Artigos Completos Publicados em Periódicos no Ano de 2007 Saliba, O.; Saliba, N. A.; Garbin, C. A. S.; Dossi, A. P.; Daniela Coêlho Lima, D. C. Crianças livres de cárie dentária em um município sem água fluoretada. Arquivos em Odontologia, jul-set/2007, vol.43, n.3, pp.79-84. Ainda existe certa dificuldade dos serviços locais de saúde em assegurar o completo atendimento das necessidades em crianças abaixo de 6 anos, e poucos estudos epidemiológicos a respeito das condições de saúde bucal dessa parcela da população. Este trabalho teve por objetivo averiguar a prevalência de cárie em crianças de 6 meses a 6 anos e a porcentagem dos livres dessa doença na mesma faixa etária. Foi realizado um estudo epidemiológico transversal em 137 crianças utilizando-se o índice ceo-d e os critérios de diagnóstico preconizados pela Organização Mundial da Saúde em um município de pequeno porte do Estado de São Paulo. Os exames foram realizados por uma equipe de cirurgiões-dentistas calibrados (Kappa de 0,91). A porcentagem de crianças livres de cárie foi de 43,18%, considerada baixa, comparando-se com as metas da OMS para o ano de 2010 (90%) entre 5 e 6 anos de idade. O índice ceo foi de 0,22, 1,36, 1,65 e 2,13 respectivamente para crianças de até 36 meses, 4, 5 e 6 anos. Conclui-se que mesmo apresentando o ceo-d abaixo do encontrado em outras regiões do país, o percentual de crianças livres de cárie na população estudada ainda é pequeno, tornando evidente a necessidade de ações e estratégias adequadas aos grupos de maior risco, bem como a implantação de medidas educativas e preventivas em saúde bucal que intervenham nos reais determinantes da doença. Descritores: Cárie dentária. Epidemiologia. Levantamentos de saúde bucal. Garbin, C. A. S.; Garbin, A. J. I.; Moimaz, S. A. S.; Gonçalves, P. E. Evaluación de la percepción de los alumnos brasileños de posgrado acerca de la investigación con seres humanos. Acta Bioethica 2007; vol.13, n.1, PP. 115-21. En Brasil, la investigación con seres humanos debe obedecer las directrices éticas previstas por la Resolución 196/96 del Consejo Nacional de Salud del Ministerio de Salud. Este artículo da cuenta de una evaluación sobre El conocimiento de los alumnos de posgrado en Odontología sobre algunos conceptos y reglas establecidas por la resolución. Se concluye que, a pesar de la divulgación e importancia de ésta, una gran parte de los estudiantes no tiene conocimiento de ella. En la misma situación se encuentran los que trabajan en investigaciones. Palabras clave: ética en investigación, bioética, comité de ética, sujetos de investigación.
Dias, M. C.; Orenha, E. S.; Sundefeld, M. L. M. M. Avaliação da distribuição e organização de móveis e equipamentos na área de tratamento dos estabelecimentos de assistência odontológica. Cienc Odontol Bras 2007 abr./jun.; 10 (2): 40-46. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição de equipamentos e mobiliários na área de tratamento em estabelecimentos de assistência odontológica presentes no município de Araçatuba-SP. Intencionalmente foram selecionados 30 estabelecimentos pertencentes ao setor privado que foram divididos em 3 grupos (1º, 2º e 3ºgrupo) e 10 pertencentes ao setor público (4ºgrupo). A distribuição dos mobiliários e equipamentos foi analisada por meio de 18 requisitos, sendo atribuído a cada requisito valores que variaram de 0 (insatisfatório), 1 (pouco satisfatório), 2 (satisfatório), 3 (muito satisfatório) e NA (não aplicável). O valor de cada requisito foi inserido no software Pesquisa de Clínicas para obtenção da média percentual, na qual foi classificada em: excelente ( 80%); bom (60-79%); regular (40-59%); ruim (20-39%) e péssimo (<20%). Para a análise estatística dos dados obtidos, foi utilizado o teste não paramétrico Kruskall Wallis para a comparação dos grupos. Os dados obtidos mostraram que somente 10% dos estabelecimentos apresentaram uma distribuição dos mobiliários e equipamentos ergonomicamente satisfatória e não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos avaliados. Concluiu-se que o esquema de distribuição de equipamentos e mobiliários é aplicado de maneira incorreta na área de tratamento, independente se o estabelecimento de assistência odontológica pertence ao setor público ou privado. Unitermos: Ergonomia; odontologia; eficiência. GARBIN, Artênio José Isper, GARBIN, Cléa Ada Saliba, FERREIRA, Nelly Foster y FERREIRA, Neuton Luiz. O RISCO DA ODONTOLOGIA: NIVEL DE ILUMINAMENTO EM UMA CLINICA DE GRADUACAO". Acta Cientifica Venezuelana, v.58, 2007. Problemas com a iluminação, ruído, postura, contato com agentes biológicos são causas se doenças ocupacionais. Cada fator desencadeia um ou mais tipos de agressão à saúde, mas pode ser corrigido com pequenas ações adotadas diariamente. O objetivo do estudo foi avaliar o nível de iluminamento (quantidade de luz) da Clínica de graduação de FOA-UNESP. Foi realizado avaliação do refletor (área de operação) a 80 cm do foco luminoso, e da mesa auxiliar (lugar de tratamento) de 4 equipos, um de cada extremidade onde existem janelas e um equipo no centro na. As medições foram realizadas em dois períodos: diurno e noturno. Os resultados mostraram que em relação à quantidade de luz, mostraram que a diferença entre o campo operatório e local de trabalho foi grande, visto que durante o dia ficaram em média 20.140 e 1.251,80 lux respectivamente, e durante a noite esta diferença torna-se maior, ficando em média 19.880 lux e 544,20 lux, respectivamente. Tanto no período noturno como no diurno há um nível de iluminância alto no campo operatório, ficando acima do recomendado. O local de trabalho no período
noturno representou uma média em lux, abaixo da norma recomendada pela ABNT, o que pode ser considerada como atividade insalubre. Saliba, Nemre Adas; Moimaz, Suzely Adas Saliba; Barbosa, Tatiana de Freitas; Casotti, Cezar Augusto. Análise do processo de fluoretação no Noroeste Paulista sob a ótica do coordenador de saúde bucal. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo; 19(3):293-9; set-dez.2007. Introdução: A fluoretação das águas de abastecimento público é considerada a medida mais eficaz na prevenção da cárie dentária. Este estudo objetiva conhecer o processo de fluoretação dos 40 municípios do noroeste paulista que compõem a Diretoria Regional de Saúde VI. Métodos: Um questionário, com perguntas abertas e fechadas, abordando questões referentes à captação da água, adição de flúor, data de início da fluoretação, sal utilizado e interrupções do processo, foi enviado ao responsável coordenador de saúde bucal de cada município. As respostas foram processadas utilizando-se o programa Epi-info.VI. 6.04. Dos 40 questionários enviados, 75% (30) retornaram. Em 74% (22) desses municípios, a água utilizada é proveniente de poços; em 83% (25) o flúor é adicionado e o composto utilizado é o ácido fluossilícico. O processo de fluoretação iniciou-se no período de 1981 a 1989 em 54% (14) dos municípios, tendo sido paralisado em apenas 17% (5). Conclusão: Pode-se concluir que a maioria dos municípios pesquisados afirmou realizar o processo de fluoretação, tendo sido iniciado na década de 1980, todos utilizam o acido fluossilícico, e o processo foi interrompido em poucos municípios até o presente momento. Descritores: Flúor - Fluoretação - Vigilância sanitária. Suzely Adas Saliba Moimaz, Najara Barbosa Rocha, Orlando Saliba, Cléa Adas Saliba Garbin O acesso das pacientes gestantes ao tratamento odontológico. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 2007 jan-abr; 19(1):39-45. Introdução: A gestação é um período peculiar na vida feminina, no qual a mulher é receptível a informações que possam trazer benefícios a ela e seu bebê, o que poderá ser traduzido em mudanças de comportamento favoráveis à saúde. Uma das dificuldades do acesso das gestantes ao tratamento odontológico reside no conflito entre hábitos antigos e novos conceitos adquiridos. Assim os autores objetivaram verificar se gestantes foram ou não submetidas à assistência odontológica durante a gravidez e os motivos que dificultaram o acesso a esse serviço. Métodos: Foram entrevistadas 100 gestantes, que buscaram atenção pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde de Araçatuba SP. Utilizou-se formulário contendo questões sobre acesso das gestantes ao serviço odontológico e os motivos pelos quais elas procuraram o serviço. A idade média das gestantes foi de 23,51 anos, sendo que 26% encontravam-se entre 14 a 20 anos. Resultados: Do total, 73% não procuraram tratamento odontológico durante a gravidez, tendo sido verificados como motivos: sem necessidade de tratamento (32,9%); crendices e mitos (16,4%), falta de
dinheiro/vontade ou tempo (15,1%), medo (8,2%) e outras razões (27,4%). Entre as gestantes que procuraram serviço odontológico (27), 40,7% não foram atendidas, e citaram como principal motivo: problemas relacionados com serviços públicos de Saúde como demora no atendimento, falta de dentista, dificuldade para marcar consulta (45,4%). Conclusão: Pode-se concluir pouca procura das gestantes aos serviços odontológicos, em função principalmente da crença e mito. A falta de informação demonstra a necessidade de as gestantes serem priorizadas nos programas de atenção odontológica. Os profissionais devem promover o aprendizado sobre saúde bucal na gravidez. Descritores: Saúde Bucal - Assistência odontológica - Gravidez. GARBIN, Cléa Adas Saliba, GARBIN, Artênio José Isper, MOIMAZ, Suzely Adas Saliba, GONÇALVES, Patrícia Elaine. Avaliação da percepção dos alunos brasileiros de pós-graduação acerca da pesquisa com seres humanos. Acta bioeth. 2007,13(1):115-121. No Brasil, a pesquisa envolvendo seres humanos deve obedecer a diretrizes éticas previstas pela Resolução 196/96, promulgada pelo Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde. Avaliou-se o conhecimento dos alunos de Pós-graduação de Mestrado (n=44) e Doutorado (n=23) em Odontologia no que tange alguns conceitos e normas estabelecidas pela resolução, por meio de um questionário semi estruturado e auto-aplicável. Sobre o significado do que é sujeito da pesquisa, 52,3% dos mestrandos e 43,5% dos doutorandos atribuíram de forma correta a indivíduo, ser humano. Em relação ao significado do Termo de Consentimento Informado, 29,5% / 17,4% confundiram ou acharam sinônimo de Consentimento Informado. Relacionada a importância do Termo de Consentimento Informado e Consentimento Informado, somente 9,1% / 4,3% correlacionaram à aspectos éticos e legais da pesquisa científica. Referente a composição do Termo de Consentimento Informado só 20,5% / 21,7% mencionaram a voluntariedade do sujeito da pesquisa. Já obtenção do mesmo 54,5% / 43,5% relataram obter de maneira individual, e 56,8% / 56,6% antes da realização da pesquisa propriamente dita. Assim, apesar da divulgação e importância da Resolução 196/96, grande parte dos alunos não tem conhecimento sobre esta, mesmo engajados em um ambiente de pesquisa, sendo necessário a capacitação destes. Gonçalves PE, Garbin CA, Garbin AJI, Moimaz SAS, Oliveira RN de. Evaluación del conocimiento de los cirujanos dentistas brasileños sobre aspectos bioéticos en el tratamiento odontológico. Av. Odontoestomatol 2007; 23 (1): 121-126. A relação profissional/paciente e sua importância para o bom andamento, e sucesso do tratamento odontológico devem ser refletidas mediante seus aspectos bioéticos. Nosso estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas (n=163) que realizam curso de especialização na Universidade Estadual Paulista UNESP, sobre esses aspectos. Dentre os pesquisados, 88,1% mencionam que a decisão do tratamento deve ser realizada em comum acordo entre o profissional e o paciente, porém,
26,4% relatam que a participação do paciente e/ou seu responsável legal na decisão pode interferir de maneira negativa. A atuação do profissional quando o paciente opta por um tratamento menos conveniente, 95,6% tentam convencê-lo de que não é a melhor opção e mude para a melhor, mantendo o modelo paternalístico. Foi observado que 20,3% não souberam relacionar a importância da interação profissional/paciente para o tratamento odontológico.