ANO XIX - 2008-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2008 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2008 IPI/ICMS ISS LEGISLAÇÃO - MG



Documentos relacionados
ANO XXIII ª SEMANA DE JUNHO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 23/2012 TRIBUTOS FEDERAIS ICMS - SC

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS SUFRAMA

Apostila Emissão de Notas Fiscais de Venda Suframa Área de Livre Comercio

PASSO Á PASSO SISTEMA SUFRAMA.

Cuidados Fiscais em operações envolvendo mercadorias. Recentes autuações no campo do ICMS.

Ambiente de Pagamentos

PRINCIPAIS QUESTÕES DO PROCESSO DO WS SINAL E SINAL 6.0

Manual de Registro de Saída. Procedimentos e Especificações Técnicas

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 0020, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2005

PERGUNTAS FREQUENTES EVENTOS DE MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO

Decreto nº , de 19/8/ DOE MG de

EMISSÃO E GESTÃO NFE ITR TR 0406

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DIRETORIA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO ANTECIPACÃO DE ICMS MANUAL DO USUÁRIO - CONTRIBUINTE

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Estorno Crédito ICMS por Saída Interna Isenta ICMS em MG

Manual Manifestação de Destinatário pelo módulo Faturamento

Rotina de Manifesto Destinatário Tramitador NF-e. Manual desenvolvido para Célula Nf-e Equipe Avanço Informática

Prefeitura Municipal de Belém Secretaria Municipal de Finanças

DECRETO EXECUTIVO nº. 014/2012 D E C R E T A:

Nota Fiscal Avulsa para MEI

Prefeitura Municipal de Ibirataia Estado da Bahia

Movimentação de bens patrimoniais

ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA

PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL

Manual de Integração Web Service

e-nota C Consulta de Nota Fiscal eletrônica

Módulo Consulta de Contribuinte Internet

119ª CONFAZ Manaus, AM, P. AJ. 07/05

NOVO PROCESSO DE INTERNAMENTO DE MERCADORIAS NACIONAIS SISTEMA DE CONTROLE DE INGRESSO DE MERCADORIAS NACIONAIS - SINAL

DOE Nº Data: 11/04/2013 PORTARIA Nº 036/2013-GS/SET, DE 10 DE ABRIL DE 2013.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER NA EMISSÃO DA PRIMEIRA. NOTA FISCAL ELETRÔNICA NF-e UTILIZANDO O SISTEMA GRATUÍTO DA SEFAZ-SP

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta

Aplicativo da Manifestação do Destinatário. Manual

Importação de Notas pelo Código de Barras DANFE... 12

Manual para Registro de FIDC [30/06/2014]

Cordilheira Escrita Fiscal 2.109A

PERGUNTAS E RESPOSTAS Nota Fiscal Avulsa Eletrônica MEI NFAe-MEI SUMÁRIO (versão atualizada em 12/06/2013)

Manual para geração do SINTEGRA Março/ 2010

MANUAL DO USUÁRIO DO SERVIÇO DE AIDF NO PORTAL

Manual de Credenciamento como Emissor de Nota Fiscal Eletrônica

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - DIAT GERÊNCIA DE SISTEMAS E INFORMAÇÕES TRIBUTÁRIAS - GESIT

RESOLUÇÃO CGSN 11, DE 23 DE JULHO DE 2007

LIBERAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO CORDILHEIRA VERSÃO 2

I quando o prestador de serviços estabelecido no Município do Rio de Janeiro executar serviço;

Nota Fiscal Eletrônica Volume 4

NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-e

Manual De Sped Fiscal E Sped Pis / Cofins

Módulo Consulta de Contribuinte Internet

DECRETO Nº 092, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 02/2009

Manual de Integração Web Service. Prefeitura de Ituiutaba/MG

ANO XXIV ª SEMANA DE JULHO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2013

UNICOM / SEFAZ-MS / Jan Versão 1.00

1 de :27

Nota Fiscal Eletrônica

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 110, DE 2015

Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais Reunião SINDMAT 04/2013

Estado do Paraná Secretaria de Estado da Fazenda Coordenação da Receita do Estado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

ATUALIZAÇÃO DA VERSAO Abaixo constam as alterações referentes a versão do dia 02/05/2012:

Pág. 5 - GERAÇÃO DE GUIAS PARA RECOLHIMENTO DO ISS

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional

SIMPLES NACIONAL DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS TRATAMENTO FISCAL

Resolução Conjunta SF/PGE - 5, de : Disciplina os procedimentos administrativos necessários ao recolhimento de débitos fiscais do Imposto

1.3. Em quais casos é possível solicitar o parcelamento? 1.4. Como saberei se minha empresa possui débitos junto à Anvisa?

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Novo Layout NF-e versão 310

1º O acesso ao Sistema deverá ser feito por meio de Senha Web ou certificado digital.

MANUAL COM PASSO-A-PASSO. PARA CADASTRO DE EMISSOR DE NF-E (on-line)

Manual do DEC Domicílio Eletrônico do Contribuinte

Manual de Integração Web Service. Prefeitura Municipal de Valparaíso de Goiás/GO

escolha opção resolução Senado Federal 13/2012

NFe Nota Fiscal Eletrônica. Helder da Silva Andrade

Material de apoio. Disponível no site: : no link: Entidades Sociais >> CNES.

NFE Nota Fiscal eletrônica. Versão 2.0 (07/2012)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Nota fiscal complementar de quantidade e valor - MG

Parecer Consultoria Tributária Segmentos DUB-ICMS do Rio de Janeiro

Gestão inteligente de documentos eletrônicos

Versão Liberada. Gerpos Sistemas Ltda. Av. Jones dos Santos Neves, nº 160/174

Perguntas e Respostas Nota Fiscal Avulsa eletrônica (NFAe)

SISCOMEX EXPORTAÇÃO WEB

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Tutorial do Sistema de Guia de Pagamento de Multa

MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS FISCAIS (MDF-e) NO TRC

PERGUNTAS E RESPOSTAS - EQUALIZAÇÃO DE ALÍQUOTAS DECRETOS nºs 442/2015 E 953/2015 ÍNDICE

Portal de Fornecedores Não-Revenda

Vinicius Pimentel de Freitas. Julho de 2010

Manual Regime Especial 1

Copyright 2004/ VLC

DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS PRESTADOS

Selo Digital - manual do usuário Sistema Cartosoft

SAN.A.IN.NA 35. Controle de Acesso aos Serviços Disponíveis ao Fornecedor no Portal da Sanasa na INTERNET 1. FINALIDADE

Passos e Orientações para solicitação de credenciamento como emissor de NF-e. Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO Nº 1750 DO DIA 06/08/2012.

Cartão BNDES. Guia Cartão BNDES

(Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) O Congresso Nacional decreta:

Capítulo II. Da Adesão. Capítulo III

Eventos Anulação e Retificação

Nota Fiscal eletrônica NF-e

Transcrição:

ANO XIX - 2008-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2008 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2008 IPI/ICMS NOVO PROCESSO DE INTERNAMENTO DE MERCADORIAS NACIONAIS - PRIMEIRA PARTE Introdução - A SUFRAMA - Terminologias - Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional/ PIN - Exigência - Dispensa - Processo de Internamento - Cadastro - Consulta da Situação do Destinatário - Responsabilidades do Fornecedor da Mercadoria... ISS Pág. 65 ISS SOBRE SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO - DECISÃO DO STF Introdução - Histórico da Decisão... LEGISLAÇÃO - MG Pág. 62 Decreto nº 44.717, de 11.02.2008 (DOE de 12.02.2008) - ICMS - Programa de Parcelamento Especial de Crédito Tributário - Alteração... Pág. 62 Resolução SEF nº 3.935, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) - ICMS - Transferência de Crédito - Entrega de Nota Fiscal... Pág. 61 Comunicado SAIF nº 03, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) - ICMS - Tabelas Para Cálculo do ICMS em Atraso - Fevereiro/2008... Pág. 61 Comunicado SAIF nº 04, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) - ICMS e Outros Tributos Estaduais - Juros - Fevereiro/2008... Pág. 61

FEVEREIRO - Nº 09/2008 ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - MINAS GERAIS IPI/ICMS NOVO PROCESSO DE INTERNAMENTO DE MERCADORIAS NACIONAIS Primeira Parte Sumário 1. Introdução 2. A SUFRAMA 3. Terminologias 4. Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional - PIN 4.1 - Exigência 4.2 - Dispensa 5. Processo de Internamento 6. Cadastro 7. Consulta da Situação do Destinatário 8. Responsabilidades do Fornecedor da Mercadoria 1. INTRODUÇÃO Esta matéria, que será dividida em 2 (duas) partes, visa orientar os contribuintes do ICMS e IPI sobre os novos processos de internamento de mercadorias junto à SUFRAMA, conforme dados obtidos no site oficial do referido órgão (www.suframa.gov.br). Esta primeira parte abordará linhas gerais, enquanto que, na segunda parte, serão expostos os procedimentos técnicos a serem seguidos pelos interessados. 2. A SUFRAMA Preliminarmente, deve-se saber o que é a SUFRAMA e qual o motivo de sua existência. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) é uma Autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que é responsável por administrar a Zona Franca de Manaus, Áreas de Livre Comércio e demais cidades da Amazônia Ocidental (Estados do AM, AC, RO, RR e as cidades de Macapá e Santana, no AP), com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais. A SUFRAMA atua nas seguintes áreas e em relação aos seguintes benefícios fiscais: a) ICMS e/ou IPI e PIS/COFINS, no Estado do Amazonas (Municípios de Manaus e Rio Preto da Eva); b) ICMS e/ou IPI: b.1) Acre: Municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul (Áreas de Livre Comércio); b.2) Amapá: Municípios de Macapá e Santana (Áreas de Livre Comércio); b.3) Amazonas: Municípios de Presidente Figueiredo e Tabatinga (Área de Livre Comércio); b.4) Rondônia: Município de Guajará-Mirim (Área de Livre Comércio); b.5) Roraima: Municípios de Pacaraima e Bonfim (Áreas de Livre Comércio); c) Somente IPI para a região denominada Amazônia Ocidental composta pelas demais cidades dos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Deve-se observar que o benefício do ICMS aplica-se somente para comercialização e industrialização enquanto que os benefícios do IPI, PIS e COFINS aplicam-se para remessas de comercialização, industrialização e uso e consumo. 3. TERMINOLOGIAS Para que se possa ter uma compreensão geral do assunto a ser abordado nesta matéria, deve-se conhecer, preliminarmente, algumas terminologias: a) PIN = é o Protocolo de ingresso de mercadoria nacional a ser gerado para acompanhar a remessa que irá ingressar em área fiscalizada e controlada pela SUFRAMA; b) SINAL = O Sistema de Controle de Ingresso de Mercadoria Nacional - SINAL é um sistema que tem como finalidade permitir que as empresas (remetentes e transportadoras) antecipem, por meio de envio de arquivo eletrônico, os dados da documentação fiscal (Nota Fiscal, Conhecimento de Transporte e Manifesto de Carga) para registro, vistoria, análise documental e internamento das Notas Fiscais que acobertam mercadorias com destino à Amazônia Ocidental e para a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana/AP, para que a SUFRAMA possa realizar o controle das remessas de mercadorias nacionais que ingressam nestas áreas. O SINAL tem como funções principais realizar a validação de dados da documentação fiscal enviada para a SUFRAMA e gerar o PIN, formalizando o recebimento e a validação dos dados da documentação fiscal enviada para a SUFRAMA. A nova versão do SINAL está dividida em 2 (duas) interfaces: web (WS SINAL) e desktop (SINAL 6.0); c) WS SINAL = significa Web Service SINAL e é também denominado de Portal de Mercadoria Nacional (PMN). Está dividido em 3 (três) módulos principais: Remetente, Transportador e Destinatário; d) SINAL 6.0" = o software disponibilizado gratuitamente 65

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - MINAS GERAIS pela SUFRAMA, utilizado pelas empresas remetentes para geração do arquivo XML (e geração do PIN) com os dados das Notas Fiscais a serem enviadas a áreas incentivadas, e pelas empresas transportadoras, para geração do arquivo XML com as informações do Conhecimento de Transporte e Manifesto de Carga, que serão associadas ao PIN gerado pelo remetente, para apresentação à SUFRAMA; e) Arquivo XML = O arquivo XML da SUFRAMA é um arquivo que o cliente deve preparar com as informações das Notas Fiscais que serão enviadas para as áreas incentivadas, para que depois possa usar este arquivo para importação para a base de dados da SUFRAMA (no WS SINAL) e geração do PIN. Esse arquivo, também chamado de lote, pode ser gerado pelo SINAL 6.0 (disponível para download ao acessar o WS SINAL), sendo que uma alternativa ao processo de digitação é a Estrutura Própria, podendo o usuário adequar seu sistema, de acordo com layouts disponibilizados pela SUFRAMA em http:// www.suframa.gov.br/servicos_wssinal_xml.cfm, podendo o sistema da empresa gerar este arquivo automaticamente. 4. PROTOCOLO DE INGRESSO DE MERCADORIA NACIONAL - PIN 4.1 - Exigência O artigo 1º da Portaria SUFRAMA nº 529/2006 dispõe que todas as mercadorias nacionais que ingressam nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima e nas cidades de Macapá e Santana, no Amapá, devem passar pelo controle da SUFRAMA, com a geração do Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional - PIN. Art. 1º - Toda entrada de mercadoria nacional para Zona Franca de Manaus, Áreas de Livre Comércio e Amazônia Ocidental fica sujeita ao controle e fiscalização da SUFRAMA, que desenvolverá ações para atestar o ingresso físico da mercadoria e o seu internamento na área incentivada. A geração do PIN, pelo SINAL, somente se processará para empresa destinatária cadastrada e devidamente habilitada na SUFRAMA, levando em consideração a data de emissão da Nota Fiscal. 4.2 - Dispensa Existem alguns casos específicos nos quais ficará dispensada a geração do PIN, ao menos nesta primeira fase inicial de implementação do WS SINAL, a saber: a) Remessas para empresas sem Inscrição SUFRAMA, sendo que, neste caso, a empresa fornecedora não deve conceder os benefícios fiscais da área de destino; b) Remessas para empresas com Inscrição SUFRAMA não habilitada, sendo que, igualmente a situação supracitada, a empresa fornecedora não deve conceder os benefícios fiscais da área de destino; c) Notas Fiscais de Prestação de Serviços, observando FEVEREIRO - Nº 09/2008 que as Notas Fiscais mistas, que acobertem remessas de venda e prestação de serviços, devem ser internadas, sendo emitido o PIN; d) Remessas de mercadorias para pessoas físicas, pois não possuem cadastro na SUFRAMA; e) Quando a Nota Fiscal houver sido emitida para acobertar embalagem ou vasilhame que acompanha a mercadoria e retorna após o ingresso, não permanecendo na área de incentivo fiscal; f) Nota Fiscal emitida para fins de complemento de preço; g) Remessas em comodato ou consignação, nas quais a mercadoria ingressa mas não permanece na área, ocorrendo retorno à origem antes de completar 60 (sessenta) dias a partir da data de emissão da Nota Fiscal, observando que, no caso da mercadoria permanecer na área além do prazo previsto na Legislação, deverá ser realizado o internamento, com sua respectiva Nota Fiscal de venda; h) Notas Fiscais cuja natureza da operação seja retorno de conserto; i) Notas Fiscais cuja natureza de operação seja devolução de mercadoria que saiu da área incentivada e está sendo devolvida pelo cliente. 5. PROCESSO DE INTERNAMENTO O controle do ingresso físico da mercadoria nas áreas incentivadas e a formalização do internamento são realizados através da transmissão prévia ao ingresso nas Áreas Incentivadas dos dados pertinentes aos documentos fiscais, via Sistema de Controle de Ingresso de Mercadoria Nacional - SINAL, da SUFRAMA, conforme os seguintes procedimentos: a) geração, na origem, do Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional - PIN, sob responsabilidade do estabelecimento emitente da Nota Fiscal, após a validação da situação cadastral da empresa destinatária na SUFRAMA; b) associação ao PIN, antecipadamente ao ingresso na área incentivada, dos dados do Conhecimento de Transporte e Manifesto de Carga, sob responsabilidade do transportador; c) apresentação à SUFRAMA, pelo transportador, do PIN, 1ª e 5ª vias da Nota Fiscal (ou cópia do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE), do Conhecimento de Transporte (ou cópia do Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico - DACTE), e o manifesto de carga, para fins de recepção, conferência documental prévia e vistoria da mercadoria ingressada; d) autenticação ou chancela do PIN pela SUFRAMA; 64

FEVEREIRO - Nº 09/2008 e) análise e conferência documental complementar para verificação e validação dos dados transmitidos via WS SINAL, com a documentação fiscal; f) cruzamento de dados com órgãos fiscais, no caso em que se aplicar; g) emissão da comprovação do ingresso da mercadoria; h) pagamento da Taxa de Serviço Administrativo - TSA, gerada pela SUFRAMA, e confirmação do recebimento da mercadoria pela empresa destinatária. A transmissão prévia e a emissão do PIN, via SINAL, conforme descrito acima, é de responsabilidade do estabelecimento emissor da Nota Fiscal, sendo facultado autorizar a terceiros, não eximindo o estabelecimento cedente de sua responsabilidade. 6. CADASTRO Para que o fornecedor interessado possa cadastrar-se no WS SINAL e proceder à geração do PIN, deverá observar os seguintes procedimentos: a) acessar o menu de serviços do Portal SUFRAMA: http://www.suframa.gov.br/servicos.cfm; b) selecionar a opção WS SINAL - Cadastro de Remetente; c) preencher o formulário e salvar as informações. Não será necessário enviar à SUFRAMA nenhum documento para realizar desbloqueio de cadastro do fornecedor, pois o acesso é liberado imediatamente após salvar os dados no formulário de cadastro. O login do usuário será seu CNPJ e sua senha foi escolhida pela empresa no momento do cadastro. Qualquer alteração nos dados cadastrais da empresa deverá ser solicitada pelo e-mail cadastrowssinalsuframa. gov.br, identificando Nome, CPF, e vínculo com a empresa, o CNPJ e Razão Social da empresa, e informando uma justificativa para a alteração, que será analisada e executada pela Coordenação de Análise Documental - CODOC. 7. CONSULTA DA SITUAÇÃO DO DESTINATÁRIO Para que o remetente da mercadoria possa consultar a situação do destinatário na página da SUFRAMA, deverá seguir o seguinte procedimento: a) acessar o menu de serviços do Portal SUFRAMA: http://www.suframa.gov.br/servicos.cfm; b) selecionar a opção Consultar Situação Cadastral de Empresas Destinatárias; c) clicar no botão Entrar, da seção de Serviços e Consultas ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - MINAS GERAIS Simplificadas (não requer login e senha); d) selecionar a opção Consultar Situação Cadastral - Exc. Fornecedor; e) informar o CNPJ do destinatário e clicar em Avançar; f) selecionar a inscrição SUFRAMA da empresa, clicando sobre seu número; g) verificar a situação cadastral da empresa ao final do formulário de resumo do cadastro da empresa, bem como os benefícios aos quais tem direito. Importante: Deve-se ressaltar, novamente, que o fornecedor não poderá conceder os descontos dos benefícios fiscais ao destinatário caso o cliente não esteja habilitado. Encontra-se disponível um serviço de Internet (Web Service do Sistema de Cadastro da SUFRAMA), que possibilitará a consulta automática da situação cadastral das empresas recebedoras (destinatárias) de mercadorias nacionais e estrangeiras. Os interessados devem enviar uma mensagem eletrônica para o e-mail cadastrofucapi.br com o assunto WEB SERVICE - SISTEMA DE CADASTRO, contendo no corpo da mensagem CNPJ da empresa que utilizará o serviço, Razão Social, nome do contato para informações técnicas, CPF, telefones, e-mail para receber informações técnicas. A Equipe de Suporte ao Usuário responderá a mensagem enviando um texto com as orientações técnicas necessárias para a implantação do serviço. 8. RESPONSABILIDADES DO FORNECEDOR DA MERCADORIA O fornecedor da mercadoria que irá ingressar com benefício fiscal em região fiscalizada pela SUFRAMA possui as seguintes responsabilidades: a) verificar a situação cadastral do cliente junto à SUFRAMA; b) gerar arquivo XML com os dados da Nota Fiscal; c) importar o arquivo para o WS SINAL; d) gerar o PIN; e) informar ao transportador o número do PIN gerado para as Notas Fiscais transmitidas, no momento da saída da mercadoria e da Nota Fiscal; f) acompanhar o trâmite do PIN e a situação da Nota Fiscal até a conclusão do internamento (emissão da Declaração de Ingresso), por meio da rotina PIN do WS SINAL e das Consultas Online (disponíveis no menu de serviços do Portal SUFRAMA). Fundamentos Legais: Os citados no texto. 63

ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - MINAS GERAIS FEVEREIRO - Nº 09/2008 ISS ISS SOBRE SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO Decisão do STF Sumário 1. Introdução 2. Histórico da Decisão 1. INTRODUÇÃO Encontrava-se tramitando junto ao Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG), em relação à constitucionalidade da cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre serviços notariais e de registro público. Na data de 13 de fevereiro de 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ato Declaratório Interpretativo nº 3.089 improcedente, decidindo que os municípios e o Distrito Federal podem cobrar o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre serviços notariais e de registro público. 2. HISTÓRICO DA DECISÃO Dos 11 Ministros do STF, apenas o Relator da ação, Ministro Carlos Ayres Britto, considerou a cobrança ilegal, sob o argumento que serviços notariais e de registro seriam imunes a esse tipo de tributação. Já para os demais Ministros, não há ilegalidade na incidência do ISS sobre essas atividades, previstas nos itens 21 e 21.1 da lista anexa à Lei Complementar nº 116/ 2003: 21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. O primeiro a votar pela legalidade da cobrança foi o Ministro Sepúlveda Pertence, já aposentado, ainda em setembro de 2006, quando a questão começou a ser discutida no Plenário do Supremo, observando que o serviço notarial e de registro é uma atividade estatal delegada, mas, enquanto atividade privada, é um serviço sobre o qual nada impede a incidência do ISS. O segundo a votar pela legalidade da cobrança foi o Ministro Joaquim Barbosa, em abril de 2007, que afirmou que nada impede a cobrança do ISS sobre uma atividade explorada economicamente por particular. Este entendimento foi acompanhado pela Ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha e os Ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Cezar Peluso e Gilmar Mendes. Ao finalizarem o julgamento da ação, os Ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Ellen Gracie uniram-se à maioria que já estava formada. Segundo Celso de Mello, no caso, a incidência do ISS é sobre a prestação de uma atividade, de um serviço, daí não ser ilegal. Fundamentos Legais: Os citados no texto. LEGISLAÇÃO - MG ICMS PROGRAMA DE PARCELAMENTO ESPECIAL DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO - ALTERAÇÃO RESUMO: Institui o Programa de Parcelamento Especial de Crédito Tributário relativo ao ICMS, determinando que exclusivamente para ingresso no programa, em relação à multa isolada, será considerada a data de ocorrência da infração que ensejou a sua aplicação para fins de determinação de seu vencimento, e a aplicabilidade do referido Decreto ao crédito tributário relativo às taxas de gerenciamento, de fiscalização e de expediente do sistema de transporte coletivo municipal e metropolitano. DECRETO Nº 44.717, de 11.02.2008 (DOE de 12.02.2008) Altera o Decreto nº 44.695, de 28 de dezembro de 2007, que institui o Programa de Parcelamento Especial de Crédito Tributário relativo ao ICMS. O VICE-GOVERNADOR, NO EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Lei nº 17.247, de 27 de dezembro de 2007, e nos Convênios ICMS nºs 51/07 e 107/07, decreta: Art. 1º - O Decreto nº 44.695, de 28 de dezembro de 2007, passa a vigorar com a seguinte alteração: Art. 1º - (...) 6º - Exclusivamente para ingresso no programa de que trata o caput, em relação à multa isolada, será considerada a data de ocorrência da infração que ensejou a sua aplicação para fins de determinação de seu vencimento. 7º - O disposto neste Decreto aplica-se ao crédito tributário relativo às taxas de gerenciamento, de fiscalização e de expediente do sistema de transporte coletivo: I - intermunicipal, de que tratam o item 1 da Tabela C da Lei nº 6.763, de 1975, e o 1º do art. 11 da Lei nº 11.403, de 21 de janeiro de 1994; II - metropolitano, de que trata o 2º do art. 11 da Lei nº 11.403, de 1994. (NR). 62

FEVEREIRO - Nº 09/2008 Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a contar de 29 de dezembro de 2007. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, 11 de fevereiro de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. ICMS Antonio Augusto Junho Anastasia Danilo de Castro Renata Maria Paes de Vilhena Simão Cirineu Dias TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITO - ENTREGA DE NOTA FISCAL RESUMO: A presente Resolução fixa o prazo para entrega de Nota Fiscal de transferência de crédito acumulado. RESOLUÇÃO SEF Nº 3.935, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) Divulga o montante global máximo de crédito acumulado de ICMS passível de transferência ou utilização relativamente ao mês de fevereiro de 2008. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de atribuição que lhe confere o art. 93, 1º, III, da Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no art. 39 do Anexo VIII do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002, resolve: Art. 1º - O montante global máximo de crédito acumulado de ICMS passível de transferência ou utilização a que se refere o art. 39 do Anexo VIII do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002, relativamente ao mês de fevereiro de 2008, é de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Secretaria de Estado de Fazenda, ao 1º dia de fevereiro de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. ICMS Simão Cirineu Dias Secretário de Estado de Fazenda Despachos do Chefe de Gabinete José Luiz Ricardo TABELAS PARA CÁLCULO DO ICMS EM ATRASO - FEVEREIRO/2008 RESUMO: O Comunicado a seguir divulga as tabelas para cálculo do ICMS em atraso, durante o mês de fevereiro 2008. COMUNICADO SAIF Nº 03, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) Publica as tabelas para cálculos do ICMS em atraso para pagamento até Fevereiro de 2008. A DIRETORA DA SUPERINTENDÊNCIA DE ARRECADAÇÃO E INFORMAÇÕES FISCAIS no uso de suas atribuições e CONSIDERANDO a conveniência de instruir as Repartições Fazendárias, os Contribuintes e os Contabilistas, publica as tabelas para cálculos do ICMS em atraso para pagamento até Fevereiro/2008. ICMS - IPI E OUTROS TRIBUTOS - MINAS GERAIS TABELAS PARA CÁLCULO DOS ICMS TRIBUTOS EM ATRASO PARA PAGAMENTO EM FEVEREIRO 2008 Para utilização desta tabela considerar-se-á o mês de vencimento do ICMS Tabela de Multas e Juros Moratórios Ano Mês do Mês do Multa Juros (%) Ano venc venc Multa Juros (%) 2003 Jan 12% 80,214327 2006 Jan 12% 26,872496 Fev 12% 78,383947 Fev 12% 25,727433 Mar 12% 76,606928 Mar 12% 24,305131 Abr 12% 74,735333 Abr 12% 23,227253 Maio 12% 72,769981 Maio 12% 21,945887 Jun 12% 70,913302 Jun 12% 20,761493 Jul 12% 68,829055 Jul 12% 19,591527 Ago 12% 67,054794 Ago 12% 18,335262 Set 12% 65,375285 Set 12% 17,277952 Out 12% 63,733225 Out 12% 16,183708 Nov 12% 62,389694 Nov 12% 15,163103 Dez 12% 61,016444 Dez 12% 14,163103 2004 Jan 12% 59,748893 2007 Jan 12% 13,080300 Fev 12% 58,664499 Fev 12% 12,080300 Mar 12% 57,285376 Mar 12% 11,028077 Abr 12% 56,103526 Abr 12% 10,028077 Maio 12% 54,875721 Maio 12% 9,000000 Jun 12% 53,645832 Jun 12% 8,000000 Jul 12% 52,358943 Jul 12% 7,000000 Ago 12% 51,065357 Ago 12% 6,000000 Set 12% 49,814030 Set 12% 5,000000 Out 12% 48,600806 Out (*) 4,000000 Nov 12% 47,349820 Nov (*) 3,000000 Dez 12% 45,866997 Dez (*) 2,000000 2005 Jan 12% 44,483115 2008 Jan (*) 1,000000 Fev 12% 43,264929 Fev (*) Mar 12% 41,736751 Mar Abr 12% 40,325222 Abr Maio 12% 38,822157 Maio Jun 12% 37,236554 Jun Jul 12% 35,725209 Jul Ago 12% 34,066726 Ago Set 12% 32,563590 Set Out 12% 31,156426 Out Nov 12% 29,775385 Nov Dez 12% 28,301813 Dez (*) Tabela de Multas 0,15% (zero vírgula quinze por cento) do valor do imposto, por dia de atraso, até o trigésimo dia) 9% (nove por cento) do valor do imposto do trigésimo primeiro ao sexagésimo dia de atraso) 12% (doze por cento) do valor do imposto após o sexagésimo dia de atraso) Dias Percentual Dias Percentual Dias Percentual Dias Percentual 1 0,15 16 2,40 31 9,00 46 9,00 2 0,30 17 2,55 32 9,00 47 9,00 3 0,45 18 2,70 33 9,00 48 9,00 4 0,60 19 2,85 34 9,00 49 9,00 5 0,75 20 3,00 35 9,00 50 9,00 6 0,90 21 3,15 36 9,00 51 9,00 7 1,05 22 3,30 37 9,00 52 9,00 8 1,20 23 3,45 38 9,00 53 9,00 9 1,35 24 3,60 39 9,00 54 9,00 10 1,50 25 3,75 40 9,00 55 9,00 11 1,65 26 3,90 41 9,00 56 9,00 12 1,80 27 4,05 42 9,00 57 9,00 13 1,95 28 4,20 43 9,00 58 9,00 14 2,10 29 4,35 44 9,00 59 9,00 15 2,25 30 4,50 45 9,00 60 9,00 ACIMA DE 60 12,00 Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2008. Soraya Naffah Ferreira Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais ICMS E OUTROS TRIBUTOS ESTADUAIS - JUROS FEVEREIRO/2008 RESUMO: Comunica que o juro para o mês de janeiro/2008 exigível a partir de fevereiro 2008 é de 1% (um por cento). COMUNICADO SAIF Nº 04, de 01.02.2008 (DOE de 02.02.2008) Comunica os juros para o mês de janeiro/2008 exigíveis a partir de fevereiro de 2008. A DIRETORA DA SUPERINTENDÊNCIA DE ARRECADAÇÃO E INFORMAÇÕES FISCAIS, no uso das atribuições que lhe confere o 3º do artigo 1º da Resolução nº 2.880, de 13 de outubro de 1997, e considerando a conveniência de instruir as Repartições Fazendárias e os contribuintes; COMUNICA que o juros para o mês de janeiro/2008 exigível a partir de fevereiro de 2008 é de 1% (um por cento). Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais, 01 de fevereiro de 2008. Soraya Naffah Ferreira Diretora 61