos retarda e diminui a absorção do esomeprazol, contudo, estes efeitos não têm influência significativa no efeito do esomeprazol sobre a acidez intragástrica. Biotransformação e eliminação O esomeprazol é completamente metabolizado pelo sistema citocromo P450 (CYP). A maior parte do metabolismo do esomeprazol é dependente da CYP2C19 polimórfica, responsável pela formação dos metabolitos hidroxi- e desmetil do esomeprazol. A restante parte é dependente de uma outra isoforma específica, CYP3A4, responsável pela formação da sulfona de esomeprazol, o principal metabolito no plasma. Os parâmetros abaixo mencionados refletem principalmente a farmacocinética do esomeprazol em indivíduos com uma enzima CYP2C19 funcional, ou seja, metabolizadores extensos. A depuração plasmática total é cerca de 17 L/h após administração de uma dose única e cerca de 9 L/h após administrações repetidas. A semivida de eliminação plasmática é cerca de 1,3 horas após administrações repetidas, uma vez por dia. A farmacocinética do esomeprazol foi estudada para doses até 40 mg administradas duas vezes por dia. A AUC aumenta com a administração repetida de esomeprazol. Este aumento é dose-dependente e resulta numa AUC superior àquela que seria obtida se o aumento fosse proporcional à dose. Esta dependência do tempo e da dose deve-se a uma diminuição do metabolismo de primeira passagem e da depuração sistémica, provavelmente causados pela inibição da enzima CYP2C19 pelo esomeprazol e/ou pelo seu metabolito sulfona. O esomeprazol é completamente eliminado do plasma entre as tomas, sem tendência para se acumular durante a administração de doses diárias. Os principais metabolitos do esomeprazol não exercem qualquer efeito sobre a secreção de ácido gástrico. Quase 80% de uma dose oral de esomeprazol é excretada na urina sob a forma de metabolitos, sendo os restantes excretados nas fezes. Menos de 1% do fármaco é detetado inalterado na urina. Populações especiais de doentes Cerca de 2,9±1,5% da população não possui a enzima CYP2C19 funcional, sendo denominados metabolizadores fracos. Nestes indivíduos, pensa-se que o metabolismo do esomeprazol seja principalmente catalisado pela CYP3A4. Após a administração de doses repetidas de 40 mg de esomeprazol, uma vez por dia, a AUC média foi cerca de 100% superior nos metabolizadores fracos relativamente aos indivíduos com uma enzima CYP2C19 funcional (metabolizadores extensos). As médias dos picos das concentrações plasmáticas foram aumentadas em aproximadamente 60%. Estes resultados não têm implicações na posologia do esomeprazol. O metabolismo do esomeprazol não é significativamente alterado em indivíduos idosos (71-80 anos de idade). Após uma dose única de 40 mg de esomeprazol a AUC média é cerca de 30% superior em mulheres do que em homens. Não é observada qualquer diferença entre os sexos após administrações diárias repetidas. Estes resultados não têm implicações na posologia do esomeprazol. Página 12 de 15

Compromisso da função hepática e renal O metabolismo do esomeprazol em doentes com compromisso ligeiro a moderado da função hepática pode ser afetado. A taxa metabólica é diminuída em doentes com compromisso hepático grave, resultando numa duplicação da AUC do esomeprazol. Por esse motivo, não deve ser excedido um máximo de 20 mg em doentes com compromisso hepático grave. O esomeprazol ou os seus metabolitos principais não demonstram qualquer tendência para se acumularem com administrações repetidas de uma vez por dia. Não foram realizados estudos em doentes com função renal diminuída. Uma vez que o rim é responsável pela excreção dos metabolitos do esomeprazol, mas não pela eliminação do composto inalterado, não se espera que o metabolismo do esomeprazol seja alterado em doentes com compromisso da função renal. População pediátrica Adolescentes com idades entre os 12 e os 18 anos: Após administração repetida de doses de 20 mg e 40 mg de esomeprazol, a exposição total (AUC) e o tempo levado para alcançar a concentração plasmática máxima do fármaco (tmax) em adolescentes com idades entre os 12 e os 18 anos foram semelhantes aos observados em adultos para ambas as doses de esomeprazol. 5.3. Dados de segurança pré-clínica Os estudos pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundos estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e toxicidade reprodutiva. Os estudos de carcinogenicidade no rato com a mistura racémica revelaram casos de hiperplasia das células ECL gástricas e carcinoides. Estes efeitos gástricos no rato resultam de uma hipergastrinemia pronunciada e sustentada, secundária à diminuição da produção de ácido gástrico, e são observados no rato após um tratamento prolongado com inibidores da secreção ácida gástrica. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Comprimidos de 20 mg e 40 mg Núcleo dos comprimidos: Hidroxipropilcelulose (E463) Crospovidona (Tipo A) Revestimento: Povidona (K30) Macrogol-400 Macrogol-4000 Macrogol 6000 Ftalato de hipromelose (HP-55S) Ftalato de hipromelose (HP-50) Ftalato de etilo Hidroxipropilcelulose Celulose microcristalina (PH 101) Celulose microcristalina (PH 112) Página 13 de 15

Crospovidona (Tipo B) Fumarato sódico de estearilo Opadry 03B86651 Brown (HMPC 2910/Hipromelose 6cP Dióxido de titânio (E171). Macrogol/PEG 400 Óxido de ferro vermelho (E172)) Microgrânulos de sacarose e amido de milho Talco (E553b) 6.2. Incompatibilidades Não aplicável. 6.3. Prazo de validade 3 anos. 6.4. Precauções especiais de conservação Conservar a temperatura inferior a 30ºC. 6.5. Natureza e conteúdo do recipiente 20 mg e 40 mg: Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu contendo 7, 14, 15, 28, 30, 50, 56, 60, 90, 98 e 100 comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. Administração através de tubo gástrico: Coloque o comprimido numa seringa adequada e encha a seringa com aproximadamente 25 ml de água e aproximadamente 5 ml de ar. Para alguns tubos, é necessária a dispersão em 50 ml de água de modo a prevenir que os grânulos entupam o tubo. Agite imediatamente a seringa durante aproximadamente 2 minutos de modo a dispersar o comprimido. Segure a seringa com a ponta voltada para cima e verifique se a ponta não se encontra entupida pelos grânulos. Acople a seringa ao tubo, mantendo a posição anterior. Agite a seringa e volte-a com a ponta para baixo. Injete imediatamente 5-10 ml no tubo. Inverta a seringa após a injeção, agitando. A seringa deve ser mantida com a ponta voltada para cima, para evitar o entupimento. Volte a seringa para baixo e injete imediatamente outros 5-10 ml no tubo. Repita este procedimento até esvaziar a seringa. Encha a seringa com 25 ml de água e 5 ml de ar, repetindo o passo 5, se necessário, para lavar qualquer sedimento deixado na seringa. Para alguns tubos é necessário 50 ml de água. Página 14 de 15

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Ranbaxy UK Limited Building 4, Chiswick Park, 566 Chiswick High Road, London W4 5YE, United Kingdom 8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Nº de registo: 5327804 - comprimido gastroresistente, 20 mg, blisters 14 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu Nº de registo: 5327812- comprimido gastroresistente, 20 mg, blisters 28 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu Nº de registo: 5327804 - comprimido gastroresistente, 20 mg, blisters 56 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu Nº de registo: 5327838- comprimido gastroresistente, 40 mg, blisters 14 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu Nº de registo: 5327846- comprimido gastroresistente, 40 mg, blisters 28 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu Nº de registo: 5327853- comprimido gastroresistente, 40 mg, blisters 56 unidades Blister de OPA-Alu-PE-exsicante-HDPE/Alu 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 22 de Setembro de 2010 10. DATA DA REVISÃO/APROVAÇÃO DO TEXTO Data da revisão: 25 de Novembro de 2013 Data da aprovação: 06 de Fevereiro de 2014 Página 15 de 15