AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALADARES PROJETO EDUCATIVO. A Escola como lugar de encontro, de oportunidade e de vida



Documentos relacionados
2013/2014 PLANO DE ATIVIDADES. Conselho Geral AGUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALADARES

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOPHIA DE MELLO BREYNER - Código PLANO DE ESTUDOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOPHIA DE MELLO BREYNER 2013/2014

CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DAS TURMAS E DOS HORÁRIOS

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)?

Presente à reunião proposta do Vereador José Maria Magalhães do seguinte teor:

DEPARTAMENTO DA QUALIDADE

ESCOLA SECUNDÁRIA MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO PLANO DE MELHORIA

Análise dos resultados da informação relativa à aprendizagem dos alunos

ÍNDICE ENQUADRAMENTO CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO... 4

PROJETO PEDAGÓGICO MAIS SUCESSO ANO LETIVO DE 2013/2014

PROJETO EDUCATIVO DE ESCOLA

ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI PRÉ-ESCOLAR

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Agrupamento de Escolas da Moita. Plano de Melhoria. P r o v i s ó r i o P p P r o. Ano letivo

Questionário do Pessoal Docente do Pré-escolar

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO: CONCEBER E APLICAR ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS CONDUCENTES À MELHORIA DOS RESULTADOS.

APPDA-Setúbal. Educação

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL (Capítulo X, artigo 38º, ponto 4, portaria 60/2012 de 29 de Maio)

INED PROJETO EDUCATIVO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO MAIA

Protocolo de Acordo entre o Ministério da Educação e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secundário

Educação Especial. 2. Procedimentos de Referenciação e Avaliação e Elaboração do Programa Educativo Individual

A Constituição de Turmas

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA. Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico

DE QUALIDADE E EXCELÊNCIA

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013

Agrupamento de Escolas de Vagos REGIMENTO DOS PRÉMIOS DOS SERVIÇOS DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO

Ministério da Educação e Ciência

Auto-avaliação do Agrupamento - Principais resultados

PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA

PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOÃO VILLARET

Projeto Educativo Querendo, quero o infinito Fernando Pessoa

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS ATIVIDADES DE PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MAFRA PLANO DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA PIP 2 PREVENÇÃO E COMBATE DA INDISCIPLINA ANO LETIVO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LEVANTE DA MAIA

DEPARTAMENTO DO 1º CICLO ANO LETIVO Critérios de avaliação

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Documento orientador

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE REDONDO PROJETO EDUCATIVO. Indicações para Operacionalização

Escola Secundária da Ramada. Plano Plurianual de Atividades. Pro Qualitate (Pela Qualidade)

PROJETO DO DESPORTO ESCOLAR

Normas para as Matrículas das Crianças da Educação Pré-escolar e dos Alunos dos Ensinos Básico e Secundário

Ministério da Educação e Ciência

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 2015/2016

ANO LETIVO 2015/2016 Matrícula e constituição de turmas Normas orientadoras

Matriz de Responsabilidades. Descentralizar Educação Página 1 de 6 Contrato de Educação e Formação Municipal

ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LETIVO 2012/2013 Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico IM-DE-057.

TIPOLOGIA / INSTALAÇÕES DAS ESCOLAS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS IBN MUCANA

Matriz de Responsabilidades. PAE: Programa Aproximar Educação Página 1 de 6 Contrato de Educação e Formação Municipal

P r o j e t o d e A p o i o E d u c a t i v o

ESCOLA SECUNDÁRIA DA RAMADA. Conselho Geral

Avaliação da Aprendizagem

Relatório de Autoavaliação dos Planos de Ação

REGULAMENTO DE APOIO AOS PROJETOS SOCIOEDUCATIVOS

PES Promoção e Educação para a Saúde

REGULAMENTO DAS VISITAS DE ESTUDO

Plano de ação da biblioteca escolar

SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Ministério da Educação e Ciência. Quarta-feira, 26 de setembro de 2012 Número 187

PLANO PLURIANUAL DE ATIVIDADES

ESTATUTOS DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

LINHAS ORIENTADORAS DO PLANEAMENTO E EXECUÇÃO, PELA DIRETORA, DAS ATIVIDADES NO DOMÍNIO DA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR PARA

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

a) Caracterização do Externato e meio envolvente; b) Concepção de educação e valores a defender;

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N 1 DE MARCO DE CANAVESES (150745) Plano de Ação de Melhoria

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE APOIO À FAMÍLIA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR DE S. JOÃO DA MADEIRA

CAPÍTULO I Disposições gerais

II Edição 2014/ REGULAMENTO -

PROGRAMA ESCOLA + Voluntária

IIDENTIFICAÇÃO SUMARIA DO PROJETO

Departamento de Psicologia e de Educação Especial

MUNICÍPIO DE LAGOA AÇORES REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE PREÂMBULO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO FORMATIVO CURSOS VOCACIONAIS DO ENSINO SECUNDÁRIO

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. ( ) ENED Plano de Acção

PROJECTO MAIS SUCESSO ESCOLAR A MATEMÁTICA

Programa de Formação Líderes Inovadores PLANO DE MUDANÇA E INOVAÇÃO

PLANO DE AÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALPENDORADA 1. INTRODUÇÃO

Regulamento. Núcleo de Voluntariado de Ourique

Programa Educativo Individual

Introdução. a cultura científica e tecnológica.

DESPACHO. ASSUNTO: - Regulamento do Gabinete de Apoio ao Estudante e ao Diplomado- GAED

PROJETO CURRICULAR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FREI JOÃO DE VILA DO CONDE

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL TEIXEIRA GOMES

Critérios de avaliação dos alunos abrangidos pela Educação Especial

Creche Pré-Escolar 1º Ciclo

PLANO DE ATIVIDADES ANO LETIVO 2014/2015

Escola Básica do 1º Ciclo de Vale Figueira EB Miquelina Pombo

Processo de melhoria. Informação escolar. Processo de avaliação. Relatório de execução do plano de melhoria

Programa de Apoio Educativo. Escola Básica Integrada da Praia da Vitória

Regulamento Institucional do Serviço de Apoio Psicopedagógico SAPP

Regimento do Grupo de Educação Musical Agrupamento de Escolas Pedro Eanes Lobato

Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO. Portaria n.º /2010

PLANO DE ACÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO 2014/2017

PLANO ESTRATÉGICO DE MELHORIA 2014 / 2017

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE EIXO Escola Básica Integrada de Eixo. Ano letivo 2012/2013

Plano de acção. Outubro 2011

Critérios de Avaliação

Transcrição:

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALADARES PROJETO EDUCATIVO A Escola como lugar de encontro, de oportunidade e de vida 2013-2017

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 4 2. O AGRUPAMENTO 5 2.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS 5 2.2. O MEIO ENVOLVENTE 9 3. ESTRUTURA ORGÂNICA DO AGRUPAMENTO 9 4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO 9 5. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS 11 5.1. EDUCAR PARA OS VALORES 11 5.2. PROMOVER O SUCESSO EDUCATIVO E COMBATER O ABANDONO ESCOLAR 11 5.3. PROMOVER A LITERACIA 14 6. RECURSOS 15 6.1 SERVIÇOS DE APOIO ESPECIALIZADO 15 6.2 BIBLIOTECA 16 6.3 EQUIPAMENTO INFORMÁTICO 17 6.4 INSTALAÇÃO GIMNODESPORTIVAS 17 7. OFERTA EDUCATIVA PARA A PROMOÇÃO DO SUCESSO 18 7.1 ATIVIDADES DE COMPLEMENTO / ENRIQUECIMENTO CURRICULAR 18 2

7.2 CLUBES E OUTROS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 18 7.3 DESPORTO ESCOLAR 19 8. AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO 19 8.1 MOMENTOS 19 8.2 INSTRUMENTOS 19 8.3 CRITÉRIOS 20 8.4 INTERVENIENTES 20 8.5 METODOLOGIA 20 3

1. INTRODUÇÃO Este Projeto Educativo enquadra-se no princípio de autonomia previsto no Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho. A sua (re)formulação surge na sequência da reflexão do trabalho realizado nos anos anteriores e tem em conta, por um lado, os resultados da análise do conteúdo das atas das reuniões do Conselho Pedagógico e, por outro, os olhares e reflexões dos diferentes elementos da comunidade educativa, recolhidos em vários momentos do quotidiano escolar e, ainda, os dados da análise e discussão da proposta de Projeto Educativo discutida em Conselho Pedagógico. Anunciam-se e declaram-se, neste Projeto, não só a filosofia de ação educativa mas também as intenções pedagógicas e as estratégias que agilizam objetivos e metas a atingir. Pretende-se, através deste documento, dar resposta a algumas questões fundamentais enquanto agrupamento. Neste sentido, aqui se enunciam notas identitárias da constituição do agrupamento e apontamentos pertinentes do diagnóstico realizado, que serão o pano de fundo das finalidades/objetivos suscetíveis de polarizar a ação a desenvolver. PRINCÍPIOS Os princípios que norteiam o Projeto Educativo são subsidiários da conceção de educação focalizada no aprender: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Neste enquadramento, está implícito um conjunto de valores imprescindíveis ao exercício da cidadania: solidariedade, tolerância, respeito, espírito crítico, valores éticos, estéticos e afetivos bem como a valorização e preservação do património natural e histórico-cultural. 4

Este Projeto Educativo pressupõe olhar o Agrupamento como organização comunicacional caracterizada - pelo compromisso da contínua participação da comunidade escolar e educativa na vida e decisões da Escola; - pelo diálogo entre as diversas instituições públicas e privadas e entre todos os agentes educativos que constituem a comunidade escolar; - pelo encontro e partilha de saberes; - pela humanização das relações interpessoais; - pela assunção das diferenças e das especificidades de cada nível de ensino; - pela conceção de uma escola que articule a ação, os processos de comunicação e as lideranças. 2. O AGRUPAMENTO 2.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS O Agrupamento de Escolas de Valadares, criado em 2003/2004, abrange as uniões de freguesias de Gulpilhares e Valadares e parte de Mafamude e Vilar do Paraíso. Tem como sede a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos, de Valadares. Esta escola foi criada no ano letivo de 1973/74, como secção da então Escola Preparatória de Soares dos Reis, situada em Cabo Mor, em Vila Nova de Gaia. No ano de 1975, pela Portaria 791/75, de 31 de Dezembro, publicada no Diário da República n.º 300, passou a funcionar como Escola Preparatória de Valadares, na Rua Professor Amadeu dos Santos. 5

No ano letivo de 1979/80, a escola passou a funcionar na Rua da Boa Nova, em Valadares, e viu a sua designação alterada para Escola EB 2/3 de Valadares. A EB de Valadares, tem uma população de cerca de 950 alunos, distribuídos pelo 2º e 3 ciclos e duas turmas de CEF, lecionados por 79 professores. Nos Serviços de Administração Escolar do Agrupamento, que funcionam nesta escola, trabalham 8 Assistentes Técnicos e 16 Assistentes Operacionais. Integram, também, este Agrupamento o Jardim-de-Infância de Valadares (Agro) e as nove Escolas Básicas que, à exceção de uma, possuem as valências de 1º Ciclo e Jardim-de-Infância. Atualmente todas as escolas básicas funcionam em regime normal, com prolongamento de horário até às 18h30m em atividades de enriquecimento curricular e atividades de apoio à família. União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares EB da Capela A Escola Básica da Capela, tem quatro salas do 1º Ciclo, e uma sala de Jardim-de-Infância. Fazem, ainda, parte deste estabelecimento a cantina, e uma biblioteca. EB de Francelos A Escola Básica de Francelos, com valência de 1º Ciclo e Jardim-de- Infância, que sofreu obras de remodelação, aumentando a sua capacidade para seis turmas. Possui ainda espaço para biblioteca, cantina, polivalente e sala de professores. O Jardim de Infância de Francelos possui duas salas, um refeitório e uma sala polivalente. EB n.º 1 de Campolinho A Escola Básica n.º 1 de Campolinho, com as valências de Jardim de Infância e 1º Ciclo. Tem capacidade para 5 turmas de 1º Ciclo e uma de Jardim 6

de Infância. A escola possui, ainda, uma cantina, um polidesportivo e a Casa do Professor, onde decorrem as atividades de ATL. EB n.º 2 de Campolinho A Escola Básica n.º 2 de Campolinho, com valência de 1º Ciclo e Jardim de Infância é composta por dois edifícios, separados um do outro por cerca de 50 metros. Um de Plano Centenário onde funciona o 1ºCiclo, tem capacidade para quatro turmas. A cantina é exterior a este recinto escolar, tendo os alunos, para almoçar, atravessar uma rua e percorrerem cerca de 50 metros. O Jardim de Infância funciona num edifício de raiz, com capacidade para duas turmas, com refeitório que também serve o 1º Ciclo, um gabinete e uma sala polivalente destinada ao prolongamento de horário. EB de Marinha A Escola Básica da Marinha não tem tipologia definida. Tem apenas a valência de 1º Ciclo e capacidade para duas turmas. As refeições são servidas na própria escola. EB de Vila Chã A Escola Básica de Vila Chã é um edifício do tipo P3, construído de raiz. Tem capacidade para seis turmas de 1º Ciclo e duas de Jardim de Infância. Foi construído na cantina, mais um piso, para permitir o funcionamento de um ATL. O 1º Ciclo distribui-se por quatro salas no edifício central e duas salas modulares. Ao Jardim de Infância está ainda destinada uma pequena sala polivalente. Jardim de Infância de Valadares O Jardim de Infância de Valadares, mais conhecido na localidade por Agro foi fundado em 1988. É uma construção de raiz, coim duas salas de atividades, um refeitório, um gabinete e uma pequena sala polivalente; devido às dimensões das suas salas, tem capacidade para 46 crianças. 7

União de Freguesias de Mafamude e Vilar de Paraíso EB de Cadavão A escola Básica de Cadavão, compreende as valências de Jardim de Infância e 1º Ciclo. Funciona num edifício do tipo P3, recentemente remodelado, que contar agora com quatro salas para o 1º ciclo, duas salas para Jardim, um espaço polivalente e uma cantina. Sendo a escola de tipologia P3, possui áreas próprias para a prática desportiva. EB1 / JI de Junqueira A Escola de 1º ciclo da Junqueira, de tipologia P3 é constituída por 13 salas de aula, um polivalente, uma cantina e gabinete de trabalho destinado à coordenação da escola e sala de professores. Das treze salas de aula, três estão destinadas à valência de Jardim de Infância, oito destinadas ao 1º ciclo, e as restantes destinadas à biblioteca e às Atividades de Animação e Apoio à Família. No recinto escolar, existe algum equipamento para atividades físicas. EB de Lagos A Escola Básica de Lagos é composta por três edifícios de Plano Centenário, uma sala modular e dois pré-fabricados. Tem capacidade para quatro turmas de 1.º ciclo e uma turma de Jardim de Infância. Existem ainda duas Unidades de Crianças com Necessidades Educativas Especiais: uma de Autismo (UEEA) e outra de Multideficiência (UIEM), apoiadas por quatro docentes especializadas. Há, também, dentro do recinto escolar, um outro edifício onde se situam a cantina e a sala dos Professores. Na sala modular e na cantina, são lecionadas as AEC. Num dos pré-fabricados, funciona o ATL e, no outro, o JI. A AAAf decorre na própria sala. Todos os estabelecimentos acima referidos têm Associação de Pais, estando a seu cargo, no caso do primeiro ciclo, a organização das atividades de ATL. 8

2.2. MEIO ENVOLVENTE O Agrupamento situa-se no concelho de Vila Nova de Gaia, um dos mais populosos do país. Está inserido num meio em que as atividades económicas estão mais ligadas aos setores secundário e terciário, destacando-se as indústrias de cerâmica, metalurgia, máquinas e equipamentos e a alimentar. Existem uma Unidade de Saúde Familiar, uma esquadra da PSP, uma corporação de Bombeiros, agências bancárias, agências de seguros e várias associações culturais, sociais, desportivas, recreativas, nomeadamente: Orfeão de Valadares; Clube de Futebol de Valadares; Grupo Folclórico de Valadares; Grupo Desportivo e Recreativo da Fábrica da Cerâmica de Valadares; Bombeiros Voluntários de Valadares; Império de Vila Chã; Grupo Desportivo da Fábrica Groz-Beckert; Academia de Música Vilar de Paraíso; Ranchos Folclóricos de Valadares, Vilar de Paraíso e Gulpilhares; Grupo Desportivo da Ilha; Associações recreativas. Existe, ainda, o auditório municipal Cine-Teatro Brazão. A localidade é servida por caminho-de-ferro, o qual possui ligação ao Metro do Porto, para além de outros serviços de transporte público. 3. ESTRUTURA ORGÂNICA DO AGRUPAMENTO Ver Anexo. 4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO Com base nas reflexões efetuadas pelos departamentos curriculares sobre o trabalho realizado ao longo dos últimos anos e, ainda, com base nos inquéritos feitos à comunidade educativa, foram diagnosticadas as seguintes situações problemáticas: Atitudes e Valores Incumprimento das regras estabelecidas; Agressividade física e verbal; Falta de respeito pelos outros; Ausência de um projeto de vida e de ambições para o futuro; Falta de hábitos regulares de asseio e higiene pessoal; 9

Fraca valorização da escola e das aprendizagens; Falta de perceção dos problemas educativos por parte dos Encarregados de Educação e da sua implicação na resolução dos mesmos. Aprendizagens Falta de motivação, de persistência e de empenhamento nas tarefas escolares; Dificuldades ao nível da compreensão e da expressão oral e escrita; Ausência de hábitos de leitura; Dificuldade em ultrapassar a mediania dos resultados escolares; Imaturidade das crianças que se matriculam no primeiro ciclo, em situação de matrícula voluntária, que condiciona as aprendizagens e os comportamentos, verificando-se um nível de retenções mais elevado no 2º ano; Existência de alunos de diferentes anos de escolaridade na mesma turma, no primeiro ciclo, o que dificulta o desenvolvimento das competências em cada nível; Número excessivo de alunos por turma; Insucesso escolar elevado; Abandono escolar elevado, com tendência para reduzir. Recursos humanos e materiais Número reduzido de auxiliares de ação educativa para a supervisão de tempos letivos e não letivos, espaços recreativos dos alunos e locais de atendimento; Dificuldade na realização de trabalho colaborativo e de reflexão partilhada entre os docentes, devido a fatores de ordem variada (incompatibilidade de horários, falta de espaços físicos ); Falta de espaços de trabalho dignos e funcionais; 10

Resultados Nos últimos anos letivos, no 1º ciclo, o sucesso escolar tem vindo a melhorar, atingindo 96%, em 2011-2012. O mesmo sucedeu nos 2º e 3º ciclos, embora, no ano de 2011-2012, tenha diminuído o sucesso no 6º ano, ano em que houve uma taxa de sucesso de apenas 83,8%. Relativamente ao abandono escolar, o mesmo tinha vindo a diminuir, tendência invertida no ano de 2011-2012, com o aumento do abandono escolar no 6º ano, situando-se a taxa de abandono escolar do Agrupamento em 0,9%. 5. OBJETIVOS / ESTRATÉGIAS Tendo em conta a reflexão e a análise anteriormente explicitadas e desejando que as escolas deste agrupamento sejam vistas, vividas e sentidas como um lugar de oportunidade, um lugar de encontro e um lugar de vida, estabelecem-se como grandes finalidades: a educação para os valores; a promoção do sucesso educativo e o combate ao abandono escolar; a promoção da literacia. 5.1 EDUCAR PARA OS VALORES 5.1.1 EDUCAR PARA O CIVISMO E CIDADANIA Promover a multiculturalidade, a interculturalidade e a inclusão; Fomentar o gosto pela escola e pela valorização do seu papel na comunidade; Promover atitudes cívicas; Construir um ambiente educativo saudável, humanizado, sereno, alegre, seguro e solidário; Educar para a saúde; 11

Integrar de forma transversal ao currículo, nas várias áreas disciplinares, 5.1.2 COMBATER A INDISCIPLINA Divulgar, cumprir e fazer cumprir o Regulamento Interno; Promover uma convivência saudável dentro e fora da sala de aula; Humanizar e requalificar os espaços exteriores e interiores das escolas do Agrupamento; Promover tempos e espaços de escuta/diálogo com os alunos; Envolver e corresponsabilizar os Encarregados de Educação nos comportamentos e atitudes dos seus educandos; Solicitar a intervenção das Associações de Pais junto dos pais e encarregados de educação dos alunos com mau comportamento, desmotivação ou risco de abandono; Colaborar com as Associações de Pais, nomeadamente através da Escola de Pais, na formação dos Encarregados de Educação; Envolver a comunidade escolar na conceção de atividades de prevenção de comportamentos socialmente desajustados. 5.2 PROMOVER O SUCESSO EDUCATIVO E COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR 5.2.1 APERFEIÇOAR PRÁTICAS EDUCATIVAS 5.2.2 Proporcionar aos alunos o desenvolvimento de competências e a aquisição dos conhecimentos que lhes permitam o prosseguimento de estudos e/ou a sua integração na vida ativa; Promover a responsabilidade e a autonomia dos alunos; Fomentar hábitos e atitudes de trabalho autónomo e em grupo; 12

Diminuir a taxa de retenções, até 2017, em cerca de: 1.5%, para o 1.º ciclo, 4.5% para o 2.º ciclo, 9.5% para o 3.º ciclo; Até 2017, recuperar valores já atingidos no Agrupamento, de forma a aproximar a taxa de sucesso na avaliação externa, em Português e Matemática, aos valores das metas nacionais; Até 2017, melhorar em 2% os resultados escolares dos alunos, tendo em conta o contexto socioeconómico de onde provêm e o ponto de partida em que se encontram; Até 2017, insistir na redução da taxa de abandono escolar para 0,5%; Reforçar a articulação curricular vertical e horizontal e promover a articulação com a Escola Secundária de Valadares; Privilegiar a continuidade pedagógica; Reforçar a intervenção da Educação Especial, após (re)avaliação das situações; Potenciar os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) como contributo da melhoria dos processos educativo dos alunos; Promover o ensino individualizado, o apoio educativo e/ou apoio pedagógico, sempre que a situação o exija; Proporcionar/promover ações de formação para docentes e não docentes; Envolver e implicar os Encarregados de Educação e Associação de Pais no processo educativo dos alunos; Diversificar a oferta educativa. 5.2.2 APERFEIÇOAR OS DISPOSITIVOS DE GESTÃO DO AGRUPAMENTO Construir um Plano Anual de Atividades assente num trabalho cooperativo; Elaborar os Planos de Trabalho de Turma, tendo em conta os princípios, finalidades e estratégias do Projeto Educativo; 13

Melhorar a comunicação interna e externa do Agrupamento (pág. Web, plataforma Moodle, ). 5.2.3 MELHORAR OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS À AVALIAÇÃO Definir os critérios de avaliação por ano e ciclo, após proposta dos Departamentos Curriculares e do Conselho de Diretores de Turma; Avaliar as aprendizagens tendo em conta as diferentes modalidades de avaliação (diagnóstica, formativa e sumativa), bem como a autoavaliação dos alunos; Privilegiar a dimensão formativa da avaliação; Explicar os Critérios de Avaliação aos alunos e divulgá-los junto dos Encarregados de Educação; Expressar, de forma descritiva, a informação resultante da avaliação realizada no 1º ciclo, incluindo a das Atividades de Enriquecimento Curricular; Promover uma reflexão conjunta e articulada entre os diferentes ciclos, sobre as finalidades, o objeto e os princípios do regime de avaliação das aprendizagens e competências da Educação Pré-escolar e do Ensino Básico. 5.3 PROMOVER A LITERACIA Desenvolver competências literacias: compreensão interpretação e expressão nas diferentes disciplinas; Criar hábitos de leitura; Desenvolver as competências necessárias à aprendizagem das línguas estrangeiras; Promover o desenvolvimento do raciocínio lógico conducente à abstração e interpretação e resolução de situações problemáticas; 14

Promover a literacia digital; Estimular o envolvimento dos Encarregados de Educação na promoção da leitura e nas atividades propostas pela escola. 6. RECURSOS 6.1. SERVIÇOS DE APOIO ESPECIALIZADO 6.1.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL Este núcleo, constituído por docentes com especialização na área da Educação Especial, procura responder a um conjunto de solicitações que visam o sucesso escolar, através de atividades curriculares específicas promotoras de desenvolvimento, aprendizagem e inclusão dos alunos do Agrupamento, de todos os níveis de ensino bem como nas Unidades de Multideficiência e de Autismo. Inclui docentes para a Intervenção Precoce que exercem funções em creches e jardins-de-infância particulares, I.P.S.S., amas ou domicílios, no concelho de Vila Nova de Gaia. Por decisão da Direção Regional de Educação do Norte, o Agrupamento de Escolas de Valadares é o agrupamento de referência da Intervenção Precoce para o Concelho de Vila Nova de Gaia, estando, no entanto as docentes integradas nas ELI s Equipas de Intervenção Local, de V.N. de Gaia e de Espinho. Os docentes intervêm na análise e avaliação de dificuldades surgidas no âmbito da integração e socialização na comunidade escolar, estabelecem parcerias com instituições concelhias de integração, reabilitação de crianças e jovens e colaboram na transição para a vida ativa, após a conclusão da escolaridade obrigatória. Tem parcerias com CERCI, Centro de Integração da Granja, a APPDA, o Centro de Saúde e a Unidade de Saúde Familiar de V.N. de Gaia. 15

6.1.2 SERVIÇOS DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO Os Serviços de Psicologia e Orientação integram apenas uma Psicóloga a tempo parcial. Caraterizam-se pelas suas vertentes sócio-educativa e psicopedagógica, procurando dar resposta aos alunos que frequentam a Escola, respetivas famílias e outros agentes educativos que prestam serviço a estas crianças. Tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos, bem como para a construção da sua identidade pessoal. Este objetivo toma a sua forma através das seguintes estratégias: avaliação e apoio psicológico e psicopedagógico aos alunos; estudo e implementação das medidas educativas e ou estratégias de aprendizagem adequadas; encaminhamento dos alunos para serviços especializados da comunidade, suscetíveis de contribuir para o bem-estar biopsicossocial, sucesso escolar e igualdade de oportunidades dos alunos; análise e intervenção nas necessidades e dinâmica familiares, de acordo com as competências e recursos disponíveis; redução do risco (agressividade, absentismo e abandono escolar e comportamentos desviantes); desenvolvimento de ações de orientação vocacional; aconselhamento social a alunos e famílias; colaboração com outros serviços, departamentos, docentes e não docentes para a implementação de ações de informação e formação escolar, profissional e pessoal. 6.2 BIBLIOTECA A Biblioteca da E.B. 2/3 de Valadares é um espaço fundamental não só de aprendizagem como de complemento das atividades curriculares e não curriculares. 16

A Biblioteca dispõe de bibliografia destinada a professores, alunos e assistentes operacionais, funcionando, também, como lugar de dinamização de atividades ligadas à comunicação/expressão. Dispõe, ainda, de jogos didácticos e equipamento diverso informático de vídeo e imagem. Assume, igualmente, a gestão dos recursos do Plano Nacional de Leitura. Na maioria das EB1, não há espaços próprios para funcionamento da biblioteca. 6.3 EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS A EB 2/3 de Valadares possui um total de 151 computadores, dos quais 11 portáteis, distribuídos por diferentes espaços e destinados a apoiar professores, alunos e serviços de administração escolar. Tanto os Serviços de Administração Escolar como outros serviços estão informatizados com uma aplicação que, utilizando um cartão magnético, efetua a gestão dos diferentes setores. Alguns dos computadores têm cobertura total de Internet, através de linha ADSL e utilização de uma rede wireless. Nas EB1 e JI, todas as salas possuem um computador. O Município de Gaia dotou todas as EB1 com quadros interativos. Refira-se que todas as escolas têm, pelo menos, um computador com ligação à internet. Nas escolas apetrechadas com quadros interativos, todas as salas têm cobertura de internet. Quanto aos Jardins de Infância, verifica-se, ainda, uma falta de cobertura a este nível no de Cadavão. 6.4 INSTALAÇÕES GIMNODESPORTIVAS O pavilhão gimnodesportivo da escola EB 2/3 de Valadares é composto por: 17

três ginásios; uma sala para aulas teóricas; balneários de alunos e professores; um gabinete de professores; lavabos; arrecadações. O balneário 24 horas da Escola EB 2/3 de Valadares está a ser usado como arrecadação. No entanto, parte do espaço é usada para atividades dos alunos com Necessidades Educativas Especiais e com o Curso de Educação e Formação de Instalação e Manutenção de Sistemas Informáticos. Neste pavilhão faz-se, ainda, a recuperação e manutenção de materiais vários. As Escolas Básicas e JI não têm este tipo de instalações, à exceção da EB de Cadavão que conta com um gimnodesportivo no seu recinto escolar. As restantes escolas destes níveis de ensino recorrem a espaços polivalentes de diferentes dimensões e alguns deles sem o mínimo de condições para a prática desportiva, particularmente em dias de chuva. 7. OFERTA EDUCATIVA PARA A PROMOÇÃO DO SUCESSO 7.1 ATIVIDADES DE COMPLEMENTO/ ENRIQUECIMENTO CURRICULAR. Nas EB1, foram implementadas, de acordo com a Escola a Tempo Inteiro, as atividades de enriquecimento curricular, promovidas pela Câmara Municipal de Gaia. A oferta de atividades engloba Atividade Física e Desportiva, Inglês, Música, Educação Rodoviária, Artes. Estas atividades são geridas de acordo com o ano de escolaridade e os tempos disponíveis ou, por vezes, com a facilidade de recrutamento dos docentes. 7.2 CLUBES E OUTROS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS Os espaços pedagógicos abaixo anunciados, existentes na E.B. 2/3 de Valadares, são estratégias de ação educativa assentes em pedagogias activas. Têm como objetivo promover experiências significativas, promover o 18

intercâmbio de saberes, motivar os alunos para aprendizagem, contribuindo para a melhoria dos resultados escolares e combater o abandono escolar. Museu de Ciências Sala de Informática Oficina da Leitura e da Escrita Clube de Francês Todos os projetos em desenvolvimento no Agrupamento são coordenados por uma docente da EB 2/3 de Valadares, à qual são enviados pelos diferentes estabelecimentos de ensino, no sentido da sua divulgação e posterior avaliação. 7.3 DESPORTO ESCOLAR. Nesta área educativa, funcionam as seguintes modalidades: Atividades Rítmicas Expressivas Badminton Atividade Interna 8. AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no sentido de corrigir a coerência (relação entre o projeto e o problema), a eficácia (gestão e administração dos recursos e meios) e eficiência (relação entre a ação e os resultados). 8.1 MOMENTOS O Projeto estará em vigor durante quatro anos, com previsão de uma avaliação intermédia no final de cada ano letivo. 8.2 INSTRUMENTOS Relatório / Reflexão crítica de cada Departamento Curricular 19

Inquéritos aos alunos, Encarregados de Educação e Auxiliares da Ação Educativa 8.3 CRITÉRIOS Avaliação final interna e externa Sucesso dos Planos Educativos e dos projetos desenvolvidos Avaliação dos projetos e atividades desenvolvidas Análise dos êxitos e obstáculos encontrados Dados de inquéritos e questionários dirigidos aos diversos intervenientes 8.4 INTERVENIENTES Diretor Comissão de acompanhamento do Projeto: Representante do Conselho Geral Representantes das Associações de Pais Representante dos Assistentes Operacionais Coordenador de Projetos Inquiridos (professores, alunos, assistentes operacionais, assistentes técnicos, encarregados de educação e restante comunidade educativa) 8.5 METODOLOGIA Lançamento de inquéritos para recolha de críticas e sugestões para o futuro Elaboração de relatórios no final de cada atividade Apresentação de um relatório crítico final a apresentar ao Conselho Pedagógico pela comissão de acompanhamento do Projeto Divulgação dos resultados de avaliação a toda a comunidade educativa Reformulação do Projeto Educativo do Agrupamento. 20

ANEXOS AGRUPAMENTO 1. Órgãos de direção, administração e gestão Conselho Geral Diretor Conselho Pedagógico Conselho Administrativo 2. Estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica Departamento Curricular do Pré- Escolar Educador de Infância Departamento Curricular do 1º Ciclo Professor Titular de Turma Departamentos Curriculares dos 2º e 3º ciclos Subdepartamentos Conselho de Turma Conselho de Diretores de Turma 3. Outros Associações de Pais e Encarregados de Educação Autarquias 21

4. Recursos Serviços técnico-pedagógicos Biblioteca Serviços de Psicologia e Orientação Educação Especial Animadoras Assistentes técnicas Ação Social Escolar 5. Oferta educativa para promoção do sucesso Pré-escolar AAAF Atividades de Animação e Apoio à Família Atividades Educativas Coadjuvadas 1º ciclo AEC Atividades de Enriquecimento Curricular - CAF Componente de Apoio à família Biblioteca CEF Cursos de Educação e Formação Apoio Educativo Projetos 2º e 3º ciclos Clubes Museu de Ciências Sala Professor Carlos Alberto Gabinete do Aluno Tutorias Desporto Escolar 22

CRITÉRIOS PARA A CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS Educação Pré-Escolar A constituição de grupos na Educação Pré-escolar deverá resultar de um trabalho conjunto das Educadoras, de cada um dos Jardins de Infância, e do Diretor, de acordo com os critérios propostos pelo Departamento da Educação Pré-Escolar e aprovados pelo Conselho Pedagógico. Os grupos são constituídos por um mínimo de 20 e um máximo de 25 crianças, não podendo ultrapassar esse limite, embora, quando se trate de grupo homogéneo de crianças de 3 anos de idade, não possa ser superior a 15 o número de crianças confiadas a cada educador. Também no caso do grupo incluir crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente, o número não deverá ser superior a 20. Sempre que possível, em Jardins com mais do que uma sala, organizar grupos multi-idades, ou seja, grupos de crianças de três e quatro anos e/ou grupos de quatro e cinco anos, sendo que os mais velhos de quatro anos deverão agrupar, preferencialmente, com os cinco anos e os mais novos de quatro anos agrupam com os de três anos. Procurar garantir, sempre que possível, um equilíbrio de género nos grupos. Procurar assegurar a continuidade da criança com a mesma Educadora, sempre que for possível e sempre que esta for a decisão mais favorável à criança. A decisão contrária deverá ser fundamentada. 23

CRITÉRIOS PARA A CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS 1º ciclo As turmas do 1º ciclo do Ensino Básico são constituídas por 26 alunos, não podendo ultrapassar esse limite. Excecionalmente, poderão ser constituídas por 18 alunos, nas escolas de lugar único que incluam alunos de mais de dois anos de escolaridade; por 22 alunos se incluírem alunos de mais de dois anos de escolaridade em escolas de mais de um lugar; e por 20 alunos se incluírem alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, e cujo programa educativo individual assim o determine, não podendo incluir mais de 2 alunos nestas condições. Na constituição das turmas devem prevalecer critérios de natureza pedagógica definidos no projeto educativo da escola e deve ser respeitada a heterogeneidade do público escolar, podendo o diretor, no entanto, perante situações pertinentes, e após ouvir o conselho pedagógico, atender a outros critérios que sejam determinantes para o sucesso escolar. No 1º ciclo, os critérios aprovados em Conselho Pedagógico são os seguintes: Sempre que possível, assegurar a continuidade dos alunos da turma; Ao formar mais de uma turma, apenas com alunos do primeiro ano num estabelecimento de ensino, ter em atenção: - os grupos já formados nos jardins de infância e distribuí-los, ouvindo a opinião fundamentada da Educadora de Infância; - repartir, equitativamente, os alunos pelo género, assim como as crianças de matrícula voluntária ou antecipada; No caso de haver necessidade de se juntar alunos do 1º ano a outro nível de escolaridade: - deve elaborar-se uma lista dos alunos ordenada pela data de nascimento (do mais velho ao mais novo); - após a formação da(s) turma(s) completa(s) do 1º ano, integrarão a turma de dois níveis, os alunos que se seguem na lista ordenada. 24

- Pontualmente, serão analisadas situações de exceção pelo Diretor. No primeiro ano, no caso do aluno ter ultrapassado o limite de faltas injustificadas, poderá, no ano letivo seguinte, ser integrado numa turma do primeiro ano. Sempre que possível, ter em consideração as características dos alunos com NEE e as turmas onde vão ser integrados. No caso de retenção de um aluno, se, em termos pedagógicos, ele beneficiar, o professor titular de turma poderá propor, fundamentando, a integração do mesmo numa nova turma referente ao ano da sua retenção. O professor da nova turma, se possível, deverá dar o seu parecer e o Encarregado de Educação deverá ser informado. As turmas têm que ser afixadas até 31 de Julho, com a indicação do seu horário de funcionamento. Tendo em conta a especificidade de cada escola, relativamente aos recursos humanos, materiais e, ainda, às necessidades das crianças e respetivas famílias, a organização das turmas deverá ser elaborada mediante proposta fundamentada de cada Coordenação dos Estabelecimentos de Ensino do 1º ciclo do Ensino Básico e submetida à aprovação do Diretor. 25

CRITÉRIOS PARA A CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS 2º e 3º ciclos Os critérios aprovados para a constituição das turmas são os seguintes: Procurar manter a turma base anterior. - O Conselho de Turma/Professor Titular de turma poderá decidir que os alunos da turma sejam separados. Neste caso, deverá fundamentar a sua decisão e indicar de que maneira se fará essa separação, dando conhecimento aos Encarregados de Educação; Atender, dentro do possível, às decisões/recomendações exaradas em ata pelos Conselhos de Turma; Atender, dentro do possível, aos pedidos dos Encarregados de Educação, apresentados por escrito, devidamente fundamentados e em tempo útil, se não colidirem com as decisões dos Conselhos de Turma; Distribuir os repetentes pelas várias turmas, tendo em consideração o perfil dos alunos e o das turmas que vão integrar; Na formação de turmas do 7º ano, dar prioridade aos alunos com menor nível etário, com bom comportamento e com bom aproveitamento; Procurar uma distribuição equitativa entre as turmas com melhor e pior nível de comportamento e aproveitamento pelos dois turnos. Fazer turmas com o menor número de alunos legalmente possível. 26

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS HORÁRIOS Educação Pré-escolar Os horários de funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar devem ser adequados ao desenvolvimento das atividades pedagógicas, com uma distribuição em dois períodos, manhã e tarde, com intervalo para almoço, e são definidos anualmente pelas educadoras conjuntamente com o Diretor, depois de ouvidos os pais e encarregados de educação. Os horários são afixados e compreendem uma componente educativa (25h) e a componente de apoio à família (de acordo com as necessidades das famílias e das crianças e tendo em conta os recursos disponíveis). Os jardins de infância funcionam sempre em regime normal, com um período de manhã e outro de tarde, não podendo nenhum dos períodos da componente educativa ser inferior a duas horas. 27

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS HORÁRIOS 1. o ciclo Tendo em conta a especificidade de cada escola, relativamente aos recursos humanos, materiais e, ainda, às necessidades das crianças e respetivas famílias, a distribuição dos horários dos alunos deve ser elaborada mediante proposta fundamentada de cada Coordenação dos Estabelecimentos de Ensino no 1º ciclo do Ensino Básico, a qual será, posteriormente, submetida à aprovação do Diretor do Agrupamento. O Conselho Pedagógico do Agrupamento aprovou os seguintes critérios gerais a que deve obedecer a atribuição dos horários: sempre que possível, as EB1 organizam as suas atividades em regime normal; - Excecionalmente, sempre que as instalações não permitam o funcionamento em regime normal, as atividades deverão ser organizadas em regime duplo, com um turno de manhã e outro de tarde; deverá ser atribuído às crianças com necessidades educativas especiais o turno mais conveniente, de acordo com as suas necessidades; sempre que possível, deverá haver continuidade do horário das turmas já existentes; sempre que possível, deverá salvaguardar-se a continuidade pedagógica. 28

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS HORÁRIOS 2. o e 3. o ciclos Para além dos previstos na legislação, são critérios para a elaboração dos horários: 1. Procurar que a Escola funcione em regime normal. 2. Evitar que a turma, ao último tempo de cada turno, tenha sempre a mesma disciplina, principalmente se for disciplina teórica; 3. Procurar fazer os horários de forma a que os Alunos saiam o mais cedo possível; 4. Diminuir, o mais possível, o tempo de permanência dos Alunos na Escola; 5. Sempre que possível, não haver as mesmas disciplinas em dias seguidos ou em dias muito separados na semana; 6. Procurar distribuir as disciplinas teóricas ao longo do dia alternando com as disciplinas práticas e evitando os mesmos tempos nas mesmas disciplinas; 6.1. Colocar a aula de 45 minutos de Educação Física na segunda parte do bloco. 7. Aos Alunos do currículo específico individual, ao abrigo do Decreto-Lei nº 3/2008, e do ensino articulado seja atribuído um diretor de turma de uma das disciplinas que frequenta. 8. Incluir os apoios educativos nos horários dos professores e alunos. 9. Nas turmas de 7º e 8º anos, evitar, dentro do possível, que tenham Educação Visual e Expressões Visuais no mesmo dia; 10. No 2º ciclo, as aulas de Ciências da Natureza devem ser dadas nas salas específicas no bloco de 90 minutos. 11. No 3º ciclo, a disciplina de Ciências Naturais desdobra com Físico-Química 90 minutos; 11.1. Assegurar que as aulas conjuntas (45 minutos) de Ciências Naturais do 9º ano e Ciências Físico-Químicas de 7º ano não sejam lecionadas no meio do desdobramento. 11.2. Assegurar que as aulas correspondentes aos desdobramentos de Ciências Naturais e de Físico-Química ocorram nos respetivos laboratórios; 29

12. Assegurar que a turma se mantenha na mesma sala; se tal não for possível para todas as turmas, dar prioridade às de quinto ano e às que têm alunos com necessidades educativas especiais. 13. Assegurar que as turmas mais pequenas fiquem nas salas mais pequenas; 14. Assegurar que as salas específicas sejam ocupadas com aulas das respetivas disciplinas; 15. Sempre que possível, as aulas de EMR sejam lecionadas na sala 45; 16. Assegurar que os alunos com problemas de mobilidade tenham as aulas possíveis nas salas do rés-do-chão. 17. Manter na mesma sala as aulas de Educação Visual e Expressões Visuais. 30