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Transcrição:

ANO XXIX - 2018-4ª SEMANA DE JULHO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2018 ASSUNTOS CONTÁBEIS PROVISÃO DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - ASPECTOS CONTÁBEIS... Pág. 417 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO - DECRED - NORMAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO... Pág. 419

ASSUNTOS CONTÁBEIS Sumário 1. Introdução; 2. Definição e Tratamento Contábil da Provisão; 3. Forma de Contabilização. 1. INTRODUÇÃO PROVISÃO DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO Aspectos Contábeis Também denominada como gratificação de Natal, o décimo terceiro salário é concedido anualmente aos empregados, e tem como base de cálculo o valor da remuneração mensal integral ou o valor da aposentadoria. Nos itens a seguir trataremos sobre os aspectos contábeis da provisão para o Décimo Terceiro Salário de acordo com a Resolução nº 1.180/2009 e outras fontes citadas no texto. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. DEFINIÇÃO E TRATAMENTO CONTÁBIL DA PROVISÃO Conforme o item 11 da Resolução CFC Nº 1.180/2009, que aprova a NBC TG 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e estabelece o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contigentes e Ativos Contigentes, a provisão é tratada da seguinte forma: a) as provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) porque há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por contraste: a.1) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou recebidos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e a.2) os passivos derivados de apropriações por competência (accruals) são passivos a pagar por bens ou serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exemplo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que nas provisões. Os passivos derivados de apropriação por competência (accruals) são freqüentemente divulgados como parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente. Logo, o tratamento dado para o Décimo Terceiro Salário é o mesmo para as férias, se enquadrando no conceito de passivos derivados de apropriação por competência (accruals), devendo ser contabilizados não mais com a denominação de provisão mais sim, com a denominação de a pagar. Sendo assim, a provisão do décimo terceiro salário deve ser contabilizada mensalmente com base no tempo transcorrido, apropriando-se, mensalmente, de um doze avos do valor da remuneração. Os encargos deverão ser lançados como despesa no resultado em contrapartida da provisão, até o que o efetivo pagamento ocorra. 3. FORMA DE CONTABILIZAÇÃO A contabilização poderá ser feita da seguinte forma: a) Pelo registro da apropriação mensal do décimo terceiro salário D- Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) C- Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) b) Pelo registro do INSS sobre o décimo terceiro salário D- INSS s/ Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE JULHO 30/2018 417

C- INSS s/ Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) c) Pelo registro do FGTS sobre o décimo terceiro salário D- FGTS s/ Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) C- FGTS s/ Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) d) Pelo pagamento da primeira parcela do Décimo Terceiro Salário D- Adiantamento de Décimo Terceiro Salário (Ativo Circulante) c) Pelo registro da transferência do FGTS incidente sobre o adiantamento de Décimo Terceiro Salário D- FGTS s/ Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) C- FGTS a Recolher (Passivo Circulante) d) Pela baixa da provisão do décimo terceiro salário até o limite do seu saldo D- Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) C- Salários a Pagar (Passivo Circulante) e) Pelo registro da diferença do total provisionado e o total devido D- Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) C- Salários a Pagar (Passivo Circulante) f) Pelo registro do desconto do INSS devido (empregado) D- Salários a Pagar (Passivo Circulante) C- INSS a Recolher - empregado (Passivo Circulante) g) Pelo registro do desconto do IRRF devido pelo empregado D- Salários a Pagar (Passivo Circulante) C- IRRF a Recolher (Passivo Circulante) h) Pelo registro da baixa do adiantamento do Décimo Terceiro Salário feito aos empregados D- Salários a Pagar (Passivo Circulante) C- Adiantamento de Décimo Terceiro Salário (Ativo Circulante) i) Pelo registro da transferência do INSS S/ Décimo Terceiro Salário provisionado D- INSS s/ Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) C- INSS a Recolher (Passivo Circulante) j) Pelo registro da transferência do FGTS S/ Décimo Terceiro Salário provisionado D- FGTS s/ Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante) C- FGTS a Recolher (Passivo Circulante) k) Pelo registro da diferença do INSS sobre o Décimo Terceiro Salário provisionado e o devido D- INSS s/ Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) C- INSS a Recolher (Passivo Circulante) l) Pelo registro da diferença do FGTS sobre o Décimo Terceiro Salário provisionado e o devido D- FGTS s/ Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado) C- FGTS a Recolher (Passivo Circulante) m) Pelo registro do pagamento do valor líquido da folha de Décimo Terceiro Salário IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE JULHO 30/2018 418

D- Salários a Pagar (Passivo Circulante) n) Pelo registro do pagamento do INSS devido D- INSS a Recolher (Passivo Circulante) o) Pelo registro do pagamento do FGTS devido D- FGTS a Recolher (Passivo Circulante) p) Pelo registro do recolhimento do IRRF devido D- IRRF a Recolher (Passivo Circulante) Fundamentos Legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA Sumário 1. Instituição; 2. Obrigatoriedade da Apresentação; 3. Informações Que Deve Conter; 4. Operações Dispensadas de Informação; 5. Forma e Prazo de Apresentação; 6. Alteração de Dados Informados; 7. Falta ou Atraso da Apresentação; 8. Guarda Das Informações. 1. INSTITUIÇÃO DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO - DECRED Normas Gerais de Apresentação Foi instituída, por meio da Instrução Normativa SRF nº 341, de 15 de julho de 2003 (DOU de 16.07.2003), a Declaração de Operações com Cartões de Crédito - DECRED, cujas normas de apresentação examinaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO A DECRED deverá ser apresentada pelas administradoras de cartões de crédito. Para esse efeito, considera-se administradora de cartões de crédito: a) em relação aos titulares dos cartões de crédito, a pessoa jurídica emissora dos respectivos cartões; b) em relação aos estabelecimentos credenciados, a pessoa jurídica responsável pela administração da rede de estabelecimentos, bem assim pela captura e transmissão das transações dos cartões de crédito. 3. INFORMAÇÕES QUE DEVE CONTER As administradoras de cartão de crédito prestarão, por intermédio da DECRED, informações sobre as operações efetuadas com cartão de crédito, compreendendo a identificação dos usuários de seus serviços e os montantes globais mensalmente movimentados, observado o seguinte: a) a identificação será efetuada, em relação aos titulares dos cartões de crédito e aos estabelecimentos credenciados, pelo número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); b) o montante global mensalmente movimentado compreende o somatório dos: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE JULHO 30/2018 419

b.1) pagamentos efetuados no mês pelos titulares dos cartões, pessoa física ou jurídica, a qualquer título, independente da natureza jurídica da operação, inclusive decorrentes de acordos de caráter judicial ou extrajudicial, em relação a todos os cartões emitidos, inclusive adicionais; b.2) repasses efetuados no mês a todos os estabelecimentos credenciados, pessoa física ou jurídica, deduzindose os valores correspondentes a comissões, aluguéis, taxas e tarifas devidas à administradora de cartão de crédito; c) na hipótese da mesma pessoa jurídica ser responsável pela emissão dos cartões de crédito e administração da rede de estabelecimentos credenciados, as informações deverão ser apresentadas por intermédio de uma única DECRED; d) as informações relativas aos titulares dos cartões de crédito serão apresentadas de forma individualizada por fatura emitida para o usuário. 4. OPERAÇÕES DISPENSADAS DE INFORMAÇÃO As administradoras de cartões de crédito poderão desconsiderar as informações em que o montante global movimentado no mês seja inferior aos seguintes limites: a) para pessoas físicas, R$ 5.000,00 (cinco mil reais); b) para pessoas jurídicas, R$ 10.000,00 (dez mil reais). Esse limite deverá ser considerado em relação a todos os estabelecimentos da mesma pessoa jurídica; c) não deverão ser objeto de informação na DECRED operações efetuadas: c.1) com cartões de débito; c.2) com cartões de compras emitidos por pessoa jurídica cuja utilização seja restrita à aquisição de produtos e serviços junto aos seus estabelecimentos ou de empresas ligadas, denominadas private label. 5. FORMA E PRAZO DE APRESENTAÇÃO A DECRED deverá ser apresentada, em meio digital, mediante a utilização da versão 1.1 do Programa Gerador da Declaração de Operações com Cartões de Crédito (DECRED), disponível na Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br>: a) até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações em relação ao segundo semestre do ano anterior; e b) até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações em relação ao primeiro semestre do ano em curso. De acordo com o art. 1º, inc. XIX, da Instrução Normativa RFB nº 969/2009, com as alterações introduzidas pelas Instruções Normativas nºs 995/2010, 1.036/2010 e 1.075/2010, é obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido, para a apresentação da Declaração de Operações com Cartão de Crédito (DECRED) para fatos geradores ocorridos a partir do 1º semestre de 2010. 6. ALTERAÇÃO DE DADOS INFORMADOS A alteração de declaração já entregue será efetivada mediante apresentação de declaração retificadora (DECRED-Retificadora), que conterá todas as informações anteriormente declaradas, ainda que não sujeitas à alteração, bem assim as informações a serem adicionadas, se for o caso. A DECRED-Retificadora substituirá, integralmente, as informações apresentadas na declaração anterior, vedada a complementação. 7. FALTA OU ATRASO DA APRESENTAÇÃO A não apresentação da DECRED ou sua apresentação de forma inexata ou incompleta sujeitará a administradora de cartão de crédito às seguintes penalidades: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE JULHO 30/2018 420

a) R$ 50,00 (cinquenta reais) por grupo de 5 (cinco) informações inexatas, incompletas ou omitidas; b) R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração, independentemente da sanção prevista na letra a, na hipótese de atraso na entrega da DECRED; c) as multas serão: c.1) apuradas considerando o período compreendido entre o dia seguinte ao término do prazo fixado para a entrega da declaração até a data da efetiva entrega; c.2) majoradas em 100% (cem por cento), na hipótese de lavratura de auto de infração; d) na hipótese de lavratura de auto de infração, caso a pessoa jurídica não apresente a declaração, serão lavrados autos de infração complementares até a sua efetiva entrega; e) a omissão de informações, o retardo injustificado ou a prestação de informações falsas na DECRED configura hipótese de crime nos termos do art. 10 da Lei Complementar nº 105/2001, e do art. 2º da Lei nº 8.137/1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 8. GUARDA DAS INFORMAÇÕES As instituições declarantes deverão conservar cópia dos sistemas utilizados para processamento das movimentações mensais, bem assim das bases de dados processadas, de forma a possibilitar a recomposição e justificativa das informações constantes na DECRED, enquanto perdurar o direito da Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE JULHO 30/2018 421