LEGISLAÇÃO APLICADA À AGU

Documentos relacionados
Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Matéria / Aula: Funções Essenciais da Justiça Advocacia e Defensória Pública / Aula 26. Aula 26. Advocacia Pública

Livro Eletrônico. Aula 00. Legislação Relativa p/ AGU (Vários Cargos) Professor: Ali Mohamad Jaha DEMO

Curso: LEGISLAÇÃO DO MPU. Profª Lidiane Coutinho MÓDULO I: O MINISTÉRIO PÚBLICO NA COSTITUIÇÃO FEDERAL- ANÁLISE ESTRUTURAL

Da Advocacia Pública arts , e Seção III Da Advocacia e da Defensoria Pública arts

Aula Sobre os órgãos que exercem as chamadas funções essenciais da Justiça é INCORRETO afirmar:

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Funções Essenciais à Justiça Arts. 127 a 135, CF/88

STF CNJ STJ TST STM TSE TRT TRE TJM JEF JEC

O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Seção II Das Atribuições do Presidente da República Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


Supremo Tribunal Federal (Instância Extraordinária) Conselho Nacional de Justiça (administrativo: não exerce jurisdição) Justiça Comum

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (29/08/2018). Jurisdição.

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 11

Mediação, conciliação e arbitragem em matéria tributária

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes


ORLANDO JR. DIREITO CONSTITUCIONAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Instituições de direito FEA

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA: DEFENSORIA PÚBLICA E

Direito Constitucional II Profª. Marianne Rios Martins FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. - Ministério Público - Advocacia Publica. - Defensoria Publica

(Atenção Links não estão ativos) Tribunais Superiores. Justiça Federal. União Internacional do Notariado Latino Colégio Notarial do Brasil

As estruturas judiciárias em contraste I (Brasil) Tinka Reichmann

START TRIBUNAIS Direito Constitucional - Aula 01 Rodrigo Menezes PODER JUDICIÁRIO Arts. 92 a 126, CF/88

A União Federal em Juízo. Editora Lumen Juris. 354:347.9(81) S728u 3.ed.

*93F61B8B* PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PROF. ELYESLEY SILVA. Módulo introdutório para concursos

DIREITO CONSTITUCIONAL

O Papel da Procuradoria Federal na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis MARCELO MENDONÇA PROCURADOR-GERAL SUBSTITUTO

O Ministério Público e a Defensoria Pública. Procuradorias. Advocacia


PARCERIA E COMPROMISSO

SUMÁRIO. Língua Portuguesa

DIREITO CONSTITUCIONAL AULA DEMONSTRATIVA TRE/TO

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Professor Wisley Aula 08

Direito Processual Civil

Legislação Aplicada ao MPU e CNMP

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO PERFIL CONSTITUCIONAL LEI ORGÂNICA DA AGU

Sumário 1. CONSTITUCIONALISMO,CONSTITUIÇÃO E CLASSIFICAÇÕES

Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função

Exercícios de Fixação Controle de Constitucionalidade

CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL 2014

SUMÁRIO. Língua Portuguesa. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Linguagem verbal e não verbal...3

Noções de Direito Constitucional Parte 2 Prof. André Vieira

PROCESSO PENAL ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR.

MEDIDAS DE NÃO JUDICIALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Fernando Luiz Albuquerque Faria Advogado-Geral da União Substituto

Edital Verticalizado - MPU Página 1 de 14

Supremo Tribunal Federal STF Artigo 101

20/11/2014. Direito Constitucional Professor Rodrigo Menezes AULÃO DA PREMONIÇÃO TJ-RJ

ESTUDA A ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONTROLE DE CONTEÚDO CONCURSOS LEGISLATIVOS ÁREA ADMINISTRATIVA

LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL: OS PODERES

Informativo comentado: Informativo 935-STF (RESUMIDO)

Judicialização no setor elétrico e interlocução com os governos

Prof. Raul de Mello Franco Jr. - UNIARA PODER EXECUTIVO. 3ª aula. Prof. Raul de Mello Franco Jr.

08/04/2017 GILCIMAR RODRIGUES LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU

Professor: GILCIMAR Matéria: Legislação Aplicada ao MPU

DIREITO 4º PERÍODO BIBLIOGRAFIA BÁSICA

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Profa. Adriana Rodrigues

Sem Vínculo com a Administração Pública

Conteúdo PDFs Lei Seca Livros Questões Revisão

Edital Verticalizado - MPU Página 1 de 16

MPU Revisão de Legislação

Aula 31 PODER JUDICIÁRIO. 1 Ministro do STJ, que é o Corregedor do CNJ, indicado pelo próprio Tribunal;

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO PROCESSUAL PENAL

ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CELULARES DO DR. DIÓGENES GOMES: e

LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V

CONHECIMENTOS BÁSICOS LÍNGUA PORTUGUESA

DIREITO CONSTITUCIONAL

SUMÁRIO. Língua Portuguesa

Faço saber, que a Câmara Municipal de Frei Martinho, aprovou e eu sanciono o seguinte Projeto de Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

LEGISLAÇÃO DO MPU. Lei Orgânica do MPU. Conselho Nacional do Ministério Público. Prof. Karina Jaques

DIREITO ELEITORAL. Ministério Público Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

COMISSÃO NACIONAL DE ESTÁGIO E FORMAÇÃO

TRF SUMÁRIO. Língua Portuguesa. Ortografia oficial Acentuação gráfica Flexão nominal e verbal... 28/43

Lei complementar nº 35,

Aula 36 PODER JUDICIÁRIO. Os Juizados especiais cíveis têm competência para as causas de menor complexidade.

Súmario. Teoria da Constituição e das Normas Constitucionais Poder Constituinte e Direito Constitucional Intertemporal...

Aula 09 MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. Com organização simétrica ao Poder Judiciário, o Ministério Público foi concebido pela

A EQUIPE. A equipe é capacitada para atender seus clientes através de soluções voluntárias ou contenciosas. VALORES

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL

Lawyer Diários. Abrangências e Cadernos

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria do Estado de São Paulo em Brasília Gabinete do Procurador do Estado Chefe

DIREITO ELEITORAL. Justiça Eleitoral Composição do TSE e competências originárias. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

CONTROLE DE CONTEÚDO - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1ª REGIÃO TJAA

Direito Constitucional

COMPETÊNCIA DO STF E STJ NA CONSTITUIÇÃO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

GABARITO DEFINITIVO - Analista Legislativo da Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área VIII

ADVOCACIA PÚBLICA. CLAUDIO MADUREIRA Autor. Formato: 14,5x21,5 cm CÓDIGO: Prefácio Carlos Mário da Silva Velloso

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

MPE - RJ. Prof. Karina Jaques

Transcrição:

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO LEGISLAÇÃO APLICADA À AGU 1. A Advocacia Geral da União: 1.1. Perfil Constitucional: funções institucionais. 1.2. Lei Complementar n. 73/93, arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 9º e 10. 1.2.1. Noções básicas da composição de sua estrutura e atribuições: Órgãos de Direção Superior, Órgãos Auxiliares do Advogado-Geral da União e Órgãos de Execução de Atividades-fim. 1.3. Decreto n. 7.392/2010, Estrutura Regimental. 1.4. Lei n. 10.480/2002, arts. 9º e 10, e alterações: noções básicas das atribuições do Órgão Vinculado (Procuradoria-Geral Federal). VAMOS TRABALHAR RESPEITANDO A HIERARQUIA DAS NORMAS 1) Art. 131, da CF/88; 2) Arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 9º e 10, da LC 73/93; 3) Arts. 9º e 10, da Lei n. 10.480/2002; 4) Decreto n. 7.392/2010. PERFIL CONSTITUCIONAL DA AGU 1) Breve história da criação da AGU pela Assembleia Nacional Constituinte AGU não existia antes da CF/88. A Assembleia Nacional Constituinte criou a atual carta constitucional, promulgada em 5 de outubro de 1988, e visualizou a necessidade de se criar uma instituição para defesa da União em juízo. Antes, o Ministério Público acumulava as duas funções, e existia a possibilidade de ele estar em um só tempo no polo ativo (buscando a condenação) e no polo passivo (fazendo a defesa) da União. OObs.: Retirada do Ministério Público para se criar a Advocacia-Geral da União. As bases estão em 5 de outubro de 1988, no momento em que se publica o ato de promulgação da atual constituição. 1

OObs.: A Lei Orgânica da AGU só vem em 1993. 2) Colocação da AGU na tripartição de Poderes São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (a tripartição de função). Tema controverso: há uma parcela que acredita que a AGU está dentro do Poder Executivo, e outra parcela que acredita que como, segundo o art. 131, caput, a AGU tem a função institucional de representar judicial e extrajudicialmente a União (que significa Legislativo, Executivo e Judiciário e os órgão que integram as demais funções essenciais à Justiça Ministério Público e Defensoria Pública), não tem sentido ela estar no Poder Executivo fazendo a defesa dos demais poderes e dos órgãos autônomos que integram esse gênero chamado funções essenciais à Justiça, ou seja, acredita que a AGU está fora dos três poderes. A AGU é uma Instituição prevista pela Constituição Federal e tem natureza de Função Essencial à Justiça, não se vinculando, por isso, a nenhum dos três Poderes que representa. 3) Espécie do gênero Funções Essenciais à Justiça Título IV) Da Organização dos Poderes Capítulo IV) Das Funções Essenciais à Justiça Seção I) Do Ministério Público; (É o advogado, segundo Figueiredo Neto, da sociedade, fiscal da lei, que faz a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis). Seção II) Da Advocacia Pública; Seção III) Da Advocacia; Seção IV) Da Defensoria Pública. Advogados dos necessitados, defesa dos hipossuficientes. 2

OObs.: A AGU é uma espécie dentro do gênero funções essenciais à Justiça (vai fazer a defesa dos interesses do Estado em juízo, defesa da Fazenda Pública interesse público secundário). A Constituição trata, no Título I, dos princípios fundamentais; no Título II, dos direitos e garantias fundamentais; Título III, da organização do Estado; e, no Título IV, da organização dos poderes. O capítulo I trata do Poder Legislativo; o capítulo II, do Poder Executivo; o capítulo III, do Poder Judiciário; e o capítulo IV, do título IV, apresenta as funções essenciais à Justiça (que tem quatro seções). Para o curso, é interessante a seção II, que trata da Advocacia Pública. Seção II) Da Advocacia Pública: Art. 131 AGU Art. 132 Procuradorias dos Estados e do DF Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Órgão vinculados Procuradoria-Geral Federal e a Procuradoria-Geral do Banco Central. O caput do art. 131 é repetido pelo art. 1º da LC n. 73, de 10 de fevereiro de 1993 (Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União). Art. 1º A Advocacia-Geral da União é a instituição que representa a União judicial e extrajudicialmente. Parágrafo único. À Advocacia-Geral da União cabem as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Executivo, nos termos desta Lei Complementar. A AGU ATUA TANTO NA VERTENTE CONTENCIOSA COMO NA CONSULTIVA CONTENCIOSO (judicial e extrajudicial): União 3

UNIÃO = 3 Poderes e dos órgãos públicos que exercem função essencial à Justiça (Ministério Público e Defensoria Pública) REPRESENTAÇÃO JUDICIAL = defesa dos interesses da União, figura como autora, ré ou terceira interessada (Fazenda Pública em juízo). REPRESENTAÇÃO EXTRAJUDICIAL = defesa dos interesses da União perante entidades não vinculadas à Justiça, como órgãos administrativos da própria União, dos Estados ou Municípios. Chamado de contencioso administrativo, atuação da AGU perante o CNJ (órgão do Judiciário sem jurisdição tribunal administrativo de controle interno), CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), TCU (não são órgãos do Poder Judiciário). AS ATIVIDADES CONTENCIOSAS PELOS ÓRGÃOS DA AGU Link com a Lei Complementar. a. O AGU representa a União perante o STF (para o órgão máximo do poder judiciário, atua o órgão máximo da Advocacia-Geral da União); b. O PGU representa a União perante os Tribunais Superiores, salvo nas questões tributárias (Procurador-Geral da Fazenda Nacional PGFN); Tribunais que tenham Superior no nome (STJ, TST, TSE, STM); c. Os Procuradores Regionais representam a União junto aos Tribunais Regionais Federais nas cinco regiões, com sede no DF (TRF1), RJ (TRF2), SP (TRF3), RS (TRF4) e PE (TRF5); d. Os Procuradores-Chefes nos Estados representam a União junto à 1ª instância nas Capitais (Justiça Federal e Trabalhista); OObs.: Nas capitais que não sejam sede de um Tribunal Regional Federal. e. Os Procuradores Seccionais e Escritórios de Representação representam a União junto à 1ª instância no interior. 4

CONSULTIVO.: Poder Executivo. Presta consultoria jurídica, assessoramento jurídico ao Poder Executivo. Ministério quando a atuação é dos próprios Advogados da União e dos Procuradores da Fazenda Nacional. Autarquia e Fundações Públicas (Procurador Federal ou Procurador do Banco Central) A atuação consultiva da AGU visa: 1) dar segurança jurídica aos atos praticados pela Administração Pública direta e indireta de direito público, notadamente quanto à materialização das políticas públicas, à viabilização jurídica das licitações e dos contratos e, ainda, na análise de projetos de leis; 2) atividades de conciliação e arbitramento, cujo objetivo é o de resolver administrativamente os litígios entre a União, autarquias e fundações, evitando, assim, a provocação do Poder Judiciário. A AGU criou a CECAF (Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal) para tentar resolver celeumas e litígios que envolvam órgãos da Administração Pública que compreendam a judicialização do fato. Tem a preocupação imediata de dar juridicidade aos atos praticados pela Administração Pública. São órgãos que exercem atividades consultivas na AGU: Atividades consultiva: Poder Executivo. a. o Advogado-Geral da União, ao Presidente da República; (Órgão máximo do Poder Executivo) b. a Consultoria-Geral da União; (Macroestrutura do consultivo da União) c. as Consultorias Jurídicas da União nos Estados; (Prestam consultoria jurídica aos órgãos desconcentrados da Administração Direta) d. as Consultorias Jurídicas junto aos Ministérios; 5

OObs.: Fica dentro, mas não pertencem aos Ministérios (não há subordinação Ministro Estado). e. a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional junto ao Ministério da Fazenda (PGFN); Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material. 6