A empresa na palma da mão Os novos meios de comunicação como ferramenta das Relações Públicas 20/04/2008

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Transcrição:

A empresa na palma da mão Os novos meios de comunicação como ferramenta das Relações Públicas 20/04/2008 Tito Lívio Cavalcante Cartaxo* 1 INTRODUÇÃO Estamos na era da informação e da mobilidade, morada de uma nova modalidade de consumidores, que buscam incansavelmente por informações sobre assuntos diversos, tomando suas decisões de modo racional, fazendo com que o encanto gerado pela propaganda tradicional perca sua força. Hoje, existem milhões de consumidores, expondo na Internet suas experiências com produtos de todas as marcas, preenchendo lacunas deixadas pelas empresas, que não participam deste meio. Já não é mais suficiente, apenas ver um comercial na TV. Insatisfeitos com o que foi apresentado nos curtos trinta segundos, os consumidores correm para seus computadores, celulares e outros aparelhos de comunicação móvel e pesquisam sobre o produto, em fóruns, websites, chats, blogs e etc., para, a partir daí tomarem sua decisão e efetuarem a compra. As empresas estão se deparando a novos formatos de mídia, novas formas de contato, de interação, entre ela e os públicos. Os formatos antigos de comunicação institucional, bem como de promoção de marca e produtos, não funcionam tão bem neste meio, como funcionam nos meios tradicionais. Isso fez com que o setor de relações públicas, se destacasse diante dos demais, suprindo a demanda por informações sucintas, reais e com alta relevância, assumindo assim, a função de mediador nas novas formas de comunicação empresarial. O que o presente estudo pretende destacar, é como os profissionais de comunicação, em especial os relações públicas, podem fazer uso destes novos formatos de mídia e relacionamento entre a empresa e seus públicos, para gerar benefícios competitivos e agregar valor a marca. 2 RELAÇÕES PÚBLICAS DESBRAVANDO NOVOS MUNDOS Ás relações públicas vem evoluindo continuamente, seguindo os avanços dos meios de comunicação, contudo, sua evolução não tem se mostrado pro-ativa aos acontecimentos tecnológicos e comunicacionais. Temos então uma função primordial para empresa, agindo de forma pacífica, caminhando apenas com respostas e não lançando perguntas aos novos meios de comunicação. Tanto as empresas como os profissionais da área, deveriam travar batalhas no topo da onda evolutiva, utilizar seus conceitos para gerar novas formas de abordagem empresarial, novos meios de comunicação entre a empresa e seus públicos de interesse. É necessário utilizar as relações públicas como ferramenta de desenvolvimento e crescimento empresarial, como mediador de relações duradouras e estáveis. Segundo França (1997, p.03): Sem entrar nos primórdios da atividade de relações públicas, pode-se dizer que nasceu a partir de graves conflitos sociais, num país democrata, para melhorar negócios e não só apaziguar ânimos autoritários de empresários americanos. (...) Vinda para o Brasil, à área aqui se implantou por meio das lições de professores ingleses e americanos, conquistando uma elite intelectual e executiva que

cuidou de organizá-la e difundi-la junto aos órgãos governamentais e as empresas privadas. Todo mundo sabe que foi a São Paulo Tramway Light and Power Co. que introduziu a atividade no Brasil (...) em 21 de julho de 1954 fundou-se a Associação Brasileira de Relações Públicas e a atividade foi disciplinada em 11 de dezembro de 1967 pela Lei n 5.377. Como vivíamos o período do militarismo, era evidente que uma profissão que luta pela livre iniciativa e pela democracia não teria muito campo para se manifestar e desenvolver. Isso talvez explique o fato de relações públicas ter permanecido no Brasil até hoje como uma atividade tímida, voltada, na maioria das vezes, para a política interna de comunicação das empresas e para as atividades de mídia, evitando, assim, a sua exposição a posicionamentos públicos que a pudessem comprometer. Talvez esse fator de repressão na sua criação tenha mesmo tornado a profissão um pouco apática, tenha tornado a função passiva. Na mesma época em que Fabio França escreveu este relato, ele já impulsionava e chamava a todos os profissionais e empresas a rever o uso das relações públicas pelas empresas. Relatando que: As coisas mudaram. Diante de um mundo em transformação, é hora de a categoria assumir corajosamente a sua profissão e tentar traçar-lhe seus novos caminhos, mais amplos, conscientes de que relações públicas é uma atividade de liberdade, de liderança e da atualidade. Conquistar um novo paradigma democrático de ação é o desafio que exige dos profissionais o conhecimento do que vem sucedendo nas estruturas da maioria das organizações. (FRANÇA, 1997, p.03). As relações públicas é vista como uma atividade de liberdade, atual e de liderança por: estar sempre a ouvir todos os públicos ligados à organização; buscar novas formas de convívio entre a empresa e seus públicos; e procurar sempre o caminho mais sábio, a trilha mais segura por onde deve percorrer a organização, em sua busca por um envolvimento que transcende o ato da compra, que vai além dos contatos promocionais. Nenhuma empresa pode satisfazer os interesses de determinado grupo em detrimento de outro, se a mesma pretende manter boas relações com todos. Desta forma deverão ser considerados os interesses de todos os grupos. Isso exige muita habilidade da administração, a fim de que um grupo não seja tratado de maneira desigual em relação a outro e, assim, um não seja prejudicado em razão do favorecimento de outro. Por possuir este caráter de mediador imparcial, a profissão de relações públicas carrega consigo um espírito de honestidade, e esta honestidade não é apenas um adjetivo, significa que suas ações são passíveis de confiança, são atos sinceros e de boa fé, transmitidos aos empregados, fregueses, fornecedores e à comunidade. As relações públicas procuram fazer uma organização adotar aquilo que, num homem, é reconhecido como boa moral. 2.1 Relações públicas nas organizações

A velocidade das mudanças que ocorrem em todos os campos impele a um novo comportamento institucional das organizações perante a opinião pública. Hoje as organizações assumem novas posturas na sociedade, não existe mais a empresa absoluta e indispensável que reinava nas décadas passadas. Elas passaram a se preocupar mais com as relações sociais, com os acontecimentos políticos e com os fatos econômicos mundiais. E, nesse contexto, a atuação das relações públicas será fundamental, pois caberá a essa atividade a função de uma auditoria social. Isto é, terá de saber avaliar as reações da opinião pública para traçar as estratégias de comunicação. Resumindo esse novo contexto Kunsch (1997) fala que, isso significa que as organizações não podem se pautar por uma política de indiferença, fechando-se para o que ocorre no mundo. Elas têm de assumir posturas cada vez mais claras, definidas e precisas. E isto só é possível com a comunicação, que deve receber delas o espaço merecido em suas estruturas formais. Por cobrir todo o contexto empresarial, podemos verificar a sua atuação da atividade em vários segmentos da empresa, tendo como ponto de partida a criação de uma filosofia global, corporativa integrada para orientar e dar sentido a todos os relacionamentos organizacionais. Abaixo veremos alguns enfoques da profissão, relacionados por França (1997, pp. 09-11). a) O enfoque filosófico ou de linha de princípios Pode ser chamado de enfoque doutrinário, de caráter universal, do estabelecimento de uma filosofia de ação, que fundamenta todos os princípios operacionais da atividade e sua ética. Esse enfoque constitui a essência da atividade e a autoriza a agir em todos os setores da sociedade, em todos os relacionamentos da empresa com seus públicos. Estabelece todo o seu corpo de doutrina e a torna diferente de qualquer outra atividade correlata. b) O enfoque Institucional Possuidora de um corpo de doutrina uniforme, coesa, relações públicas é uma atividade que pode agir em todos os campos sociais e em todas as organizações, defendendo-as junto à opinião pública pelo estabelecimento de estratégias que as levem a conseguir o cumprimento de sua missão, a atingir seus objetivos e metas. É importante lembrar que a preocupação com o público interno não esgota o conceito de relações públicas, que tem seu campo próprio nas ações junto aos públicos externos, em suas interfaces com os vários setores da sociedade, oficiais ou privados. c) O enfoque mercadológico É preciso entender que toda a política de relacionamento das organizações modernas está voltada para as atividades de marketing. Essa tendência manifesta-se na importância dada ao cliente, nas oportunidades de negócios em qualquer mercado do mundo, na importância da qualidade para o intercâmbio comercial, na importância da qualidade para o intercâmbio comercial, na importância das Normas ISO 9000, na eliminação de barreiras do comércio internacional. Disso resulta que relações públicas não é uma atividade puramente institucional. É também uma atividade mercadológica na medida em que estabelece as melhores formas de relacionamento com o mercado e, ao mesmo tempo, cria melhores oportunidades de vendas, gerando um "clima de negócios", de compreensão, de aceitação da empresa e de seus produtos pela projeção que relações públicas faz de um conceito positivo da empresa, de seus produtos e de seus negócios.

d) O enfoque estratégico Nesse momento é que entra a necessidade de planejar estrategicamente a atividade de relações públicas, que não pode ficar fora do planejamento estratégico global das empresas. É hora de, como fizeram as empresas, definir sua visão, sua missão, objetivos profissionais, funções, políticas, estratégias, planos de ação e suas formas legais de apresentação. Executar essa tarefa implica: definir a posição da atividade em relação ao cenário mercadológico global de hoje (análise situacional); conhecer suas linhas de atuação e as formas que oferece de atendimento ao público de interesse (análise operacional); estabelecer com segurança o potencial de ação da atividade e de atendimento à demanda do mercado por ela (análise organizacional e mercadológica); planejar corretamente suas ações em benefício da organização com o objetivo de poder contar com os recursos financeiros para realizar as tarefas propostas. Como se concretizará essa análise? Fazendo o mesmo questionamento exigido pelo planejamento estratégico: onde estamos com a atividade? (Identificação da realidade). Para onde queremos levá-la? (Estudo da expectativa). Para onde devemos conduzí-la? (Verificação da conjuntura). Para onde estamos indo? (Exame da realidade encontrada). Resta saber a forma com que organizaremos a atividade para ser bem-sucedida: como chegar onde projetamos a nossa ação? E concluindo: que tipo de atividade, de profissionais queremos ser? Aqui reside a estratégia, a definição do novo posicionamento da atividade diante da conjuntura atual. e) O enfoque público Os assuntos públicos envolvem todas as ações dedicadas aos relacionamentos com áreas governamentais em todos os seus níveis, com organismos oficiais e a administração pública, com os temas políticos, jurídicos e similares. Incluem também os acontecimentos que movimentam a opinião pública, seja pela sua magnitude ou pelo impacto que causam às organizações, às personalidades neles envolvidos ou à própria sociedade. f) O enfoque internacional Num mundo globalizado, as relações internacionais de negócios entre grandes organizações e entre organismos governamentais tornam-se cada vez mais freqüentes e, às vezes, altamente controversas. É um campo novo que se amplia para o exercício da atividade de relações públicas, ainda pouco explorado pela categoria. A organização da empresa, independentemente do setor público ou privado, qualquer um de seus níveis de departamentalização nos encaminha ao reconhecimento de uma necessidade de relacionamento com os vários tipos de públicos, ou seja, com o ambiente exterior; de tal sorte que a política de negócios, essencial à sociedade capitalista, se complementa com uma política de relações públicas. As atividades de relações públicas são um campo interdisciplinar representando, ao mesmo tempo, um instrumento da administração e da comunicação social. Podemos dizer que relações públicas constituem uma função de gerência, e dentre suas responsabilidades encontramos: segmentar a Opinião Pública em "públicos" classificados de acordo com o relacionamento que mantêm com a entidade, ou seja, identificar e classificar os grupos de pessoas que têm interesses comuns com a entidade; avaliar as atitudes desses "públicos" com relação à forma de atuar da entidade; e

informar esses "públicos" quanto aos aspectos de sua política operativa, no que possa interessar-lhes, e quanto ao desenvolvimento das atividades da entidade no meio comunitário. Assim, compreendemos que as relações públicas se manifestam principalmente na criação e divulgação de informação empresarial, e para cada público deve usar um tipo de mensagem que o atinja, com uma linguagem específica. Pois, a comunicação que alcança algum interesse ou característica especial da audiência influi mais na opinião do que as comunicações de massa, geral e indiferenciada. Por isso, a comunicação dirigida a uma audiência específica é mais eficaz que a dirigida a um público geral. 2.2 O círculo social da organização Em suas atividades diárias, as empresas estabelecem relacionamentos com diferentes tipos de público, e cada um deles, deve ser tratado como segmento de fundamental importância para o seu crescimento e bom posicionamento no mercado e na sociedade. Não se deve enaltecer um público específico, e desprezar outro que a priore possa parecer de menor importância no contexto empresarial. Todos os públicos que tem contato direto ou indireto com a empresa tem valor, e a existência de uma comunicação bem estruturada e administrada entre as partes, poderá render ótimos benefícios para a empresa. Quanto aos públicos de uma empresa, segundo Wey (1986, pp. 65-66), podemos classificá-los pelas áreas de relacionamento, abrangendo os dois grandes grupos de público externo e público interno. I Públicos externos Comerciais Revendedores, clientes diretos, consumidores, fornecedores e entidades de classe. Financeiros Bancos, estabelecimentos de crédito, grupos financeiros e agentes Governamentais Órgãos federais, estaduais e municipais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Comunitários Grupos organizados, de ação ou de pressão (sociais, religiosos, estudantis, culturais, minorias, etc.) Educacionais Corpos docente e discente de nível universitário, secundário e fundamental. Mídias Imprensa, rádio, TV, cinema e Internet e etc. II Público Interno Empregados Empregados da empresa e seus familiares. O levantamento dos públicos é fundamental para as empresas, desta forma podese estabelecer políticas, metas e meios para atingir individualmente cada tipo de público presente no seu círculo social, da melhor maneira possível, estabelecendo uma comunicação íntima e pessoal com cada segmento. Assim tanto o seu crescimento no mundo dos negócios quanto na sociedade da qual faz parte será visível e saudável. Elevando a marca a patamares diferenciados no mercado. 2.3 Ferramentas empresariais das relações públicas Os fatos, as cifras, as capacidades, os resultados povoam as comunicações empresariais, que são frutos da colaboração objetiva existente entre o engenheiro, o administrador, o publicitário e o profissional de relações públicas.

Todos trabalhando para que a empresa atinja seu objetivo e alcance a sustentabilidade comercial e posicionamento de prestígio no mercado, que só torna-se possível mediante ações bem coordenadas e administradas. Para estabelecer e administrar essa comunicação com os diversos públicos membros do círculo social da organização, as relações públicas utilizam vários artifícios e ferramentas de comunicação, algumas delas exclusivas desse departamento, a fim de engajar todos os segmentos no proposto pelo setor. Hebe Wey, em seu livro O processo de relação públicas, (pp. 67; 69-70; 72-73; 80-81), apresenta todas as ferramentas tradicionais das relações públicas. As quais apresentamos de forma sucinta abaixo. a) Folhetos e Anúncios institucionais A propaganda institucional constitui um importante instrumento de relações públicas e deve fazer parte de um bem organizado programa. É um dos meios mais eficazes de se contar a história de uma companhia. O principal uso da propaganda de relações públicas é divulgar ao público a história da organização, dos seus recursos, das suas políticas e programas e dos seus empregados. Com os anúncios institucionais, a relação empresa-opinião pública determina sua linha e sua filosofia. Para a grande empresa a comunicação institucional não está diretamente ligada às imposições do consumo e aos modismos, mas segue e acompanha o desenvolvimento tecnológico da empresa. Os folhetos institucionais são uma apresentação, têm a função de cartão de visita da empresa. Os folhetos institucionais, assim como os press kits contam a história da empresa e de seus produtos, constituem a literatura sobre a empresa. b) Jornal ou Revista empresarial As publicações empresariais servem a uma organização, apresentam matérias detalhadas, de interesse da empresa, e que não seriam encontradas nas seções de economia dos jornais informativos. Divulgam informações sobre a política da empresa, sobre seus produtos, seus trabalhos e suas perspectivas. É nas revistas ou jornais periódicos que a empresa demonstra sua realidade. Essas publicações são um ponto de contato entre seus produtos e a cultura, entre o setor mercadológico e a informação. Elas transmitem suas idéias e valores e também fatos internos de utilidade pública. c) Folhetos e Catálogos Técnicos O Departamento de Relações Públicas, atuando junto ao Departamento de Marketing, elabora folhetos e catálogos técnicos, dando as especificações e possibilidades de cada produto fabricado. Auxiliam o vendedor e possibilitam maior clareza para o comprador. A par das informações técnicas o objetivo é fornecer dados visando um conhecimento maior da empresa e assim constituindo sua imagem e seu conceito. d) Discursos Às vezes um executivo faz um discurso ou pronunciamento e aborda questões de política empresarial, que podem ser mal interpretadas. E fica surpreso e magoado ao descobrir, mais tarde, que um repórter de jornal não entendeu suas declarações. Ele compreende, então, porque razão a boa técnica de relações públicas recomenda que cada pronunciamento público seja acompanhado de material escrito. Assim, a preparação dos textos de pronunciamentos e de discurso, tanto para o público interno, como para rádio e TV, cabe geralmente ao pessoal de relações públicas. e) Os quadrinhos na empresa

Mesmo com a massificação do ensino, a alfabetização da sociedade é um fenômeno relativamente recente e que vastas camadas da população ainda não assimilaram. É o caso dos operários que, mesmo sabendo ler, não agüentam a leitura de textos compactos. Muitos se restringem às páginas esportivas dos diários, fartamente ilustradas e aos quadrinhos. Tendo em vista essa realidade, as empresas se utilizam dos quadrinhos nos seus jornais, a fim de transmitir mensagens de segurança e normas de instruções aos empregados. f) Audiovisuais O filme industrial é um dos momentos da política informativa de uma empresa, seja dirigido ao público interno, ou ao público externo, amplo e heterogêneo. É um investimento econômico da própria empresa interessada, o que reduz a escolha individual do diretor, que fica quase sem disponibilidade crítica e por não ser comercializado, diminui a finalidade lucrativa, que é estímulo para qualquer realização cinematográfica. O filme industrial é um instrumento destinado a manter o passo com a realidade: uma realidade sempre diferente e mutável, problemática e desconcertante, que leva a uma oportuna integração na vida da comunidade, recebendo e indagando os seus problemas. g) Divulgação e contatos com a Imprensa As atividades específicas dos Departamentos de relações públicas variam e diferem muito entre si, de acordo com a natureza e o volume dos negócios. Serão consideradas, em seguida, as atividades normalmente desenvolvidas por esses Departamentos. A atividade considerada de maior importância por várias empresas, é o trabalho de divulgação, ou seja, notícias empresariais incluídas nos noticiários informativos dos vários meios de comunicação de massa. Para serem publicadas, as matérias sobre a empresa devem conter notícias, isto é, despertar o interesse de vários segmentos do público, ou do público em geral. Quanto maior e mais ramificada for a empresa, maior interesse suas notícias irão despertar, pois envolverão maior número de pessoas e maior volume de dinheiro e deve-se lembrar sempre, que as grandes quantidades são sempre notícias jornalísticas. Notícias empresariais de rotina alimentam a grande imprensa cotidianamente e vários jornais possuem espaço reservado para esse fim. O Departamento de relações públicas apresenta a versão oficial da empresa sobre qualquer assunto e principalmente quando surge algum problema na empresa, que poderá interferir negativamente sobre a opinião pública. Além do noticiário empresarial, há um tipo de informação que acompanha os eventos especiais, que pode-se dizer tratar-se de literatura sobre a empresa, pois esgota o assunto. Vê todos os ângulos e fornece subsídios para que os jornalistas elaborem reportagens sobre a empresa, ou sobre seus produtos, ou sobre algum acontecimento importante da empresa. Esses são os chamados press kits que, às vezes, também são distribuídos nas coletivas de imprensa, convocadas pela empresa. Nas coletivas, quando são convidados jornalistas de vários jornais, é feito um comunicado, sempre seguido de uma informação por escrito. Há ainda o esforço de conseguir fazer publicar ou ir ao ar entrevistas com diretores da empresa, sempre que envolver interesse para o público. Entrevistas são um dos melhores meios de divulgação, pois pode ser enfatizado o aspecto humano, e o ouvinte se lembrará mais do que ouviu. Há necessidade de se cuidar do bom relacionamento com os jornalistas e fornecerlhes as informações que desejam considerando-os um público e não usá-los apenas como intermediários para se conseguir matérias publicadas.

A presença freqüente de um produto, nos meios de comunicação de massa, não somente como anúncio, mas como notícia, tendo o endosso do veículo de comunicação, torna o produto mais importante, destacando-o dos concorrentes e faz com que o produto se torne moda. Essa é a vantagem da divulgação jornalística. Outra vantagem é o alargamento da faixa de público atingido. O noticiário de imprensa pode alcançar outros setores, além do público consumidor, fazendo com que a mensagem chegue também a outros consumidores em potencial. h) Feiras e Exposições Atualmente, nas feiras e mostras o produto mais exposto é a informação. A combinação de soluções arquitetônicas, elementos cenográficos e demonstrações tecnológicas, constitui o complexo veículo de comunicação entre os expositores e o grande público, entre as novidades mercadológicas e a afirmação publicitária, entre produtores e operadores especializados. As feiras apresentam as mensagens de vanguarda como um sinal das tendências do que as empresas elaboram, situando-se na perspectiva econômica e social geral da sociedade. O desenvolvimento de uma indústria e o lançamento de seus produtos estão ligados ao aparato de comunicação montado sobre realizações gráficas, publicitárias e editoriais, stands em feiras, cada vez mais bem cuidados, para alcançar o público consumidor. i) Eventos especiais e Promoções O setor de Promoções é um dos setores mais trabalhosos de um Departamento de relações públicas, cujas funções são extremamente diversificadas e geralmente mobilizam muita gente. Esse setor além de organizar almoços, jantares, coquetéis, contratar bufes, também organiza shows, contrata cantores; promove desfiles de modas; faz promoções beneficentes e sorteios. Recepcionam visitantes, aluga carros, organiza programas turísticos, faz reservas de hotéis, organiza atividades para as esposas de executivos visitantes, supervisiona cardápios, cuida da segurança de visitantes VIPS. Cabe, geralmente, ao setor de Promoções inaugurar novas unidades da empresa; fazer encontros, congressos e convenções, cuidar da decoração, da aparelhagem de som; organizar seminários e conferências; colaborar no lançamento de produtos; supervisionar a montagem de stands e displays; controlar fornecedores; orientar recepcionistas. É ainda este setor que promove competições esportivas; concursos de todos os tipos; promove exposições de artes plásticas; faz promoções de cunho cultural. Faz merchandising promovendo artistas; filmes do circuito comercial e peças de teatro. Escolhe presentes especiais para clientes VIPS, escolhe e distribui brindes, manda confeccionar camisetas, pastas, canetas, bloquinhos, bonés, objetos promocionais, chaveiros referentes ao evento. Promove eventos especiais para o público infantil, com distribuição de sorvetes e kits. O setor pode se envolver com acontecimentos mais inusitados como promover um barco à vela, numa regata, em Pernambuco; alugar rapidamente uma limusine, ou camas elásticas; conseguir tradutor simultâneo para quatro idiomas; organizar uma festa de São João para os funcionários e clientes VIPS e etc. Enfim, é este o setor que cuida das fascinantes e complexas atividades de relações públicas e realiza alguns milagres diariamente. É de responsabilidade deste setor, desde o desembarque de uma personalidade, sua segurança, até o tipo de salada que deve acompanhar sua refeição. Todas estas ferramentas apresentadas são utilizadas pelo setor de relações públicas para promover suas ações junto aos diversos públicos de interesse da empresa, informado-os sobre os diversos assuntos pertinentes à organização e promovendo a marca de forma sucinta e confiável.

2.4 Consultoria e Assessoria de Relações Públicas Ha algumas décadas os departamentos de relações públicas eram partes integrantes do organograma empresarial. Entretanto com o avanço e crescimento da atividade, seus campos de atuação se expandiram, novas funções foram criadas, e muitas empresas especializadas na aplicação das relações públicas surgiram. Hoje, encontramos muitas empresas sem departamentos exclusivos de relações públicas no seu organograma, que por motivos diversos, preferiram contratar empresas especialistas na atividade de relações públicas, que vão lhe prestar consultorias e assessorar, podendo até construir um melhor trabalho dentro da empresa, do quê o que um possível departamento interno de relações públicas faria. Abaixo veremos de forma resumida, a descrição apresentada por Hebe Wey, em seu livro O processo de relações públicas, (1986, pp 158-159; 161-162), dos tipos de serviços que estas Consultorias e Assessorias desenvolvem ou podem desenvolver para a empresa. a) Consultorias As consultorias de relações públicas geralmente iniciam seus serviços com um diagnóstico do conceito da empresa e prestam um assessoramento junto à presidência da empresa, para assuntos de comunicação social, orientando suas políticas de comunicação e modos de ação e apresentam sugestões para criar programas de comunicação com seus vários públicos. A partir do diagnóstico, fornecem consultoria permanente às empresas, sobre os vários assuntos de comunicação. Outro tipo de atuação das Consultorias de relações públicas é fornecer treinamento e estágio para funcionários de clientes. Esse tipo de serviço é realmente significante para o cliente, pois sem perda de tempo e sem destacar funcionários de seu Departamento de relações públicas, terá um ou mais elementos devidamente treinados e preparados para as funções. Existem Consultorias de relações públicas que fazem com seus clientes uma encenação simulada treinamento do executivo para a apresentação de solicitações em organismos oficiais como o Conselho de Desenvolvimento Industrial, Ministérios, Secretarias e Sindicatos Patronais. Algumas Consultorias promovem a criação de Departamentos internos de relações públicas em empresas, orientando a escolha de futuros funcionários, às vezes indicando seus próprios estagiários. Supervisionam a implantação gradual dos serviços, de acordo com as necessidades do cliente, transferindo gradualmente tarefas executadas por ela, para o Departamento interno recém implantado. Com relação ao delicado relacionamento entre a empresa e o pessoal de imprensa, a Consultoria de relações públicas organiza a realização de coletivas de imprensa; supervisiona a elaboração de press kits; organiza entrevistas para TV e jornais com diretores da empresa; promove reuniões com jornalistas e eventos de congraçamento de fim de ano para todo o pessoal dos meios de comunicação de massa. As pessoas dos meios de comunicação de massa são vistas pelas consultorias como um público específico e não apenas como intermediários dos canais de comunicação. A Consultoria de relações públicas coordena e supervisiona as publicações empresariais sugerindo e preparando textos para folhetos institucionais e coordenando a execução de serviços fotográficos para a ilustração dos mesmos. Prepara a literatura sobre a empresa e supervisiona a elaboração de filmes e audiovisuais institucionais e/ou científicos. As atividades de relações públicas em apoio às áreas de marketing são organizadas pela Consultoria de relações públicas, em termos de campanhas de relações públicas feitas paralelamente às campanhas publicitárias por ocasião de lançamento de novos produtos. Esse tipo de procedimento, isto é, campanhas paralelas também é usado quando há eventual queda de vendas ou para a empresa conseguir novos segmentos de consumidores.

A Consultoria de relações públicas pode atuar em apoio ao Departamento interno de relações públicas, Relações Industriais, Recursos Humanos ou Departamento Pessoal coordenando programas de comunicação interna, incluindo a publicação de jornais e/ou revistas internas (house organs); avisos sobre assuntos de interesse dos empregados; murais; interpretação sobre políticas salariais, abrangendo salários, promoções e benefícios empresariais. Coordena também programas de integração, junto aos clubes e organizações de funcionários. Os programas de relações com a comunidade muitas vezes são sugeridos pela Consultoria de relações públicas e geralmente constam de doações a entidades filantrópicas e assistenciais; promoção de concursos junto à comunidade e participação da empresa em festas e comemorações cívicas. A promoção de eventos artísticos e culturais, assim como o lançamento de artistas também tem boa receptividade comunitária. b) Assessorias Paralelamente às Consultorias de Relações Públicas, que desenvolvem tarefas bastante abrangentes para seus clientes, há as Assessorias de Relações Públicas especializadas, assim chamadas por desempenharem determinado tipo de serviço. Não são propriamente Consultorias, pois desempenham atividades inerentes a área específicas. Há aquelas que se dedicam principalmente a eventos, desenvolvendo e executando os projetos de eventos das áreas institucionais, como congressos, exposições e congraçamentos com públicos internos e externos. Promovem também os eventos das áreas de marketing das empresas, como seminários, palestras, convenções, feiras e lançamentos. Essas Assessorias preparam e organizam festas de confraternização (principalmente as de fim de ano); reuniões e recepções com almoços, jantares e coquetéis. Providenciam a reserva de restaurantes, bufes, decoração, flores, instalação de som, etc. Há Assessorias que cuidam da parte turística, organizam as viagens, providenciando hospedagem, traslados, condução para grupos (carros, ônibus, barcos, aviões). Recepcionam e acompanham visitantes do exterior e organizam programas sociais para os acompanhantes. Algumas Assessorias são especializadas em feiras e cuidam da montagem e instalação de stands; do treinamento das recepcionistas; do material impresso ou brindes a serem distribuídos ao público em geral; dos pres kits para os jornalistas; e da recepção dos convidados VIPs. O material gráfico empresarial geralmente fica subdividido entre as Assessorias de relações públicas e as Agências Publicitárias, incluindo desde a criação, elaboração dos textos, escolha das fotos, diagramação, até a arte final. E a parte gráfica propriamente dita, com fotolitos, chapas e impressão, é feita por terceiros. Quase todas as Assessorias de relações públicas trabalham com contatos governamentais, nos três níveis, federal, estadual e municipal. Este trabalho de relações governamentais sob o ponto de vista da empresa muitas vezes é desenvolvido por pessoas das mais variadas áreas. As pessoas que se dedicam às relações governamentais, em âmbito federal, desenvolvem suas atividades em Brasília e no Rio, mais devido aos bons relacionamentos pessoais que adquiriram, do que devido a uma formação profissional. Seu trabalho envolve desde o acompanhamento da tramitação de papéis e processos em organismos oficiais, até atividades que podem ser comparadas ao papel desempenhado pêlos lobbyists, nos Estados Unidos da América. Outras Assessorias de relações públicas trabalham com imagem individual, cuidando do entrosamento da pessoa na sociedade e melhorando ou criando sua imagem, às vezes, a partir do próprio visual da pessoa. Seja através da representação por departamento interno ou por meio de contratação de empresas especializadas, a atividade de relações públicas deve estar presente em todos os níveis organizacionais.