UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL MORFOMETRIA DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis WALTER ALVES AMORIM JUNIOR CUIABÁ - MT 2018

WALTER ALVES AMORIM JUNIOR MORFOMETRIA DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis Orientador: Prof. Dr.ANTONIO DE ARRUDA TSUKAMOTO FILHO Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Engenharia Florestal Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal. CUIABÁ-MT 2018

WALTER ALVES AMORIM JUNIOR MORFOMETRIA DE PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Engenharia Florestal Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal. Aprovada em: 03 de março de 2018. Comissão examinadora: CUIABÁ-MT 2018

AGRADECIMENTOS Primeiramente sou grato a Deus por me conceder o dom da vida, pois sem ele nada seria possível e nenhuma dificuldade seria vencida. Aos meus pais, Selma e José que nunca mediram esforços para me proporcionar a melhor educação possível, sempre me apoiando e incentivando nas minhas escolhas, com muito carinho e paciência. Mãe, você é meu exemplo de vida, garra, caráter e disciplina. Desde que me entendo por gente, sempre dando o seu melhor para me criar da melhor forma possível, mesmo tendo dificuldades sempre priorizou minha educação e nunca deixou faltar em nada, te amo. Pai, mesmo não sendo meu pai biológico, sempre me tratou como seu filho de sangue e é assim que sempre me senti, com você aprendi o valor da verdade e que um homem precisa ter princípios de segui-los. Se sou um homem de responsabilidades foi graças ao senhor, meu amigo e melhor exemplo de bondade e inteligência que um homem pode ter, te amo. Ao meu orientador Antonio vulgo Tsukão, por ter aceitado me orientar nesta etapa tão definitiva do curso, e pela paciência, dedicação e disponibilidade de tempo e recursos que teve comigo, não é qualquer professor que usa o seu tempo de folga para ajudar um aluno. E vale lembrar as conversas e brincadeiras que fizeram um ambiente mais harmonioso nestesmeses de TCC. O tenho como um grande amigo. Muito obrigado! À professora Daniele a principio por aceitar ser parte da minha banca e em segundo plano por me ajudar na parte final do meu projeto de iniciação cientifica, sei que o projeto não é ligado ao presente trabalho, porém foi uma etapa do curso que significou muito pra mim. Muito obrigado! Ao meu colega Otnyel, por aceitar ser parte da minha banca avaliadora. Muito obrigado! iii

Aos grandes amigos que fiz durante a graduação, Cássio, Cauê, Vinícius, Danilo, Guilherme e Ricardo. Sou muito grato por ter dividido essa fase da minha vida com vocês, foram inúmeras as madrugadas antes das provas, as horas na fila do restaurante universitário, as festas, os acampamentos, as brincadeiras, todos esses momentos e muitos outros que jamais esquecerei. Muito obrigado! A minha grande amiga Fernanda, que adquiri nos últimos semestres do curso, você me ajudou muito nessa etapa final, entre conselhos e puxões de orelha a nossa amizade foi crucial para que esse trabalho fosse concluído sem perder o foco. Obrigado de coração. E à minha namorada Katiany, que entrou recentemente na minha vida, mas já teve um papel importante nesta reta final, sempre ajudando e incentivando a estudar, te amo. iv

SUMÁRIO RESUMO... vi 1.INTRODUÇÃO... 7 2.REVISÃO DE LITERATURA... 8 2.1. O GÊNERO Eucalyptus... 8 2.2. O Eucalyptus camaldulensis... 9 2.3. MORFOMETRIA E DENDROMETRIA DAS ÁRVORES... 10 3.MATERIAL E MÉTODOS... 12 3.1. ÁREA DE ESTUDO E MATERIAL VEGETAL... 12 3.2. INVENTÁRIO FLORESTAL 100% (CENSO)... 14 3.3. ANÁLISE QUALITATIVA DAS ÁRVORES... 14 3.4. VARIÁVEIS MORFOMÉTRICAS... 15 3.5. COMPILAÇÃO DE DADOS E ANÁLISE DESCRITIVA... 17 4.RESULTADOS E DISCUSSÃO... 17 4.1. CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS... 17 4.2. QUALIDADE DE FUSTE... 21 4.3. RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERISTICAS MORFOMÉTRICAS E QUALIDADE DE FUSTE.... 23 5.CONCLUSÃO... 25 6.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA... 26 v

RESUMO JUNIOR, Walter Alves Amorim. Morfometria De Progênies de Eucalyptus camaldulensis. 2018. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá- MT. Orientador: Prof. Dr. Antonio de Arruda Tsukamoto Filho. O destaque do eucalipto em relação às demais espécies florestais cultivadas no Brasil está associado aos programas de melhoramento genético que resultam em boa adaptação as condições edafoclimáticas. Assim, visando uma otimização nas aplicações e aproveitamento dos derivados do eucalipto, estudos sobre as características morfométricas e qualidade de fuste de matrizes genéticas que se adaptem as condições ambientais das diversas regiões brasileiras são importantes. O objetivo principal do trabalho foi avaliar quais progênies se adaptam melhores as condições de campo do estado de Mato Grosso. Foram utilizadas 132 progênies da espécie Eucalyptus camaldulensis. Avaliou-se o fuste comercial, o comprimento de copa, a % de copa, o formal de copa, o índice de saliência, o índice de abrangência, o grau de esbeltez e a qualidade do fuste. As progênies 20, 2 e 54 apresentaram as melhores características em relação a morfometria e qualidade de fuste enquanto a progênie 32 pode ser considerada a de pior qualidade. Palavras-chave: parâmetros de copa, qualidade de fuste, floresta plantada. vi

1. INTRODUÇÃO A expansão no setor de florestas plantadas no Brasil iniciou-se com a LEI Nº 5.106, de 2 de Setembro de 1966 que trouxe incentivos fiscais com objetivo de realizar um reflorestamento de grande escala numa tentativa de compensar os efeitos do desmatamento que já era alarmante na época (RESENDE et al., 1994). Atualmente o cenário dos plantios florestais é bem diferente e em 2013 o Brasil alcançou a marca dos 7,60 milhões de hectares de floresta plantada, sendo 5,4 milhões de hectares representados pelo gênero Eucalyptus (IBA, 2015) O destaque do eucalipto está associado aos programas de melhoramento genético que resultam em boa adaptação às condições edafoclimáticas do Brasil, gerando uma produtividade extremamente satisfatória para os diversos usos dos derivados da madeira (BOCCA et al., 2005). Para ROCHA et al. (2004), as plantações do gênero tem sido ampliadas em vários países, pela excelência das propriedades químicas de sua madeira na fabricação de papel, particularmente papel para impressão. Podendo ser plantado em quase todo o território nacional, o Eucalyptus camaldulensis destaca-se dos demais, por ter uma ampla adaptação em diferentes condições ambientais e preferência por climas tropicais, o que facilita o desenvolvimento do plantio nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (COSTA, 2012). As variações na forma e no tamanho das árvores são influenciadas por características genéticas e pelo ambiente nos quais essas estão submetidas. As decisões tomadas nas práticas silviculturais dependem do conhecimento sobre o comportamento das espécies relacionado às condições edafoclimáticas do plantio. Este estudo busca descrever o desempenho das progênies de camaldulensis, principalmente aqueles que estão relacionados com as formas da copa, e o fuste numa floresta plantada, pois os conhecimentos das variáveis de crescimento e as qualidades de uma floresta ao longo de um tempo é uma ferramenta indispensável nas práticas silviculturais. 7

2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. O GÊNERO Eucalyptus Pertencendo a família Myrtacea os eucaliptos têm origem na Oceania, possuem mais de 700 espécies identificadas e adaptadas a diferentes condições edafoclimáticas dessas são 20 de uso comercial em todo o mundo como: grandis, citriodora, camaldulensis, saligna, urophylla, são os mais plantados no Brasil (SANTAROSA et al., 2014). O Eucalyptus é um dos gêneros mais cultivados em regiões tropicais e subtropicais, principalmente devido a sua importância econômica (IBA, 2015). Apresentando uma grande área de utilização e uso das diferentes espécies e também pela grande dimensão de áreas plantadas no Brasil, os eucaliptos possuem relevante importância econômica ressaltando-se o seu crescimento acelerado e alta produção de madeira (SILVA, 2010). Albino e Tomazello Filho (1985) reforçam a ideia da alta produtividade do eucalipto no Brasil quando comparados a espécies florestais nativas. A tolerância que o gênero Eucalyptus tem a ambientes extremos vai de encontro ao clima do bioma cerrado. O cerrado abrange doze dos vinte e quatro estados brasileiros, sobretudo nas porções centrais do país, característico por um curto período chuvoso e um longe período de seca e solos de baixa fertilidade (LEITE et al., 1997). No que diz respeito a utilização da madeira em geral esta relacionada principalmente com a indústria de celulose e papel, seguida da produção de carvão vegetal, podendo citar ainda o fornecimento de matéria-prima para produção de aglomerados, chapas, fibras, móveis, entre outros (SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA, 2006). 8

2.2. O Eucalyptus camaldulensis Tendo a maior distribuição geográfica dentro da Austrália, o Eucalyptus camaldulensis é a espécie com maior amplitude de ocorrência do gênero, pode ocorrer em várias zonas ecológicas, suportam elevadas temperatura, longos períodos de estiagem e inundações temporárias (EMBRAPA, 2004). O Eucalyptus camaldulensis é uma espécie arbórea com fuste reto atingindo de 25 a 30 m de altura, com um sistema radicular bastante vigoroso, resistente ao frio e a seca devido à presença de lignotubérculos em seu sistema radicular, e também é caracterizando por ter um rápido crescimento (PRYOR, 1976; NIETO e RODRIGUEZ, 2003). Possui folhas pendentes, que quando a espécie está exposta a déficit hídrico pode apresentar uma coloração mais clara e um acúmulo de cera (KARSCHON, 1974). Sua madeira possui uma densidade mediana á elevada, com uma coloração avermelhada bem singular. O uso da madeira geralmente é destinado para serraria, postes e produção de carvão (EMBRAPA, 2004), podendo também ser empregados também na fabricação de papel e celulose, painéis a base de madeira, entre outros (LIMA, 1984; NIETO e RODRIGUEZ, 2003). Do gênero o Eucalyptus camaldulensis é uma das espécies mais relevantes, principalmente pela sua adaptabilidade às condições extremas, sem deixar que fatores como déficit hídrico e problemas de fertilidade do solo limitem o seu desenvolvimento, como ocorre com outras espécies (DEL QUIQUI et al., 2001). O rápido crescimento em conjunto com a facilidade de adaptação em variadas regiões, e ainda devido às características como vigorosa brotação da cepa, faz com que o Eucalyptus camaldulensis tenha superioridade em relação às outras espécies do gênero, em termos de adaptação em ambientes brasileiros (MORAES et al., 1997). 9

Em razão de suas características expressivas e rusticidade o Eucalyptus camaldulensis, tem sido preferido nos programas de melhoramento, e vem sendo melhorado por empresas florestais com o objetivo de aumentar a produtividade, obter matéria-prima de maior qualidade, melhorar as condições adaptativas da espécie, aumentar a tolerância a pragas e doenças, assim manter a variabilidade genética (MORI, 1993). 2.3. MORFOMETRIA E DENDROMETRIA DAS ÁRVORES Assmann (1970) realizou os primeiros trabalhos de mensuração de partes de copas, que utilizou os dados obtidos para estudos de morfologia e a eficiência de incremento, e observando relação da área foliar com sítio, clima, idade, e tipo de floresta. O estudo da morfometria permite relacionar e descrever variáveis de dimensões distintas da mesma árvore, reconstituir o espaço ocupado por cada uma delas, estabelecer o grau de concorrência de um povoamento e, ainda, inferir sobre a estabilidade, a vitalidade e a produtividade de cada indivíduo dentro de uma floresta (HASENAUER et al., 1995; PRETZSCH, 1995 apud DURLO e DENARDI 1998). A concorrência na população e as condições de sítiosão variáveis que interferem nocrescimento, isso revela que o crescimento de árvores baseados em suas características singulares (dimensões, relações morfométricas) e em razão de fatores ambientais, têm sido muito enfocados nos últimos anos (WINK et al., 2012), e a definição das principais características morfométricas das árvores, como a cobertura de copa, volume de copa, grau de esbeltez, índice de saliência, índice de abrangência, formal de copa, foram claramente expostas por (DURLO e DENARDI, 1998). Mitscherlich (1978) apud Durlo e Denardi (1998) definiram as variáveis morfométricas mais utilizadas da seguinte forma: 10

a) Índice de Saliência: É a relação entre o diâmetro de copa (dc) e o diâmetro à altura do peito (DAP) e expressa quantas vezes o diâmetro de copa é maior que o diâmetro a altura do peito. b) Área de Projeção da Copa: Como área de projeção da copa entende-se a superfície coberta pela projeção vertical da copa de uma árvore. Normalmente esta área é calculada a partir da medição de um determinado número de raios de projeção da copa (quatro a oito raios). A área de projeção de copa permite que se conheça o espaço ocupado por uma árvore. c) Grau de Esbeltez: É uma variável que caracteriza a estabilidade das árvores. Quanto mais alto o grau de esbeltez, mais instável é a árvore. Os indivíduos que apresentam os maiores valores de esbeltez são os que se encontram em alto grau de concorrência, pode também expressar a instabilidade contra o vento. d) Índice de Abrangência: relação entre o diâmetro de copa e a altura total da árvore. Se existir uma correlação entre o índice de abrangência e a altura das árvores, este índicepode ser também usado como indicador de desbaste ao longo da vida do povoamento. e) Formal de Copa: O formal de copa representa a relação do diâmetro da copa e o comprimento da copa, indicando que nessa população existem tanto árvores com copas esbeltas (formal de copa baixo) quanto com copas achatadas/arredondadas. Considerando uma mesma espécie e sítio, os indivíduos mais produtivos são os que apresentam formal de copa inferior. f) Percentagem de Copa: Corresponde à relação entre o comprimento da copa e altura total da árvore. Quanto maior a porcentagem de copa, mais vital e produtiva é a árvore. À medida que a altura e o DAP aumentam, o diâmetro e o comprimento da copa crescem, as relações entre os índices morfométricos apresentados demonstram essa correlação e também que o índice de esbeltez e o índice de saliência tendem a diminuir (TONINI e ARCO-VERDE, 2005). 11

Atualmente, as variáveis de forma e dimensões das árvores, as relações morfométricas e suas respectivas modificações com o tempo adquirem ainda maior importância, dadas a possibilidade de criação de modelos de concorrência e de crescimento (DURLO, 2001). Estudando sobre: tamanho da copa, qualidade da copa e qualidade de fuste para o camaldulensis, espera-se obter informações que auxiliem no manejo florestal e nas práticas silviculturais dessa espécie, gerando maior eficácia na produtividade, visto que, a demanda de produtos florestais é crescente tanto no mercado nacional quanto no internacional. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. ÁREA DE ESTUDO E MATERIAL VEGETAL O ensaio foi realizado em um experimento instalado no campo experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus São Vicente IFMT (FIGURA 1). A área está circunscrita na coordenada geográfica: latitude 15 49 21 S e longitude 55 25 06 W, numa altitude de 750m. Segundo a classificação de Köppen o clima é caracterizado como tropical (Aw) apresentando duas estações bem definidas: uma quente e úmida e outra mais fria e seca com regime de déficit hídrico. A temperatura anual média está em torno de 20 ºC e precipitação média anual é de 2.000mm. 12

FIGURA 1 - LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO. As mudas utilizadas para a instalação do experimento foram produzidas no viveiro florestal do Campus da Faculdade de Engenharia UNESP/Ilha Solteira, por meio de sementes coletadas de matrizes de polinização aberta nativas da Austrália, procedência Katherine River, Estado de Queensland, Austrália. O material foi obtido através de uma parceria entre Embrapa Florestas e a UNESP. O preparo do solo foi feito por meio de aração a 20 cm de profundidade, com arado de disco acoplado a trator, seguida de uma gradagem niveladora, para homogeneizar e aplainar a superfície. As mudas foram plantadas no período chuvoso, iniciando o plantio em dezembro de 2008 e finalizando em janeiro de 2009, sendo feito em covas de 20 x 20 x 20 cm, aplicando-se 150 g de 4-14-8 por cova. As atividades silviculturais de manutenção consistiram apenas da limpeza da área com roçadeira mecânica acoplada a trator, duas ou três vezes ao ano, conforme a necessidade, e coroamento com enxada. O ensaio foi instalado sob delineamento de blocos casualizados com espaçamento de 3 x 2 m, com 132 tratamentos (progênies), 5 repetições (blocos) e 3 plantas por parcela em linhas simples. Para o presente estudo foram consideradas apenas 88 progênies. As demais apresentaram mortalidade dos indivíduos ou não constavam em todos os blocos. 13

3.2. INVENTÁRIO FLORESTAL 100% (CENSO) O inventário aconteceu durante o quinto ano do plantio (2013), onde todas as árvores do experimento foram mensuradas obtendo as seguintes variáveis: (H.t) altura total, em metros; (H.c) altura comercial, em metros; (cc) comprimento de copa, em metros;(dap) diâmetro à altura do peito (1,30m do solo), em cm. (Dcl) diâmetro de copa na linha, em metros; (Dce) diâmetro de copa na entrelinha, em metros, as variáveis Dcl e Dce coincidem com os sentidos norte-sul e leste-oeste respectivamente. Todas as variáveis referentes à altura e a o comprimento de copa foram estimadas utilizando o hipsômetro de Blume Leiss, para estimar os diâmetros foi utilizada uma fita métrica. 3.3. ANÁLISE QUALITATIVA DAS ÁRVORES A qualidade do fuste foi avaliada em relação à tortuosidade e ocorrência de bifurcações; de acordo com a classificação estabelecida por (JANKAUSKIS, 1979), sendo: 5 = Fuste reto, sem galhos laterais, copa bem definida, tipicamente comercial; 4 = Fuste reto, com galhos laterais, mas aproveitável comercialmente; 3 = Fuste com alguma tortuosidade, sem galhos laterais e aproveitamento comercial parcial; 2 = Fuste tortuoso, com galhos laterais e pouco aproveitáveis comercialmente; 1 = Fuste tortuoso ou defeituoso, com galhos laterais e praticamente sem uso comercial. 14

3.4. VARIÁVEIS MORFOMÉTRICAS Foi estimado o diâmetro médio da copa (DC) por meio da medição da projeção de quatro raios da copa nos sentidos Norte/Sul e Leste/Oeste, o comprimento de copa (cc) que é considerado o comprimento da altura de inserção do primeiro galho vivo até a altura do ápice (WINK et al., 2012). Com o auxilio de um aparelho de Blume Leiss (FIGURA 2) as alturas total e comercial foram estimadas. A altura total foi considerada da base do caule na superfície do solo até o topo da copa, e a altura comercial dessa base até o lançamento do primeiro galho permanente. FIGURA 2 IMAGEM ILUSTRATIVA DE UM HIPSÔMETRO BLUME LEISS. Para cada árvore foi estipulado à área de projeção de copa (apc), a percentagem, e o formato de copa (fc), o grau de esbeltez (GE), o índice de abrangência (IA), o índice de saliência (IS) e o índice de espaço vital (IEV) (DURLO e DENARDI, 1998; WINKE et al., 2012), conforme as fórmulas abaixo: 15

(APC) Àrea de projeção da copa = π/4 x dc 2 ; (FC) Formal de copa = dc/cc; % de copa = (cc/ht) x 100; (GE) Grau de esbeltez = Ht/DAP; DAP em m.; (IA) Índice de abrangência = dc/ht; (IS) Índice de saliência = dc/dap; DAP em m; (IEV) Índice de espaço vital = (dc/dap)²; As siglas das fórmulas estão representadas conforme a Figura 3. HC FIGURA 3 CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS DE UM INDIVÍDUO ARBÓREO. FONTE: WINK, 2012. Depois de levantadas as informações referentes as características de fuste e copa das progênies, as mesmas serão relacionadas entre si a fim de definir as progênies que possuem mais características desejáveis. 16

3.5. COMPILAÇÃO DE DADOS E ANÁLISE DESCRITIVA A partir das análises das variáveis morfométricas levantadas das progênies construiu-se um cenário baseado nas características de copa e fuste dos eucaliptos, com uma intensidade de seleção de 10 %, consideramos as 14 melhores progênies para todas as sete características analisadas. Os dados foram computados em formato de planilha de dados que foram analisados separadamente com o objetivo de descrever os perfis morfométricos das progênies. Realizou-se uma estatística descritiva para análise, com o objetivo de descrever e resumir os dados. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS Tendo em vista o inventário florestal 100%. Avaliaram-se 396 árvores por bloco (5 blocos) totalizando assim 1980 indivíduos, a altura média foi de 10,55 m, área basal de 0,0139 m².ha-1, 97,1 % de árvores normais,0,45 % de árvores apresentaram bifurcação, 0,6 % de árvores com brotações e 3 árvores foram cortadas. Os valores da altura comercial do fuste variaram de 4,5 a 9,5 m, com a média de 7,5 m. Essa amplitude de fuste possibilitam a subdivisão do fuste em até 4 toras comerciáveis, com uma média de três toras por fuste. O estudo de Wink (2012) sobre os parâmetros da copa e a sua relação com o diâmetro e altura das árvores de eucalipto em diferentes idades sugere uma altura comercial média de 5,7 para eucaliptos de aproximadamente 4 anos. Os parâmetros morfométricos podem ser observados na TABELA 1. 17

TABELA 1 MÉDIA DOS PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS DAS Pg DAP (m) H tot. (m) PROGÊNIES QUE AOS 5 ANOS DE PLANTIO, DESTACANDO-SE AS 10 PROGÊNIES COM MAIORES ALTURAS COMERCIAIS. Hc. (m) DC (m) APC (m²) CC (m) % copa FC GE IS IA 10 0,15 12,72 9,26 3,64 10,69 3,47 27,1 1,1 91,2 26,1 0,3 23 0,15 12,61 9,18 4,22 15,01 3,44 27,5 1,3 86,7 31,0 0,4 41 0,16 11,95 8,93 4,64 17,43 3,02 25,3 1,7 77,3 30,8 0,4 25 0,15 12,63 8,91 4,24 14,13 3,72 30,9 1,6 98,4 27,8 0,3 52 0,16 12,60 8,90 4,15 14,60 3,70 28,5 1,3 80,3 26,5 0,3 125 0,16 12,31 8,89 4,28 14,63 3,42 27,8 1,3 78,4 27,8 0,4 79 0,14 11,49 8,75 4,29 15,83 2,74 24,1 1,7 83,0 30,3 0,4 39 0,14 11,43 8,71 4,18 14,74 2,72 23,9 1,9 96,3 37,1 0,4 17 0,13 12,23 8,63 4,60 16,76 3,60 35,2 1,4 117,0 43,4 0,4 106 0,15 11,82 8,62 4,14 14,41 3,20 26,7 1,4 80,0 27,5 0,4 22 0,15 11,86 8,61 4,31 15,43 3,24 26,9 1,4 84,0 29,6 0,4 89 0,14 11,71 8,59 4,50 16,39 3,12 26,6 1,6 88,4 33,2 0,4 50 0,15 11,69 8,57 4,67 17,93 3,11 26,7 1,6 77,0 31,2 0,4 119 0,13 11,54 8,55 4,26 15,04 2,98 25,9 1,6 94,9 34,1 0,4 46 0,16 11,81 8,51 4,39 15,79 3,30 28,6 1,4 76,4 28,8 0,4 127 0,13 11,05 8,49 3,87 12,41 2,56 23,8 1,7 87,0 30,9 0,4 67 0,13 10,73 8,41 3,45 10,15 2,32 22,1 1,6 89,7 27,2 0,3 121 0,14 10,77 8,28 4,41 16,30 2,49 22,5 2,0 80,8 33,0 0,4 88 0,13 11,05 8,25 3,63 12,06 2,80 25,1 1,3 93,3 27,6 0,3 19 0,13 11,04 8,24 4,34 16,96 2,80 26,0 1,6 93,6 34,9 0,4 102 0,13 11,30 8,23 3,78 11,44 3,07 29,0 1,3 92,6 32,1 0,4 31 0,14 11,42 8,16 4,27 15,98 3,26 28,2 1,7 90,3 31,3 0,4 54 0,12 10,75 8,08 3,74 11,55 2,67 25,3 1,4 91,4 32,7 0,3 116 0,12 10,73 8,07 4,01 12,88 2,66 24,8 1,7 91,3 35,1 0,4 87 0,12 10,92 8,06 3,69 10,96 2,86 25,9 1,5 92,9 32,2 0,3 130 0,15 11,83 8,03 4,51 16,72 3,81 32,1 1,4 79,9 30,5 0,4 132 0,16 10,56 7,94 4,28 15,07 2,63 24,7 2,1 69,5 28,9 0,4 96 0,12 11,05 7,93 3,34 9,12 3,12 28,2 1,2 93,9 28,4 0,3 24 0,11 9,73 7,84 3,59 11,62 1,89 19,7 2,5 99,1 36,2 0,4 109 0,14 11,12 7,82 4,17 14,77 3,29 28,3 1,6 86,9 32,8 0,4 82 0,14 10,81 7,82 4,08 13,73 2,98 26,7 1,6 82,7 30,7 0,4 37 0,13 10,98 7,82 3,70 12,97 3,17 27,6 1,3 94,4 27,8 0,3 118 0,13 10,35 7,79 4,19 15,02 2,56 23,9 1,9 94,2 36,8 0,4 35 0,15 10,90 7,78 4,26 15,29 3,12 29,0 1,5 76,8 29,9 0,4 44 0,12 10,57 7,77 3,70 11,77 2,80 26,7 1,4 96,3 32,9 0,4 21 0,14 10,40 7,73 4,02 14,12 2,67 23,6 1,6 73,8 27,7 0,4 5 0,12 10,74 7,72 4,04 13,19 3,02 28,3 1,4 91,2 35,5 0,4 2 0,12 10,62 7,68 3,86 12,46 2,95 28,7 1,6 93,1 34,5 0,4 65 0,13 10,93 7,67 3,94 12,58 3,26 29,7 1,4 87,0 32,0 0,4 18

7 0,13 10,66 7,66 4,55 16,42 3,00 33,0 2,5 108,1 45,1 0,5 83 0,13 10,49 7,63 4,43 16,72 2,86 25,8 2,1 85,0 35,4 0,4 13 0,13 10,81 7,61 3,48 10,61 3,20 29,1 1,1 95,5 28,8 0,4 62 0,11 9,72 7,60 3,72 11,34 2,12 22,0 2,1 91,6 34,3 0,4 48 0,10 10,13 7,59 3,78 11,72 2,54 25,0 1,7 105,5 37,9 0,4 129 0,12 10,04 7,56 4,45 16,67 2,47 25,5 1,9 87,9 38,0 0,4 74 0,11 9,60 7,49 3,44 9,51 2,11 21,6 2,0 87,6 31,7 0,4 30 0,11 16,78 7,46 3,60 10,77 9,32 30,7 1,4 165,0 35,0 0,3 38 0,12 10,34 7,46 3,83 11,77 2,87 28,6 1,4 91,6 35,0 0,4 80 0,13 10,69 7,45 4,27 14,79 3,24 29,8 1,5 80,9 33,0 0,4 27 0,13 10,05 7,45 3,99 13,10 2,60 27,3 1,8 85,0 34,4 0,4 124 0,13 10,35 7,45 3,88 12,42 2,91 28,5 1,5 82,5 31,0 0,4 16 0,11 10,57 7,43 3,22 9,76 3,15 28,6 1,8 107,7 33,5 0,3 58 0,15 10,90 7,43 4,80 19,02 3,48 33,0 1,4 80,2 34,9 0,4 115 0,15 10,79 7,42 5,04 22,20 3,37 30,5 1,9 74,5 33,2 0,5 14 0,11 10,25 7,39 3,70 11,27 2,86 28,3 1,5 93,4 34,1 0,4 34 0,13 9,92 7,38 4,51 17,27 2,54 26,5 2,0 84,1 36,3 0,5 28 0,13 10,51 7,37 3,86 12,65 3,14 30,4 1,5 82,3 30,2 0,4 4 0,12 10,51 7,37 3,94 14,02 3,14 28,2 1,6 97,2 33,7 0,4 111 0,13 9,94 7,34 4,11 13,95 2,60 27,1 1,8 81,0 33,9 0,4 103 0,10 9,74 7,29 3,04 8,68 2,45 25,0 1,4 106,5 28,4 0,3 91 0,11 10,82 7,18 3,32 9,31 3,64 30,7 1,4 104,6 30,9 0,3 33 0,12 10,32 7,16 4,28 16,99 3,15 29,0 1,6 94,5 37,4 0,4 108 0,12 9,76 7,16 3,67 10,97 2,60 27,5 1,6 87,6 32,7 0,4 12 0,13 9,64 7,04 3,87 13,88 2,60 23,1 1,5 68,2 27,5 0,4 55 0,10 9,98 7,04 3,36 9,73 2,94 29,7 1,3 113,8 37,0 0,3 45 0,11 10,19 7,04 3,58 12,52 3,16 30,8 1,2 117,5 36,8 0,3 107 0,11 9,69 7,01 4,27 14,95 2,68 27,6 1,7 92,4 41,9 0,4 73 0,13 9,64 6,98 3,59 10,63 2,65 26,3 1,7 85,3 31,5 0,4 26 0,12 10,91 6,98 4,00 13,74 3,93 35,3 1,2 95,6 34,4 0,4 70 0,09 9,52 6,98 3,59 10,66 2,55 26,7 1,6 110,2 41,8 0,4 85 0,14 10,02 6,97 4,11 14,61 3,05 29,0 1,7 78,3 32,0 0,4 81 0,12 9,86 6,94 4,51 18,37 2,92 29,2 1,8 88,3 38,6 0,5 53 0,12 9,62 6,82 3,71 11,72 2,80 29,3 1,3 85,9 31,9 0,4 76 0,12 9,37 6,82 3,67 11,50 2,55 27,5 1,6 88,7 34,1 0,4 98 0,13 9,75 6,75 4,23 16,44 3,00 29,9 1,6 79,8 31,0 0,4 75 0,11 9,76 6,75 3,46 10,65 3,02 32,8 1,4 97,8 33,4 0,4 20 0,11 10,87 6,73 4,63 19,99 4,13 40,0 1,1 103,3 28,0 0,3 117 0,09 9,47 6,69 2,84 6,39 2,79 31,1 1,3 110,5 34,8 0,3 120 0,10 9,22 6,63 3,37 9,75 2,59 28,2 1,5 102,3 37,1 0,4 105 0,10 10,43 6,50 3,52 10,01 3,93 36,7 1,0 106,1 35,6 0,3 69 0,09 8,96 6,38 3,23 9,55 2,58 27,4 1,3 151,6 43,1 0,4 47 0,09 8,46 6,24 3,02 9,07 2,22 21,5 1,6 86,5 29,9 0,3 64 0,10 8,40 6,18 3,30 9,08 2,22 27,3 1,5 91,7 36,8 0,4 94 0,10 8,40 6,12 3,08 8,45 2,28 26,8 1,4 95,4 34,6 0,4 71 0,11 9,58 6,02 3,44 10,18 3,56 37,8 1,1 101,8 35,5 0,4 19

123 0,08 8,23 5,91 3,27 9,54 2,32 28,3 1,6 113,9 46,5 0,4 3 0,09 7,89 5,59 3,07 8,51 2,30 28,0 1,3 87,3 34,0 0,4 32 0,08 6,58 4,19 2,42 6,93 2,39 28,0 0,9 66,7 23,7 0,4 Sendo: Pg = Progênies; DAP = Diâmetro a altura do peito; H tot. = Altura total; H c. = Altura de fuste comercial; DC = diâmetro médio de copa; APC = Área de projeção da copa; CC = Comprimento de copa; % copa = Percentagem de copa; FC = Formal de copa; GE = grau de esbeltez; IS = índice de saliência; IA = índice de abrangência; O diâmetro da copa (DC) teve uma variação de 2,4 m² á 5 m², as progenies que apresentaram maior DC variaram de 5 m² a 4,5 m². A percentagem da copa (% copa) relaciona o comprimento da copa com a altuta total do indivíduo, essa relação sugere a vitalidade dos indivíduos, observa-se que a média da populaão foi de 27,8% o que indica baixa vitalidade. Dentre as progênies a de número 20 se destaca alcançando a maior percentagem de copa 40%, enquanto as progênies: 7; 17; 25; 26; 28; 30; 45; 58; 71; 75; 91; 105; 115; 117 e 130, estão entre 30% e 40% variação que pode ser descrita como uma faixa regular para variável % de copa. Durlo e Denardi (1998) descrevem a proporção de copa como um indicativo de competição e vitalidade, sendo os valor inferiores para indivíduos que estejam em um grau elevado de competição e os valores superior parar os indivíduos com maior vitalidade. A relação h/dap ou grau de esbeltez,(ge) teve uma variação de 65,6 a 165. Sabe-se que quanto mais alto o grau de esbeltez, mais instável é a árvore (ROMAM, 2009). A média da população foi 92, isso indica que o plantio pode estar em um nível de competição elevado que acelerou intensamente o crescimento primário e talvez seja o momento de realizar um desbaste, para que as árvores possam crescer em diâmetro balizando seu GE.O grau de esbeltez diminui conforme o envelhecimento das árvores, pois o crescimento em altura passa a ser relativamente menor que o crescimento diamétrico, tornando-se mais robustas e estáveis (DURLO, 2001), o GE elevado das progênies em geral também pode indicar que ainda não ocorreu a aceleração no crescimento secundário que é esperado para uma população de Eucalyptus com 5 anos. 20

Com o envelhecimento das florestas equiâneas o índice de saliência (relação de diâmetro de copa dc e DAP tende a diminuir para árvores que estejam na mesma posição sociológica (DIAS, 2005). O mesmo autor coloca que o índice de saliência (IS) é melhor quanto mais próximo de zero. Nesse ensaio o IS médio das progênies foi 24,6 como esperado esta dentro do IS sugerido para florestas tropicais, variação de 14 a 28, porém observou-se progênies que estão acima dessa faixa, as progênies que se destacaram foram 7; 17; 69; 70; 107 e 123, com médias de IS superiores a 40. Índices de saliência elevados implicam também em uma maior demanda de espaço para o cultivo (DURLO e DENARDI, 1998). O índice de abrangência (IA) é a relação entre o diâmetro de copa e a altura total da árvore e este é usado como indicador de desbaste para uma floresta plantada. Nesse ensaio foram encontrados três índices de abrangência (0,3; 0,4 e 0,5) evidenciando assim que ocorreu uma variação discreta entre as médias de IA das progênies, junto a isso se observou que 74% das progênies apresentam o índice médio 0,4 o que implica em um alto grau de uniformidade nas progênies em relação a esse índice. Vinte das progênies estudadas apresentaram os menores IA (10, 16, 20, 25, 30, 37, 45, 52, 54, 55, 67, 91, 96, 103, 105, 106 e 117). Wink (2012) encontrou uma média de 0,2 para os índices de abrangência dos eucaliptos com 44 meses de plantio e 0,3 para os de 240 meses. Assim como a % de copa, o formal de copa (FC) apresenta uma singela variação (1 à 2,5) o que não dá respaldo a uma interpretação das melhores progênies, uma variação tão pequena sugere que existe uma ótima uniformidade na relação de área de projeção da copa com o comprimento da copa das progênies. Para a presente espécie que tem sua finalidade bem definida carvão vegetal, os FC encontrados são satisfatórios para todas as progênies. 4.2. QUALIDADE DE FUSTE Ao avaliar as variáveis qualitativas em relação ao fuste, o resultado foi positivo para 88% das progênies que tiveram uma média de 21

troncos retos, sem galhos laterais, copa bem definida, tipicamente comercial ou retos com galhos laterais, mas aproveitável comercialmente, atingindo valores de 4 e 5 segundo a classificação de JANKAUSKIS (1979), os resultados estão ilustrados na TABELA 2. TABELA 2 FATOR DE TORTUOSIDADE MÉDIO PARA CADA PROGÊNIE DIVIDIDO EM TRÊS CLASSES (2,5 3,9; 4 4,5; 4,6 5). Progênies FT (2,5 3,9) FT (4 4,5) FT (4,6 5) 2 4 52 89 7 3 5 53 91 13 115 10 55 94 16 48 12 58 96 20* 33 14 62 98 25* 85 17 64 103 31 45 19 65 105 35 50 21 67 106 41 47 22 69 107 54* 32** 23 70 108 79 24 71 109 102 26 73 111 117 27 74 116 121 28 75 118 124 30 76 119 125 34 80 120 130 37 81 123 38 82 127 39 83 129 44 87 132 46 88 Sendo: FT = Fator de tortuosidade; * progênies com FT médio 5; ** progênie com FT médio de 2,5. Observando a TABELA 2 percebe-se que de todas as repetições as progênies 20, 25 e 54 tiveram os troncos mais retilíneos, obtendo assim uma média de FT igual a 5, ou seja essas três progênies se destacaram em relação as demais por ter o fuste com as melhores características comerciais. Ainda na tabela 2 existe a progênie 32 em destaque por apresentar o tronco mais tortuoso dentre as progênies. O fator de tortuosidade é importante para as características comerciais do fuste, sendo desejável sempre os fustes mais retilíneos, 22

que facilitam: o processo silvicultural do plantio, a condução do manejo, a retirada da madeira, o transporte e seu aproveitamento em todos os setores da indústria de floresta plantada para os mais diversos fins. 4.3. RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERISTICAS MORFOMÉTRICAS E QUALIDADE DE FUSTE. Ao comparar as progênies constata-se que algumas relações são inversamentes proporcionais por exemplo, altura comercial e % de copa, isso pode ser explicado porque quanto maior a altura comercial mais tarde aparecerá os galhos e a copa em si, projetando assim uma menor proporção de copa. Também existe relação positiva como o grau de esbeltez e a qualidade do fuste. Isso sugere que as árvores de fuste mais retilíneo são aquelas que tiveram um crescimento de altura maior que o de diâmetro, ou seja, as árvores retas ainda não iniciaram o crescimento secundário. As relações das características morfométricas com a qualidade do fuste encontram-sena TABELA 3 onde estão elencadas as progênies que apresentaram mais de uma variável desejável, ou superiores em uma das variáveis estudadas. 23

TABELA 3 PROGÊNIES QUE DEMONSTRARAM MAIS DE UMA VARIÁVEL DESEJADA. Prog H.c (m) % copa FC GE IS IA FT 10 9,26 27,1 1,1 91,2 26,1 0,3 4,2 17 8,63 35,2 1,4 117,0 43,4 0,4 4,4 20 6,73 40,0 1,1 103,3 28,0 0,3 5,0 23 9,18 27,5 1,3 86,7 31,0 0,4 4,1 25 8,91 30,9 1,6 98,4 31,8 0,3 5,0 30 7,46 30,7 1,4 165,0 35,0 0,3 4,5 39 8,71 23,9 1,9 96,3 37,1 0,4 4,4 41 8,93 25,3 1,7 77,3 30,8 0,4 4,7 45 7,04 30,8 1,2 117,5 36,8 0,3 3,8 52 8,90 28,5 1,3 80,3 26,5 0,3 4,3 54 8,08 25,3 1,4 90,4 24,7 0,3 5,0 79 8,75 24,1 1,7 83,0 30,3 0,4 4,6 91 7,18 30,7 1,4 104,6 30,9 0,3 4,0 105 6,50 36,7 1,0 106,1 35,6 0,3 4,4 106 8,62 26,7 1,4 80,0 27,5 0,4 4,4 115 7,42 30,5 1,9 74,5 33,2 0,5 3,9 117 6,69 31,1 1,3 110,5 34,8 0,3 4,7 125 8,89 27,8 1,3 78,4 27,8 0,4 4,6 Sendo: Prog. = progênies; H.c = altura comercial; FC = formal de copa; GE = grau de esbeltez; IS = índice de saliência; IA = índice de abrangência; FT = fator de tortuosidade. Dentre as progênies elencadas na TABELA 3, destacamse:progênie 20, com a maior % de copa dentre as progênies,is dentro do limite aceitável (28), IA (0,3) e fator de tortuosidade 5 demonstrando ser uma árvore de copa robusta, ocupa pouco espaço no dossel e tronco retilíneo; Progênie 25, com altura comercial acima da média, % de copa satisfatória (30,9%), índice de abrangência 0,3 e um fuste de alta qualidade FT 5; Progênie 54, fuste retilíneo apresentando um FT média de valor 5, índice de saliência médio de 24,7 o que demonstra uma relação entre o o DPC e o DAP satisfatória para uma arvore tropical. 24

5. CONCLUSÃO As progênies avaliadas tiveram em média um desempenho silvicultural satisfatório para o período de 5 anos. As progênies que se destacaram entre as demais em função das características de copa e fuste foram 20, 25 e 54. 25

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