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Transcrição:

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL CAMPUS CAMPO MOURÃO ENGENHARIA CIVIL JOÃO ANTONIO PAZINATTO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão. Orientador: Prof. Esp. Sérgio Oberhauser Q. Braga Autorizo o encaminhamento para avaliação, Prof. ESP.SÉRGIO OBERHAUSER Q.BRAGA CAMPO MOURÃO 2013

RESUMO O estágio curricular obrigatório foi realizado em uma empresa de construções civis para completar as horas requeridas do estágio obrigatório. A unidade concedente de estágio foi a Panenge Engenharia, em Campo Mourão. O estágio consistiu em acompanhar os procedimentos técnicos desde a produção de estruturas prémoldadas de concreto armado até a montagem dessas estruturas, além de realizar projetos arquitetônicos, estruturais e complementares e também realizar orçamentos voltados a barracões industriais e agrícolas.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 5 1.1 DESCRIÇÃO DA UCE (UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO).5 1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES 6 2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO... 7 2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 7 2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS... 19 2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO... 20 3 CONCLUSÕES... 21 3.1 APRENDIZADO PRÁTICO... 21 3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL... 22 3.3 SUGESTÕES PARA UNIVERSIDADE... 22 3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 23

5 1 INTRODUÇÃO A Panenge Engenharia, é uma empresa que desenvolve o seu trabalho em estruturas pré-moldadas e foi muito importante para aprender conceitos de desenvolvimento de projetos, produção, desenvolvimento de orçamentos, produção e montagem de edificações em concreto armado pré-moldado. O estágio teve como finalidade o desenvolvimento profissional, tanto como profissional como social, pois eram realizadas certas atividades como elaboração de projetos arquitetônicos e complementares como também de relações interpessoais, como contato com fornecedores, clientes e funcionários internos da empresa. 1.1 DESCRIÇÃO DA UCE ( UNIDADE CONCEDENTE DE ESTÁGIO ) Fotografia 1 Escritório e Pátio da Panenge Engenharia Fonte: Panenge Engenharia A Panenge Engenharia é uma empresa especializada na construção de edificações de estrutura de concreto pré-moldado. Além disso, ela produz e comercializa artefatos de concreto. A empresa atende a maioria de seus clientes na cidade de Campo Mourão e região, porém realiza algumas obras em outras cidades fora da região. O escritório da Panenge se encontra no mesmo terreno da sua fábrica. No escritório é que são realizados os projetos arquitetônicos, estruturais e os complementares, na fábrica

6 são produzidos pilares, vigas lajes, churrasqueiras, colunas de arquitetura, azulejos de concreto, entre outros similares. Quando necessário, são fabricadas estruturas metálicas específicas, como tesouras e arcos, direcionado a cobertura. 1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES O objetivo do estágio é passar ao aluno a oportunidade de desenvolver habilidades práticas, participar de situações reais e aplicar seus conhecimentos em situações reais de mercado. O estágio fomenta também o crescimento pessoal do aluno, o colocando em situações rotineiras de relações interpessoais, onde ele deve muitas vezes tomar decisões importantes, negociar ou debater ideias com colegas de trabalho, fornecedores, clientes. Outro ponto importante e positivo que o estágio pode oferecer ao estudante é a inserção no mercado de trabalho, ou seja, se o aluno obtiver um desenvolvimento positivo dentro da empresa ele poderá ter a oportunidade de ser efetivado dentro da empresa, caso esta hipótese não ocorra o acadêmico pode ainda ser indicado para outra empresa do mesmo ramo. Os trabalhos realizados nessa UCE foram em geral a criação e análise de projetos arquitetônicos, estruturais, complementares, acompanhamento da produção e montagem de estruturas de concreto pré-moldadas e o desenvolvimento de orçamentos, além de interagir diretamente com questões burocráticas que se encontram em uma empresa.

7 2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O acompanhamento do estágio se resumiu na fabricação e montagem das estruturas pré-moldadas e desenvolvimentos de estudos e projetos dentro do escritório da empresa. Para iniciar uma obra o cliente procura a empresa e é encaminhada ao escritório, onde será realizada uma ideia inicial da edificação. Em primeira mão é feito um projeto em modelagem 3D da obra para que o cliente entenda melhor o resultado final da sua construção. Alguns projetos serão ilustrados a seguir que são realizados dentro do escritório. Figura 1. modelagem 3D do barracão Fonte: Autoria própria

8 Figura 2. Visão Interna 3D Fonte: Autoria própria Figura 3. modelagem 3D do barracão Fonte: Autoria própria

9 Depois que o cliente aprova a ideia do projeto é elaborado o orçamento, especificando cada etapa da construção. Assim fechada à proposta inicia-se a fabricação das estruturas pré-moldadas. Em primeiro momento inicia-se a etapa das armaduras das estruturas de concreto. A armadura é amarrada no pátio da empresa e tem funcionários capacitados exclusivamente para esta função. A fotografia 2 ilustra a armadura para pilares, neste caso é para um pilar vazado onde os estribos tem o formato de seçao i. Fotografia 2. Armadura do pilar Fonte: Fonte: Autoria própria Além da armadura longitudinal das estruturas, também entram as armaduras transversais tanto para pilares quanto pra vigas. Essas armaduras transversais têm por função de resistir esforços de cisalhamento e que também são fabricadas no pátio da empresa. A fotografia 3 ilustra o processo da amarração dos estribos para um pilar vazado.

10 Fotografia 3. Armadura transversal do pilar Fonte: Camila Almeida Depois de feito as armaduras, faz-se um traço em torno de 25 Mpa, porém em 2010 foi realizado um teste de resistência do concreto na Universidade Tecnológica Federal do Paraná e o resultado demonstrou uma resistência acima da esperada. Após a definição do traço de concreto vem à etapa de preparação das formas. Antes da concretagem das formas é feita uma lubrificação, podendo ser até com óleo diesel, isto é feito para facilitar o processo da retirada da peça estrutural e seu acabamento. Depois de preparar as formas o concreto é jogado nesta, podendo fazer vigas e pilares até o tamanho de 9 metros, pois as formas tem uma regulagem, podendo-se deixar as formas com o tamanho desejado, é claro respeitando o tamanho máximo descrito acima. Segue abaixo a fotografia 4 da concretagem das formas.

11 Fotografia 4. Fabricação de pilar em concreto pré-moldado Fonte: Panenge Engenharia Após feito todo o processo de fabricação das estruturas, estas são levadas até um caminhão atravéz de uma monovia, onde serão levadas até o local da obra para a montagem. A panenge engenharia além de realizar obras pré-moldadas, também fabrica lajes pré-moldadas. Essas lajes de subdividem em lajes convencionais e lajes treliçadas. As lajes convencionais em geral são usadas para piso, por não suportarem grandes carregamentos, em média estas lajes suportam 200 kgf /m em um vão de até 4 m. Já as lajes treliçadas suportam cargas de maiores intensidades e elas podem ser com treliça ( TR- 8) e ( TR- 12). A treliça 12 suporta cargas em vãos maiores podendo chegar a um vão de até 6,60 m. E o que determina a armadura das vigotas são as cargas que nelas serão submetido, bem como os tamanhos do vão da vigota. As vigotas de laje pré-moldada são produzidas em tamanhos diferentes para que se tenha em estoque a pronta entrega. A fotografia 4 demonstra bem como são dispostas as treliças nas lajes e a fotografia 5 ilustra o estoques das lajes no pátio da empresa.

12 Fotografia 4. Produção de vigotas treliçadas Fonte: Fonte: Camila Almeida Fotografia 5. Estoque de vigotas convencionais Fonte: Fonte: Wander Camargo

13 A Panenge Engenharia também fabrica artefatos de concreto, tais como churrasqueiras, coluna e placas de muros e palanques para cercas e alambrados. Fotografia 6.- Artefatos de Concreto Fonte: Autoria Própria Depois que as peças estruturais estão todas fabricadas inicia o processo no canteiro de obras. Será demonstrado o passo a passo da construção já no canteiro da obra. Apesar das estruturas serem ditas pré-fabricadas, a fundação é feita In Loco, ou seja, apenas a superestrutura que é de fato pré-moldada. Assim sendo a etapa de fundação é realizada no local da obra, tendo que dispor de maneira comum as outras obras de todos os materiais e equipamentos necessários tanto para o trabalho como os equipamentos de proteção individual. O primeiro passo é verificar se o terreno da obra está limpo, caso não esteja é solicitado a um terceiro sua limpeza. O terreno estando limpo é feito o gabarito da construção com base nos projetos estruturais. Então, são escavados os buracos para os blocos e em seguida são feitas as furações das estacas.

14 Fotografia 7. Terreno após sua limpeza Fonte: Fonte: Autoria própria Fotografia 8. Marcação da obra (gabarito) Fonte: Fonte: Wander Camargo

15 A escavação dos blocos é realizado através de brocas que são conectados ao muck do caminhão, porém os blocos não ficam com o formato ideal, por isso os serventes dão o acabamento ideal para os blocos manualmente. Fotografia 9. Escavação de bloco de fundação Fonte: Fonte: Wander Camargo Após a escavação dos blocos e as perfurações das estacas é lançado o concreto, que geralmente vem usinado, devido a grande quantidade de concreto. A fotografia 10 ilustra a armadura do bloco de concreto e o lançamento do concreto usinado. Nota-se que é disposta uma caixa de alumínio no centro do bloco, onde vai ser encaixado o pilar, porém esta caixa tem dimensões maiores que a do pilar, em torno de 5 a 10 cm maior em cada direção, pois quando é posto o pilar é necessário um espaço para o pilar trabalhar para deixá-lo no prumo adequado.

16 Fotografia 10. Bloco de fundação central de quatro estacas e espera do pilar pré-moldado Fonte: Fonte: Autoria própria Após o concreto ter atingido a resistência necessária, são encaixados os pilares nos blocos, que então são prumados e fixados com graute. Em seguida é colocada a cobertura, que pode ser de concreto pré-moldado ou estrutura metálica. A primeira é fixada aos pilares com pinos de 1 e ¼, enquanto que a segunda é soldada. Na cobertura é feito o enterçamento, que são as estruturas que suportam as telhas, estas por sua vez podem ser de fibrocimento ou de zinco galvalum, nos dois tipos de telhas é feito o fixamento nas terças através de parafusos. Por fim é feito o travamento da cobertura, onde é utilizado o agulhamento que são barras de 3/16 polegadas que se dispõem transversalmente as terças, ou seja, combatendo a instabilidades destas e o contraventamento, que são barras geralmente de 5/16 polegadas e ligam tesoura a tesoura. A fotografia 11 mostra os pilares já implantados sobre os blocos de fundações e a cobertura feita de tesouras de concreto completa já com os contraventamentos.

17 Fotografia 11. Barracão com estrutura de concreto contraventada Fonte: Fonte: Autoria própria sobre estas. A fotografia 12 ilustra a cobertura com estrutura metálica, com as terças Fotografia 12. Barracão com estrutura metálica na cobertura Fonte: Fonte: Panenge Engenharia

18 A seguir serão demonstradas algumas fotografias de obras acabadas e entregues aos clientes. Algumas dessas obras foram entregues em outras cidades fora da região de Campo Mourão e servirão para diversas modalidades, tais como clube recreativo, unidade de cooperativas lojas comerciais entre outras. Fotografia 13. Barracão de cooperados Fonte: Panenge Engenharia Fotografia 14. galpão para estoque de produtos agrícolas Fonte: Panenge Engenharia

19 Fotografia 15. Clube Recreativo de Boa Esperança Fonte: Panenge Engenharia 2.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS Em geral não houve grandes problemas técnicos em si. O maior problema encontrado na verdade é o não segmento de normas técnicas em relação a outras empresas do ramo. Um exemplo desses problemas encontrado no estágio é na hora da perfuração dos blocos, por não haver cumprimento de normas das outras empresas aconteceu um caso de os blocos de fundação da obra vizinha ultrapassarem o limite do terreno, assim sendo a perfuração dos novos blocos que a Panege Engenharia realizou ficaram prejudicadas por não haver a disposição correta do posicionamento dos seus blocos. Em geral não houve problemas interno na empresa, o relacionamento entre funcionários e o respeito que cada um tem com o outro são muito bons e o ambiente de trabalho também é muito bom.

20 2.3 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO Em se tratando da elaboração de projetos, foi essencial ter cursado as disciplinas de Desenho arquitetônico, Desenho técnico auxiliado por computador, Instalações hidro sanitárias, Instalações elétricas prediais, Hidráulica, Resistência dos materiais 1 e 2, Concreto 1 e 2 e Estruturas metálicas. Nos acompanhamentos de obra, foram notados conceitos principalmente de Tecnologia da construção 1 e 2, Topografia, Logística e Gerenciamento de obras. E uma das disciplinas mais utilizadas do início ao fim do estágio foi a matéria de Especificações e Orçamentos, pois na empresa um dos papéis dos estagiários é elaborar orçamentos de diversas formas. Em geral o orçamento esta ligado ao lucro ou prejuízo que uma empresa pode levar. O mais interessante é que quando se inicia um estágio o estudante já tem bastante conceito teórico sobre bastantes áreas da engenharia civil eo mais interessante é que o estágio une e encaixa tudo o que se vê na teoria na Universidade com o que se vê na prática, ou seja, em canteiros de obras e o no desenrolar de problemas que ocorrem constantemente em obras.

21 3 CONCLUSÕES 3.1 APRENDIZADO PRÁTICO O maior aprendizado que o estágio proporciona é como lidar com o dia a dia dos funcionários, as inter-relações no meio profissional e executar tarefas que só com a prática que se obtém certos conhecimentos. Outro ponto que enriquece muito a aprendizagem do estudante é passar boa parte do tempo junto ao Engenheiro, pois ele sempre passa uma segurança e um conhecimento técnico muito apurado. No acompanhamento de obras ficou claro que o engenheiro tem que estar apto a resolver problemas e tomar decisões importantes que, na maioria das vezes, só os anos de experiência para proporcionar tal habilidade. Mesmo porque são geralmente situações excepcionais em que há pouca ou nenhuma bibliografia a respeito. O estágio esta ligado diretamente com o conhecimento prático, mesmo apesar de muitas vezes o que se vê na teoria não é executado a risca na prática. Muitas das vezes só se consegue executar tarefas com o conhecimento prático, pois nem tudo acorre como planejado, ou seja, como manda o projeto e isso é o que mais acontece nesse meio profissional, o engenheiro prevê certos casos, impõe no projeto, mas em certas ocasiões é impossível de seguir o projeto a risca, devido a circunstancias indesejáveis e imprevistas na hora da execução da obra. Uma destas circunstancias indesejáveis foi encontrada durante o período de estágio. Por descumprimento de leis e falta de ética de alguns profissionais do meio, a edificação vizinha a obra da Panenge Engenharia invadiu o limite de terreno. Portanto os blocos de fundações foram executados dentro do terreno da obra que a Panenge estava executando. Assim sendo a Panenge teve que mudar a locação dos seus blocos de fundação, proporcionando uma mudança do que estava no projeto estrutural, ou seja, se o profissional não tiver bons conhecimentos práticos, em uma situação desta ele não teria capacidade e conhecimentos reais para realizar e executar esse tipo de tarefa. Já na realização de projetos o conhecimento adquirido é restritamente seguido a risca por normas que auxiliam na execução dos projetos, que podem ser tanto de origem arquitetônicos como estruturais, elétricos, hidráulicos e de prevenção de incêndio. O conhecimento que se adquire no estágio em relação ao

22 desenvolvimento de projetos é de como realizar cada passo dentro das normas para serem aprovados na prefeitura, assim como toda a parte burocrática que envolve as aprovações dos projetos. O contato com a rotina de engenheiro e de uma construtora foi um aprendizado valioso, pois propiciou o entendimento geral de uma empresa de engenharia e como é desenvolvido os trabalhos rotineiros de uma empresa. 3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL O fato de ter havido contato com engenheiros, clientes, fornecedores, mestre de obras, funcionários em geral, tornou o estágio uma excelente oportunidade de se relacionar com diversas classes pessoais dentro do mercado de trabalho. O estágio automaticamente proporciona ao estudante esse contato com pessoas e ajuda e desenvolve muito o relacionamento dentro do ciclo de trabalho, pois o profissional de engenharia além de ter conhecimentos técnicos, ele precisa saber se relacionar com diversas pessoas no seu dia a dia, tanto relações com clientes como relações com os funcionários da própria empresa. 3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE Uma sugestão que poderia ser bem acatada pela Universidade é de sempre aliar a teoria com prática. Todo o conteúdo passado em sala de aula, o professor deveria sempre dar um exemplo prático da questão, pois ajudaria muito na compreensão do aluno em relação ao assunto, quanto o ajudaria a relacionar o assunto teórico com a prática. Algumas disciplinas que tem ligações mais próximas a prática dos engenheiros, tais como Materiais de Construção, Fundações e pavimentação, deveriam ter algumas horas-atividades práticas, para poder passar melhor o conteúdo para os alunos, assim o aluno se interessaria mais pela questão abordada pelo professor.

23 3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS De forma resumida o estágio só acresce o conhecimento técnico e prático do estudante. A Panenge Engenharia dispôs todos os funcionários para trocar informações com os estagiários, isso ajudou muito na relação e trocar conhecimentos técnicos entre ambas às partes. De modo geral o dono da empresa e Engenheiro Civil Sidney Cavaletti, sempre mostrou respeito pelos estagiários e sempre esteve a disposição para para tirar dúvidas e passar conhecimentos que só se adquire com a experiência e com a prática.

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