CURSO ON-LINE - PROFESSOR: DEUSVALDO CARVALHO. No nosso encontro de hoje resolvo questões de receita exigidas no último concurso do MPU/2010.



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Transcrição:

QUESTÕES DE RECEITAS PÚBLICAS MPU - 2010 Prezado amigo concursando! Sucesso e sorte na conquista de seu sonho! No nosso encontro de hoje resolvo questões de receita exigidas no último concurso do MPU/2010. Reflexão! Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido. Dalai Lama Bons estudos! Em relação às receitas públicas, julgue os itens a seguir. 1. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO) O cancelamento de restos a pagar e o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício em que o evento ocorreu. Entende-se por cancelamento de Restos a Pagar a baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores em contrapartida com uma variação ativa. Não se confunde com a recuperação de despesa de exercícios anteriores. A recuperação de despesas orçamentárias de exercícios anteriores é o recebimento de disponibilidades provenientes de devoluções de recursos pagos a maior. Nesse caso, trata-se de uma receita orçamentária. O cancelamento de restos a pagar ocorre, em geral, no exercício seguinte ao de sua inscrição. Tal cancelamento gera variação ativa aumentativa, ou seja, aumenta o patrimônio líquido. Trata-se, em realidade, do restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida referente às receitas arrecadadas em exercício anterior. Analisando o comando da questão podemos extrair os seguintes conhecimentos: 1. Considerando-se o enfoque orçamentário o cancelamento de restos a pagar não gera receita orçamentária, mas sim variação ativa aumentativa. Pelo enfoque da contabilidade pública e em obediência 1

ao regime de competência considera-se receita, haja vista a extinção de um passivo sem concomitante desaparecimento de um ativo de valor igual. 2. Cancelamento de restos a pagar não se confunde com a recuperação de despesa de exercícios anteriores. Estas referem-se ao recebimento de disponibilidades provenientes de devoluções de recursos pagos a maior e são receitas orçamentárias do exercício de seu recebimento. 2. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO) O estágio do recolhimento de uma receita pública corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro, efetuada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. São estágios da receita: lançamento, arrecadação e recolhimento. O Manual da Receita Nacional, Portaria Conjunta STN/SOF nº 3/2008, informa as seguintes etapas da receita: a. Planejamento b. Execução b.1. Lançamento b.2. Arrecadação b.3. Recolhimento c. Controle e Avaliação Confecção do orçamento: previsão da receita a ser auferida. Etapa de reconhecimento da receita e de efetivo recolhimento aos cofres públicos. Comparação entre planejamento e execução. Fiscalização da aplicação da receita. A etapa do planejamento da receita compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária. O lançamento consiste no procedimento administrativo onde se verifica a procedência do crédito fiscal, quem é o devedor e quando ele deverá cumprir sua obrigação de pagamento. A arrecadação ocorre no momento em que o contribuinte ou devedor efetua o pagamento. O recolhimento ocorre no momento em que o agente arrecadador transfere o recurso ao ente. Controle e Avaliação Trata-se mais de uma etapa do processo de gestão orçamentária do que uma fase que a receita propriamente percorre. Depois de planejado e executado o orçamento, o governo deve avaliar o seu desempenho, comparando: planejamento x execução. A doutrina ainda considera o estágio da previsão 2

Conclusão: O estágio do recolhimento de uma receita pública corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro. Porém, efetuada somente pelos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. 3. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO) O produto da arrecadação de uma única receita orçamentária pode ser subdividido em mais de uma fonte de recursos. Perfeito! O produto da arrecadação de uma única receita orçamentária pode ser subdividido em mais de uma fonte de recursos, a exemplo das receitas de serviços que tem como fonte tanto o Tesouro quanto uma pessoa jurídica de direito privado. Atenção! Atualmente não mais existe a classificação da natureza da receita por fonte de recursos. Porém, existem fontes de recursos. Exemplo: Recursos do Tesouro e recursos de outras fontes pessoas jurídicas de direito privado. 4. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO) A dívida ativa é formada pelo conjunto de obrigações do Tesouro Nacional perante terceiros, desde que regularmente constituídas, formalizadas e reconhecidas. A afirmação contida no comando da questão é completamente contrária ao conceito de dívida ativa. Dívida ativa refere-se a direito da Fazenda Pública perante terceiros, já o conjunto de obrigações do Tesouro Nacional perante terceiros refere-se a dívidas públicas, ou seja, obrigações do Tesouro Nacional. 5. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO) Quando o poder de tributar e arrecadar tributos pertence a um ente, mas a aplicação dos recursos correspondentes pertence a outro, a classificação como receita tributária deve ocorrer no ente tributante. No ente beneficiário ou aplicador, deve ser registrado o recebimento dos recursos como receita tributária ou de transferência, conforme o caso. A situação mencionada no comando da questão geralmente ocorre em relação aos impostos que a CF/88 estabelecem como obrigação de repartição, a exemplo do ICMS. O Estado é o Ente que possui o poder de tributar e arrecadar, porém, os Municípios também aplicam tais recursos. Neste caso, ao arrecadar 3

esta receita o Estado a classifica como sua receita tributária. Quando o Município receber o produto de sua participação deve registrar a referida receita como tributária. Existem situações que o Município deve classificar a receita como transferências recebidas, a exemplo de participações em exploração de recursos minerais. Acerca de receita pública, julgue os próximos itens. 6. (CESPE MPU/2010 ANALISTA DE ORÇAMENTO) Os estágios da receita orçamentária são previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. Entretanto, o lançamento, que tem origem fiscal, não se aplica a todas as receitas orçamentárias, mas basicamente às receitas tributárias, conforme dispõe o Código Tributário Nacional. Observação importante! Pode-se verificar no comando da questão que o CESPE considera a PREVISÃO como um dos estágios da receita. Nem todas as receitas passam pelo estágio do lançamento, inclusive algumas receitas tributárias, a exemplo do Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física. As receitas NÃO tributárias, a exemplo das receitas patrimoniais, de serviços, industrial etc. não percorrem o estágio do lançamento. Nestas situações o governo as arrecadas através dos serviços prestados ou produtos vendidos. 7. (CESPE MPU/2010 ANALISTA DE ORÇAMENTO) A classificação por fontes de recursos é um procedimento que consiste em agrupar os recursos extraorçamentários, não sendo aplicado aos recursos orçamentários. Pegadinha! A classificação da receita por fontes de recursos é classificação tipicamente para as receitas ORÇAMENTÁRIAS. Não existe classificação por fonte de recursos para as receitas extraorçamentárias. Atualmente não mais existe a classificação da receita por fonte de recursos. Porém, existe fonte de recursos. Exemplo: Recursos do Tesouro. Observe a atual classificação da receita: 1º Nível Categoria Econômica 2º Nível Origem 3º Nível Espécie 4º Nível Rubrica 5º Nível Alínea 6º Nível Subalínea 4

8. (CESPE MPU/2010 ANALISTA DE ORÇAMENTO) São consideradas receitas correntes, entre outras, as tributárias, as industriais, as agropecuárias e patrimoniais que envolverem a conversão, em espécie, de bens e direitos. Questão bastante simples! Uma simples leitura do art. 11, parágrafos 1º E 2º, da lei 4.320/64 esclarece o que foi solicitado no comando da questão. Observe: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Analisando as regras do 2º acima pode-se observar que ao contrário do que se afirma na questão, a conversão, em espécie, de bens e direitos é despesa de capital. O orçamento público registra a estimativa das receitas e das despesas administradas pelo Estado. Acerca desse assunto, julgue os próximos itens. 9. (CESPE MPU/2010 ANALISTA ATUARIAL) Na execução da receita, destaca-se o lançamento, que é a entrega, realizada pelos contribuintes aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. O lançamento é um estágio a ser percorrido por todas as receitas que ingressam no orçamento público. O lançamento é um dos estágios/etapas de execução da receita. O lançamento consiste no procedimento administrativo onde se verifica a procedência do crédito fiscal, quem é o devedor e quando ele deverá cumprir sua obrigação de pagamento. Geralmente as receitas tributárias percorrem o estágio do lançamento, porém, nem todas as receitas tributárias passam pelo 5

estágio do lançamento, a exemplo do Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física. As receitas NÃO tributárias, a exemplo das receitas patrimoniais, de serviços, industrial etc. não percorrem o estágio do lançamento. Segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 10. (CESPE MPU/2010 ANALISTA ATUARIAL) A receita orçamentária, sob as rubricas próprias, engloba todas as receitas arrecadadas e que não possuem caráter devolutivo, inclusive as provenientes de operações de crédito. Por sua vez, os ingressos extraorçamentários são aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público, exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Questão muito bem elaborada! Primeiramente o conceito de receita pública orçamentária. São aquelas arrecadadas e que possuem as seguintes características: Incorporação definitiva aos cofres públicos; Representam elemento novo e positivo; Em geral causam variação ativa, fato contábil modificativo aumentativo; Arrecadação constante, ou seja, ocorre de forma permanente; Não possui caráter devolutivo. Em seguida o comando da questão conceitua receita extraorçamentária, quais sejam: Não incorporam definitivamente aos cofres públicos; Representam recursos de terceiros; Representam fato contábil permutativo; Arrecadação esporádica, ou seja, ocorre de forma casual; Possui caráter devolutivo. 11. (CESPE MPU/2010 ANALISTA ATUARIAL) Considere que o governo isente equipamentos de informática do imposto sobre produtos industrializados (IPI). Nessa situação, haverá perda de receitas correntes no orçamento público. Perfeito! Todas as receitas tributárias provenientes das espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e de contribuições são receitas correntes. 6

Assim, a isenção de impostos para qualquer tipo de produto ocasionará perda específica de receita em relação a espécie tributária. Digo perda específica porque a perda de arrecadação de determinado imposto poderá ser compensada pela arrecadação maior de outra espécie. Julgue os itens seguintes, que versam acerca de receita e despesa públicas, à luz do que estabelece a Lei nº. 4.320/1964. 12. (CESPE MPU/2010 ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Conforme a categoria econômica da receita ou da despesa pública, os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a custear despesas de capital podem ser considerados receitas de capital. Atenção ao comando da questão! Observe que se menciona claramente: Conforme a categoria econômica da receita ou da despesa pública.... Realmente, conforme a categoria econômica (receita corrente ou de capital), os recursos recebidos de outras pessoas jurídica de direito público ou privado destinados a custear despesas de capital podem ser considerados receitas de capital. Por quê? É porque atende perfeitamente as regras estabelecidas na Lei nº 4.320/64, art. 11, 1º e 2º. Observe: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Portanto, classifica-se como receita de capital os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a custear despesas de capital. 7

13. (CESPE MPU/2010 ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) A dívida ativa constitui-se dos passivos da fazenda pública, para com terceiros, não pagos no vencimento, que são inscritos em registro próprio, após apurada sua exigibilidade. A dívida ativa constitui-se dos direitos (ativos) da fazenda pública, obrigações de terceiros para com a Fazenda Pública. Representa créditos direitos a receber provenientes de tributos ou de outras receitas, que não foram pagos no vencimento. Neste caso, devem ser inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza. Julgue os itens seguintes, que tratam dos aspectos técnicos e legais das receitas públicas. 14. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) As receitas recebidas que não pertencerem ao ente arrecadador, quando transferidas a seus legítimos proprietários, devem ser registradas na contabilidade do ente arrecadador em contas redutoras de receita, à exceção dos tributos recebidos indevidamente a maior, cuja restituição deve ser consignada como despesa pública. O critério geral utilizado para registro da receita orçamentária é o do ingresso de disponibilidades. Se a receita arrecadada possuir parcelas a serem destinadas a outros entes, a transferência deverá ser registrada como dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor. A contabilidade aplicada ao setor público utiliza conta redutora de receita orçamentária para evidenciar o fluxo de recursos da receita orçamentária bruta até a líquida, em função de suas operações econômicas e sociais. No âmbito da administração pública, a dedução de receita orçamentária é utilizada nas seguintes situações, entre outras: 1. Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente; 2. Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertencem a outro ente, de acordo com a lei vigente (neste caso, a contabilização também pode ser como despesa). São receitas recebidas que não pertencerem ao ente arrecadador: 1. As receitas extraorçamentárias; 2. Os recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas 8

que pertencem a outro ente. Portanto, as receitas recebidas que não pertencerem ao ente arrecadador, quando transferidas a seus legítimos proprietários, devem ser registradas na contabilidade do ente arrecadador em contas redutoras de receita, INCLUSIVE os tributos recebidos indevidamente a maior. 15. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em receitas correntes e de capital. Pegadinha do CESPE! Questão que parece simples, porém, até mesmo um candidato experiente pode cair. Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em: Composta por 8 dígitos, nos 6 níveis, conforme demonstrado abaixo: 1º nível Categoria econômica X 2º nível Origem Y 3º nível Espécie Z 4º nível Rubrica W 5º nível Alínea TT 6º nível Subalínea KK Quanto à categoria econômica é que a receita se divide em receitas correntes e de capital. 16. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) Se um contribuinte não pagar a parcela de determinado imposto até o vencimento, os juros de mora devidos no momento do pagamento devem ser contabilizados em outras receitas correntes. Perfeito! Multas e juros de mora (atraso no pagamento de dívida tributária ou não) devem ser classificados, conforme a Portaria STN nº 163/01 como outras receitas correntes. Observe: 1900.00.00 Outras Receitas Correntes 1910.00.00 Multas e Juros de Mora 1920.00.00 Indenizações e Restituições 1921.00.00 Indenizações 1921.09.00 Outras Indenizações 1922.00.00 Restituições 1930.00.00 Receita da Dívida Ativa 1931.00.00 Receita da Dívida Ativa Tributária 9

1932.00.00 Receita da Dívida Ativa Não-Tributária A dívida ativa da fazenda pública consiste no conjunto de créditos que o Estado tem com terceiros. A respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem. 17. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) O ato administrativo da inscrição do crédito na dívida ativa produz efeitos de natureza contábil, material e processual. Perfeito! A inscrição de crédito da Fazenda Pública na dívida ativa gera registro contábil do direito a receber, evidenciado no Balanço Patrimonial. Produz ainda efeitos processuais porque será cobrada pela PGFN. Assim, recebe um número de processo para fins de acompanhamento e controle. Terá efeito material porque no prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite. 18. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) A prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente. O 3º, do art. 2º, da Lei 6.830/80 estabelece que a inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. Portanto, conforme a norma acima citada, a prescrição do crédito tributário não pode ser interrompida se a inscrição da dívida ativa for efetivada por órgão incompetente. 19. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) O direito de inscrever créditos na dívida ativa e cobrá-los pela via executiva judicial é estendido às autarquias e empresas públicas. 10

O direito de inscrever créditos na dívida ativa e cobrá-los pela via executiva judicial é estendido às autarquias, porém, NÃO extensivos às empresas públicas. Observe o que estabelece a Lei 6.830/80: LEI N o 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980. Dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. Atualmente a dívida ativa das Fundações de direito público também será executada/cobrada pela PGFN. 20. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) A notificação de lançamento tributário dirigida ao contribuinte constitui ato que implica o exercício de uma pretensão de liquidez do crédito correspondente. O lançamento é uma das etapas da receita pública. Consiste no procedimento administrativo onde se verifica a procedência do crédito fiscal, quem é o devedor e quando ele deverá cumprir sua obrigação de pagamento. Porém, nem toda receita requer lançamento para que seja arrecadada, a exemplo das receitas de serviços. Quando o contribuinte recebe a notificação do lançamento de determinado tributo, a exemplo do IPTU, este ato do poder público tem uma pretensão. Tal pretensão significa arrecadar receitas no caso de crédito cuja liquidez não haja dúvida ou que a administração pública pelo menos tenha certeza razoável. No caso da dívida ativa, a inscrição do crédito para fins de cobrança implica a presunção de certeza e liquidez, porém, o contribuinte pode ilidir por prova inequívoca tanto a liquidez quanto a certeza. Observe tais regras (lei 6.830/80): Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. Dada a grande variedade de ingressos públicos, a classificação da receita abriga circunstâncias bastante distintas da mera arrecadação tributária ou da transferência intergovernamental de recursos. Com relação a esse assunto, julgue os próximos itens. 11

21. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) A apropriação da variação cambial positiva de empréstimos concedidos deve ser classificada como receita de serviços. Questão bastante difícil! O autor foi buscá-la no manual da receita nacional. Primeiramente deve-se entender que apropriar significa contabilizar. Como contabilizar a apropriação de variação cambial positiva de empréstimos concedidos? A apropriação da variação cambial positiva de empréstimos concedidos constitui-se em um ingresso extra-orçamentário, pois se trata de valores que afetam o patrimônio, mas ainda não foram realizados financeiramente. Assim, o reconhecimento dessa variação cambial positiva constitui um acréscimo patrimonial. Somente quando da realização financeira desse acréscimo que aparece a figura da receita. Seguem abaixo os registros contábeis adequados: Reconhecimento da variação cambial positiva: D Ativo Empréstimos Concedidos C Variação Ativa Recebimento do Empréstimo D Caixa C Receita de Capital D Variação Passiva C Ativo Empréstimos Concedidos Portanto, a apropriação da variação cambial positiva de empréstimos concedidos deve ser classificada como receita extraorçamentária. 22. (CESPE MPU/2010 TÉCNICO DE ORÇAMENTO) Se a União recebe recursos para a amortização de um empréstimo concedido a terceiros, o valor deve ser classificado como receita corrente, no agrupamento correspondente à receita patrimonial. Apesar de confuso o comando da questão, mas refere-se a uma das origens de receita de capital AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS. A amortização de registra o valor total da receita relativa à amortização de empréstimos concedidos em títulos e contratos. 12

Em outras palavras, é o ingresso proveniente da amortização, ou seja, parcela referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos. A ORIGEM é uma subdivisão da categoria econômica. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: Fique com Deus! 13