1 RELATÓRIO FINAL Nome: Vera Lucia Dias Santos Idade: 48 anos Escolaridade: Especialização em Saúde Coletiva e Profissão: Assistente Social e Licenciatura em Pedagogia Endereço: Avenida Délio Silva Brito, 630, Ed. Corumbá, 302, Coqueiral de Itaparica, Vila Velha-ES O presente trabalho tem a finalidade de avaliar as participações teóricas e praticas, do Curso de Saúde Mental, executado Centro de Vivência Despertar para a Vida, no período de 5 de dezembro de 2015 a 30 de maio de 2016. Neste sentido foi uma grande satisfação de estar sempre me capacitando e tendo o prazer de fazer parte do processo de ensino, aprendizagem e práticas das novas experiências adquiridas. Neste contexto me levou a satisfação de realizar e me inscrever da Capacitação de Profissionais em Saúde Mental no Espírito Santo. Com isso me levou a buscar e colocar em praticas a regulamentação da Constituição Federal (1988), LDB (1996) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), podendo ressaltar a contribuição da participação de diversos profissionais de diferentes áreas e de outros atores importantes na construção de uma formação sujeitos capazes de atuar de forma critica e participativa na atual sociedade.
2 O curso foi construído através a partir da das observações, no atendimento às pessoas com deficiência, síndromes, transtornos e dificuldades de aprendizagem e das escutas realizadas pelos profissionais do Centro de vivências, visando sempre à interação entre a escola, a família e o meio social. Isso tudo faz o ser humano a compreender e refletir que: [...] a posição normal do homem no mundo, como um ser da ação e da reflexão, é a de admirador do mundo. Como um ser da atividade que é capaz de refletir sobre si e sobre a própria atividade que dele se desliga, o homem é capaz de afastar-se do mundo para ficar nele e com ele. Somente o homem é capaz de realizar esta operação, de que resulta sua inserção crítica na realidade. Admirar a realidade significa objetivá-la, apreendê-la como campo de sua ação e reflexão. Significa penetrá-la, cada vez mais lucidamente, para descobrir as inter-relações verdadeiras dos fatos percebidos. (FREIRE, 1977, p.19). O curso teve o objetivo de contribuir para divulgação da informação de profissionais da rede de serviços especializada, em saúde mental que atendam pessoas com deficiência, no Estado do Espírito Santo. Com isso pode desenvolver as realizações de experiências entre os professores, coordenações, alunos e demais profissionais do CvdVida, o que contribuiu para o processo de ensino e aprendizado de ambos os autores. Tenho certeza que eu e demais colegas vamos sair deste curso com um novo olhar e expectativas de vida, referente às nossas práticas, junto aos atendimentos às pessoas com deficiência, síndromes, transtornos e dificuldades de aprendizagem. E as oficinas oferecidas pelo Centro, o que nos proporcionou a realização da prática profissional, correlacionando a teoria e a prática. Na minha avaliação acho que o Cvdvida deveria nos próximos cursos aumentar a carga horária das oficinas práticas, pois considero um ponto importante, o qual os profissionais podem ampliar os seus conhecimentos e suas práticas no cotidiano da profissão.
3 Cada educando demonstrou o seu conhecimento da área específica, havendo uma troca de experiência entre os participantes e os educadores, o que proporcionou uma avaliação positiva para o processo de ensino e aprendizagem do curso e das disciplinas administradas, o que corresponde à necessidade de produção de conhecimentos para as promoções, indissociadas as experiências e saberes dos profissionais, Luck (2004) A proposta do curso foi trabalhar em conjunto com a equipe pedagógica, educadores, educando, conselhos e diversos atores de diversas áreas com o objetivo de construir um espaço educacional, procurando sempre integrar as famílias no sistema para uma qualidade, no processo de ensino e aprendizagem. Através das reflexões de Freire (1992) remetem diretamente a própria essencialidade da docência, da discência, onde os seres humanos antes de tudo precisam entender o mundo para subjetivamente, objetivá-lo, apreendê-lo e compreendê-lo criticamente, no que consiste verdadeiramente o processo de construção do conhecimento. Para Freire (2001), se optar pela participação democrática, todos os participantes dessa ação serão coerentes à educação de qualidade, desde que sua prática não contradiz ao discurso explicitado. As discussões em torno de padrões de qualidade para a educação embalam o cenário educacional. A luta pela garantia do acesso de todos à educação continua sendo uma bandeira defendida por educadores comprometidos com a construção de uma sociedade de relações mais justas. No entanto, não se trata de apenas garantir o acesso à educação, mas de que este acesso aconteça dentro de um referencial mínimo de qualidade. Logicamente, a compreensão do que seja a qualidade da educação está condicionada aos interesses e
4 objetivos educacionais de um determinado tempo sócio histórico ou da concepção de educação que se toma como parâmetro dentro desse contexto. Aqui, as discussões sobre uma educação de qualidade estão indissociavelmente relacionadas com o compromisso histórico, político e ético de transformação da realidade social opressora e injusta. Para isso, essa educação precisa priorizar pela formação do sujeito livre e autônomo, preparando-o para o mundo do trabalho e capacitando-o para assumir-se como sujeito histórico engajado no exercício pleno da cidadania, na sua liberdade de ação neste contexto, (FREIRE, 1981). Cidadania esta, entendida a partir do referencial de práxis freireana, como possibilidade de compreensão e assimilação crítica da realidade para autonomamente nela atuar. Educação que deve também defender uma prática docente em que o ensino dos conteúdos jamais se faça de forma fria, mecânica e mentirosamente neutra (FREIRE, 2000, p.23). O atendimento e fortalecimento da atenção as pessoas com deficiências, síndromes, transtornos e dificuldades de aprendizagem e das escutas se contemplam pela articulação das portarias: de n 399, de 22 de fevereiro de 2006 e de n 648 de 28 de março de 2006 e Lei Nº 13.146 de 6 de julho de 2015. O trabalho dos profissionais no modelo social, educacional e de saúde focaliza a participação da sociedade, chamando-a para a reflexão e reforça a acessibilidade do ponto de vista físico, políticos, praticas e informação aos atendimentos (BRASIL: 1990). Estimula a autonomia, independência, empoderamento, valorização de oportunidades, inclusão social e a inserção da pessoa com deficiência na sociedade e no mercado de trabalho.
5 Todos esses aspectos juntos fazem com que o deficiente lute por seus direitos, de acessibilidades, aspectos determinantes (saúde, educação, trabalho, vida cultural, lazer, meio ambiente, saneamento básico, segurança, entre outros aspectos), vença seus limites, implantação de políticas pública e outros, em conjunto com o serviço público, privado, sociedade civil, população, movimentos sociais e comunidades em geral (BRASIL: 1990). CONCLUSÃO O Segundo Curso de Saúde Mental do Espírito Santo fez com que os participantes e demais atores envolvido pudessem levar em consideração que com força de vontade e persistência sempre é possível as mudanças no sistema, levando a todos, a pensar e refletir nas questões relacionadas aos assuntos em evidências, no procedimento teórico e prático, e assim, encontrar caminhos para desenvolver um atendimento humanizado as pessoas com deficiências. A articulação da teoria com a prática, através das vivências e práticas do curso de saúde mental, onde se exerce a cidadania e promove a qualidade de vida. Com isso, foi possível observar, quando é possível a transformar a teoria em realidade, estando todos os atores, dispostos a inovar, criar novos ambientes, demonstrando o interesse das mudanças, no processo ensino e aprendizagem para que fatos sejam formados cidadãos de direitos. A eficiência nos atendimentos faz com que o ser humano possa pensar e refletir sobre questões do cotidiano, e assim, encontrar caminhos para posicionar-se no mundo, exercendo a cidadania e promovendo a qualidade de vida e isso, só será possível, quando a sociedade estiver disposta a inovar, criar novos ambientes de trabalho, formandos assim, sujeitos cidadãos e de direitos.
6 REFERÊNCIAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais, Ética / Secretaria de Educação Fundamental.. Ministério da Educação (MEC). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 20 de dezembro de 1996.. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pela emendas constitucionais n 1/92 a 56/2007 e pelas emendas constitucionais de revisão n. 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal Subsecretaria de edições técnicas, 2012. ; Estatuto da Pessoa com Deficência/Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiencia. Brasília: 6 de julho de 2015., Ministério da Saúde. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990: lei orgânica da saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de setembro de 1990., Ministério da Saúde. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990: lei orgânica da saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 de dezembro de 1990. Ministério da Saúde/Portaria/GM n 399, de 22 de fevereiro de 2006: Pacto pela saúde. V. 1. Brasília, DF: MS, 2006.
7 Ministério da Saúde/Portaria/GM n 648, de 28 de março de 2006: política nacional de atenção básica para o programa da saúde da família re o programa agentes comunitários de saúde - PACS. Brasília, DF: MS, 2006. FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios/paulo Freire. 5 ed. v. 23. Cortez, São Paulo: 2001;. Ação cultura para a liberdade. 5 ed. v. 10. Paz e Terra, Rio de Janeiro: 1981.. Pedagogia de Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos/paulo Freire. Unesp, São Paulo: 2000.. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Paz e Terra, Rio de Janeiro: 1992.. Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar: Fundamentos teórico metodológico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.