Carmem De Simoni. Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e. Complementares



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Transcrição:

A Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Departamento de Atenção Básica/SAS/MS, promoveu no mês de novembro de 2010 três oficinas para discussão dos avanços e desafios na implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, quatro anos após a sua aprovação. As oficinas para discussão das ações da homeopatia, fitoterapia e da MTC/Acupuntura ocorreram no período de 10 a 12, 17 a 19 e 25 a 26 de novembro, respectivamente. Como produto de cada oficina obtivemos recomendações/propostas para a implementação das diretrizes da PNPIC no SUS. Este documento cntendo as recomendações/propostas para as Práticas Integrativas e Complementares no SUS foi elaborado nas seguintes etapas: 1. Etapa preparatória 1.a Desenvolvimento de instrumentos de avaliação de cada área específica, sendo um com estado da arte das ações do governo federal realizadas na implementação das diretrizes da PNPIC e outro com instrumento/metodologia de avaliação das ações; 1.b. Submissão dos instrumentos aos participantes para avaliação e contribuições, adotando critérios pré-estabelecidos nos instrumentos; 1.c. Consolidação e avaliação das respostas dos colaboradores. 2. Etapa presencial Oficina para refinamento das proposições para cada área específica com foco nos eixos Formação e Educação Permanente/Financiamento ; Organização e Estruturação dos Serviços/ Financiamento e Pesquisa / Financiamento. 3. Consolidação das Propostas A estratégia para consolidação e apresentação das propostas oriundas das OFICINAS DE TRABALHO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICs) foi a elaboração de uma planilha contendo macro propostas comuns às PICS e outra com as proposições específicas para as três áreas, todas distribuídas nos três eixos.

A equipe da Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares considera esse documento como norteador das ações a serem desenvolvidas para a consolidação da Política Nacional e agradece aos colaboradores pelas contribuições para a inserção das PICS no SUS Carmem De Simoni Complementares Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Modelo da Planilha utilizado para Consolidação das Propostas das Oficinas EIXOS EIXO 01: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE/ FINANCIAMENTO EIXO 02: ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS/ FINANCIAMENTO EIXO 03: PESQUISA / FINANCIAMENTO Macro propostas comuns às PICs HOMEOPA TIA específicas de cada área FITOTERAP IA MTC/Acupunt ura

PROPOSIÇÕES ESTRUTURANTES PARA AS PICS NO BRASIL 1. Inclusão das ações e recursos específicos voltadas para o ensino, serviço e pesquisa das PICs Homeopatia/ MTC-Acupuntura e Plantas Medicinais e Fitoterapia no PPA 2012-2016 e LOAs-MS; 2. Definição, no âmbito do MS, de incentivo para estados e municípios no sentido de estimular a inserção das PICS no SUS 3. Apoiar elaboração de Projeto de Lei para criação de Marco Legal para as PICs no Brasil; 4. Institucionalização da Coordenação Nacional de PICS no âmbito do MS Tabela 1: Macro propostas comuns às Práticas Integrativas e Complementares, divididas nos eixos Formação e Educação Permanente/Financiamento ; Organização e Estruturação dos Serviços/ Financiamento e Pesquisa / Financiamento. Ministério da Saúde, Brasília, 2010. EIXOS EIXO 01: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENT E/ FINANCIAME NTO Macro propostas comuns às PICs (Homeopatia, MTC-Acupuntura e Plantas Medicinais e Fitoterapia) 1. Definir estratégias para divulgação e sensibilização dos profissionais e gestores da rede sobre a oferta dos serviços das PICs. 1.1Instituir Comissão Técnica para elaborar material informativo sobre as PICs para gestores, profissionais de saúde e usuários; 1.2Contemplar as especificidades das diversas regiões/biomas na elaboração de materiais informativos e na educação permanente dos profissionais de saúde (ACS, AIS, agentes nos seringais, etc); 1.3Elaborar material informativo sobre as PICs (cartilhas, manuais, cartazes, etc) com conteúdos diferenciados para profissionais de saúde, gestores e usuários. 2. Definir diretrizes e estratégias para educação permanente (sensibilização/capacitação/especialização) em PICs. 3. Incentivar estados e municípios a inserir em seus planos de saúde, projetos de capacitação nas PICs. 3.1Considerar nas capacitações/formações das PICs as diversas categorias profissionais e temas interdisciplinariedade/transdisciplinariedade como educação popular, participação popular e promoção da saúde.

4. Criar editais específicos de educação permanente em PICs para profissionais do SUS, vinculados às secretarias estaduais/municipais de educação e de saúde, nos moldes do PPSUS. 5. Instituir parcerias para realização de cursos de aperfeiçoamento e formação em PICs, com EAD e em serviço. 5.1Elaborar cadastro de associações profissionais/ instituições formadoras para parceria na divulgação e realização de cursos de aperfeiçoamento e formação em PICs, com EAD e em serviço; 5.2Realizar cursos e/ou treinamento sobre as PICs para profissionais de saúde, prioritariamente àqueles que atuam na atenção primária à saúde, a partir do envolvimento dos três níveis de gestão do SUS (sensibilização, capacitação, aperfeiçoamento e especialização); 5.3Utilizar a metodologia da problematização nos cursos de educação permanente das PICs; 5.4Incluir conteúdo programático relacionado às PICs em todas as ações de educação permanente em saúde na atenção básica, bem como nas demais estratégias de formação/capacitação de profissionais no SUS (UNASUS, PET Saúde, TeleSaúde e Especialização em áreas de Gestão do SUS); 5.5Articular junto ao DEGES/SEGTES, Instituições de Ensino Superior e Conselhos de Reitores (estaduais e particulares) e MEC e Conselhos Profissionais para inclusão e/ou adequação às necessidades do SUS, de disciplinas relacionadas às PICs na formação acadêmica dos profissionais de saúde, nas pós-graduações, bem como nos projetos de extensão. 6. Instituir o PET-PICS. 7. Fomentar a inclusão dos conteúdos das PICS nas atividades de capacitação relacionadas às áreas técnicas da saúde da mulher, idoso, programas estratégicos da AB e nos demais níveis de atenção. 7.1Articular ensino-serviço para campo de estágio em PICS em todos os níveis de atenção; 8. Constituir micro-rede de experiências de ensino nas IES para troca de experiências. 9. Estabelecer metas e indicadores de avaliação para o ensino em PICs nos estados e municípios. 10.Fortalecer e apoiar a cooperação horizontal MS/estados e municípios para o ensino das PICs no SUS.

EIXOS EIXO 02: ORGANIZAÇÃ O E ESTRUTURAÇ ÃO DOS SERVIÇOS/ FINANCIAME NTO Macro propostas comuns às PICs (Homeopatia, MTC-Acupuntura e Plantas Medicinais e Fitoterapia) 1. Fomentar a criação de coordenações estaduais/municipais e comitês interinstitucionais de PICs. 1.1. Fomentar que profissionais e serviços relacionados às PICs atualizem seu cadastro junto ao CNES; 1.2 Instituir reuniões ordinárias entre gestores das três esferas do SUS que oferecem PICs nos serviços de saúde; 1.3 Criar a Rede de Gestores das PICS no SUS. 2. Instituir incentivo para implantação e PAB variável para as PICs, com critérios de valoração para a qualificação dos serviços que oferecem PICs (ex: quem tem homeopatia recebe x; quem tem homeopatia e acupuntura recebe x + y). 2.1Desenvolver instrumentos de monitoramento, acompanhamento e avaliação dos serviços relativos às PICs no SUS; 2.2Instituir Prêmio Qualidade-serviço para municípios que oferecem as PICs; 2.3Estabelecer metas e indicadores de avaliação para os serviços das PICs nos estados e municípios. 3. Fomentar a realização de seminários intermunicipais para apresentação aos gestores e profissionais, de experiências exitosas sobre os serviços em PICs no SUS. 4. Incentivar a expansão da oferta de serviços de PICs para além da atenção básica, avaliando o impacto epidemiológico desta intervenção junto à população. 5. Incentivar intercâmbio de experiências dos serviços. 5.1Realizar Mostra Nacional de PICS no SUS, como por exemplo, a Expo PIC; 5.2 Criação de fórum virtual para compartilhamento de experiências de serviços que ofertam PICs. 6. Apoiar a criação de Grupo de Trabalho na Anvisa para revisão das normas sanitárias das PICs. 7. Incentivar que Estados e Municípios elaborem projetos básicos que contemplem as especificidades das PICs no SOMASUS; 8. Elaborar orientativo para encaminhamento de projetos de estruturação de Centros de PICs - unidades físicas adequadas às necessidades da realização das práticas corporais e meditativas; 9. Incluir insumos e equipamentos das PICs no Catálogo de Materiais - CAT MAT/MS e no Banco

de Preços do SUS - BPS/MS. 10.Buscar junto aos órgãos certificadores (ABNT, INMETRO e ANVISA) a certificação dos insumos e equipamentos para as PICs (em especial os da MTC/Acupuntura) disponíveis no CATMAT. 11.Incentivar que o município tenha registro próprio de cada tipo de prática oferecida e sua produção para registro das ações realizadas no cotidiano da ESF relativos às PICs. 12.Fomentar a incorporação às PICs de outras práticas promotoras de saúde. 13.Incentivar que as PICS sejam utilizadas para os profissionais e gestores do SUS como estratégia de promoção da saúde dos trabalhadores do SUS. 14.Fortalecer e apoiar a cooperação horizontal MS/estados e municípios para apoio aos serviços de PICs no SUS.

EIXOS Macro propostas comuns às PICs (Homeopatia, MTC-Acupuntura e Plantas Medicinais e Fitoterapia) EIXO 03: 1. Consolidar a base de dados do MS de pesquisadores/instituições de pesquisa em PESQUISA / PICs. FINANCIAMEN 1.1Criar um cadastro nacional de todos os grupos de pesquisa em PICs CNPq / TO CAPES 2. Definir linhas prioritárias de pesquisa em PICs, valorizando as características epidemiológicas e vocações locorregionais. 3. Promover e articular a criação de editais específicos para pesquisa das PICS, respeitando cada racionalidade. 3.1Estimular a criação de linha de pesquisa específica no PPSUS relativa às PICs. 3.2 Priorizar pesquisas em PICs voltadas às demandas dos serviços, utilizando metodologias e instrumentos de avaliação. 3.3Estimular estudos de avaliação do conhecimento dos profissionais, gestores e usuários sobre os programas das PICs (de fitoterapia) no SUS. 3.4Fomentar pesquisas em PICs com interação serviço/instituição de pesquisa; 3.5Estimular pesquisas nas diversas áreas do saber que desenvolvam trabalhos de pesquisa das PICs; 3.6Fomentar pesquisas em PICs com interação serviço/instituição de pesquisa. 4. Instituir prêmio de incentivo à pesquisa para PICS por categorias distintas TCC, serviço, etc. 5. Fomentar a realização de parcerias público-privadas para desenvolvimento de pesquisas para as PICS. 6. Criar grupo técnico interinstitucional no âmbito do MS para sistematização de instrumentos unificados de informação e protocolos em PICs. 7. Incentivar o cadastro dos pesquisadores em PICS na Rede de Pesquisa APS/DAB. 7.1 Articular a inclusão nas pesquisas da APS de questões relativas às PICS. 8. Articular a inclusão junto ao IBGE de questões relativas às PICS na PNAD (acesso, perfil epidemiológico, satisfação do usuário). 9. Fazer gestão junto ao CNPQ para estabelecimento de área específica para PICs.

Tabela 2: Propostas de ações específicas para as áreas de Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia e MTC/Acupuntura, divididas nos eixos Formação e Educação Permanente/Financiamento ; Organização e Estruturação dos Serviços/ Financiamento e Pesquisa / Financiamento. Ministério da Saúde, Brasília, 2010. EIXOS EIXO 01 Ensin o Prática Integrativa e Complementar HOMEOPATIA PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA MTC/Acupuntura 1. Pactuar projeto 1. Definir estratégias de divulgação e sensibilização dos 1. Estimular a criação de pedagógico para formação profissionais e gestores da rede sobre a oferta dos consórcios intermunicipais para de profissionais serviços de plantas medicinais e fitoterapia no SUS. realização de cursos em homeopatas, validado pelos 2. Realizar levantamento dos municípios interessados MTC/Acupuntura e práticas fóruns competentes. em implantar farmácias vivas, e por meio de tecnologias corporais. 2. Incluir ações afirmativas disponíveis, como vídeo-conferências, 2. Desenvolver treinamento de introdução da sensibilizar/divulgar/capacitar gestores e profissionais de básico (40-80 horas) para homeopatia no SUS e na saúde. profissionais da Saúde da Família formação acadêmica. 3. Formar equipe de referência para acompanhamento a usar a MTC/Acupuntura em 3. Identificar/instituir linhas da implantação dos projetos de cultivo de plantas microssistemas, contemplando de financiamento específico medicinais. conteúdo sobre a racionalidade. para 4. Elaborar material informativo sobre plantas 3. Identificar/instituir linhas de especialização/educação medicinais e fitoterapia (cartilhas, manuais, cartazes, financiamento específico para permanente dos etc) com conteúdos diferenciados para profissionais de especialização/educação profissionais de saúde em saúde, gestores e usuários. permanente dos profissionais de homeopatia. 5. Estabelecer mecanismos de divulgação de editais e saúde em MTC/Acupuntura. 4. Realizar mapeamento agendas de eventos/cursos na área de plantas 4. Promover cursos EAD em dos profissionais da rede medicinais e fitoterapia. MTC/Acupuntura (Shiatzu e DO com formação em 6. Fomentar fóruns de debates para identificação das IN) por meio do Projeto Homem homeopatia. dificuldades/fragilidades e definição das prioridades em Virtual. 5. Efetivar parcerias com plantas medicinais e fitoterapia. 5. Instituir o PET-PICs - como as associações de 7. Promover a articulação intra e interministerial para fomento ao estágio em serviços

profissionais homeopatas na elaboração e divulgação dos cursos da área. 6. Fomentar fóruns de debates para identificação das dificuldades/fragilidades e definição das prioridades em homeopatia. 7. Elaboração de plano de ação para implementação da homeopatia no SUS, envolvendo formação, informação, sensibilização, pesquisa, garantia do acesso a medicamentos homeopáticos e financiamento. desenvolvimento das ações e projetos na área de plantas medicinais. 8. Estimular oficinas de atualização na área de regulamentação sanitária de plantas medicinais e fitoterápicos (Anvisa); 9. Criar banco de dados com informações de programas, profissionais, instituições de pesquisas e pesquisas realizadas com plantas medicinais; 10.Criar Colegiado Nacional para definição de conteúdos mínimos/carga horária, diretrizes e estratégias para educação permanente (sensibilização/capacitação/especialização) em plantas medicinais e fitoterapia, no SUS; 11.Definir estratégia de educação popular com plantas medicinais, com a inclusão dos detentores de conhecimento tradicional/popular na perspectiva da integração dos saberes; 12.Identificar/instituir linhas de financiamento e parcerias para formação, aperfeiçoamento, especialização e educação permanente dos profissionais de saúde em plantas medicinais e fitoterapia, utilizando a metodologia de EAD e em serviço; 13.Criar editais específicos de educação permanente em Plantas Medicinais e Fitoterapia para profissionais do SUS, vinculados às secretarias estaduais/municipais de educação e de saúde, nos moldes do PPSUS; 14.Articular junto a SGTES/DEGES, MEC e Conselhos de Reitores de instituições de ensino, para adequação da formação acadêmica dos profissionais de saúde e (da área agronômica) em plantas medicinais e fitoterapia, às necessidades do SUS; 15.Recomendar ao MEC a inclusão de disciplinas de MTC/Acupuntura. 6. Realizar mapeamento dos profissionais no município/região com formação em MTC/Acupuntura, identificando àqueles com potencial para atuar como multiplicadores. 7. Promover na formação do profissional em MTC/Acupuntura a incorporação dos hábitos de vida saudável, para que possam por meio do seu exemplo, estimular a adesão da população assistida. 8. Priorizar a capacitação dos profissionais da Saúde da Família e NASFs em práticas corporais coletivas, pela sua abrangência e possibilidade de benefícios imediatos à população usuária. 9. Promover a associação do uso da MTC/Acupuntura - práticas corporais como fator de prevenção às doenças crônicas não transmissíveis. 10. Enfatizar a incorporação das práticas corporais e meditativas correlacionadas a MTC em todas as atividades de formação relacionadas a acupuntura, com a finalidade de motivar seu desenvolvimento e utilização.

relacionadas às plantas medicinais em cursos universitários, pós-graduações e EAD; 16.Recomendar às universidades, a inclusão de disciplinas relacionadas às plantas medicinais nos projetos de extensão; 17.Realizar cursos de plantas medicinais e fitoterapia na lógica do curso de uso racional de medicamentos ; 11. Incentivar a formação de ligas acadêmicas em MTC.

EIXOS EIXO 02 Serviç o Prática Integrativa e Complementar HOMEOPATIA PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA MTC/Acupuntura 1. Elaborar protocolos por 1. Garantir recursos para implantação e custeio das 1. Realizar levantamento dos linhas de cuidado ações/processos em plantas medicinais e fitoterapia. municípios interessados em conforme a racionalidade 2. Instituir diretrizes para subsídio às normas técnicas implantar serviços de homeopática. de atenção à saúde com fitoterapia e para protocolos de MTC/Acupuntura no SUS. 2. Elaborar orientativo para prescrição com plantas medicinais e fitoterápicos. 2. Solicitar a criação de Câmara encaminhamento de 3. Instituir ciclo de cuidado para a fitoterapia com Técnica de MTC/Acupuntura na projetos de estruturação inserção da atenção farmacêutica ao paciente. ANVISA para elaboração e/ou de unidades físicas de 4. Orientar o cultivo domiciliar de plantas medicinais - adequação de normas técnicas Farmácias Homeopáticas e promoção do auto-cuidado. para insumos específicos. Centros de PICs - 5. Elaborar mementos terapêuticos regionalizados ou 3. Sugerir a criação de SOMASUS por bioma. procedimento na tabela de 3. Elaborar diretrizes 6. Identificar, divulgar e apoiar centros de referências procedimentos-sia/sus gerais para subsidiar a estaduais/regionais/bioma para produção de matrizes de relativos à microssistemas. elaboração de normas plantas medicinais (sementes/mudas) certificadas. 4. Abrir o procedimento das técnicas para atenção 7. Estimular parceria entre as farmácias vivas e práticas corporais para média e homeopática. universidades/centros de pesquisa para qualificação da alta complexidade sem 4. Fazer gestão junto ao cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. restrição de profissionais. DERAC para criação de 8. Incentivar a adequação dos laboratórios estaduais - 5. Criar base de dados para MTC novo procedimento - LACENs para o controle da qualidade voltadas para a de profissionais/instituições de repertorização PICS Fitoterapia. ensino/pesquisadores. homeopática. 9. Utilizar a experiência da Rede HumanizaSUS para a 6. Promover a adequação das 5. Apoiar a elaboração de criação de Rede Nacional de PICS FITO linhas de entendimento da MTC projetos básicos que 10. Identificar e integrar os Centros de Referência dos às realidades locais. contemplem as Programas de Fitoterapia e Farmácia Vivas. 7. Incentivar a articulação especificidades da 11. Criar incentivo para aquisição de plantas medicinais intersetorial em todas as homeopatia no SOMASUS. para os programas do SUS a exemplo da estratégia do esferas de gestão para 6. Incluir insumos da Programa de Aquisição de Alimentos - MDS; desenvolvimento das ações na homeopatia no Banco de 12. Articular MS - MAPA/MMA e terceiro setor, para área da MTC com ênfase nas Preços do MS. desenvolvimento de ações voltadas ao cultivo e manejo práticas corporais.

7. Apoiar a criação de Câmara Técnica de Homeopatia na ANVISA. 8. Apoiar a produção pública de insumos (matrizes homeopáticas) e medicamentos homeopáticos; 9. Fomentar a criação de farmácias homeopáticas públicas, avaliando a possibilidade de regionalização. 10. Efetivar formas de garantia do acesso dos usuários aos medicamentos homeopáticos. 11. Expandir o tratamento homeopático para além da atenção básica, avaliando o impacto epidemiológico desta intervenção junto à população. sustentável de plantas medicinais normas, linhas de financiamento e produção; 13. Elaborar orientativo para encaminhamento de projetos de estruturação de unidades físicas de Farmácias Vivas (SOMASUS); 14. Incluir insumos - equipamentos para farmácia viva no Banco de Preços em Saúde; 15. Expandir a promoção do acesso as plantas medicinais e a fitoterapia para além da atenção básica. 8. Apoiar a construção de projetos terapêuticos em MTC integrando seus recursos para beneficio do usuário. 9. Promover a divulgação das potencialidades da racionalidade e seus variados recursos para gestores, profissionais e usuários.

EIXOS EIXO 03 Pesqu isa Prática Integrativa e Complementar HOMEOPATIA PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA MTC/Acupuntura 1. Criar Rede de 1. Fomentar pesquisa e desenvolvimento de fitoterápicos, 1. Criar rede de pesquisadores pesquisadores em priorizando projetos em fase final de desenvolvimento de em MTC/Acupuntura voltados homeopatia voltados produtos. (Fomentar pesquisas para o desenvolvimento para o SUS. tecnológico de plantas medicinais e fitoterápicos, em para o SUS; 2. Promover a integração de todas as etapas de pesquisa, pré-clínica, padronização de 2. Nomear comissão extratos, fase clínica, etc). centros de pesquisa em MTC especial de pesquisa no 2. Estimular pesquisas com espécies vegetais nativas e de para desenvolvimento de âmbito da AMHB para uso tradicional; pesquisas que envolvam todos validar e apoiar 3. Incentivar pesquisas com potencial de reprodutibilidade os recursos da MTC. protocolos de pesquisa para os serviços/programas de fitoterapia/ farmácia viva. 3. Criar editais específicos de voltados à saúde 4. Estimular a valorização/inclusão da etno-pesquisa. educação permanente em 5. Criar de banco de dados na internet, contendo coletiva; MTC/Acupuntura para formulários para relato/registro dos casos clínicos. 3. Articular áreas 6. Incentivar o cadastro de pesquisadores, profissionais de profissionais do SUS, vinculados técnicas do MS, saúde e usuários na rede de pesquisa APS/DAB. às secretarias secretarias estaduais e 7. Recomendar às SES que priorizem a área de PMF nos estaduais/municipais de municipais de saúde e editais de pesquisa PPSUS; educação e de saúde, nos AMHB para o 8. Priorizar pesquisas voltadas às demandas dos serviços, desenvolvimento e moldes do PPSUS. utilizando metodologias e instrumentos de avaliação; avaliação de protocolos 4. Priorizar linhas de pesquisas 9. Estimular pesquisas sobre custo efetividade na de homeopatia em em MTC/Acupuntura para: utilização de PMF nos serviços de saúde; endemias e epidemias; 10.Realizar pesquisas de impacto junto aos usuários das -Levantamento de perfil de 4. Priorizar linhas de PMF (satisfação, autonomia, auto-cuidado etc..) demanda/epidemiológico dos pesquisas para: usuários de MTC/Acupuntura; - Homeopatia nas - Custo/efetividade do serviço epidemias e endemias; - Levantamento de perfil de MTC/Acupuntura no SUS; sócio-econômico dos - Monitoramento e avaliação usuários de homeopatia; dos serviços de PICs (adesão do - Satisfação dos usuários paciente, acesso, abandono, da homeopatia; satisfação do usuário); - Estimativa de demanda - Interesse do acadêmico da de medicamentos área da saúde quanto à

homeopáticos; - Custo/efetividade do serviço de homeopatia no SUS; - Avaliação e monitoramento dos serviços; - Pesquisas clínicas; 5. Constituir base de dados a partir dos consolidados dos atendimentos em homeopatia dos municípios; 6. Articular áreas públicas/privadas, associações comunitárias e sociedade civil quanto as ações preventivas relativas à Dengue e outras epidemias; 7. Incluir nos inquéritos e investigações de base nacional questões relativas à HMP. inserção das PICs nas diretrizes curriculares; - Análise das experiências de inserção de conteúdo das PICs nos cursos da saúde; 5. Constituir base de dados a partir dos consolidados dos atendimentos em MTC/Acupuntura dos municípios. 6. Fomentar mecanismos de divulgação de pesquisas em MTC/Acupuntura (publicações amplas, com controle de variáveis e metodologia visando estabelecer parâmetros de qualidade da pesquisa). 7. Criar fórum de discussão de pesquisadores em Acupuntura (desafios e limites).