BAIRRO SAUDÁVEL: tecendo redes, construindo cidadania
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- Geovane Caiado Lisboa
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1 BAIRRO SAUDÁVEL: tecendo redes, construindo cidadania FMC/Medicina - Faculdade de Medicina de Campos UFF - Universidade Federal Fluminense CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos FMC/Farmácia - Faculdade de Medicina de Campos UNIFLU/FOC - Centro Universitário Fluminense/Faculdade de Odontologia de Campos UNIFLU/FAFIC Centro Universitário Fluminense/Faculdade de Filosofia de Campos UNESA - Universidade Estácio de Sá UENF Universidade Estadual do Norte Fluminense FIOCRUZ Instituto Oswaldo Cruz
2 Coordenador Geral: Vera Lucia Marques da Silva UFF FMC CEFET FMC Farmácia UENF UNIFLU FAFIC FOC EST ÁCIO DE SÁ
3 Síntese do Projeto I PROPOSTA: Criação de um modelo de prática interdisciplinar e interinstitucional, onde a interação ensinoserviço-comunidade, seja capaz de contribuir para o processo de transformação de um bairro vulnerável em um bairro saudável.
4 II EIXOS FUNDAMENTAIS: Avaliação da estrutura do CENTRO DE SAÚDE ESCOLA DE CUSTODÓPOLIS - CSEC, visando o fortalecimento e expansão das condições de sua atuação; Investimento em um cenário multidisciplinar de aprendizagem, tanto no âmbito da graduação, quanto da pós-graduação, articulando ensino, pesquisa e extensão; Re-conhecimento da comunidade de Custodópolis: diagnóstico participativo. [...] nos ensinaram que o presente é produto do passado e o futuro também. Só que o presente é, ao contrário, uma escolha de futuros possíveis a se realizar num ponto de nossa trajetória. É isso o que conta para balizar a trajetória inovadora [...] (Santos apud Seabra; Carvalho; Leite, 2000: 45-46).
5 IV DIRETRIZES ANALÍTICAS 4.1. EDUCAÇÃO: reconhecimento da importância da educação para a auto-formação e para a constituição da cidadania (Morin, 2001) EDUCAÇÃO PERMANENTE: conceito que deve nortear o processo de ensino-aprendizagem e vem sendo incorporado ao Sistema Único em Saúde, através da Portaria nº198/gm/ms de 13 de fevereiro de 2004, explicitando a importância da reflexão coletiva da equipe de trabalho, a partir dos problemas reais encontrados na prática cotidiana. Como Ceccin (2005: 976) afirma: a Educação Permanente em Saúde constitui estratégia fundamental às transformações do trabalho no setor para que venha a ser lugar de atuação crítica, reflexiva, propositiva, compromissada e tecnicamente competente.
6 4.3. ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE: um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde (POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006: 10). Seu desenvolvimento se processa através de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, valorizando o trabalho em equipe, a delimitação de territórios de ação, a singularidade dos sujeitos, orientando-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (ibid.) SAÚDE: expressão de um direito de cidadania, produção social, processo dinâmico e em permanente transformação (Meirelles; Erdmann, 2006: 70). Isto significa romper com a setorialização da realidade, tanto no âmbito do conhecimento, quanto da ação, privilegiando olhares e ações interdisciplinares direcionados à qualidade de vida de sujeitos que são protagonistas de seu cotidiano. 4.5.PROMOÇÃO DA SAÚDE: atuação sobre os determinantes da saúde, considerando, paralelamente, um conjunto de valores que abrangem uma revalorização da vida, uma qualificação dos modos de vida em um determinado contexto, assumindo-se suas dimensões sociais, culturais, econômicas e políticas.
7 4.6. CIDADE SAUDÁVEL: discussão em torno da expressão CIDADE SAUDÁVEL, aproximando-a da proposta de BAIRRO SAUDÁVEL assumida neste projeto. Diferentes atores articulam uma gestão social direcionada para transformar a cidade em um espaço de produção social da saúde PARTICIPAÇÃO entendida como: uma postura ativa de envolvimento e co-responsabilidade dos diversos saberes, setores técnicos e segmentos sociais da população na discussão dos problemas da cidade e na tomada de decisão sobre as formas de enfrentamento dos mesmos, construindo, dessa forma, um projeto mais ampliado e real para a cidade. Além disso, é a participação que dá legitimidade política e social a esse projeto. Através da participação, pretende-se aumentar a consciência das pessoas acerca desses problemas, em um contínuo exercício de construção de cidadania (Adriano et al., 2000: 55) EMPODERAMENTO: mecanismo através do qual pessoas, organizações e comunidades tomam controle de seus próprios assuntos e de sua própria vida, desenvolvendo uma consciência da sua habilidade e competência para produzir, criar e gerir.
8 V OBJETIVOS: 5.1. GERAL: Desencadear um processo de transformação de um bairro vulnerável em um bairro saudável na comunidade de Custodópolis através da criação de um modelo de prática pautado na interação ensino-serviço-comunidade EESPECÍFICOS: Fortalecer e expandir as condições de atuação do CSEC. Implementar um cenário multidisciplinar de ensino, pesquisa e extensão. Realizar um estudo sócio-ambiental da comunidade de Custodópolis. Fortalecer a responsabilidade social no processo de formação profissional. Estimular o processo de empoderamento e controle social na comunidade de Custodópolis.
9 VI METODOLOGIA: Pesquisa-ação O conhecer e o agir se articulam de forma dinâmica e contínua, em torno de questões de interesse coletivo (Thiollent, 1985; Brandão, 1990). Fazendo pesquisa, educo e estou me educando com os grupos populares (Freire, 1981: 36). Importância do processo e do produto.
10 Fases: 6.1. Fase exploratória: reconhecimento da área (Thiollent, op.cit). Identificação preliminar da área a ser trabalhada: o bairro e o CSEC distribuição espacial equipamentos sociais disponíveis e a dinâmica de atuação que adotam história, características da população, lideranças, problemas, expectativas em torno de possíveis ações. interesses e Realização de entrevistas livres, observação participante e análise documental Elaboração de um plano de re-estruturação do CSEC, da realização de obras de infra-estrutura nas instalações já existentes, além da aquisição de alguns equipamentos e materiais permanentes e de consumo. Treinamento da equipe, divisão de tarefas e responsabilidades, estruturação de um núcleo de estudo teórico e debates.
11 6.2. Aprofundamento e a sistematização do Diagnóstico sócioambiental: coleta, a análise e a avaliação das informações levantadas ações prioritárias a serem empreendidas. realização de entrevista e observações, aplicação de formulários reuniões, oficinas comunitárias e seminários retorno mais sistemático das informações aos grupos pesquisados, divulgação externa, construção de uma agenda de ações e sua operacionalização, agilizando-se as parcerias necessárias Movimentos de avaliação: presentes em todas as fases do projeto, considerando o processo e o produto.
12 VII- METAS: Estruturação do pólo interinstitucional e interdisciplinar no CSEC. Construção de um diagnóstico sócio-ambiental participativo. Elaboração e implantação de planos de ações interdisciplinares. Consolidação do Pólo na lógica de Educação Permanente. Instrumentalização das lideranças comunitárias.
13 VIII. RESULTADOS ESPERADOS Constituição progressiva de um bairro saudável. Consolidação do CSEC como Pólo Interinstitucional, Interdisciplinar e de Educação Permanente. Criação de um banco de dados. Apropriação pela comunidade do conhecimento produzido e sua habilitação para processar uma atualização permanente do Banco de Dados. Produção e publicização de textos científicos. Viabilização da Residência Interdisciplinar em Atenção Básica à Saúde, no CSEC. Consolidação das linhas de pesquisa existentes e criação de outras. Colaboração técnico-científica com redes brasileiras que atuam na Atenção Básica.
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