Pneumonia em Pediatria. Abordagem etiológica e terapêutica



Documentos relacionados
Pneumonia na Pediatria

Resultados de estudos sobre pneumonia na infância

Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Diretrizes Assistenciais. Diagnóstico e tratamento de pneumonia adquirida na comunidade em crianças

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PNEUMONIAS E BRONCOPNEUMONIAS

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina

Diretrizes Assistenciais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT

PNEUMONIAS. Maria João Rocha Brito. Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO

Doença falciforme: Infecções

Pneumonia adquirida na comunidade em crianças e adolescentes

PNEUMONIAS NA INFÂNCIA

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

Actualizado em * Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Pneumonias na criança

Dilemas Diagnósticos entre Tonsilite Viral e Bacteriana

Introdução. ATB na infância. ( Schappert, 1992 ). Primeiros anos de vida. ( Alho; Koivu; Sorri, 1991). Aleitamento materno. Creches e berçários.

Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A. Prof. EDSON GARRIDO

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC.

PREVALÊNCIA MICROBIANA EM DIVERSAS AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES DO CTI DE UM HOSPITAL MILITAR

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO. DICIONÁRIO DE DADOS - SINAN NET - Versão 4.0

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose

Infecções do trato respiratório

Nota Técnica: Prevenção da infecção neonatal pelo Streptococcus agalactiae (Estreptococo Grupo B ou GBS)

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

CAPÍTULO 7 : CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO COM INFECÇÃO

Protocolos Não Gerenciados

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

Meningite Bacteriana

RECOMENDACÕES PARA MANEJO DA TOSSE E RESFRIADO COMUM EM PEDIATRIA Pronto-atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein

Faringoamigdalites na Criança. Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia

PCR em Tempo Real (RT-PCR) para o diagnóstico laboratorial das meningites bacterianas

Momento II. ASF Região Sul. Assistência integral à saúde do recém-nascido e da criança. Prof. Dra. Ana Cecília Lins Sucupira

Profilaxia intraparto para EGB. Importância para o RN. Profª Drª Roseli Calil Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP

Bactérias Multirresistentes: Como eu controlo?

Capacitação. em Eventos. Situação Epidemiológica das. Meningites no Brasil. Área de Produção Editorial e Gráfica Núcleo de Comunicação

Doenças que necessitam de Precaução Aérea. TB pulmonar ou laríngea bacilífera Varicela / Herpes Zoster Sarampo

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética.

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou

Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infantil João Paulo II Hospital Felício Rocho Wilson Rocha Filho

HEPATITES. Prof. Fernando Ananias HEPATITE = DISTÚRBIO INFLAMATÓRIO DO FÍGADO

Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora:

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

03/07/2012. Mauro Gomes. Mauro Gomes. Mauro Gomes

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré

Dra Camila D B Piragine Pneumopediatria

Infecção Bacteriana Aguda do Trato Respiratório Inferior

CASO CLÍNICO PEDIATRIA II

Diretriz para Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) em Adultos Imunocompetentes

Calendário de Vacinação do Prematuro e da Criança

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET. Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes

INFECÇÕES PULMONARES NO IMUNOCOMPROMETIDO NÃO SIDA PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO. Importância do Tipo de Infiltrado.

Procedimento x CBO GASOMETRIA (APOS OXIGENIO A 100 DURANTE A DIFUSAO ALVEOLO-CAPILAR) Médico pneumologista

VACINAS ANTIPNEUMOCÓCICAS CONJUGADAS

Clostridium difficile: quando valorizar?

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014

Técnicas Moleculares

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DA ASMA BRÔNQUICA

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Cadernos UniFOA. Pneumonia: Tratamento e Evolução. Pneumonia: Treatment and Evolution

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC

Serviço de Pediatria HU-UFJF

ABORDAGEM DO RN COM FATOR DE RISCO PARA SEPSE PRECOCE

Diretrizes Assistenciais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP Curso de Graduação em Enfermagem Autorização em 04/12/00 Parecer No. 1115/00

ANÁLISE COMPARATIVA DA APLICABILIDADE DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS COM PNEUMONIA NOSOCOMIAL

Boletim Epidemiológico Julho/2015

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho

Política de Vacinação

Parte I Pneumonia adquirida na comunidade (PAC)

ARTIGO ORIGINAL. Resumo

Pneumonia Comunitária

Definição. Pneumonia. - Inflamação do parênquima pulmonar. -Causas: - infecciosas (vírus, bactérias, fungos),

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE RESUMOS PARA A VI JORNADA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS HDT/HAA

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE MEDICINA - BACHARELADO

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO H1N1

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

Transcrição:

Pneumonia em Pediatria Abordagem etiológica e terapêutica 1

Definindo o diagnóstico: - O que tratar, Quem tratar, Como tratar, Onde tratar 2

Fatores de risco para pneumonia Maternos Educação materna Desmame precoce Efetividade do pré-natal Ao sistema de saúde Diagnóstico precoce Efetividade do tratamento Ambientais Poluição Ambiental Doméstica Exposição à fumaça de cigarro Sazonalidade Contato com paciente com IVAS Paciente Prematuridade e baixo peso ao nascer Calendário vacinal incompleto Doenças prévias IVAS, Cardíacas, imunológicas, neurológicas, etc. Internação hospitalar Procedimentos invasivos Aspirações Acidentais Usuais : RGE, sinusopatias neuropatias 3

Definindo o diagnóstico Clínica Tosse, febre, dispnéia Fatores de risco para pneumonia Local de aquisição Domiciliar Hospitalar Radiologia Laboratório 4

Frequência respiratória e o diagnóstico de pneumonia Taquipneia como preditor de hipóxia em menores de 2 anos A presença de taquipnéia é preditor da necessidade de uso de 02 Mike S Archives of chilhood disease V82(1) Jan 2000 Taquipneia e o diagnóstico de pneumonia por Rx Taquipnéia isoladamente Sensibilidade: 74% Especificidade: 67% Em desnutridos: Sensibilidade: 83% Especificidade: 48% VPPositivo: 69% VPPositivo: 60% Miguel P, Héctor G, et al Archives of childhood disease V82(1) Jan 2000 5

Pneumonia bacteriana x viral Não há como diferenciar clinicamente de forma definitiva, pneumonia viral da bacteriana Pneumonias virais podem cursar com chiado, OMA e conjuntivite Avaliações laboratoriais de identificação do agente, são promissores Radiologia não diferencia, embora o padrão alveolar, pode ser indicativo, mais frequentemente,, de pneumonia bacteriana 6

Quem tratar Paciente com suspeita de pneumonia Idade Local de aquisição do agente Fatores de risco Período neonatal Menor de 5 anos Maior de 5 anos Intra uterina Domiciliar Hospitalar Doença de base Manipulação e procedimentos invasivos Uso de antibiótico prévio Epidemiologia para DIC ( Ex.TB) Etiologia provável colher material para bacterioscopia e cultura Tratamento geral específico 7

O que e Como tratar: Identificando o agente Microbiologia Imunologia Bacterioscopia Cultura com antibiograma Boa correlação de VAs e VAI na Fibrose Cística Obtenção de material Hemocultura Punção: aspiração pulmonar, pleural LBAlveolar Biópsia: pulmonar a céu aberto, transbrônquica Sorologia Pouco uso na prática clínica Pesquisa de antígenos Rápido, não se modifica com antibióticoterapia. Látex, CIE, Dot-ELISA 100% sensibilidade em L Pleural Marcadores da R Inflamatória PCR, IL-6, Pró-calcitonina DNA por PCR reacão em cadeia de polimerase Mais específicos 8

Diagnóstico de pneumonia hospitalar, segundo o agente identificado Agentes mais virulentos Necessidade de antibióticoterapia de amplo espectro Agentes mais encontrados VRS G(+):Stafilococos aureus G(-): E. coli, Klebsiella,Pseudomonas aeruginosa Salmonella, Shiguela, Serratia, Proteus, Enterobacter. Fungos: Cândida, Aspergillus Outros: P carinii, CMV Zar Hg et al: Nosocomial Pneumonae in Pediatric pacient: Pratical problem and rational solucions. Paediatr Drugs, 2002: 4(2) 9

Diagnóstico de pneumonia comunitária Avaliação comparativa de estudos em diferentes países Wu bbe l e t al Juven e t al Shaad et al CMV, EBV, He rpes, ente rovírus Influenzae A e B Adenovírus Rinovírus VRS M catarhallis C pneumoniae H influenzae tipo b S pneumoniae Horta e l al 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Rodrigues JC et all: Jornal de Pediatria- Vol 78, Supl 2, 2002 10

Diagnóstico de pneumonia comunitária, segundo o agente identificado 70 60 50 30 25 40 20 30 15 20 10 10 5 0 Viral Bacteriana M ista 0 Finlândia EUA Hortal et al-uruguai Schaad et al-europa Juven et al Finlândia Wubbel et al-eua S pneumoniae H influenzae S aureus M pneumoniae C pneumoniae VRS Rodrigues JC et all: Jornal de Pediatria- Vol 78, Supl 2, 2002 Migowski E et al: Educação Médica Continuada Infecções de vias aéreas Fascículo 1 pg 11 11

Características dos pacientes com pneumonia HU - UFPB Total de casos 113 Idade: Sexo: Tempo de internação: Fatores de risco identificados Amamentação: Fumante no domicílio: 18,5% Calendário vacinal: Uso de penicilina Derrame pleural empiematoso 12 63,9% menores de 2 anos 50,1% feminino 64,4% até 7 dias 30% fizeram uso até o 3o mês 29 com dados, 44,5% calendário completo 61 pacientes: 55,5% tratamento mantido Associação: 18% cloranfenicol Análise estatística ( < 0,05 ) Tempo de internação < 5 dias Pneumonia lobar situação vacinal completa Idade < 2 anos 12

Distribuição dos agentes etiológicos mais prováveis, por faixa etária, em pneumonias comunitárias Idade Agente provável Tratamento 0 28 dias Bacilos gran(-), Estreptococos do grupo B Vírus ( CMV, HSV ) Penicilina + aminoglicosídeo Oxacilina + aminoglicosídeo Internação hospitalar 1 a 3 meses 1 meses a 4 anos C trachomatis, S aureus, S pneumoniae, VSR, parainfluenzae S pneumoniae, H influenzae, S aureus, VSR para influenzae, adenovírus, influenzae Penicilina Penicilina + cloranfenicol Oxacilina + ceftriexona ou cloranfenicol Eritromicina Penicilina Oxacilina + ceftriexona ou cloranfenicol Eritromicina 5 a 15 anos S pneumoniae, M pneumoniae, Chalamydia Penicilina Eritromicina Migowski E et al: Educação Médica Continuada Infecções de vias aéreas Fascículo 1 pg 10 13

Derrame pleural Complicação frequente das pneumonias por S pneumoniae, H. influenzae, S aureus, S do grupo A Distribuição % quanto a etiologia da pneumonia no paciente com derrame pleural A etiologia pode ser determinada em até 76% dos casos Antibioticoterapia prévia, aumenta o risco de S pneumoniae resistente Anaeróbio, é agente raro em casos de derrame pleural Comunitário PCR parece ser um método útil na pesquisa etiológica em DPleurais S pneumoniae H influe nzae S aureus 4,2 2,1 3,1 Sptrepcocos sp 10,5 14 12 10 8 6 4 Cultura do líguido pleural Enterobactérias 36 Rodrigues JC. Derrames pleurais. Doenças pulmonares em pediatria São Paulo, Atheneu, 1999 2 0 S pneumoniae S aureus H influenzae Mocelin H.T., Fischer G.B.: Epidemiology, presentation and treatment of pleural efusion. Pediatric Respiratory Reviews 3, 292-297 Tratamento Penicilina Oxacilina + cloranfenicol Oxacilina + ceftriexona 14

Observações e perspectivas Em 20 a 60% dos casos, o agente definitivo não será identificado Mycoplasma pneumoniae é responsárvel por 4 a 39% dos casos O S pneumoniae continua o agente mais comum das pneumonias comunitárias O uso de rotineiro da vacinação para pneumococo e H influenzae parece reduzir a ocorrência destes agentes, principalmente em casos invasivos Em casos de pacientes graves, a cobertura antibiótica deve levar em consideração o S aureus Modificações na sensibilidade do S pneumoniae às penicilinas, deve ser lembradas em algumas regiões onde do mundo Bradley J: The pediatric infectious disease journal 21(6): 592-98 2003 Heath P T: Pediatric respiratory reviews I. 4-7, 2000 15

Definindo a terapêutica Pneumonia comunitária: Pneumococo é o agente etiológico mais comum nas pneumonias comunitárias A resistência à penicilina no Brasil vem aumentando, embora que de forma variável: Berezin et al 1989 1993 N=101 intermediária 9,9% e alta 1% Brandileone et al 1997: intermediária 20% e alta 1,4% Rey LC et al 2002 N=199 intermediária 46,3% e alta 3,5 A penicilina é a droga de escolha para o tratamento destes pacientes, mesmo em uso de doses mais elevadas que o habitual. Associação de oxacilina + cloranfenicol ( ceftriexona ) em casos mais graves é efetiva Eritromicina ou derivados são úteis em pacientes maiores ( > 5anos ) ou menores de risco Aspirativa: Penicilina cristalina ou clindamicina + ceftriexona ou aminoglicosídeo Hospitalar: Antibióticoterapia de amplo espectro Gran (+ ): oxacilina ou vancomicina Gran ( - ): ceftriexona ou ceftazidime 16

NÃO ESQUEÇAM DA TUBERCULOSE COMO ETIOLOGIA EM PNEUMONIAS COM MÁ EVOLUÇÃO CLÍNICA, RECORRENTE OU SEM BOA RESPOSTA AO TRATAMENTO USUAL Muito obrigado! 17