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Transcrição:

fls. 183 Autos n 0300155-82.2018.8.24.0218 Ação: Mandado de Segurança/PROC Impetrante: Luzerna Instalações Elétricas Ltda Me Impetrado: Dorival Ribeiro dos Santos e outro SENTENÇA RELATÓRIO LUZERNA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA ME, qualificada nos autos, impetrou mandado de segurança contra o PREFEITO MUNICIPAL DE CATANDUVAS, também qualificado. Alegou, em síntese, que: a) por decisão do impetrado, foi inabilitada no procedimento licitatório n. 3/2018, destinado à contratação de empresa para execução de projeto de ampliação da rede de iluminação pública; b) sua inabilitação fundou-se no suposto descumprimento do item 6.3.4 do respetivo edital, que exige dos candidatos comprovante de cadastramento na CELESC, CRC; c) embora o referido comprovante tenha sido apresentado, o impetrado entendeu que lhe faltava o cadastramento no subgrupo 2.1.48, referente à execução de serviços de construção e reforma de rede de distribuição aérea com rede compacta; d) todavia, não está prevista no edital a necessidade de cadastramento nesse subgrupo específico. Requereu a concessão de mandado liminar para que seja habilitada provisoriamente no certame e, ao final, a cassação do ato coator praticado pelo impetrado. reais). Deu à causa o valor de R$ 225.000,00 (duzentos e vinte e cinco mil Juntou documentos (fls. 11 a 85).

fls. 184 liminar (fls. 86 a 89). Sobreveio decisão que deferiu o pedido de concessão de mandado Notificado, o impetrado apresentou informações (fls. 115 a 118), sustentando que: a) o CRC apresentado pela impetrante não lhe permite executar serviços em "rede de distribuição aérea com rede compacta", os quais integram o objeto da licitação, conforme respectivo edital; e b) conquanto o edital não especifique, presume-se evidente que o CRC a ser apresentado pelos licitantes deve autorizar-lhes a executar todos os serviços que compõe o objeto da licitação. Requereu seja denegado o mandado de segurança. A impetrante peticionou nos autos, requerendo a alteração do valor dado à causa (fls. 149 a 151). Por fim, o Ministério Público lavrou parecer pela denegação da segurança (fls. 179 a 182). É o relatório. Decido. FUNDAMENTAÇÃO Trata-se de mandado de segurança impetrado por Luzerna Instalações Elétricas Ltda Me contra Prefeito Municipal de Catanduvas. Inicialmente, vale lembrar que o mandado de segurança presta-se "[...] a proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público" (CF, art. 5º, inc. LXIX), e, ainda, "[...] sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça" (Lei n. 12.016/2009,

fls. 185 art. 1º). No caso, a impetrante alega que sua inabilitação no procedimento licitatório n. 3/2018 consistiu em violação de direito líquido e certo, já que cumpriu todos os requisitos previstos no respectivo edital (fls. 23 a 45). Consta do parecer da procuradoria do Município de Catanduvas, acolhido pelo impetrado como fundamento para inabilitação da impetrante (fls. 77 a 80), que o certificado de registro cadastral da impetrante na CELESC CRC (fl. 65) não inclui o subgrupo 2.1.48, referente à execução de "serviços de construção e reforma de rede de distribuição aérea com rede compacta", muito embora esses serviços estejam previstos no projeto de ampliação de iluminação pública (fls. 121 a 144), cuja execução é objeto do procedimento licitatório n. 3/2018, segundo item 1.1 do respectivo edital. Oficiada por este Juízo, a CELESC informou que o certificado concedido à impetrante "[...] não inclui execução de redes compactas. Conforme projeto de ampliação de rede para o distrito industrial II, anexo à licitação (e ao email), será instalada rede de média tensão compacta e de baixa tensão multiplexada, além da IP" (fl. 107). Como se vê, malgrado o item 6.3.4, alínea "i", do edital da licitação sub judice exija genericamente a apresentação de "Comprovante de cadastramento da proponente junto à CELESC (CRC - Comprovante de Registro Cadastral)" (fl. 27), consta expressamente do projeto eletromecânico a ser executado pelo licitante vencedor a descrição de serviços em "Rede Média Tensão Compacta em Espaçadores" (fl. 130). Nesse contexto, é certo que, ao inscrever-se em procedimento licitatório, deve o licitante estar ciente das obrigações que pretende assumir. Assim, não há como a impetrante alegar desconhecimento sobre o projeto de serviços em "Rede Média Tensão Compacta", tampouco sobre a necessidade de estar cadastrada na CELESC para realização de tais serviços, que integram o

fls. 186 subgrupo 2.1.48. Segue daí, logicamente, que o cumprimento do requisito de habilitação relacionado à apresentação de "Comprovante de cadastramento da proponente junto à CELESC" (item 6.3.4, alínea "i", do edital) pressupõe a compatibilidade entre os serviços para os quais a impetrante foi cadastrada na CELESC e os serviços descritos no projeto cuja execução ela pretende assumir. Note-se que tal compatibilidade não carece estar prevista no edital licitatório para ser necessária, pois ela consiste em pressuposto lógico e, como tal, não precisa estar positivada para ter validade jurídica assim como não precisa estar previsto no edital que, se o licitante não cumprir os requisitos para habilitação, estará ele inabilitado. Não bastasse isso, a própria Lei n. 8.666/1993 dispõe que: Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: II - qualificação técnica; Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação [...]; Ademais, uma vez encerrada a fase de habilitação, de pouco adianta a impetrante apresentar novo comprovante de cadastramento, incluindo o subgrupo 2.1.48 (fl. 172), haja vista a preclusão temporal e consumativa que já se operou. Tampouco lhe assiste a alegação de que os critérios técnicos para cadastramento no subgrupo 2.1.48 são iguais aos dos subgrupos em que já estava cadastrada (fl. 152), porquanto a Administração não está obrigada e nem teria condições técnicas de averiguar, em procedimento licitatório, semelhantes alegações é para isso, inclusive, que servem as certidões exigidas na fase de habilitação: para atestarem fatos cuja constatação é inviável à Administração. Sendo assim, conclui-se que a decisão do impetrado que inabilitou

fls. 187 a impetrante no procedimento licitatório n. 3/2018 está de acordo com o respectivo edital e a legislação vigente, não havendo qualquer violação a direito líquido e certo da impetrante, razão por que o presente mandado de segurança deve ser denegado. DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo improcedente, com resolução do mérito (CPC, 487, inc. I), o mandado de segurança impetrado por LUZERNA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS LTDA ME contra o PREFEITO MUNICIPAL DE CATANDUVAS, e, consequentemente, revogo a liminar deferida (fls. 86 a 89). 82, 2º). Condeno a impetrante a pagar as despesas processuais (CPC, art. Sem honorários advocatícios (Lei n. 12.016/2009, art. 25). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se. Catanduvas (SC), 13 de junho de 2018. JOSÉ ADILSON BITTENCOURT JUNIOR Juiz de Direito