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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 770.613 - PR (2005/0114432-0) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON PROCURADOR : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTRO(S) ADVOGADO : LUCYANNA JOPPERT LIMA LOPES E OUTRO(S) EMENTA TRIBUTÁRIO DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE E PAGO NO VENCIMENTO DCTF OU GFIP LANÇAMENTO SUPLEMENTAR CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO CONFIGURADO. 1. Não se configura o dissídio jurisprudencial quando inexiste similitude fática entre acórdãos confrontados. 2. Em se tratando de tributo lançado por homologação, tendo o contribuinte declarado o débito através de Declaração de Contribuições de Tributos Federais DCTF, Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social GFIP ou documento equivalente e não pago no vencimento, considera-se desde logo constituído o crédito tributário, tornando-se dispensável a instauração de procedimento administrativo e respectiva notificação prévia. 3. Entretanto, se o valor declarado foi integralmente recolhido no vencimento, discordando o Fisco do montante, deve proceder ao lançamento suplementar, constituindo regularmente o crédito tributário através de procedimento administrativo, não sendo possível inscrever, de imediato, o débito na dívida ativa. 4. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça "A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira, Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com a Sra. Ministra Relatora. Brasília-DF, 12 de junho de 2007 (Data do Julgamento) MINISTRA ELIANA CALMON Relatora Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 1 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 770.613 - PR (2005/0114432-0) PROCURADOR : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTROS ADVOGADO : LUCYANNA JOPPERT LIMA LOPES E OUTROS RELATÓRIO A EXMA. SRA. MINISTRA ELIANA CALMON: - Trata-se de recurso especial interposto, com base nas alíneas "a" e "c" do permissivo constitucional, contra acórdão do TRF da 4ª Região assim ementado (fl. 323): MANDADO DE SEGURANÇA. ENTREGA DE GFIP. EXPEDIÇÃO DE CND. RECOLHIMENTO A MENOR. O recolhimento de contribuição previdenciária em valor inferior aquele declarado em GFIP é impeditivo da expedição de CND, tendo em vista que a entrega da guia constitui o crédito, dispensando seu lançamento. Porém, se o pagamento obedeceu os limites da declaração, é o INSS diverge dos valores, cabe a devida constituição do crédito, antes da qual é abusiva a negativa da certidão. Aponta o INSS contrariedade aos arts. 142 e 205 do CTN, sustentando ser desnecessária a instauração de um procedimento administrativo-fiscal para a verificação do que o contribuição já declarou na GFIP, cabendo a imediata inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa. Como paradigmas colaciona diversos julgados que consagram a tese de que o tributo declarado e não pago pode ser inscrito na dívida ativa independentemente de notificação. Após as contra-razões, subiram os autos por força de agravo de instrumento. Relatei. Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 2 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 770.613 - PR (2005/0114432-0) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON PROCURADOR : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTROS ADVOGADO : LUCYANNA JOPPERT LIMA LOPES E OUTROS VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA ELIANA CALMON (RELATORA): - A jurisprudência desta Corte é uníssona em afirmar que, declarado e não pago o débito no vencimento, a confissão do débito pelo contribuinte equivale à constituição do crédito tributário, podendo ser imediatamente inscrito em dívida ativa, independentemente de qualquer procedimento por parte do Fisco. Nesse sentido, colaciono, a título exemplificativo, os seguintes arestos: TRIBUTÁRIO. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA (CTN, ART. 138). TRIBUTO DECLARADO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. DISSENSO JURISPRUDENCIAL SUPERADO. SÚMULA 168/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. A jurisprudência assentada no STJ considera inexistir denúncia espontânea quando o pagamento se referir a tributo constante de prévia Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF ou de Guia de Informação e Apuração do ICMS GIA, ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei. Considera-se que, nessas hipóteses, a declaração formaliza a existência (= constitui) do crédito tributário, e, constituído o crédito tributário, o seu recolhimento a destempo, ainda que pelo valor integral, não enseja o benefício do art. 138 do CTN. Precedentes da 1ª Seção: EREsp 511340/MG, Min. Luiz Fux, DJ 20.02.2006; EAg 454429/RS, Min. João Otávio de Noronha, DJ 06.02.2006; AGERESP 638069/SC, Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 13.06.2005; AgRg nos EREsp 332.322/SC, 1ª Seção, Min. Teori Zavascki, DJ de 21/11/2005. 2."Não cabem embargos de divergência quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado" (Súmula 168/STJ). 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg nos EREsp 804.785/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27.09.2006, DJ 16.10.2006 p. 281) TRIBUTÁRIO. CSLL. DECLARAÇÃO DO DÉBITO PELO CONTRIBUINTE. FORMA DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, INDEPENDENTE DE QUALQUER OUTRA PROVIDÊNCIA DO FISCO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DATA DE ENTREGA DA DCTF. 1. A apresentação, pelo contribuinte, de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DCTF (instituída pela IN-SRF 129/86, atualmente regulada pela IN8 SRF 395/2004, editada com base no art. 5º do DL 2.124/84 e art. 16 da Lei 9.779/99) ou de Guia de Informação e Apuração do ICMS GIA, ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de constituição do crédito tributário, dispensada, para esse efeito, qualquer outra providência por parte do Fisco. A falta de recolhimento, no devido prazo, do valor correspondente ao crédito tributário assim regularmente constituído acarreta, entre outras conseqüências, as de (a) autorizar a sua inscrição em dívida ativa; (b) fixar o termo a quo Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 3 de 7

do prazo de prescrição para a sua cobrança; (c) inibir a expedição de certidão negativa do débito; (d) afastar a possibilidade de denúncia espontânea. 2. Não pago o débito, ou pago a menor, torna-se imediatamente exigível, incidindo, quanto à prescrição, o disposto no art. 174, do CTN, de modo que, decorridos cinco anos da data do vencimento sem que tenha havido a citação na execução fiscal, estará prescrita a pretensão. 3. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 695.605/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06.03.2007, DJ 26.03.2007 p. 207) TRIBUTÁRIO EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL DÉBITO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE E NÃO PAGO NO VENCIMENTO DCTF PRESCRIÇÃO TERMO INICIAL. 1. Em se tratando de tributo lançado por homologação, tendo o contribuinte declarado o débito através de Declaração de Contribuições de Tributos Federais (DCTF) e não pago no vencimento, considera-se desde logo constituído o crédito tributário, tornando-se dispensável a instauração de procedimento administrativo e respectiva notificação prévia. 2. Divergências nas Turmas que compõem a Primeira Seção no tocante ao termo a quo do prazo prescricional: a) Primeira Turma: a partir da entrega da DCTF; b) Segunda Turma: da data do vencimento da obrigação. 3. Hipótese dos autos que, por qualquer dos entendimentos está prescrito o direito da Fazenda Nacional cobrar seu crédito. 4. Recurso especial provido. (REsp 644.802/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 27.03.2007, DJ 13.04.2007 p. 363) TRIBUTÁRIO. TRIBUTO DECLARADO E NÃO-PAGO. LANÇAMENTO PELO FISCO. DESNECESSIDADE. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. SÚMULA N. 83 DO STJ. 1. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, considera-se constituído o crédito tributário no momento da declaração realizada pelo contribuinte. 2. A declaração do contribuinte elide a necessidade da constituição formal do crédito tributário, sendo este exigível independentemente de qualquer procedimento administrativo, de forma que, não sendo o caso de homologação tácita, não se opera a incidência do instituto da decadência (CTN, art. 150, 4º), incidindo apenas prescrição nos termos delineados no art. 174 do CTN. 3. "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida" Súmula n. 83 do STJ. 4. Recurso especial conhecido pela alínea "a"e improvido. (REsp 567.737/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 07.11.2006, DJ 04.12.2006 p. 279) TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS DO DEVEDOR. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS INFORMADAS EM DECLARAÇÃO. DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO. DESNECESSIDADE DE LANÇAMENTO. REDIRECIONAMENTO CONTRA O SÓCIO. CITAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. PRESCRIÇÃO. 1. Em se tratando de tributo lançado por homologação, ocorrendo a declaração do contribuinte e na falta de pagamento da exação no vencimento, mostra-se incabível aguardar o decurso do prazo decadencial para o lançamento. Tal declaração elide a necessidade da constituição formal do débito pelo Fisco, podendo este ser imediatamente inscrito em dívida ativa, tornando-se exigível, independentemente de qualquer procedimento administrativo ou de notificação ao contribuinte. Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 4 de 7

2. O redirecionamento da execução contra o sócio deve dar-se no prazo de cinco anos da citação da pessoa jurídica, sendo inaplicável o disposto no art. 40 da Lei n.º 6.830/80 que, além de referir-se ao devedor, e não ao responsável tributário, deve harmonizar-se com as hipóteses previstas no art. 174 do CTN, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal. Precedentes. 3. Recurso especial provido. (REsp 851.410/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 19.09.2006, DJ 28.09.2006 p. 245) Na hipótese dos autos, entretanto, a situação fática é diversa pois, segundo o Tribunal a quo, o contribuinte pagou exatamente o que foi declarado na GFIP e, por isso, entendeu que, divergindo o INSS dos valores declarados e pagos, indispensável o procedimento administrativo para o regular lançamento. Nessas circunstâncias, não configurada a divergência jurisprudencial porque o recorrente não demonstrou a similitude fática entre o acórdão recorrido (que trata de débito declarado e pago no vencimento) e os paradigmas (que cuidam de débito declarado e não pago no vencimento). Apelação. Entendo absolutamente correto o encaminhamento dado pelo Tribunal de Ora, se o contribuinte pagou exatamente o montante do tributo que entende devido e foi declarado em DCTF, se o Fisco, ao proceder à fiscalização, discordar desses valores, deve proceder ao lançamento suplementar, o que, obviamente, não prescinde do necessário procedimento administrativo para regular constituição do crédito tributário, não podendo ser inscrito em imediatamente em dívida ativa, o que ocorreria se os valores declarados em DCTF não tivessem sido pagos no vencimento. Autorizam esse entendimento os seguintes julgados: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONSTITUIÇÃO. DCTF. COMPENSAÇÃO. CERTIDÃO DE REGULARIDADE FORMAL. OMISSÃO. 1. Não se pode concluir que houve omissão quando o Tribunal a quo examina a matéria posta nos autos de modo claro e suficientemente fundamentado, analisando todas as questões relevantes e pertinentes para a solução da controvérsia. 2. Em se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, ocorrendo a declaração do contribuinte por DCTF, torna-se desnecessária a constituição formal do débito pelo Fisco. 3. Se o valor informado não corresponder ao valor do tributo exigido ou se o indébito estiver em dissonância com o título judicial, a Fazenda Nacional deverá realizar lançamento suplementar, não podendo o valor devido ser inscrito imediatamente em dívida ativa. 4. Recurso especial improvido. (REsp 414.082/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 27.02.2007, DJ 08.03.2007 p. 183) Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 5 de 7

TRIBUTÁRIO. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, DECLARADOS E NÃO PAGOS PELO CONTRIBUINTE. NASCIMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO. 1. A declaração unilateral do contribuinte sobre ser devedor, constitui de per si o crédito tributário, dispensando todo e qualquer lançamento, impingindo à obrigação declarada exigibilidade imediata. 2. Assentou com acerto o aresto recorrido, no sentido de que "não há há emitir-se CND ou CPD-EN, visto tratar-se a diferença entre o valor declarado e o efetivamente recolhido débito incontroverso". 3. Declarado o débito e efetivado o pagamento, ainda que a menor, não se afigura legítima a recusa, pela autoridade fazendária, da expedição de CND antes da apuração prévia do montante a ser recolhido. Isto porque, conforme dispõe a legislação tributária, o valor remanescente, não pago pelo contribuinte, pode ser objeto de apuração mediante lançamento. 4. Diversa é a hipótese como a dos autos em que apresentada declaração ao Fisco, por parte do contribuinte, confessando a existência de débito e não efetuado o correspondente pagamento, interdita-se legitimamente a expedição de Certidão Negativa de Débito. 5. Recurso Especial desprovido. (REsp 651.985/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19.04.2005, DJ 16.05.2005 p. 249) provimento. Com essas considerações, conheço em parte do recurso e, nessa parte, nego-lhe Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2005/0114432-0 REsp 770613 / PR Números Origem: 200370000609095 200500872690 200504010184350 PAUTA: 12/06/2007 JULGADO: 12/06/2007 Relatora Exma. Sra. Ministra ELIANA CALMON Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. DULCINÉA MOREIRA DE BARROS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO PROCURADOR : CARLOS DOS SANTOS DOYLE E OUTRO(S) ADVOGADO : LUCYANNA JOPPERT LIMA LOPES E OUTRO(S) ASSUNTO: Tributário - Certidão Negativa de Débito - INSS CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira, Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com a Sra. Ministra Relatora. Brasília, 12 de junho de 2007 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: 698363 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 29/06/2007 Página 7 de 7