ROTEIRO DE ESTUDOS PARA RECUPERAÇÃO FINAL Disciplina: Professor (a): Redação Stela Garcia Conteúdo: 1. Gênero textual Artigo de Opinião 2. Gênero textual Editorial 3 Gênero textual Cartas: Aberta; Do leitor; Referência para estudo: Apostila Bernoulli volume 1 Capítulo 2. Apostila Bernoulli volume 2 e 3. Atividade avaliativa: Produção de uma carta do leitor. PROPOSTA DE REDAÇÃO Num tempo em que todos estão conectados, há quem diga que o hábito de estar sempre on-line expõe adolescentes ao excesso de estímulos, o que pode interferir no desenvolvimento mental e social deles. Os textos abaixo trazem ideias e informações sobre o assunto e servirão de base para a produção textual que você fará em seguida. Leia-os com atenção. Tecnoestresse NETTE SCHWARTSMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Pesquisar no Google, mandar uma mensagem pelo celular, atualizar o Twitter e postar fotos são atividades que crianças e adolescentes são capazes de executar praticamente ao mesmo tempo. Até aí, nada de surpreendente, afinal estamos falando dos que pertencem à "geração digital", para quem o e-mail já é uma antiguidade. Mas nem mesmo esses passam incólumes por tanta conectividade e tanta informação. O impacto dessa avalanche se reflete não apenas em aumento de riscos para a segurança dos jovens, como também pode afetar seu desenvolvimento social e psicológico. Segundo o neurologista pediátrico Eduardo Jorge, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisas já associam overdose de tecnologia com problemas neurológicos e psiquiátricos. "Estão aumentando os casos de doenças relacionadas ao isolamento. A depressão é a que mais cresce. "O neurologista também diz que há uma incidência maior do transtorno de déficit de atenção entre adolescentes que são aficionados por computador. Outro risco é a enxaqueca. "Essas novas telas de LED são um espetáculo, mas têm um brilho e uma luminosidade que fazem com que aumentem tanto o número de crises de enxaqueca como a intensidade delas", alerta.
IMPACTO SOCIAL Para o pediatra americano Michael Rich, professor da Universidade Harvard, o impacto das mídias digitais tem efeitos de ordem física e social. "Do ponto de vista da saúde, o principal risco é o da obesidade; do social, o fato é que, quanto mais conectados, mais isolados os jovens ficam no sentido das relações pessoais. É comum ver casais de mãos dadas e falando ao celular com outras pessoas." Opinião parecida tem o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. Segundo ele, a tecnologia invadiu tanto o cotidiano que as pessoas se perdem no seu uso. "É mais preocupante em crianças e adolescentes porque nessa faixa etária o cérebro ainda não atingiu sua maturidade, não exerce plenamente a função de controle de impulsos", diz. Mas é claro que nem tudo são pedras no mundo virtual, como explica Eduardo Jorge. "Pesquisas também mostram que crianças usuárias de tecnologias da informação são mais ágeis, mais inventivas e têm maior capacidade de raciocínio em alguns testes de QI." Rich considera ainda que os pais são os principais responsáveis por esse quadro. Segundo ele, por falta de intimidade com as novas mídias, muitos adultos deixam de preparar as crianças para o mundo virtual. "Muitas vezes, eles apenas dão o laptop e pensam que, desde que os filhos estejam no quarto, não vão se meter em confusão, o que é um erro", afirma. "Os adultos precisam se tornar aprendizes dos jovens na parte técnica para que possam ser seus professores na parte humana." Disponível em: www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/42868-tecnoestresse.shtml. Acesso em: 17 dez.2016. Adaptado. Uma semana sem conexão 'Não foi fácil, fiquei curioso para saber se tinha coisa nova no Facebook' COLABORAÇÃO PARA A FOLHA "Você prefere que eu vá mandando o diário por e-mail todo dia?" Esse diálogo marcou o início da conversa, pelo Facebook, entre nossa reportagem e o estudante Francisco M., de 14 anos, que concordou em ficar uma semana sem usar computador, celular e videogame. A TV não entrou no pacote porque o sacrifício seria grande demais. Francisco é aluno do 9º ano e pediu autorização aos pais para participar da experiência. Ficou acertado que o "jejum" começaria numa segunda-feira. Até lá ele teria de adiantar as lições que precisassem da internet e do computador. "Ele gosta de jogos on-line, tipo truco e jogos de guerra, de ficar falando pelo Skype e de videogame. Mas não tem aquela fissura de celular, de ficar mandando mensagens, tirando fotos, usa mais para ouvir música ou para falar comigo", diz a mãe, Cecília. Francisco usa a internet por mais ou menos uma hora e meia por dia. Outro hábito é o videogame, que costuma entretê-lo por 30 minutos diários. Após o teste, Chico recebeu a repórter em sua casa com anotações sobre o que fez nas horas vagas. "Não foi muito fácil. A curiosidade de saber se tinha alguma coisa nova no Facebook era grande. Ficar sem jogar videogame também foi um pouco ruim. Mas, tirando isso, foi tranquilo. No tempo livre, procurei jogar mais bola aqui no prédio com meus amigos, ver mais TV e estudar mais. No final das contas, foi legal."
Quanto tempo aguentaria sem usar nenhuma dessas mídias? "Acho que uns 15 dias no máximo", calcula. E seus pais, o que acharam? "Minha mãe só ficou um pouco preocupada por causa do celular, porque eu sempre ligo para perguntar se posso fazer alguma coisa. Mas ela achou bom, pensou que eu ia usar o tempo para estudar mais. Até que estudei um pouco mais." Na opinião da mãe, a semana foi positiva: "Ele aproveitou para ler o livro que a escola pediu, coisa da qual não gosta, mas parece que se interessou mais", conta. "Além disso, jogou mais futebol, frequentou a academia do prédio, andou de skate", enumera. Disponível em:www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/42870-nao-foi-facil-fiquei-curioso-para-saberse-tinha-coisa-nova-nofacebook.shtm. Acesso em: 17 jan. 2016. Adaptado. ORIENTAÇÕES PARA PRODUÇÃO Seu trabalho agora será escrever uma carta do leitor para o jornal que publicou a reportagem, comentando (concordando ou discordando) a ideia de que o uso continuado das novas tecnologias da comunicação pode provocar estresse em crianças e jovens. Instruções complementares 1.Sua carta poderá ser destinada: ao editor do jornal Folha de S. Paulo; à autora desta reportagem; a um dos especialistas ouvidos pela reportagem; ou ao jovem Francisco, citado no texto 2. 2.Lembre-se de que as cartas de leitores se caracterizam por: estrutura bem definida; adequação da linguagem ao destinatário. 3. Em sua carta, você poderá concordar/ elogiar ou discordar/ criticar. Em qualquer dos casos, você certamente emitirá alguma opinião. 4.Não deixe de apresentar argumentos (pelo menos dois) que a justifiquem. 5. Seu texto terá no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.