SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: UTILIZACAO DE INDICADORES PARA AVALIAR O DESEMPENHO AMBIENTAL DE EMPRESAS PARAENSES



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Transcrição:

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: UTILIZACAO DE INDICADORES PARA AVALIAR O DESEMPENHO AMBIENTAL DE EMPRESAS PARAENSES Mariah Pereira Bannach (UEPA) mariahpb@gmail.com Cintia Blaskovsky (UEPA) cintiablasky@msn.com Norma Ely Santos Beltrão (UEPA) normaelybeltrao@gmail.com Renata Melo e Silva de Oliveira (UEPA) renata_ep@yahoo.com.br No estado do Pará, o crescimento da valorização dos recursos naturais e o anseio por sustentabilidade têm despertado interesse em empresas locais, porém a mudança de cultura e falta de indicadores compatíveis com a realidade amazônica tem ssido um dos motivos do atrasona realização de relatórios de sustentabilidade no estado. Atualmente, no sistema econômico mundial, existem inúmeras ferramentas para mensurar os indicadores de sustentabilidade nas empresas, porém, pouco se sabe de todas essas ferramentas e suas aplicações. Em função disso criaram-se os indicadores: instrumentos para quantificar e analisar informações técnicas e para apresentá-las para os vários grupos de stakeholders. No cenário estadual, o setor empresarial ainda apresenta uma cultura resistente a demonstrativos de indicadores que possam comprometer a imagem da organização, principalmente com relação às questões ambientais. Porém, foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento Regional (NUPAD) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o projeto de pesquisa intitulado O Diagnóstico da Sustentabilidade Empresarial: uma aplicação da metodologia GRI tendo como objetivo geral mensurar a sustentabilidade e contribuir com a divulgação do relatório de sustentabilidade empresarial, apresentando ao setor agroindustrial a importância e necessidade de corresponder às expectativas da sociedade com produtos ambientalmente corretos. Palavras-chaves: GRI, Indicadores de Sustentabilidade, Empresas

1. Introdução A incorporação da sustentabilidade nas estratégias e operações das empresas tornou-se um desafio para a manutenção da competitividade global. Nas atuais previsões de declínio dos ecossistemas naturais, em função dos impactos causados pelas as atividades humanas e a globalização das economias, assim como das fontes poluidoras, a discussão da sobrevivência humana no planeta passou a ser um denominador comum em todas as sociedades e nações (EMBRAPA, 2004). Do ponto de vista econômico, isso representa uma preocupação para a empresa, visto que a escassez de recursos naturais, base de toda matéria-prima, poderá comprometer processos de produção e os custos em operações pós-consumo. O cenário atual mostra que um dos grandes desafios para as empresas têm sido estabelecer parâmetros competitivos dentro do setor que as envolve. Portanto, pode-se argumentar que o uso de novas tecnologias para o desenvolvimento sustentável através de alternativas de minimização de impactos ao meio interno e externo, por exemplo, necessitará do emprego técnicas de medições para avaliação de resultados nas indústrias e empresas. Em termos práticos, deve-se estabelecer critérios para avaliar o desempenho em todas as dimensões do desenvolvimento sustentável. No estado do Pará, o crescimento da valorização dos recursos naturais e o anseio por sustentabilidade, tem despertado interesse em empresas locais, porém a mudança de cultura e falta de indicadores compativeis com a realidade amazônica tem sido um dos motivos do atrasona realização de relatórios de sustentabilidade no estado. Trata-se de um problema complexo devido às grandes dimensões da região amazônica e à dificuldade de obter dados com atualizações periódicas, oriundos de fontes confiáveis e legítimas. Além disso, construir indicadores de desenvolvimento sustentável é um problema recente, cujas bases conceituais ainda estão se consolidando (RIBEIRO, 2002). Destaca-se também o fato da região possuir baixa infraestrutura urbana e a carência de serviços públicos básicos como tratamento de água e esgoto, traduzindo numa baixa qualidade de vida e, muitas vezes, elevando o custo de produção. O objetivo do desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (BRUNDTLAND, 1987). Como forças fundamentais na sociedade, as organizações de todos os tipos têm um papel importante a desempenhar, assumindo suas responsabilidades sociais, econômicas e ambientais. Para auxiliar neste propósito, surgiram a partir dos anos 1990, novas ferramentas para mensurar as dimensões do desenvolvimento sustentável. Com a evolução do conceito de desenvolvimento sustentável criou-se a necessidade de adaptar as ferramentas existentes e/ou criar novas ferramentas capazes de avaliar todos os elementos constituintes do desenvolvimento sustentável. A cultura de transparência empresarial é ainda tênue no Brasil, e muitas empresas têm embaraços nessa questão que apesar de ser estratégica tem sua complexidade de ordem cultural e política. Adicionalmente, tem-se a falta de indicadores sincronizados para mensuração dessa sustentabilidade. O que se espera de uma empresa na atualidade é um comportamento ético e transparente com seus consumidores e suas partes interessadas, seus stakeholders, e no mundo globalizado, a empresa precisa provar que suas ações são sustentáveis com elementos quantitativos, tangíveis e comprovados. E para realizar essa comprovação, o mais indicado seria relatórios de sustentabilidade que avalia seu desempenho social, econômico e ambiental. 2

Neste contexto é que se insere este trabalho cujo objetivo é realizar uma revisão da literatura sobre os indicadores de sustentabilidade e suas formas de relatórios, identificando a metodologia mais pertinente para o cenário empresarial do estado do Pará. 2. Referencial teórico Para a base deste trabalho, utilizou-se as abordagens da EMBRAPA (2006) e GRI (2006) que direcionam seus estudos ao uso de indicadores de sustentabilidade, fazendo assim a utilização de conceitos, tais como: o que é sustentabilidade, índices de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Os estudos de Laville (2009) complementam a base teórica, com os conceitos de empresas e os relatórios de sustentabilidade. 2.1 O que é sustentabilidade Segundo Constanza apud EMBRAPA (2006), sustentabilidade é um relacionamento entre sistemas econômicos dinâmicos e sistemas ecológicos maiores e também dinâmicos, embora de mudança mais lenta, em que: a) a vida humana pode continuar indefinidamente; b) os indivíduos podem prosperar; c) as culturas humanas podem desenvolver-se; mas em que d) os resultados das atividades humanas obedecem a limites para não destruir a diversidade, a complexidade e a função do sistema ecológico de apoio à vida. 2.2 Índices de sustentabilidade Índices são números que agregam e representam uma determinada cesta de indicadores. Sua variação mede, portanto, a variação média dos indicadores da cesta (EMBRAPA, 2006). Índices de sustentabilidade são índices que agregam valores de desenvolvimento sustentável, ajudando a estimular a responsabilidade ambiental, social e econômica nas empresas. 2.3 Desenvolvimento sustentável Como apresentado anteriormente, desenvolvimento sustentável diz respeito à satisfação das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de suprir suas próprias necessidades. As empresas e os relatórios de sustentabilidade tem a intenção de sincronizar e auxiliar as empresas para adequar as mesmas para as normas e diretrizes de sustentabilidade. Neste sentido, foram criados os relatórios de sustentabilidade a partir do primeiro relatório da CERES (Coalition of Environmentally Responsible Economies) em 1998. O objetivo era garantir que esses princípios estivessem simultaneamente sintonizados com as expectativas das partes interessadas e com os imperativos concretos das empresas, agregando desde empresas oriundas dos principais setores envolvidos até ONGs sociais e ambientais, além de organismos internacionais (LAVILLE, 2009). O desenvolvimento sustentável é tratado numa perspectiva multidimensional que articula aspectos econômicos, políticos, éticos, sociais, culturais e ecológicos, aproximando as ciências naturais das ciências sociais. 2.4 Indicadores de sustentabilidade Compreender o significado de indicadores para mensurar sustentabilidade na região amazônica implica a adoção de um conceito mais abrangente que possibilite a mensuração dos diferentes fenômenos associados ao problema de desenvolvimento da região, que devem ser tratados em níveis locais, mas sem ignorar o aspecto global (RIBEIRO, 2002). A importância de mensurar é imprescindível no atual modelo de desenvolvimento, pois as empresas irão diminuir suas perdas e nortear as empresas regionais para parâmetros internacionais de métodos para a elaboração de relatórios. 3

2.5 Características para os indicadores A seleção dos indicadores deve ser feita considerando diferentes níveis em uma hierarquia de percepção. Diferentes classes de indicadores podem ser obtidas em diferentes níveis hierárquicos. Indicadores ou índices podem ser compostos por outros indicadores por meio de um método de aglutinação (RIBEIRO, 2002). Já Ferraz (EMBRAPA, 2004) diz que os indicadores devem possuir as seguintes características: - Ser aplicáveis em um grande número de sistemas ecológicos, sociais e econômicos; - Mensuráveis e de fácil medição; - De fácil obtenção e baixo custo - Concebido de tal forma que a população local possa participar de suas medições, ao menos ao nível de propriedade; - Ser sensíveis as mudanças do sistema e indicar tendências; - Representar os padrões ecológicos, sociais e econômicos de sustentabilidade; - Permitir o cruzamento com outros indicadores. Os indicadores utilizados para monitorar o sistema ao longo do tempo devem ser avaliados quanto a sua eficiência em relação as características citadas acima. 3. Metodologia Para o cumprimento do objetivo do trabalho, primeiramente foi realizada uma revisão das literaturas sobre os relatórios de sustentabilidade empresarial. Com base nas literaturas em estudo, foram analisados prioritariamente, as formas de abordagem de cada relatório, fazendo pontuações sobre a dimensão e indicadores relacionados. Em seguida, foi analisado o cenário empresarial do estado do Pará, para identificar dentre os relatórios estudados, qual será o mais adequado para uso local, visto que no estado, não há o engajamento das organizações perante as discussões globais e nem práticas de medições e/ou declarações de sustentabilidade. 4. Indicadores de sustentabilidade e suas metodologias Atualmente, no sistema econômico mundial, existem inúmeras ferramentas para mensurar os indicadores de sustentabilidade nas empresas, porém, pouco se sabe de todas essas ferramentas e suas aplicações. Em função disso criou-se os indicadores: instrumentos para quantificar e analisar informações técnicas e para apresentá-las para os vários grupos de stakeholders. Um bom indicador atenta sobre um problema e indica o que precisa ser feito para resolvê-lo. Indicadores de sustentabilidade não são indicadores tradicionais de eficiência econômica e qualidade ambiental. Como a sustentabilidade abrange uma visão de mundo integrada, os indicadores devem relacionar a economia, o meio ambiente e a sociedade. Os principais indicadores para sustentabilidade resumem-se em: o Global Reporting Initiative (GRI), Global Compact (GC), Dow Jones Sustentainability (DJSI), FTSE4GOOD, Socially Responsible Investing (SRRI/JSE), Índice Bovespa para a Sustentabilidade Empresarial (ISE), Índice Ethos para a Sustentabilidade Social Empresarial (RSE), Ecological Footprint, Dashboard of Sustainability, Barometer of Sustainability. Entre os quais os mais importantes são o Ecological Footprint, Dashboard of Sustainbility e o Barometer of Sustainbility. Pode-se observar na tabela 1, a dimensão de cada indicador e o foco principal. 4

Índice Dimensão Foco GRI GC DJSI FTSE4GOOD SRI ISE RSE Ambiental, social e econômico; relatório público. Direito humanos, trabalho e meio ambiente. Responsabilidade social, ambiental e cultural. Ambiental, direitos humanos, engajamento de stakeholders segundo três aspectos: políticas, gestão e reporting. Dimensões ambientais, social e econômica; governança corporativa. Dimensões ambientais, social e econômica; governança corporativa. Valores e transparência, público interno, meio ambiente, fornecedores, comunidade, governo e sociedade Empresas em geral. Empresas inclusas, trabalhadores e ONGs. Global. Exclui: empresas de defesa. Exclui empresas tabagistas, bélica e nuclear. Foi inspirado na FTSE4GOOD, porém não exclui empresas bélica, nuclear e tabagista. Envio de questionários as 125 empresas mais líquidas da bolsa. Indicadores setoriais Tabela 1 - Dimensões e foco dos indicadores de sustentabilidade A metodologia GRI apresenta relatórios utilizando indicadores no aspecto econômico, ambiental e social, porém o Global Compact é baseado em princípios operacionais na construção dos pilares ambientais e sociais para a economia global. O Índice Dow Jones Sustentainability seleciona as empresas através de questionários com o foco no desempenho ambiental e inovação, governança corporativa e a relação com os investidores e a sociedade em geral. Os índices FTSE4GOOD, SRI e ISE avaliam as empresas através de três aspectos: políticos, gestão e comunicação, segundo as dimensões de direitos humanos, ambientais e pelo o engajamento das partes interessadas. Os métodos SRI e ISE não excluem empresas do ramo nuclear, tabagista, etc., além disso a ISE escolhe as 135 empresas mais líquidas da Bolsa de Valores (Bovespa). Já o Índice Ethos para a Sustentabilidade Social Empresarial mensura os seus relatórios setoriais através de questionários com questões binárias. Ao contrário dos outros métodos o Ecological Footprint, Dashboard of Sustainability calcula a área necessária para manter uma determinada população ou sistema econômico baseado em: energia e recursos naturais e a capacidade de absorção de resíduos ou dejetos do sistema. Portanto, a metodologia GRI mostra-se mais completa e abrangente perante todas as outras analisadas, divido a possibilidade de aplicação em qualquer setor empresarial, independente do seu porte, delimitando os indicadores em: econômico, ambiental e social, nesta ordem de prioridades. 5. O cenário empresarial do estado do Pará No Pará, foram identificadas 18.053 empresas cadastradas, gerando uma ocupação para 353.421 pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007). Porém, com informações atualizadas referentes ao primeiro trimestre de 2010, o Pará apresenta um desenvolvimento industrial latente no estado. Segundo os índices registrados, mostra pela terceira vez consecutiva avanço na produção frente ao mês anterior, na série livre 5

de influências sazonais: entre janeiro e fevereiro houve crescimento de 1,3%, o que leva a uma expansão acumulada de 6,5% no trimestre. Contudo, a indústria paraense cresceu 9,0% na comparação com igual trimestre do ano anterior e mostrou a maior taxa desde agosto de 2008 (10,3%). Na formação deste resultado, três dos seis setores apontaram taxas positivas, com o principal impacto positivo vindo do setor extrativo mineral (20,3%), impulsionado sobretudo pela maior extração de minérios de ferro. Por outro lado, a principal pressão negativa veio da indústria de metalurgia básica (-6,9%), pressionada em grande parte pelo recuo na fabricação do item óxido de alumínio (alumina calcinada). Os dados avaliam uma expansão significativa em determinados setores, porém como é de conhecimento global, muitas das metas ambientais de produção são colocadas como desafiadoras da tecnologia e aceitação por parte dos CEO s das empresas correspondentes. Atualmente, a Amazônia vem sendo foco para apresentar melhores soluções ao mundo, devido as nossas práticas industriais ainda não possuírem o uso explícito para a comunidade de formas de produção com sustentabilidade. Observa-se um processo de mudança cultural na região, apresentando portanto um momento oportuno para inserção de alternativas para avaliar desempenho da sustentabilidade empresarial. Esforços também têm sido empreendidos pelo governo, que busca envolver as empresas e a sociedade em uma postura mais sustentável, principalmente devido aos inúmeros eventos ocorridos no estado associando o setor produtivo a questão ambiental. Portanto, a mensuração da sustentabilidade em determinado conjunto de empresas, bem como o posterior apoio para melhorar cada vez mais os indicadores monitorados, poderiam ser vistos como uma ação a mais na busca do desenvolvimento sustentável no estado do Pará. 6. O método da GRI A GRI é uma metodologia para mensurar e aplicar relatórios de sustentabilidade, criado com o apoio da CERES e a Organização Mundial para o Meio Ambiente, foi desenvolvido com a finalidade de avaliar e auxiliar empresas e suas partes interessadas a aplicar indicadores padrões de sustentabilidade. Ao todo são 79 indicadores envolvendo a área econômica, ambiental e social, apontando problemas produzidos pelas as atividades empresariais. Criada em 1997, teve sua primeira diretriz lançada em 1999 e foi submetida a testes até o início de 2000 (GRI, 2006). No Brasil, a diretriz foi pouco difundida devido a falta de publicações traduzidas e de conhecido de tais métodos, porém em 2004 com o apoio da Ethos foi lançado o GRI G3 (terceira geração de relatórios) na qual é utilizada até hoje. Esses indicadores podem fornecer a base para planejamentos estratégicos socioambientais e ajudar as partes interessadas (stakeholders) a avaliar o grau de sucesso no alcance das metas estabelecidas, pois medições são fundamentais para a avaliação de uma empresa. Na tabela 2, são apresentadas exemplos de indicadores que podem ser mensurados com o auxilio da GRI. Desempenho ECONÔMICO AMBIENTAL SOCIAL Exemplos de Indicadores Desempenho Econômico Desempenho de Mercado Impactos econômicos indiretos Biodiversidade Qualidade da água Qualidade do ar Tratamento de Resíduos Risco de corrupção 6

Direitos humanos Responsabilidade social Tabela 2 - Exemplos de indicadores de sustentabilidade abordados na GRI A Estrutura de Relatórios da GRI objetiva servir como um modelo amplo, com alta aceitação para a elaboração de relatórios sobre o desempenho econômico, ambiental e social de uma empresa. Foi desenvolvido para ser utilizada por organizações de qualquer porte, setor ou localidade. Considera a realidade passada pelas organizações, compreendendo as pequenas empresas até aquela com operações variadas e geograficamente espalhadas, e inclui o conteúdo geral e o específico por setor, acordados globalmente por vários stakeholders, como aplicáveis na divulgação do desempenho de sustentabilidade da organização. Para a definição de conteúdo, é preciso ser levada em consideração a materialidade, onde as informações no relatório devem abranger temas e indicadores que reflitam os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos da empresa ou possam influenciar de forma substancial as avaliações e decisões dos stakeholders. A inclusão dos stakeholders precisa ser feito pela organização relatora, identificando-os e explicando no relatório que medidas foi feita em resposta aos seus interesses e expectativas, assim como a definição do limite do relatório. Isto deverá ser suficiente para refletir os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos e permitir que os stakeholders avaliem o desempenho da organização no período analisado. Para garantir a sua qualidade e o seu equilíbrio, o relatório deverá conter aspectos positivos e negativos do desempenho da organização, permitindo uma avaliação equilibrada do desempenho geral, cujas informações deverão ser selecionadas, compiladas e relatadas de forma consistente. As mesmas deverão ser apresentadas de modo que permitam aos stakeholders analisar mudanças no desempenho da organização ao longo do tempo e subsidiar análises sobre outras organizações. Além disso, as informações deverão ser suficientemente precisas e detalhadas para que os stakeholders avaliem o desempenho da organização relatora. Ressalta-se também a importância de uma periodicidade de publicação adequada, para que as informações sejam disponibilizadas a tempo para tomada de decisão dos stakeholders. A clareza com que as informações deverão estar disponíveis no relatório também é aspecto importante. As informações devem ser compreensíveis e acessíveis aos stakeholders que fizerem uso do relatório. Por último, deve-se considerar a confiabilidade das informações e processos usados na preparação do relatório, que deverão ser coletadas, registradas, compiladas, analisadas e divulgadas de forma a permitir sua revisão, estabelecendo a qualidade e a materialidade destas informações. Sobre o limite do relatório, as orientações fazem parte do relatório como um todo, assim como o estabelecimento do limite para indicadores de desempenho individuais, compreendendo a situação em que nem todas as entidades devem ser tratadas da mesma maneira no relatório. A abordagem usada para incluir uma organização (unidades de negócios, joint ventures, fornecedores, clientes etc.) dependerá da combinação do controle ou influência da organização relatora sobre ela e se a divulgação se relaciona ao desempenho operacional, desempenho de gestão ou informações narrativas/descritivas. As orientações sobre a abrangência baseiam-se no reconhecimento de que diferentes relações envolvem diferentes graus de acesso às informações e de capacidade de influenciar os resultados. Na figura 1, apresenta-se um desenho esquemático da estrutura de relatórios. 7

Figura 1 A estrutura de relatórios da GRI. Fonte: Adaptado da GRI, 2006. Algumas organizações podem optar por fazer seu relatório desde o início da Estrutura de Relatórios da GRI, seguindo todos os temas nela contidos, enquanto outras talvez prefiram começar pelos temas mais viáveis e práticos, introduzindo outros gradualmente. Todas deverão descrever o escopo de seu relatório e são estimuladas a indicar seus planos de ampliação dos relatórios ao longo do tempo. O conteúdo básico que deverá constar em um relatório de sustentabilidade, sujeito às orientações para a determinação de conteúdo, havendo três tipos de conteúdo: perfil que são informações que fornecem o contexto geral para a compreensão do desempenho organizacional, incluindo sua estratégia, perfil e governança. Informações sobre a forma de gestão, dados cujo objetivo é explicitar o contexto no qual deve ser interpretado o desempenho da organização numa área específica. E por fim, os indicadores de desempenho, que expõem informações sobre o desempenho econômico, ambiental e social da organização passíveis de comparação. Sugere-se que as organizações sigam essa estrutura ao compilar seus relatórios, embora outros formatos possam ser escolhidos. Sobre os indicadores, o desempenho econômico analisa a dimensão econômica da sustentabilidade se refere aos impactos da organização sobre as condições econômicas de seus stakeholders e sobre os sistemas econômicos em nível local, nacional e global. Os indicadores econômicos ilustram: o fluxo de capital entre diferentes stakeholders e os principais impactos econômicos da organização sobre a sociedade como um todo. O desempenho ambiental analisa a dimensão ambiental da sustentabilidade se refere aos impactos da organização sobre sistemas naturais vivos e não-vivos, incluindo ecossistemas, terra, ar e água. Os indicadores ambientais abrangem o desempenho relacionado a insumos (como material, energia, água) e a produção (emissões, efluentes, resíduos). Além disso, abarcam o desempenho relativo à biodiversidade, à conformidade ambiental e outras informações relevantes, tais como gastos com meio ambiente e os impactos de produtos e serviços. E para o desempenho social, a dimensão social da sustentabilidade se refere aos impactos da organização nos sistemas sociais nos quais opera, identificando aspectos referentes a práticas 8

trabalhistas, direitos humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto. A figura 2 a seguir mostra esquematicamente como deve ser avaliada a abrangência da aplicação do relatório da GRI. Figura 2 - Árvore de decisão para estabelecimento da abrangência do relatório. Fonte: GRI, 2006. Alguns pontos sobre este tipo de relatório precisam ser considerados, como a forma e periodicidade do mesmo, já que o relatório de sustentabilidade é uma publicação única e consolidada que apresenta de maneira razoável e equilibrada o desempenho da organização em determinado período de tempo. Os stakeholders devem ter fácil acesso a todas as informações do relatório, a partir de um único local, como o sumário de conteúdo da GRI. Não devem ser citadas outras publicações como fonte de informações para um item do conteúdo do relatório (um indicador de desempenho, por exemplo), a menos que se forneça o meio para que o stakeholder acesse diretamente a informação (como um link para uma página da internet ou o número da página de uma publicação correspondente). Não há tamanho definido para um relatório no padrão GRI, desde que a organização tenha aplicado adequadamente as diretrizes e os documentos da estrutura que decidiu utilizar. Para meio de divulgação, podem ser utilizadas as versões eletrônicas (CD-ROM, por exemplo) ou publicadas na internet, assim como as impressas em papel, os quais são meios apropriados para a divulgação de relatórios. As organizações também podem utilizar uma 9

combinação de mídias com relatórios publicados na internet e também impressos em papel ou somente uma mídia. Por exemplo, uma organização pode publicar um relatório detalhado em seu site e fornecer impresso um sumário executivo, incluindo sua estratégia, sua análise e informações sobre o desempenho. A escolha dependerá das decisões da organização acerca do período coberto pelo relatório, seus planos de atualização de conteúdo, os prováveis usuários do relatório e fatores práticos, como a estratégia de distribuição, por exemplo. Mas pelo menos uma mídia (internet ou papel) deve propiciar aos usuários acesso ao conjunto completo de informações referentes ao período coberto pelo relatório. A primeira empresa a utilizar os indicadores GRI no Brasil foi a Natura Cosméticos, onde a mesma é pioneira na questão de sustentabilidade na Amazônia, utilizando as comunidades de pequenos produtores rurais para a fabricação da sua matéria prima. Atualmente, destacam-se ainda empresas tais como a Anglo American Brasil, empresa de mineração que desde de 2004 publica relatórios, e bancos como o Banco Bradesco que publica o seu desde 2001 e inclusive organizações no ramo de energia como a CPFL Energia (relatório publicado em 2000), além da Sadia, empresa no ramo alimentício que publicou o seu primeiro relatório em 2005. Essas empresas buscam aperfeiçoar seus relatórios, estabelecendo metas para a publicações de novos relatório em níveis mais elevados do GRI. Este nível de relatório pode variar de B até A+ com verificações de externas e internas dos seus relatórios. 7. A iniciativa da análise de indicadores de sustentabilidade no Pará No cenário estadual, o setor empresarial ainda apresenta uma cultura resistente a demonstrativos de indicadores que possam comprometer a imagem da organização, principalmente com relação às questões ambientais. Porém, foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento Regional (NUPAD) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o projeto de pesquisa intitulado O Diagnóstico da Sustentabilidade Empresarial: uma aplicação da metodologia GRI tendo como objetivo geral mensurar a sustentabilidade dentro de empresas agroindustriais na Região Metropolitana de Belém (RMB) PA. Caracterizando um passo adiante no estudo da sustentabilidade empresarial em nosso estado, o desafio é conseguir sensibilizar 50 empresas agroindustriais localizadas na RMB, que estão em constante avaliação em relação aos impactos de suas atividades, o meio ambiente e a comunidade. Com métodos adequados questionários para mensurar (quantitativamente e qualitativamente) e diagnosticar a sustentabilidade, a pesquisa contribuirá para uma avaliação crítica de sua eficiência produtiva e dos impactos derivados das atividades das empresas estudadas. Neste aspecto, faz se necessário esclarecer que a agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-primas provenientes da agricultura, pecuária, aqüicultura ou silvicultura, cujo grau de transformação varia amplamente em função dos objetivos das empresas agroindustriais. Para cada uma dessas matérias-primas, a agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor, e em comparação a outros segmentos industriais da economia, apresenta uma certa originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias-primas: sazonabilidade, perecibilidade e heterogeneidade. Devido a grande relevância deste setor a utilização de relatórios de sustentabilidade e a preocupação com a preservação ambiental auxiliará no estabelecimento de uma boa reputação das empresas, pois no cenário econômico atual e com a divulgação de informações sobre a preservação ambiental a partir de ONGs, o consumidor tem despertado para a escolha de produtos mais sustentáveis. A visão de que a variável ambiental pode ser um elemento indutor 10

da busca de competitividade, e se a empresa se adianta a introduzir a variável ambiental dentro do seu processo produtivo, ela cria uma imagem positiva e, mesmo lança produtos no mercado com características ambientais desejáveis. 8. Considerações Finais No estado do Pará, não encontramos registros passíveis de publicação de relatórios de sustentabilidade pelo método da GRI no setor empresarial. Esta situação é específica as empresas de porte estadual. Porém, as empresas com porte nacional e internacional, atuantes neste contexto, apresentam a utilização de relatórios colocados de forma geral a todas as suas unidades correspondentes, não fornecendo portanto informações detalhadas quanto ao contexto local. A utilização dos métodos de indicadores, tem efeitos virtuosos: a) antecipação das ameaças e preservação de riscos, pois quando uma empresa conhece risco do impacto, ela pode se preparar melhor para a prevenção deste risco e desta forma manter a boa reputação que a empresa possui; b) redução de custos, devido a implementação de processos produtivos mais limpos com práticas de redução de energia, água e recursos naturais; c) inovação, a partir de cada ameaça que pode ser vista como uma oportunidade, levando à inserção de melhorias; d) vantagem competitiva de mercado, diferenciação e aumento do valor da marca, permitindo o posicionamento de empresa em novas tecnologias, possibilitando a valorização da imagem da organização; e) reputação, empresas que valorizam a sustentabilidade empresarial tendem a criar uma boa reputação em relação aos seus clientes; f) o aumento no desempenho econômico financeiro, devido a valorização da marca, entre outros. A GRI, através do projeto do NUPAD, vem a contribuir com o divulgação do relatório de sustentabilidade empresarial, apresentando ao setor agroindustrial a importância e necessidade de corresponder às expectativas da sociedade com produtos ambientalmente corretos e qualidade de vida as comunidades em torno deste processo industrial. A relação custobenefício vem a ser o desafio dos resultados do relatório e permite o uso de dados pertinentes a avaliação dos seus stakeholders, estabelecendo assim uma sintonia entre empresa e sociedade. Referências BRUNDTLAND, Harlem GRO. Relatório Brundtland: Our Common Future, 1987. EMBRAPA. Meio Ambiente, Construção Participativa de Indicadores de Sustentabilidade disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/repositorio/ferraz_young_marques_skorupa_construcaoid- 8TiTlAx3nY.pdf>. Acesso: abril/2010. EMBRAPA. Resultados do trabalho do Índice de Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.is.cnpm.embrapa.br/apresentacoes/is_resultados.pdf>. Acesso: abril/2010. GRI. Sustainability Reporting Guidelines. In: http://www.globalreporting.org IBGE, Pesquisa Industrial Mensal Produção Física. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional/default.shtm Acesso em: abril de 2010. LAVILLE, E. A. Empresa Verde. 1.ed. São Paulo: Õte, 2009. RIBEIRO, A. L. Modelo de indicadores para mensuração do desenvolvimento sustentável na Amazônia. Belém-PA, 2002. 280f. Tese - UFPA/NAEA/PDTU. Disponível em: <http://www.gpa21.org/br/pdf/adagenor- TeseCompleta.pdf >. Acesso: abril/2010. 11

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