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2.7. Resumo Elementos do Estado: povo, território e governo soberano.

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Transcrição:

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Edital Direito Constitucional - Da Administração Pública: das disposições gerais; dos servidores públicos; dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Direito Administrativo: conceito; princípios básicos do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 e da Constituição Estadual do Rio Grande do Sul; os princípios implícitos da administração pública: o princípio da segurança jurídica; princípio da indisponibilidade do interesse público; princípio da supremacia do interesse público; princípio da finalidade e princípio da continuidade do serviço público; distinção entre ente federativo, governo e administração pública; Organização administrativa: Administração direta e indireta; autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista; entidades paraestatais. Atos administrativos: conceito, elementos, atributos, pressupostos e classificação dos atos administrativos; relação entre motivo e motivação dos atos administrativos; teoria dos motivos determinantes; atos administrativos discricionários e vinculados; Controle da administração pública; controle administrativo: controle hierárquico e finalístico, formas de controle administrativo e momento do controle administrativo; Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal; controle legislativo; Licitação: conceito, princípios, finalidades, objeto, modalidades; Lei Federal nº 8.666/1993; Lei Federal nº 10.520/2002. Contratos administrativos: conceito, características e interpretação; formalização; execução, inexecução, revisão e rescisão; convênios e consórcios administrativos. Agentes públicos: conceito; espécies; classificação; regime de direito público e contratual; formas de provimento de cargos públicos, empregos e funções públicas; os conceitos de efetividade, estabilidade e disponibilidade; o artigo 37 a 39 da Constituição Federal; os servidores estáveis do artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; retribuição pecuniária de cargos, empregos e funções públicas; remuneração e subsídio; acumulação de cargos, empregos e funções públicas; formas de vacância de cargos públicos; responsabilidade civil, penal e administrativa; sindicância e processo administrativo disciplinar; direitos e vantagens dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul; Lei Complementar nº 10.098/94 e atualizações posteriores. Lei Federal do Processo Administrativo: Lei Federal nº 9.784/1999; Lei de Improbidade Administrativa: Lei Federal nº 8.429/1992 e suas alterações;

Legislação Aplicável aos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul e Funcionamento da ALRS: Legislação Aplicável aos Servidores Públicos: Lei Complementar Estadual nº 10.098, de 03 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre o Estatuto e Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul Administração Pública: Organização do Estado e da Administração Pública: Princípios da Administração Pública. Administração Direta e Indireta; características de cada tipo de entidade; exemplos de entidades no âmbito do Estado. Licitações: Modalidades, tipos, conceitos e características das varias formas de compras e contratações; Dispensa e Inexigibilidade. Cotação Eletrônica de Preços. Contratos Administrativos: prazos, formalidades, execução, fiscalização e demais requisitos contidos na Lei de Licitações. Estatuto dos servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul: As formas de provimento e suas definições legais; Concurso Público, nomeação, lotação, posse, exercício, estágio probatório; Direitos e vantagens dos servidores públicos estaduais; Regime Disciplinar: Deveres do Servidor; Proibições; Responsabilidades e Penalidades.

DIREITO ADMINISTRATIVO Noções de Governo, Estado e Administração Pública Prof.ª Tatiana Marcello

Noções de Estado Estado é a pessoa jurídica territorial soberana, formada pelo elementos povo, território e governo soberano. São necessários o 3 elementos para que tenhamos um Estado independente: um povo, em um território, organizado segundo sua livre e soberana vontade. O Estado é um ente personalizado (é uma PJ), capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica. A CF estabelece que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados-membros, o Distrito Federal e os municípios. Cada ente federado (U, E, DF e M) é uma pessoa jurídica de direito público dotada de autonomia política, chamadas, portanto, de entidades políticas. A União goza de natureza jurídica dúplice: PJ de Direito Público Interno e PJ de Direito Internacional Público.

Entidades Políticas (Adm. Direta) Administrativas (Adm. Indireta) Tem competência legislativa Não tem competência legislativa - União; - Estados; - Municípios; - DF. - Autarquia; - Fundação Pública; - Sociedade de Economia Mista; - Empresa Pública.

Formas de Estado: Estado Unitário há centralização política, sendo que um só poder central irradia para sua competência, de forma exclusiva, para todo território nacional e toda sua população (ex.: Uruguai, onde existe um só poder político central). Estado Federado há descentralização política, havendo diferentes entidades políticas autônomas no mesmo território, distribuídas regionalmente (ex.: Brasil, onde temos União, estados-membros, DF e municípios; entidades políticas autônomas e distintas em um mesmo território). Portanto, a nossa CF adotou como forma de estado o Federado, onde temos um poder político central (União), poderes regionalizados (estados-membros) e poderes locais (municípios), além do Distrito Federal (acumula poderes regionais e locais, já que não pode ser dividido em municípios), que coexistem sem subordinação/hierarquia, apenas uma coordenação.

Poderes do Estado: Nos Estados democráticos de direito usa-se a expressão Poderes para designar o conjunto de órgãos que recebem da constituição competências para exercerem determinadas funções estatais. No Brasil temos: Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário Os Poderes não têm personalidade jurídica (são órgãos de determinado ente federativo), mas são independentes e harmônicos entre si. A CF veda qualquer proposta de emenda constitucional tendente a abolir a separação dos Poderes (art. 60, 4º, II); portanto o Princípio da Separação dos Poderes tem status de cláusula pétrea.

Nosso sistema adotou um modelo flexível de separação dos Poderes, sendo que, apesar de cada Poder ter sua função típica, todos podem exercer funções dos demais Poderes (de forma atípica).

Estado Brasileiro União estadosmembros municípios Distrito Federal PE, PL, PJ PE, PL, PJ PE, PL PE, PL (PJ da União)

Noções de Governo Governo é o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado. A Constituição vai trazer as atribuições do governo, que tem a incumbência de exercer a direção suprema e geral do Estado, determinar a forma de realização dos seus objetivos, estabelecer diretrizes que pautarão a atuação estatal e os planos governamentais. A noção de governo diz respeito à função política de comandar, coordenar, dirigir e estipular planos e diretrizes de atuação estatal (políticas públicas). Portanto, não se confunde com a noção de Administração Pública, pois esta é o aparelhamento que o Estado dispõe para a execução das políticas públicas estabelecidas pelo Governo.

Noções de Administração Pública Administração Pública em sentido amplo x sentido estrito Administração Pública em sentido amplo abrange os órgãos do governo (exercem função política) e também os órgãos e pessoas jurídicas que desempenham função apenas administrativas. Função política são as políticas públicas (diretrizes e programas de ação governamental, planos de atuação...) Função administrativa é a simples execução das políticas públicas formuladas pelos órgãos do governo. Administração Pública em sentido estrito abrange apenas os órgãos e pessoas jurídicas administrativas que desempenham função puramente administrativa de execução de programas de governo. Em regra, quando se estuda a Administração Pública, é entendida como Administração pública em sentido estrito.

Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico X Administração Pública em sentido material, objetivo ou funcional Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico (quem exerce?) é o conjunto de órgãos, entidades e agentes que o nosso ordenamento jurídico definiu como integrantes da Administração Pública: Adm. Direta (órgãos da U, E, DF e M) + Adm. Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista). No Brasil, adota-se o critério formal. Administração Pública em sentido material, objetivo ou funcional (o que exerce?) é o conjunto de atividades que são consideradas próprias da função administrativa, independentemente de quem as exerça: serviço público, polícia administrativa, fomento e intervenção.

União Estados Municípios DF Administração Direta Autarquia Fundação Pública Sociedade de Econ. Mista Empresa Pública Administração Indireta Concessionárias Permissionárias Autorizatários Pessoas Privadas prestadoras de serviços públicos

PRINCÍPIOS DA ADMINISTAÇÃO PÚBLICA Supraprincípios do Direito Administrativo Os chamados supraprincípios são aqueles considerados centrais, dos quais decorrem todos os demais. Segundo a doutrina, são dois: Princípio da Supremacia do Interesse Público; Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.

Princípio da Supremacia do Interesse Público Chamado de Supraprincípio, o Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o privado ainda implícito na ordem jurídica. Significa que os interesses da coletividade são mais importantes que o os interesses individuais, portanto, a Administração Pública tem poderes especiais, não conferidos aos particulares. A Administração Pública está em uma posição de superioridade em relação aos particulares.

Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público Também considerado um Supraprincípio, o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público prevê que os agentes públicos não são os donos do interesse por eles defendidos, de forma que não podem dispor desses interesses. Os agentes, no exercício da função administrativa, estão obrigados a atuar conforme o determinado em lei e não de acordo com a vontade própria. Decorre desse princípio a vedação de que o agente público renuncie aos poderes que lhe foram legalmente conferidos.

Princípios Constitucionais Básicos Explícitos (CF) Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência... Para memorizá-los, usa-se o macete do LIMPE : Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência

Princípio da Legalidade A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei permite ou determina. Para o os particulares: significa que podem fazer tudo o que a lei não proíba ; Para a administração pública: significa que o administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine. Esse princípio é o que melhor caracteriza o Estado de Direito, pois o administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

Princípio da Impessoalidade O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa. Esse princípio é visto sob dois aspectos: a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa - inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de finalidade; b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal - é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como administrador. Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações pela administração.

Princípio da Moralidade A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é legal é honesto. Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.

Princípio da Publicidade Esse princípio é tratado sob dois prismas: a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato não pode produzir efeitos; b) exigência de transparência da atuação administrativa - finalidade de possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo. Não é absoluto, pois é preciso preservar direitos à privacidade, intimidade...

Princípio da Eficiência O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse público do ato. Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.

Princípios da Constituição Estadual RS Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos municípios, visando à promoção do bem público e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade, da motivação e o seguinte: LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE PUBLICIDADE EFICIÊNCIA CF LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE PUBLICIDADE LEGITIMIDADE PARTICIPAÇÃO RAZOABILIDADE ECONOMICIDADE MOTIVAÇÃO CE RS

Demais Princípios norteadores da Administração Pública Princípio da Finalidade Trata-se do atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei (Lei nº 9.784/1999). Ou seja, é proibido o manejo de prerrogativas da função administrativa para alcançar objetivos diferentes do definido em lei (pois a lei visa ao interesse público).

Princípio da Segurança Jurídica Esse princpipio pode ser analisado sob duas visões: 1) Em sentido objetivo, vedando a retroatividade dos atos estatais, a fim de não prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 2) Em sentido subjetivo, relacionado ao princípio da proteção a confiança legítima, eigindo-se uma previsibilidade ou calculabilidade das dos atos estatais.

Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos A Lei 8.987/95 (Concessões e Permissões de serviços públicos), em consonância com o art. 175, parágrafo único, IV da CF, prevê em seu art. 6º que o serviço adequado é aquele que satisfaz as condições, dentre outras, de continuidade/permanência. Trata-se do princípio da continuidade dos services públicos, segundo o qual o serviço não pode sofrer interrupção. Entretanto, a própria Lei prevê que não se caracteriza como descontinuidade a interrupção em situação de: a) emergência; ou b) após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

(FUNDATEC - ADAPTADA) Acerca dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. O rol dos princípios administrativos, estabelecido originariamente na Constituição Federal, foi ampliado para contemplar a inserção do princípio da eficiência, por meio de Emenda Constitucional. ( ) CERTO ( ) ERRADO Embora seja consagrado pela jurisprudência e pela doutrina, o princípio da impessoalidade não foi consagrado expressamente na Constituição Federal. ( ) CERTO ( ) ERRADO Tanto a administração direta quanto a indireta não se submetem aos princípios constitucionais da administração pública. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FUNDATEC 2018 SUEPERIOR - ADAPTADA) De acordo com o que preceitua o art. 37, caput da Constituição Federal de 1988, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá a princípios. A partir dos princípios enumerados no artigo supramencionado, é correto afirmar que: O princípio da impessoalidade significa que a Administração Pública, em toda a sua atividade, está atrelada aos mandamentos legais, deles não se podendo afastar. A Administração Pública só pode fazer o que a lei permite. ( ) CERTO ( ) ERRADO Pelo princípio da legalidade, é exigida a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública direta e indireta, ressalvadas as hipóteses legais de sigilo. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FUNDATEC 2018 SUEPERIOR - ADAPTADA) De acordo com o que preceitua o art. 37, caput da Constituição Federal de 1988, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá a princípios. A partir dos princípios enumerados no artigo supramencionado, é correto afirmar que: Ainda que sua existência autônoma seja questionada por alguns autores, pode-se entender que, pelo princípio da eficiência, a Administração Pública deve atender não só à lei, mas à própria moral comum, aos bons costumes, às regras de boa administração, aos princípios de justiça e equidade, à ideia comum de honestidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO Tanto o modo de atuação do agente público quanto o modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, a fim de alcançar os melhores resultados, são aspectos a serem considerados na definição do princípio da eficiência. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FUNDATEC - ADAPTADA) A Constituição Federal determina que a Administração Pública direta e indireta deva ser submetida aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Analise as seguintes assertivas sobre o princípio da eficiência: A importância assumida pelo princípio da eficiência possibilita a sua sobreposição em relação aos demais princípios da Administração Pública, em especial em relação ao princípio da legalidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO O princípio da eficiência pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, ao qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FUNDATEC - ADAPTADA) O princípio da supremacia do interesse público e o da indisponibilidade do interesse público estabelecem prerrogativas e limites ao Estado, sendo a intenção predominante realizar o interesse da coletividade. ( ) CERTO ( ) ERRADO (FUNDATEC - ADAPTADA) Da mesma forma que a Administração Pública goza de poderes especiais, exorbitantes do direito comum, pode sofrer restrições em sua atuação que não existem para os particulares. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FUNDATEC) Analise a seguinte definição: "é ínsito ao Estado democrático de direito e está intimamente ligado à perspectiva da transparência, dever da Administração Pública, direito da sociedade". A qual princípio da Administração Pública corresponde essa definição? a) Legalidade. b) Impessoalidade. c) Publicidade. d) Moralidade. e) Eficiência.

(La Salle - 2014) - NÃO é princípio da Administração Pública: a) Legalidade. b) Eficiência. c) Moralidade. d) Progressividade de alíquotas. e) Publicidade.

(La Salle - 2017) Em relação ás disposições da Administração Pública, da Constituição Federal, julgue os itens a seguir: Um dos princípios da Administração Pública é a transparência. ( ) certo ( ) errado

(PCRS 2013 - ADAPTADA) Considere as afirmações abaixo sobre os princípios da Administração Pública. Segundo o princípio da Legalidade, o administrador público está autorizado a fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(CESPE/2015/TRE-GO) O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. ( ) CERTO ( ) ERRADO (CESPE/2015/AUDITOR-TCU) O princípio da eficiência, considerado um dos princípios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. ( ) CERTO ( ) ERRADO (CESPE 2014 SUPERIOR) A aplicação do princípio da legalidade não distingue o particular do administrador público. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FCC 2012) Segundo a literalidade do caput do art. 37 da Constituição de 1988, a Administração pública obedecerá, entre outros, ao princípio da a) proporcionalidade. b) razoabilidade. c) igualdade. d) moralidade. e) boa-fé.

(CESPE - 2017) Com relação a serviços públicos, julgue o próximo item. De acordo com o princípio da continuidade do serviço público, não é possível sua suspensão, mesmo nos casos de falta de pagamento. ( ) CERTO ( ) ERRADO (CESPE - 2017) O princípio da continuidade dos serviços públicos afasta a possibilidade de interrupção, ainda que se trate de sistema de remuneração por tarifa no qual o usuário dos referidos serviços esteja inadimplente. ( ) CERTO ( ) ERRADO

(FCC - ANALISTA) Determinada empresa privada, concessionária de serviços públicos, torna-se inadimplente, deixando de prestar o serviço de administração de uma estrada do Estado do Maranhão, descumprindo o contrato firmado e prejudicando os usuários. Neste caso, a retomada do serviço público concedido ainda no prazo de concessão pelo Governo do Estado do Maranhão tem por escopo assegurar o princípio do serviço público da A. cortesia. B. continuidade. C. modicidade. D. impessoalidade. E. atualidade.