Fenômeno Religioso. Pontos de partida ao Fenômeno Religioso



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Transcrição:

Fenômeno Religioso Joachim Andrade Plenitude por toda parte. Da plenitude origina-se plenitude. Quando a plenitude se origina da plenitude, a plenitude permanece. Om Paz. paz. paz. (Invocação precedendo o lsa Upanishad) Pontos de partida ao Fenômeno Religioso James Frazer Natureza é Regular Magia se baseia na confiança a do homem poder controlar a natureza. Religião é reconhecimento da impotência humana.

Experiência da Morte Malinowski Surgimento da religião está na sacralização da morte. Morte traz crise na vida dos indivíduos duos Duas atitudes: Preservar o morto por causa da ligação afetiva Romper a ligação afetiva com o morto por causa decomposição. Emile Durkheim A religião é um todo formado de partes, portanto sós pode ser definido em relação às s partes que o formam. Os fenômenos elementares produzem o sistema de união, formando o todo. Os fenômenos religiosos ordenam-se naturalmente em duas categorias fundamentais: crenças e ritos, as primeiras sendo representações e as segundas sendo os modos de determinada ação. Todos os tipos de crenças têm um caráter comum de classificação das coisas ideais ou reais, que os homens apresentam em dois gêneros opostos usando os termos sagrado e profano. As coisas sagradas são aquelas que os interditos protegem e isolam; as coisas profanas aquelas às s quais esses interditos se aplicam e que devem permanecer à distância das primeiras. Essa divisão parte da compreensão do mundo em dois domínios: um tudo o que é sagrado e um tudo o que é profano.

Causa da diversidade Contexto geográfico do planeta que se encontra com cinco regiões diferentes Terra FértilF Deserto Montanhas Florestas Litoral Modo de viver Povo se fixa no lugar, pouca mobilidade, pois terra oferece tudo Terra FértilF

Modo de viver O sustento é oferecido pelas estepes. Criação de gado e rebanho. Algumas árvores frutíferas. feras. Montanha Modo de sustento: Pesca - Vida arriscada. Litoral

Floresta Modo de viver Frutas das árvores e caça. a. Vivencia grupal. Modo de viver Nada cresce, portanto o povo sempre em movimento em busca do algo melhor. Deserto

Pluralidade étnicas Uma abordagem islâmica que narra sobre a diversidade das etnias humanas que se encontra em seguinte forma: Contudo os árabes dizem que o anjo Gabriel, enviado pelo Senhor à terra para levar a argila necessária para a confecção do homem, não levou quantidade suficiente. O senhor então enviou o anjo Miguel, mas também m este não levou argila suficiente do planeta Terra. Então, o senhor enviou um terceiro anjo o anjo da morte que levou finalmente a argila necessária para poder modelar o homem. Deus tinha pois três espécies de argila, trazida por três anjos diferentes, por isso os homens não podiam ser parecidos. Uns eram de argila negra, outros de argila vermelha e outros de argila clara como o caulino de que é feita a porcelana. Mas não háh só diferença de cor. As qualidades não são as mesmas. HáH argila salgada da beira mar, a argila fértil, f a argila amarga e a argila doce. E assim uma humanidade variada saiu das diferentes matérias primas. Mas o homem saiu das mãos do mesmo Escultor e foi criado a partir da mesma imagem. Problemas de classificações Na opinião do professor Frank Usarski, em época de globalização, a questão da origem das religiões e, com isso, a dicotomização entre religiões ocidentais e religiões orientais é cada vez menos relevante. As classificações utilizadas para compreender melhor o conteúdo de cada tradição, o seu contexto e a aplicação do conteúdo.

Religiões antigas Totemismo, Politeísmo, Animismo, Magismo. Essas religiões não tem nada escrito, enfatizam a tradição oral. É Proibido que algo esteja escrito. Religiões do extremo oriente Hinduísmo ------------------- l500 a.c Budismo -----------------------500 a.c. Jainismo ------------------------500 a.c. Taoísmo ------------------------500 a.c. Confucionismo ------- ---------500 a.c. Xintoísmo ----------------- Pré-hist história Parsis (Zoroastrianismo)---- l000 a.c. Sikhismo ---------------------- l510 d.c.

Religiões do deserto Judaísmo smo--------- l250 a. C. Cristianismo ---- l a 50 d.c Islã --------------- 622 d.c Todas têm uma origem comum. Um Deus monoteísta, que cria e governa o mundo. Seu surgimento encontra-se na região árida que influenciou na construção de sua crença Religiões de origem Africana Religiões Africanas Religiões afro-brasileiras: Umbanda e Candomblé

Atitudes Filosóficas Perfect Liberty (Tokuharu Miki) Japão Zen Budismo, Seicho-No No-Iê - fonte Budismo. Yôga, Ananda Marga, Hare Krishna, Commune do Osho Rajneesh, Sai Baba, Sociedade Teosófica - Fonte Hinduísmo Movimentos pentecostais, Igreja Messiânica Cristianismo Rosa Cruz, Maçonaria, Nova Era, etc Pontos universais do Fenômeno Religioso Dois fatores - a experiência do conflito - a experiência da solidão A experiência da solidão me faz relacionar. Para que as relações sejam harmônicas estabelecem-se se as regras. O desejo criado pelas sensações leva o ser humano para quebrar as regras. Exemplo seria a experiência no Jardim do Êden.

Experiência do conflito A experiência da dualidade, representa a partir das duas posições das serpentes. Vertical e Horizontal Regras e quebra das regras. Solidão A A fenomenologia, considera a solidão como base fundamental da existência humana, direciona sua atenção numa forma analítica para os processos dos quais os indivíduos duos superam ou transcendem sua solidão no mundo e vêm a partilhar sua experiência com os outros (Kapferer,1986,p.188). A solidão também m pode ser interpretada como ausência do outro. Procuro o outro para preencher minha experiência da ausência. Percebemos aqui mais uma faceta do diálogo: uma forma para sair da solidão. Para isso, a cultura coloca a disposição do indivíduo duo diversos mecanismos: amizades, relações, casamentos, e outros métodos. Na esfera religiosa, também m podemos aplicar essa definição do diálogo como oposto à solidão. O indivíduo duo experimenta a ausência da divindade, e preenche essa ausência com oração, ritos ou outros meios.

Duas imagens de Deus Deus Infinito: portanto não podemos falar nada sobre Ele. Deus vazio: portanto podemos falar muita coisa sobre Ele. Os múltiplos m nomes que atribuímos a Ele Alá,, Javé.. Brahma, Pai, Olorum etc,devido a essa imagem. Todo nosso conhecimento, oração, rituais e sacramentos giram ao redor dessa segunda imagem. Prática do Diálogo Ponte filosófica fica e histórica limitação histórica e ao mesmo tempo possibilidade de ter uma única realidade em todas nelas. Ponte místicom stico-religiosa o Divino se faz presente na experiência mística m de todas as religiões. Ponta da prática da ética- material de construção está em todas as religiões.