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DIREITO DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA s s s www.trilhante.com.br

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 4 Zonas de Preferências Tarifárias:...4 Zona de Livre Comércio:... 5 União Aduaneira:... 5 Mercado Comum:... 5 União Política e Monetária:... 5 2. UNIÃO EUROPEIA...7 Resumo União Europeia...9 3. MERCOSUL...11 Contexto Histórico... 11 Formação e Características...12 Objetivos e Funcionamento...13 Estrutura Institucional...13 4. CONCLUSÃO...18

1 INTRODUÇÃO

1. Introdução O direito de integração econômica se caracteriza pela junção de alguns Estados os quais, geralmente, encontram-se unidos por suas posições geográficas com o objetivo de fortalecer a economia nacional e proporcionar mútua assistência, formando-se um mercado comum forte e competitivo no âmbito mundial. Além dos objetivos econômicos, a integração econômica também visa, em seus princípios, outros objetivos, como o desenvolvimento social desses países. A diferenciação dos sistemas de integração regionais se dá conforme a aplicabilidade de suas normas e a organização institucional, desta forma, tais sistemas podem ser considerados mais ou menos evoluídos, tendo em vista a efetividade de suas normas e a concretização de seus objetivos. Inseridos no Direito de Integração estão os institutos da Supranacionalidade (Direito Comunitário) e da Intergovernabilidade. - A Supranacionalidade tem como base a subordinação voluntária dos Estados membros aos órgãos do bloco econômico do qual fazem parte, com o objetivo de constituir um mercado comum. Exemplo: A União Europeia foi constituída através do Direito Comunitário. - A Intergovernabilidade tem como base o funcionamento do Direito Internacional Público, de modo que os Estados não delegam soberania às entidades supranacionais. Exemplo: O Mercosul foi constituído através da intergovernabilidade. A formação de blocos regionais que surgiram através da integração econômica se caracteriza, na verdade, como um processo, o qual, normalmente, se distingue por várias etapas. Quando tais etapas são projetadas para o âmbito social e político dão à formação do bloco a característica de união total. As etapas, níveis e objetivos dos diferentes blocos econômicos serão analisados a seguir: Zonas de Preferências Tarifárias: Trata-se de um passo inicial de integração entre os países, de forma que são adotadas apenas algumas tarifas preferenciais que envolvem determinados produtos, tornandoos mais baratos comparados aos oriundos de países que não são participantes do bloco em questão. Exemplo: ALADI (Associação Latino-Americana de Integração). www.trilhante.com.br 4

Zona de Livre Comércio: Consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas alfandegárias dos produtos comercializados entre os países membros, tratando-se de um acordo meramente comercial. Exemplo: NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), CAN (Comunidade Andina), entre outros. União Aduaneira: Trata-se de uma zona de livre comércio que adotou, também, uma Tarifa Externa Comum (TEC) tarifa que visa taxar produtos oriundos de países que não são membros do bloco. Além de reduzir o preço dos produtos comercializados entre os países membros, a união aduaneira torna os produtos de países externos ao bloco ainda mais caros. Mercado Comum: Trata-se de um bloco econômico que possui um nível avançado de integração, indo muito além de um acordo comercial, já que envolve a livre circulação de produtos, pessoas, bens, capitais e força de trabalho, assim, a fronteira entre seus membros torna-se quase que inexistente quanto aos aspectos comerciais e de mobilidade populacional. União Política e Monetária: Consiste em um mercado comum com maior nível de integração, passando a alcançar, também, o campo monetário. É adotada uma moeda comum, a qual substitui as moedas locais e passa a valer comercialmente entre os países membros. Cria-se um Banco Central para o bloco, passando a existir uma política econômica comum entre os integrantes. Exemplo: União Europeia único exemplo de mercado comum e união política e monetária). A União Europeia é considerada o mais importante bloco econômico da atualidade devido a este nível avançado de integração, podendo alcançar as decisões políticas que, eventualmente, são tomadas em conjunto por seus países membros. www.trilhante.com.br 5

2 UNIÃO EUROPEIA

2. União Europeia Trata-se de uma união econômica e política de 28 estados membros independentes situados no continente europeu. A origem da União Europeia está na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1952) e na Comunidade Econômica Europeia (1957). A partir destas comunidades o território começou a se expandir através da adesão de novos membros e, ao mesmo tempo, aumentava-se a esfera de influência por meio da inclusão de novas competências. Atualmente, são membros da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, República, Romênia e Suécia. A União Europeia atua por meio de um sistema de instituições supranacionais independentes e de decisões intergovernamentais negociadas entre os Estados partes. As mais importantes instituições da União Europeia são: a Comissão Europeia; o Conselho da União Europeia; o Conselho Europeu; o Tribunal de Justiça da União Europeia; o Banco Central Europeu; e o Parlamento Europeu eleito a cada 5 anos pelos cidadãos da União Europeia no espaço Schengen, que inclui 22 estados membros e 4 estados não membros da UE, além de ter sido abolido o controle de passaportes. (Entendendo a formação do Espaço Schengen) www.trilhante.com.br 7

Desta forma, a União Europeia foi organizada sob a ótica de delegação dos direitos soberanos dos estados à terceira instância. As bases jurídicas da União Europeia encontram-se no Tratado de Maastrich (1992 vigor em 1993) e no Tratado de Amsterdã (1997 vigor em 1999). Baseado nestes tratados, em 2001 surgiu o Tratado de Nice, o qual objetivou adaptar o funcionamento das instituições europeias antes do ingresso de novos membros, abrindo uma via de reforma institucional necessária para a ampliação da União e entrada de países candidatos do leste e do sul europeu. Em 2004, foi assinada, em Roma, a Constituição Europeia, um tratado constitucional da União Europeia que previa a personalidade jurídica internacional da União e sua representação por um presidente, o qual seria eleito pelos Estados membros e aprovado pelo Parlamento Europeu, tendo direito de reeleição no prazo de 2 anos e meio. Entretanto, em 2005, eleitores franceses e holandeses rejeitaram a constituição, que acabou fracassando. Com a rejeição da constituição, foi celebrado o Tratado de Lisboa (2007 vigor em 2009), o qual visava, também, a personalidade jurídica internacional da União, a qual passou a substituir e suceder a Comunidade Europeia. Assim, a UE passou a assinar tratados internacionais ligados aos seus objetivos e à suas funções. Ao Tratado de Lisboa foram acrescentados protocolos adicionais, além da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (2000). Desta forma, a União Europeia é, atualmente, regida por vários instrumentos jurídicos, como os já supracitados, além de mais de 30 protocolos adicionais. Apesar do avançado nível de integração, a UE não é um estado federal, visto que a regência se faz por meio de tratados e não por uma constituição propriamente dita. Resumo União Europeia A União Europeia é a única organização supranacional existente na atualidade, visto que é dotada de um poder superior ao das autoridades estatais dos seus respectivos membros. Na supranacionalidade, os Estados transferem parte de suas competências legislativas pra um órgão supranacional que, de acordo com o princípio da competência por atribuição, aprova regulamentos e diretivas, os quais se aplicarão uniformemente pelo espaço UE. A característica mais marcante das organizações internacionais é o poder e a liberdade de criar suas próprias regras jurídicas, e o direito de aplica-las direta e imediatamente aos Estados partes sem a necessidade de que sejam implementadas internamente por meio de espécies normativas internas, como a lei, o decreto, entre outros. Tais características somadas dão à União Europeia uma força normativa especial e um papel de destaque no cenário mundial, tendo em vista o status de única organização supranacional. www.trilhante.com.br 8

3 MERCOSUL

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