SUMÁRIO Apresentação Introdução Soluções para resolv esolver er a violência e a criminalidade Popularidade de possíveis soluções Políticas sociais x políticas de segurança Redução da maioridade penal Legislação penal Conclusão pág.2 pág.3 pág.4 pág.9 pág.13 pág.17 pág.22 pág.28 Fecomércio-RJ - 1
APRESENT PRESENTAÇÃO A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro apresenta neste documento uma Pesquisa sobre a Segurança Pública no Brasil. O levantamento foi realizado com mil entrevistados, entre os dias 21 e 28 de fevereiro de 2007, em nove Regiões Metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém) e 70 cidades. O objetivo foi conhecer a opinião dos brasileiros quanto às políticas de Segurança Pública e, assim, fomentar o debate sobre as causas e os efeitos da criminalidade e da violência no país. Os entrevistados foram questionados sobre assuntos que estão em pauta, tais como: redução da maioridade penal, a legislação penal brasileira, a responsabilidade social, entre outros. Fecomércio-RJ - 2
INTR NTRODUÇÃO Essa pesquisa tem por objetivo apresentar um perfil do pensamento da população brasileira quanto à questão da segurança pública. Apesar de saber que para uma questão tão polêmica e delicada não há um único diagnóstico, o levantamento buscou extrair a visão dos brasileiros sobre o tema. As pesquisas existentes sobre o assunto, até o momento, são focadas apenas nas estatísticas sobre a criminalidade, o que permite quantificar os casos de violência e mapear as ações, vislumbrando possíveis soluções. Com esse levantamento, a Fecomércio-RJ pretende contribuir para um maior conhecimento das demandas da população, identificando se o brasileiro carece de uma melhor política social ou de uma política de segurança pública mais rigorosa. Fecomércio-RJ - 3
SOLUÇÕES PARA RESOLVER A VIOLÊNCIA E A CRIMINALIDADE Fecomércio-RJ - 4
A pesquisa questionou aos entrevistados qual seria a melhor solução para resolver o problema da violência e da criminalidade no Brasil. Entre as quatorze opções de respostas, todas foram mencionadas por pelo menos 1% dos respondentes e àquela com o maior volume de escolhas agregou 26% dos entrevistados. Apesar da diversidade de respostas, foi possível traçar um perfil do que a população considera prioritário nas ações de combate à criminalidade e à violência. Em 1º lugar, a população escolheu que os governos deveriam aumentar o policiamento nas ruas. Em 2º lugar, ficou a geração de emprego e, em 3º lugar, a preocupação com a aprovação de leis mais duras e penas mais longas. Fecomércio-RJ - 5
Quanto à abertura da pesquisa por gênero, é possível perceber que em ambos os casos a prioridade é a colocação de um número maior de policiais nas ruas, seguida de geração de empregos. Já quanto à escolha da prioridade número três, os sexos feminino e masculino divergem. As mulheres acreditam que o mais importante é o trabalho de inteligência, unindo polícias federal e estaduais e, os homens esperam o endurecimento das leis e o prolongamento das penas. Fecomércio-RJ - 6
Na abertura por faixa etária, o policiamento efetivo nas ruas também aparece em primeiro lugar no ranking, seguido pela criação de novas vagas de trabalho. Mas, há uma nítida modificação de postura no que diz respeito à terceira opção dos entrevistados. Para os que têm entre 16 a 24 anos, há uma defesa do combate mais direto ao tráfico de drogas, o que para eles seria uma ação mais eficaz. Já para os mais velhos, acima dos 45 anos, um bom caminho seria o incentivo ou ampliação dos programas de primeiro emprego para jovens. Fecomércio-RJ - 7
Por região do país, não há diferença quanto à solução primordial para a questão da segurança. Em todas as regiões, a maioria dos respondentes defendeu um maior policiamento nas ruas. A partir desse patamar, a ordem de prioridades toma rumos diferentes. No Nordeste, os entrevistados seguiram o padrão básico de respostas, com geração de empregos e endurecimento das leis criminais, em segundo e terceiro lugares, respectivamente. No Sudeste, a terceira colocação é ocupada pelo combate mais direto ao tráfico de drogas. Já no Sul, a segunda opção dos entrevistados é a união das polícias federal e estaduais no combate ao crime, seguida pela melhoria das condições de trabalho e de salários dos policiais. No ranking das regiões Norte e Centro-Oeste, a população escolheu em segundo lugar uma maior rigidez das leis e em terceiro, a geração de empregos. Fecomércio-RJ - 8
POPULARID OPULARIDADE ADE DE POSSÍVEIS SOLUÇÕES Fecomércio-RJ - 9
Para tentar conhecer melhor a opinião da população, os entrevistados, foram confrontados com uma lista de possíveis soluções que poderiam ser implementadas concomitantemente. A população se mostrou favorável a oito das nove ações sugeridas. A única exceção foi àquela que sinalizava um possível aumento da carga tributária em contrapartida para uma elevação dos gastos no combate ao crime. Fecomércio-RJ - 10
As aberturas por gênero e faixa etária não apresentam nenhuma oscilação sensível na comparação com o quadro consolidado. Fecomércio-RJ - 11
Quanto à abertura por região, há algumas características que se destacam, como por exemplo, no Nordeste, onde a população seria contra a pena de morte, mesmo como punição aos autores de crimes mais graves. Já o Sul é a região que mais aceitaria um aumento de impostos mesmo que fossem elevados os gastos no combate ao crime e à violência. Fecomércio-RJ - 12
POLÍTIC OLÍTICAS AS SOCIAIS X POLÍTICAS AS DE SEGURANÇA Fecomércio-RJ - 13
Para tentar identificar a causa e ajudar a analisar as soluções para o problema da violência foi apresentado um confronto direto de idéias, no qual ficou evidente que, por parte dos entrevistados, há uma preferência por políticas sociais em detrimento de ações mais diretamente ligadas as de segurança pública. Fecomércio-RJ - 14
As aberturas por gênero e faixa etária também estão em linha com o resultado consolidado. Fecomércio-RJ - 15
Ao observar a tabela por região, vemos que a Sul é a única que difere das demais apoiando uma política mais rigorosa da segurança pública. Fecomércio-RJ - 16
REDUÇÃO DA MAIORIDADE ADE PENAL Fecomércio-RJ - 17
Sobre a possibilidade da redução da maioridade penal para 16 anos, confrontamos, separadamente, essa alternativa com outras quatro sugestões de políticas que poderiam ser adotadas. A alternativa da diminuição da maioridade penal só recebe a preferência dos entrevistados quando ela é contrastada com a opção de equipar melhor a polícia. Na comparação com as demais soluções (investir em programas sociais, gerar mais empregos e aprovar leis e punições mais severas) os brasileiros preferem, sempre, as segundas opções. Fecomércio-RJ - 18
Quanto à diferença por gênero, os sexos masculino e feminino seguem a linha apresentada pelos dados consolidados. Fecomércio-RJ - 19
Já quanto à faixa etária, há um único destaque: jovens, entre 16 a 24 anos, votaram contra a redução da maioridade penal frente a todas as outras alternativas. Defenderam, até, um melhor aparelhamento da polícia na comparação com a redução da maioridade penal. Fecomércio-RJ - 20
Na abertura por regiões, o Sul se destacou por divergir do resto do Brasil em quase todas as confrontações, exceto na alternativa entre reduzir a idade penal ou equipar melhor a polícia, optando pela primeira solução. Outro destaque é a região Sudeste, que se diferenciou das demais regiões ao considerar mais importante equipar a polícia do que reduzir a idade penal. Fecomércio-RJ - 21
LEGISLAÇÃO PENAL Fecomércio-RJ - 22
A respeito das leis criminais, a população avaliou a qualidade da legislação penal e a necessidade de reforma ou melhor aplicação das leis. Fecomércio-RJ - 23
Na avaliação por gênero tanto os homens quanto as mulheres avaliaram que é preciso reformar a legislação. A mesma avaliação é feita na amostragem por faixa etária. Fecomércio-RJ - 24
Na análise por regiões do país apenas o Norte e o Centro-Oeste acham que não há problema com a legislação, discordando das demais regiões do país. Fecomércio-RJ - 25
O brasileiro concorda com a possibilidade dos estados passarem a ter autonomia sobre as leis de combate à violência e à criminalidade, dado suas peculiaridades. Fecomércio-RJ - 26
O resultado se repete na avaliação por região, com destaque para o Sudeste, que obteve o maior percentual de aceitação de interferência do governo do estado na criação de leis específicas de combate à violência. Fecomércio-RJ - 27
CONCLUSÃO Na análise deste conjunto de informações a população brasileira deixa duas opiniões bem claras: 1ª ) As origens da criminalidade são: o abandono social, a falta de perspectivas e a impunidade. 2ª ) Não seria com policiais mais armados e com uma política de segurança pública ostensiva que a violência iria arrefecer. Aumentar a carga tributária com o objetivo de ampliar os gastos no combate à criminalidade seria uma ação sem respaldo popular. Já, a implantação de programas e atividades extra-curriculares nas escolas, assim como, transformá-las em áreas de lazer; punir o menor como uma pessoa adulta; gerar empregos para grupos de alto risco; colocar o exército nas ruas; unificar as polícias estaduais (Civil e Militar); punir, com morte, os crimes mais graves e criar legislações estaduais específicas, de forma isolada ou em conjunto, teriam o apoio da maioria da população brasileira. Apesar da população considerar o policiamento nas ruas insuficiente, o brasileiro acha que a saída para a questão violência e da criminalidade passa prioritariamente pela geração de emprego, criação de oportunidades e implementação de programas sociais. Em linha com esse raciocínio, os entrevistados preferem também investir em programas sociais nas comunidades voltados para crianças de 7 a 14 anos, gerar mais empregos para jovens e aprovar leis mais duras e penas mais longas à redução da maioridade penal. Só aceitam esta opção, se a contraposição for uma polícia mais armada e mais intolerante. Quanto à legislação penal, os entrevistados dão sinais de que as acham fracas, ineficientes, desatualizadas e incapazes de prevenir e punir, de forma adequada e necessária, por não acompanhar as peculiaridades regionais, tanto que a maioria defende a criação de leis específicas de combate à violência e à criminalidade segundo as características de cada estado. Fecomércio-RJ - 28