DEFINIÇÃO O termo globalização surgiu no início dos anos 80, nas grandes escolas de administração de empresas dos Estados Unidos (Harvard, Columbia, Stanford, etc.), como referência às oportunidades de negócios abertas pelo desenvolvimento da tecnologia, em especial das telecomunicações, e pela desregulamentação e liberalização dos mercados.
DEFINIÇÃO Erroneamente interpretada como sendo um fenômeno exclusivamente social, quando na verdade possui sua origem e motor no âmbito econômico.
DEFINIÇÃO Apresentada como um processo benéfico e necessário, a que todos tinham que adaptar-se inevitavelmente, negligenciando seus aspectos negativos.
IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Década de 60: sonho da Aldeia Global Década de 80: Desenvolvimento tecnológico, em especial da microeletrônica, revolucionou as telecomunicações e o sistema produtivo mundiais
IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Interligação praticamente instantânea entre os mercados de diferentes países. Problemas internos de um país agora afetam a estabilidade econômica de vários outros.
IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO As facilidades de comunicação foram utilizadas como forma de impor maior controle dos países industrializados sobre os demais, seja culturalmente, seja como padrões de consumo.
EMPRESAS TRANSNACIONAIS Multinacionais Nascem dos processos de independência das últimas colônias européias. As primeiras foram Philips e Unilever (holandesas) e Nestlé (suíça). Ganham força como agentes das relações internacionais a partir de meados da década de 70.
EMPRESAS TRANSNACIONAIS Com o desenvolvimento do mercado internacional de capitais (bolsas de valores), as empresas norte-americanas também passam a fazer parte do grupo das multinacionais.
EMPRESAS TRANSNACIONAIS Década de 80: as empresas multinacionais deixam de ser um fenômeno tipicamente americano, refletindo o surgimento de novos centros econômicos e o desenvolvimento dos chamados NICs (países de industrialização recente).
EMPRESAS TRANSNACIONAIS Começa a articular-se uma nova forma de economia internacional, transnacional, que irá obedecer a uma lógica própria de expansão, supostamente sem se preocupar com fronteiras ou interesses nacionais
ASPECTOS FINANCEIROS DA GLOBALIZAÇÃO O capital especulativo não tem nenhuma preocupação com a realidade sócio-econômica dos países para onde se dirigem.
ASPECTOS FINANCEIROS DA GLOBALIZAÇÃO Polarização econômica, com a paulatina exclusão dos países em desenvolvimento do quadro de países-destino dos investimentos internacionais.
ASPECTOS FINANCEIROS DA GLOBALIZAÇÃO Outros países, que não apresentam atrativo algum ao capital financeiro são simplesmente classificados como áreas de pobreza e abandonados à própria sorte.
NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL O chamado Primeiro Mundo ficou com as atividades mais criativas, não poluentes e determinadoras de poder
NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL Países menos industrializados ficaram com as atividades mais prejudiciais ao meio ambiente, menos inovadoras do ponto de vista tecnológico e que não possuíssem características que as transformassem em instrumentos de poder.
NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL Utilização, por parte das maiores corporações, do expediente da terceirização de parte da produção (aquela de menor valor) para ser efetuada nos países menos industrializados e com a venda do produto final para todos os países.
A TRÍADE E A CONCORRÊNCIA OLIGOPOLÍSTICA O cenário econômico internacional passa a ser dominado pela concorrência oligopolística das empresas que fazem parte da chamada Tríade Estados Unidos, Europa (principalmente Alemanha) e Japão.
A TRÍADE E A CONCORRÊNCIA OLIGOPOLÍSTICA A internacionalização passa a ser dominada mais pelo investimento externo direto do que pelo comércio exterior. O objetivo dos oligopólios passa a ser o investimento no território dominado pelo oligopólio concorrente.
NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL A produção em países fora dos grandes centros econômicos ainda se justifica como forma de expansão de mercados consumidores, como são os casos dos países do Sudeste asiático e do Brasil, que já possuem algum desenvolvimento industrial.
PAÍSES RECEPTORES DOS INVESTIMENTOS DIRETOS MUNDIAIS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO VALOR TOTAL EM US$ BILHÕES (EM %) (EM %) 1967 69,4 30,6 105,5 1973 73,9 26,1 208,1 1980 78,0 22,0 504,5 1989 80,8 19,2 1.402,9 Fonte: Departamento de Comércio dos EUA, Serviço de Análise Econômica. Apud François Chesnais, A mundialização do Capital, p. 65.
BLOCOS ECONÔMICOS Décadas de 80 e 90: aumento do investimento no exterior a) diversificação de riscos; b) economias de escalas; c) disponibilidade de fatores locais; d) redução de custos de transporte; e) maximização de lucros através de transações entre matriz e subsidiárias; f) transposição de barreiras alfandegárias; g) rapidez das inovações tecnológicas e suas influências sobre o ciclo de vida dos produtos; h) desenvolvimento das telecomunicações; i) exponencial aumento das operações de especulação financeira, facilitadas pela crescente desregulamentação do mercado internacional e perda do controle econômico dos Estados nacionais.
BLOCOS ECONÔMICOS Diante deste contexto, ganha força a idéia da formação de blocos econômicos, visando o fortalecimento para a disputa de novos mercados. A formação de blocos econômicos é uma tentativa de reação política ao processo econômico da globalização.
BLOCOS ECONÔMICOS Tratados econômicos regionais zona de livre comércio união aduaneira mercado comum união econômica e monetária
BLOCOS ECONÔMICOS Principais Blocos Econômicos UE União Européia ASEAN Associação das Nações do Sudeste Asiático NAFTA Acordo de Livre Comércio da América do Norte APEC Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico Mercosul Mercado Comum do Sul
BLOCOS ECONÔMICOS OUTROS BLOCOS ECONÔMICOS CARICOM Mercado Comum e Comunidade do Caribe CEI Comunidade dos Estados Independentes SADC Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento PACTO ANDINO