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RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 252.457 - RS (2000/0027349-0) RELATOR : MINISTRO FRANCISCO PEÇANHA MARTINS RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : DOLIZETE FÁTIMA MICHELIN E OUTROS RECORRIDO : AGÊNCIA MARITIMA LAURITS LACHMANN S/A ADVOGADO : EVERTON PEREIRA DE MATTOS E OUTROS EMENTA TRIBUTÁRIO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO MERCADORIA A GRANEL TRANSPORTE MARÍTIMO QUEBRA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO AGENTE MARÍTIMO INOCORRÊNCIA SÚMULA 192 DO EX-TFR TERMO DE RESPONSABILIDADE PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL CTN, 121, II PRECEDENTES DO STJ. - O agente marítimo não é considerado reponsável pelos tributos devidos pelo transportador, nos termos da Súmula 192 do ex-tfr. - O termo de compromisso firmado por agente marítimo não tem o condão de atribuir-lhe responsabilidade tributária, em face do princípio da reserva legal previsto no art. 121, II, do CTN. - Recurso especial não conhecido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso. Votaram com o Relator os Ministros Eliana Calmon, Franciulli Netto, Laurita Vaz e Paulo Medina. Brasília (DF), 04 de junho de 2002(Data do Julgamento). MINISTRA ELIANA CALMON Presidente MINISTRO FRANCISCO PEÇANHA MARTINS Relator Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 1 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 252.457 - RS (2000/0027349-0) RELATÓRIO EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO PEÇANHA MARTINS: Trata-se de recurso especial manifestado pela FAZENDA NACIONAL com fundamento nas letras "a" e "c" do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, por unanimidade, negou provimento à remessa oficial e à apelação interposta pela União, nos autos da ação declaratória negativa, ajuizada por AGÊNCIA MARÍTIMA LAURITZ LACHMANN S/A, objetivando ver declarada a inexistência de relação jurídica tributária, referente ao imposto de importação exigido em decorrência de "quebra" de mercadoria, mediante a alegação de que se trata de obrigação do navio transportador e não da agência marítima. O v. acórdão, aplicando a Súmula 192 do extinto TFR, excluiu a responsabilidade do agente marítimo pelos tributos devidos pelo transportador. Afirmou, outrossim, que a assinatura de termo de responsabilidade pelo agente marítimo não tem o poder de estabelecer tributo não previsto em lei. Daí o recurso especial em que a ora recorrente alega ter o v. aresto negado vigência ao art. 39, 3º do Decreto-lei 37/66, ao art. 71 do Decreto 91.030/85 e aos artigos 121, II e 124 do CTN, bem como divergido de julgados de outro tribunal do País, quando afirmou que a assinatura de "Termo de Responsabilidade" não desloca para o agente marítimo a responsabilidade tributária. Alegou, ainda, incabível a aplicação da Súmula 192 do extinto TFR, visto que o agente marítimo é responsável pela obrigação tributária, no caso. Contra-razões às fls. 77/80. O recurso foi admitido no Tribunal "a quo", subindo os autos a esta eg. Corte, onde vieram a mim conclusos. Dispensei o pronunciamento do Ministério Público Federal, nos termos regimentais. É o relatório. Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 2 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 252.457 - RS (2000/0027349-0) VOTO EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO PEÇANHA MARTINS(Relator): Discute-se nos presentes autos a responsabilidade do agente marítimo por débito referente ao Imposto de Importação sobre a quebra de mercadoria a granel. A 2ª Turma do TRF da 4ª Região, apreciando remessa obrigatória e apelação interposta pela União, nos autos de ação mandamental ajuizada por Agência Marítima Lauritz Lachmann S/A, decidiu a controvérsia em decisão assim ementada (fls. 59): 'TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. 'QUEBRA' DE MERCADORIA. AGENTE MARÍTIMO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. SÚMULA 192 DO EXTINTO TFR. TERMO DE RESPONSABILIDADE. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. 1. O agente marítimo não é responsável pelos tributos devidos pelo transportador, nos termos da Súmula 192 do extinto Tribunal Federal de Recursos. 2. Mera assinatura de termo de responsabilidade não tem o condão de instituir responsabilidade tributária, que depende de lei em sentido formal. Aplicação do princípio da reserva legal." Irresignada, a Fazenda Nacional manifesta este apelo especial, fundado nas alíneas "a" e "c" do autorizativo constitucional, sustentando não ser o caso de aplicação da Súmula 192 do ex-tfr, por ter a ora recorrida firmado na importação o "termo de responsabilidade", onde se responsabilizou pelo recolhimento de tributos e taxas a serem pagos pelo transportador. Nada há que ser reformado no v. aresto hostilizado, por isso que em perfeita consonância com a jurisprudência de ambas as Turmas integrantes da eg. 1ª Seção, a qual vem decidindo pela aplicabilidade da Súmula 192 ex-tfr, ainda que firmado termo de compromisso pelo agente marítimo, em face do princípio da reserva legal, previsto no art. 121, II do CTN. A título elucidativo, destaco os seguintes julgados: Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 3 de 6

"TRIBUTÁRIO - TRANSPORTE MARÍTIMO - RESPONSABILIDADE PELA FALTA OU AVARIA DA MERCADORIA TRANSPORTADA - AGENTE MARÍTIMO (ART. 135, II DO CTN). 1. O agente marítimo não é representante, empregado, mandatário ou comissionário transportador, sendo representante do armador, estranho ao fato gerador do imposto de importação (DL n. 37/1966). 2. A imputação de responsabilidade, por força do art. 135, II do CTN, se fosse o caso, exigiria a prova de que se houve o agente marítimo com excesso de poder ou infração à lei. 3. Recurso especial não conhecido." (REsp. 132.624-SP, D.J. 20.11.00,Rel. Min. Eliana Calmon) TRIBUTÁRIO. AGENTE MARÍTIMO. EXERCÍCIO DE ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS. EQUIPARAÇÃO À TRANSPORTADOR. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. INOCORRÊNCIA. SÚMULA Nº 192/TFR. TERMO DE COMPROMISSO. PRECEDENTES. 1. Recurso Especial interposto contra v. Acórdão segundo o qual "os agentes marítimos, representantes dos transportadores, têm o ônus de administrar a chegada de embarcações aos portos onde serão fiscalizados, respondendo perante à Administração Pública por infrações à legislação sanitária." 2. Estabelece a Súmula nº 192/TFR: "o agente marítimo, quando no exercício exclusivo das atribuições próprias, não é considerado responsável tributário, nem se equipara ao transportador para efeitos do Decreto-Lei nº 37 de 1966." 3. Precedentes das 1ª e 2ª Turmas desta Corte Superior. 4. "O agente, rigorosamente, não medeia, nem intermedeia, nem comissiona, nem representa: promove conclusões de contrato. Não é mediador, posto que seja possível que leve até aí a sua função. Não é corretor, porque não declara a conclusão dos negócios jurídicos. Não é mandatário, nem procurador. Donde a expressão "agente" ter, ao contrato de agência, sentido estrito." (Pontes de Miranda, in "Tratado de Direito Privado Parte Especial", Tomo XLIX, 3ª Edição, 1972) 5. O Termo de Compromisso firmado por agente marítimo, assumindo responsabilidades outras que não as de sua competência, não tem o condão de atribuir-lhe responsabilidade tributária para responder por danos ou extravios de mercadorias apurados, para ressarcimento de impostos e por outros ônus fiscais, tendo em vista o princípio da reserva legal. Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 4 de 6

6. Recurso Especial provido." (REsp. 410.172-RS, D.J. 29.04.02, Rel. Min. José Delgado) Ante o exposto, não conheço do recurso. Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 5 de 6

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2000/0027349-0 RESP 252457 / RS Números Origem: 8910044250 9604613359 PAUTA: 04/06/2002 JULGADO: 04/06/2002 Relator Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS Presidenta da Sessão Exma. Sra. Ministra ELIANA CALMON Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. MOACIR GUIMARÃES MORAES FILHO Secretária Bela: BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA AUTUAÇÃO RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : DOLIZETE FÁTIMA MICHELIN E OUTROS RECORRIDO : AGÊNCIA MARITIMA LAURITS LACHMANN S/A ADVOGADO : EVERTON PEREIRA DE MATTOS E OUTROS ASSUNTO: Tributário - Imposto de Importação CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator." Os Srs. Ministros Eliana Calmon, Franciulli Netto, Laurita Vaz e Paulo Medina votaram com o Sr. Ministro Relator. O referido é verdade. Dou fé. Brasília, 04 de junho de 2002 BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA Secretária Documento: 102318 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 09/09/2002 Página 6 de 6