BLOCOS ECONÔMICOS. Amanda Vasconcelos de Araújo 2º ANO 4 Tarde - Sala 402 Prof. Fernandes

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1 BLOCOS ECONÔMICOS Amanda Vasconcelos de Araújo 2º ANO 4 Tarde - Sala 402 Prof. Fernandes

2 Blocos Econômicos Introdução Os blocos econômicos surgiram da necessidade de desenvolver a economia de determinados países, por meio da integração econômica dos mesmos em prol de interesses comuns. O comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países membros. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, principalmente com o atual processo de globalização dos mercados, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Os economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial. Os primeiros blocos econômicos surgiram no fim dos anos 40, na Europa pós guerra. Com o fim da 2ª Guerra Mundial, a Europa estava destruída e sobre forte influência do mercado norte americano, que em pleno processo de expansão econômica, ameaçava as frágeis economias europeias. O BENELUX foi a primeira experiência de formação de um bloco econômico. Foi uma união aduaneira entre Bélgica, Holanda (Nederland) e Luxemburgo, criada em 1944 para ajudar seus países membros a superarem a crise da guerra e se tornou permanente em A partir desta experiência e do Ceca Comunidade Europeia do Carvão e do Aço criada em 1952 entre França, Itália e Alemanha Ocidental e Benelux, para cartelizar as reservas de carvão e o mercado do aço europeu surge em 1957 o Mercado Comum Europeu, uma entidade supranacional que congregava 12 (doze) países da Europa Ocidental (Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo em 1957; Irlanda, Inglaterra e Dinamarca em 1973; Grécia em 1981 e Portugal e Espanha em 1986). Os países membros estabeleceram um sistema que tenderia a fundir seus mercados nacionais em um único mercado, instituindo facilidades para circulação entre eles de mercadorias e serviços; capitais e mão de obra. Classificação Os blocos econômicos podem ser classificados em quatro categorias distintas: Áreas de Livre Comércio Têm como objetivo a isenção das tarifas de importação de produtos entre os países membros. Nestes blocos, os produtos e serviços produzidos num país pode ser vendido noutro sem quaisquer impedimentos fiscais. Livre circulação de mercadorias, ou seja, não há impostos na circulação de produtos entre os países membros. A moeda nacional é mantida. Cada país define o imposto de importação para os produtos vindos de nações não pertencentes ao bloco e as regras para o trânsito de capitais, serviços e pessoas. Uniões Aduaneiras Os objetivos são mais amplos, permitindo não apenas o comércio entre os paísesmembros com uma tarifa aduaneira (alfandegária) comum, como também possibilita o comércio com países exteriores ao bloco, através da criação de regras comuns de comércio entre estes e os países membros. Há a livre circulação de bens e uma tarifa aduaneira comum, também, para importações provenientes de fora da área. Livre circulação de mercadorias. Cada país define suas regras para a circulação de capitais, serviços e pessoas. A moeda nacional é mantida. Imposto de importação comum para as mercadorias vindas de nações não pertencentes ao bloco. Mercados Comuns Implica numa integração econômica mais profunda, com a adoção das mesmas normas de comércio interno e externo, unificando as economias. A circulação de capital, trabalho, bens e serviços, entre os membros passa a ser livre, ou seja, não existem mais tarifas aduaneiras, como se fosse um país único. Livre circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas. Imposto de importação comum para produtos vindos de nações não pertencentes ao bloco. A moeda nacional é mantida.

3 Uniões Econômicas e Monetárias É a forma mais ampla de bloco econômico, onde além do mercado comum, passam a adotar a mesma moeda, como é o caso da União Europeia, que adotou o Euro como moeda única. Livre circulação de mercadorias. Imposto comum para produtos vindos de fora do bloco. Livre circulação de capitais, serviços e pessoas. Moeda é comunitária. Exemplo: euro, na União Europeia. Principais Blocos Econômicos Bloco Econômico Apec A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico Asean Criada em 1967, na Tailândia, a Associação das Nações do Sudeste Asiático Mercosul Mercado Comum do Sul Nafta Acordo de Livre Comércio da América do Norte União Europeia Alca Área de Livre Comércio das Américas Caricom Mercado Comum e Comunidade do Caribe CEI Comunidade dos Estados Independentes Sadc Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional Pacto Andino Membros Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coréia do Sul, EUA, Federação Russa, Filipinas, Hong Kong (China), Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã. Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia, Vietnã. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Bolívia e Chile são países associados. Canadá, Estados Unidos e México. Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suécia, Letônia, Estônia, Lituânia, Eslovênia, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Hungria, Malta e Chipre. todos os países americanos, exceto Cuba. Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago. Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão. Angola, África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo (ex Zaire), Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

4 MERCOSUL O MERCOSUL Mercado Comum do Sul (Mercado Común del Sur) foi criado em 1991 pelo tratado de Assunção, assinado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. é a uma união aduaneira livre comércio intrazona e política comercial comum. No entanto, um dos objetivos propostos pelo Tratado de Assunção é que o bloco se torne um Mercado Comum, proporcionando também a livre circulação de capitais, serviços e pessoas, assim como ocorre na União Europeia (UE). Atualmente o MERCOSUL reúne além do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a Venezuela(2006) e como associados ao bloco, Bolívia(1996), Chile(1996), Peru(2003), Colômbia(2004) e Equador(2004), que integram a Comunidade Andina de Nações CAN (bloco com o qual o Mercosul também firmará um acordo comercial), que podem participar das reuniões, no entanto, não possuem direito de voto. O México também participa na condição de Estado Observador. Visando a organização institucional do Mercosul, foram criados órgãos para abordar temas específicos de interesse de todos os países integrantes. Entre os principais estão o Conselho do Mercado Comum (CMC), Grupo Mercado Comum (GMC), Comissão de Comércio do Mercosul (CCM), Parlamento do Mercosul (PM), Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM). Muitos sul americanos veem o Mercosul como uma arma contra a influência dos Estados Unidos na região, tanto na forma da Área de Livre Comércio das Américas quanto na de tratados bilaterais. Os projetos do Mercosul não se limitam somente aos fatores econômicos, englobando temas políticos, sociais e culturais. COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES A Comunidade Andina de Nações (Comunidad Andina de Naciones CAN) é um bloco econômico sul americano criado em 1969 pelo Acordo de Cartagena, formado atualmente por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Possui cinco nações associadas Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além de dois países observadores, México e Panamá. O Chile deixou o bloco como País Membro em 1977 e a Venezuela em A cidade sede da secretaria é Lima, no Peru. A primeira denominação desse bloco econômico foi Pacto Andino e, somente em 1997, recebeu a atual nomenclatura. Desde 2003, os cidadãos dos países da Comunidade Andina podem ingressar sem visto a qualquer país membro, em condição de turistas.

5 UNASUL A União de Nações Sul Americanas (UNASUL), é uma zona de livre comércio continental que unirá as duas organizações de livre comércio sul americanas, o Mercosul e a Comunidade Andina, além do Chile, Guiana e Suriname, tendo como exemplo a União Europeia. Teve início em 1998 com um tratado assinado em Buenos Aires para a criação de uma zona de livre comércio continental, entre a Comunidade Andina e o Mercosul com a denominação de Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN). O Tratado Constitutivo foi assinado em 2008, e de acordo com esse tratado, a sede da União será localizada em Quito, enquanto a localização de seu banco, o Banco do Sul será na capital em Caracas e o seu parlamento em Cochabamba, na Bolívia. A UNASUL foi legitimada, tornando se uma organização internacional a partir de janeiro de 2011, com a ratificação do seu Tratado Constitutivo por nove dos doze parlamentos, Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela, Chile, Suriname e Uruguai, faltando apenas Brasil, Paraguai e Colômbia ratificarem. Seu Tratado entrou em no dia 11 de março de Seus objetivos vão muito além de um bloco econômico, a UNASUL tem como objetivo construir, de maneira participativa e consensual, um espaço de articulação no âmbito cultural, social, econômico e político entre seus povos. Prioriza o diálogo político, as políticas sociais, a educação, a energia, a infra estrutura, o financiamento e o meio ambiente, entre outros, com vistas a criar a paz e a segurança, eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência dos Estados. ALCA Visando a integração comercial do continente, o governo estadunidense propôs a criação de uma Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Esse grande bloco econômico seria integrado por 34 nações; a única exceção seria Cuba, visto que esse país apresenta divergências ideológicas com os Estados Unidos. Em 1998, na cidade de Santiago, capital do Chile, foi realizada a primeira reunião para debater a criação da Alca. Nessa ocasião, ficou estabelecido que o bloco entraria em vigor a partir de Porém, vários pontos divergentes foram levantados em novas reuniões, tendo como consequência o fim das negociações. A possível criação da Alca é motivo de preocupação tanto para os países subdesenvolvidos (a maioria) quanto para os desenvolvidos (Canadá e Estados Unidos). Esse bloco visa estabelecer uma zona de livre comércio no continente americano, onde as tarifas alfandegárias seriam, paulatinamente, eliminadas, proporcionando, assim, a livre circulação de mercadorias, capitais e serviços. Entretanto, a livre circulação de pessoas e trabalhadores entre os países integrantes não seria permitida, pois o idealizador da Alca (EUA) não pretende intensificar a entrada de latino americanos em seu território. Grande parte da população latino americana é contrária à formação da Área de Livre Comércio das Américas, fato expressado através de manifestações contra a implementação do bloco. Nesse sentido, os países têm procurado desenvolver alternativas em que todos possam ser beneficiados, uma delas é o fortalecimento do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da CAN (Comunidade Andina), além da criação da União das Nações Sul Americanas (UNASUL), que é uma forma de integrar as nações da América do Sul, portanto, sem a presença dos Estados Unidos.

6 Conclusão A globalização atingiu também a economia mundial, as grandes empresas fundiram se e tornaram se empresas transnacionais, movimentando bilhões de dólares e afetando a balança comercial dos países. Se por um lado, o intenso comércio entre os países favorecem alguns, com investimentos bilionários, gerando empregos e divisas, por outro afetam as pequenas e médias empresas locais, que não têm como competir com corporações gigantescas e carteis mundiais. Para manter a economia destes países e garantir seu desenvolvimento, eles se unem em blocos econômicos regionais, se valendo de tarifas aduaneiras para garantir a competitividade das empresas locais em relação às transnacionais. O peso das novas tecnologias em todas as áreas, modificou o equilíbrio econômico mundial, criando mercados bilionários que afetam sobremaneira os mercados nacionais, de forma que a intervenção do estado na economia seja imprescindível para o desenvolvimento comercial do país. O formação de blocos econômicos é uma tendência mundial, e os blocos regionais começam a formar blocos maiores e com grande probabilidade de formarem mercados comuns, permitindo o livre trânsito de pessoas e o comércio entre os países. Se os primeiros blocos econômicos surgiram da necessidade de defender economias frágeis, ameaçadas por países com economias mais fortes, hoje a realidade é bem mais abrangente, e qualquer economia que não faça parte de um bloco econômica já é definida como uma economia e um país frágil, uma vez que os objetivos desses blocos vão bem além de apenas objetivos econômicos, mas tratam da problemas políticos, culturais, meio ambiente, disputas e muitos outros temas, uma vez que a união das nações permite um maior intercâmbio