UMA ANÁLISE DO DESEQUILÍBIRO DOS ALUNOS DE EAD EM POLOS DA CAPITAL E DO INTERIOR



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Transcrição:

UMA ANÁLISE DO DESEQUILÍBIRO DOS ALUNOS DE EAD EM POLOS DA CAPITAL E DO INTERIOR Autor(a): Gliner Dias Alencar Coautor(es): Marcelo Ferreira de Lima; Juliana Ferreira Gomes da Silva Email: gliner0504@hotmail.com Introdução Este trabalho demonstra os resultados de uma pesquisa documental realizada em duas instituições de ensino que fazem uso da modalidade de Educação a Distância (EaD). A abordagem adotada para este trabalho baseia-se na comparação de notas de grupos de alunos de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação da capital pernambucana com alunos de regiões do interior do mesmo estado. O objetivo é verificar a existência de indícios que apontem lacunas onde as políticas públicas voltadas à educação precisariam receber mais atenção por parte dos órgãos ligados a educação. A Educação a Distância é uma modalidade presente no processo de ensinoaprendizagem nas instituições de ensino e no meio corporativo. Sua utilização é motivada pela possibilidade de aumentar a capilaridade geográfica e, consequentemente, chegar a uma descentralização dos grandes polos, sem a necessidade de investimentos maiores em infra-estrutura física. A EaD apóia-se em ambientes computacionais denominados LMS (Learning Management Systems) ou, na língua portuguesa, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Tais ambientes suportam o processo de comunicação entre alunos, professores e a comunidade, que utilizam materiais didáticos disponíveis no ambiente. Fazendo com que todos participem de modo interativo. E isto acontece tanto no meio acadêmico como no meio corporativo (Piovesan, Pertile, Amaral e Medina, 2010; Bartholo, Amaral e Cagnin, 2009; Oliveira, Chagas, Sobrinho e Mello, 2010). Mesmo com a crescente utilização da modalidade de Educação a Distância para expandir o processo de educação pelos mais diversos polos interioranos, nota-se que, ainda que sendo uma excelente iniciativa, não é, por si só, suficiente para o alcance de uma equiparação real no nível educacional das áreas do interior com a região metropolitana, especialmente a capital. As divergências entre a formação de base dos alunos da capital comparados com os alunos do interior são muito acentuadas. Assim como, também é gritante a diferença entre as regiões em relação às possibilidades de 1

acesso às novas tecnologias, oportunidades de aprendizagem, estágios e empregos que induzam a uma especialização técnica mais profunda. Estes fatos, que há muito tempo marcam a história e a formação da sociedade interiorana, ressaltam a necessidade de um plano mais efetivo no que tange às políticas públicas relacionadas à educação. Isto deve ser considerado para que ocorra uma efetiva descentralização da educação em todos os níveis, para que se tenha mão-de-obra qualificada e, consequentemente, um potencial intelectual equilibrado entre as regiões. Contextualização De forma geral, a proporção de vagas existentes nas instituições de ensino, especialmente nas públicas, ainda não é suficiente para a demanda apontada pelo contingente populacional. Portanto, concluí-se que o crescimento da quantidade de vagas não vem acompanhando o crescimento da demanda. O que ressalta a necessidade de expansão dos cursos técnicos, superiores e de pós-graduação. Outro fator relevante diz respeito às necessidades dos alunos, que podem sofrer alterações, como, por exemplo, a diminuição da disponibilidade de tempo (Oliveira, Chagas, Sobrinho e Mello, 2010; Piovesan, Pertile, Amaral e Medina, 2010). Hoje é comum a opção por cursos à distância com base na impossibilidade de frequentar um curso presencial, o que, em muitos casos, pode demandar mais tempo por parte do aluno. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação (Moran, 2002). Desta forma, tal modalidade está sendo ofertada como opção aos estudantes que não dispõem do tempo exigido pelos cursos presenciais tradicionais, onde os alunos precisam se adequar aos horários definidos pela instituição. A EaD está sendo colocada como meio de proliferação dos polos de ensino, promovendo a descentralização sem a necessidade dos investimentos necessários para a construção de um novo campus físico. 2 Metodologia O presente artigo retrata uma pesquisa documental realizada entre julho e agosto de 2011. A pesquisa cobriu duas instituições de ensino que utilizam a modalidade EaD,

com polo ou apoio administrativo em Recife, e que também atuam, através da EaD, em cidades de Pernambuco que ficam fora da região metropolitana. Nas instituições de ensino enquadradas no perfil desejado foram analisadas uma turma de cada um dos cinco diferentes cursos ligados à área de exatas ou humanas. Estes cursos envolvem pós-graduações (em nível lato sensu), graduações e cursos técnicos que, como pré-requisito da pesquisa, deveriam atuar na capital pernambucana e, no mínimo, em mais um polo fora da região metropolitana do Recife. São considerado para este estudo o grupo de alunos de cada polo como uma turma do determinado curso. Para se trabalhar com pólos representativos para o estudo, apenas foram considerados aqueles que tinham, ao menos, sete alunos efetivos no ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Alunos efetivos, para este estudo, são aqueles estudantes que, aprovados ou reprovados nas disciplinas, tenha cursado-as regularmente. Ou seja, não houve desistência ou abandono do curso por qualquer motivo que seja. Desta forma, a amostragem da pesquisa abordou cursos ofertados na modalidade à distância na capital pernambucana e em mais sete polos de apoios presenciais fora da região metropolitana do Recife, envolvendo cidades das regiões da zona da mata, agreste e sertão pernambucano. Tendo a quantidade de polos na região interiorana variando de um a quatro, dependendo do curso ofertado. Para cada curso, foi analisada a média das notas, por pólo, de uma turma. A média analisada foi a final de todas as disciplinas de todos os alunos efetivos de determinado polo, nos casos dos cursos já finalizados, ou a média parcial de todas as disciplinas já cursadas de todos os alunos efetivos de determinado polo, nos casos do curso ainda se encontrar em andamento. Ou seja, se um curso era ofertado no polo localizado na cidade x e y, tomava-se as notas de todos os alunos efetivos do polo x e fazia-se a média aritmética, posteriormente repetia-se o processo para o polo y e obtinham-se as médias utilizadas neste estudo. 3 Resultados Comparando-se as médias das notas dos grupos da capital com os grupos do interior, percebeu-se, em absolutamente todos os casos, uma média melhor dos alunos de Recife. Esta variação na média foi entre 6,25% a 31,98%. No caso mais equilibrado o grupo da

capital ficou com média 8,0, enquanto outro do interior ficou com 7,5. No caso com maior discrepância, o grupo recifense obteve média 9,85 e o grupo interiorano 6,7. Todos os resultados podem ser visto na tabela 1. Tabela 1. Comparativo entre os grupos Em contato com professores e tutores que atuaram com os grupos analisados, é comum que seja apontado como fator relevante a precariedade no acesso às tecnologias e à Internet para os alunos das cidades interioranas, enquanto na capital ocorre o inverso. Já o ambiente de ensino aponta que os alunos do interior, de forma geral, acessam com mais frequência o ambiente e também passam mais tempo conectados do que os da capital. Ter mais tempo para o estudo poderia ser um ponto positivo, entretanto, neste caso, o tempo não é convertido em resultados melhores nas avaliações. Os professores e tutores também ressaltam que a falta de conhecimentos básicos da língua portuguesa, de matemática e atualidades ocorre em todos os grupos. Porém, segundo os professores, este problema é bem mais acentuado em alguns polos do interior. Assim como também acontece em cursos presenciais, em diversos casos, os alunos do interior relatam que fazem um determinado curso por falta de opção, mas não vislumbram a sua utilização prática na região onde moram. 4 Considerações Finais Com o inegável crescimento do uso do de ferramentas tecnológicas, como computadores e suas redes comunicação, e, consequentemente, da diminuição de seus custos de aquisição, a sociedade depara-se com um ambiente propício para o surgimento e expansão de ferramentas que fazem uso intenso e oportuno desta infra-estrutura distribuída, como é o caso de ferramentas que suportam os cursos via EaD. Se a democratização igualitária da educação é um objetivo, o EaD é algo que pode ajudar a alcançá-lo de um maneira mais rápida e, o que é muito importante, com uma considerável redução nos custos, pois não exige tanto investimento em estrutura física como o ensino presencial. Do ponto de vista dos alunos, vem para atender os que não

dispunham de tempo ou de facilidades de locomoção para dirigir-se a uma unidade física de ensino. Em um país de dimensões continentais e condições desiguais isto é algo que deve ser considerado com extremamente importante. Porém, por conseqüência das condições desiguais as quais as regiões de um mesmo estado estão submetidas, percebe-se que apenas a difusão dos cursos pela modalidade EaD não é a solução única para ensino democratizado e igualitário. Tornase necessário que as mesmas condições oferecidas nos grandes centros sejam ofertadas nas regiões interioranas. Para que essa expansão consiga gerar os êxitos esperados, fazse necessário um conjunto de políticas que direcione verbas para se ter um sistema de educação mais amplo e de qualidade, abrangendo a formação desde o ensino fundamental e médio para que os alunos tenham uma base consolidada para melhor aproveitar as informações nos cursos posteriores. Assim como seja realizado estudos de viabilidade na área que se está sendo ofertado o curso para que se ofertem cursos aproveitáveis para a região de forma que os alunos vislumbre a utilização dos conhecimentos na própria região e não apenas ofertar cursos com intuito de aumentar a quantidade de polos. Outro ponto a ser abordado é a necessidade do avanço das tecnologias, no caso do presente estudo políticas que auxiliem os menos afortunados a ter acesso a computadores e à Internet de qualidade de forma que estes pontos estejam facilmente presente no seu cotidiano, fator primordial para a era da informação na qual vivemos. 5 Referências BARTHOLO, Viviane F.; AMARAL, Marília A.; CAGNIN, Maria I. Anais do XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação: M-AVA: Modelo de Adaptabilidade para Ambientes Virtuais Móveis de Aprendizagem. Florianópolis, SC. 2009. MORAN, José M. http://www.eca.usp.br/ prof/moran/dist.htm: O que é Educação a Distância. Acesso em 10/09/2011. 2002. OLIVEIRA, João P.; CHAGAS, Amirton; SOBRINHO, Flávio A.; MELLO, Lucas. Anais do XXI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação: ProEdu : Integrando a Rede Social Social Orkut ao Moodle. João Pessoa, PB. 2002.

PIOVESAN, Sandra D.; PERTILE, Solange L.; AMARAL, Eríco; MEDINA, Roseclea. Anais do XXI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação: Modelagem de um Framework para M-Learning. João Pessoa, PB. 2010. 6