1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa



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Transcrição:

1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para a população, tendo em vista suas necessidades de deslocamento. Existem desde cidades relativamente pequenas, onde a quase totalidade dos indivíduos reside, trabalha e/ou estuda, faz compras e realiza atividades de lazer localmente, até regiões em que diversas cidades vizinhas se desenvolveram formando um grande aglomerado urbano e um número significativo de pessoas necessita, diariamente, efetuar deslocamentos que ultrapassam os limites de um único município. É o caso das regiões metropolitanas, onde boa parte das atividades concentra-se no centro e é grande o número de viagens, tornando-se necessários sistemas de transporte coletivo de alta capacidade, alimentados por outros de média capacidade em vias segregadas. Nas pequenas cidades o planejamento e a gestão de transportes é, em geral, responsabilidade de um único órgão subordinado diretamente à prefeitura ou a uma de suas secretarias. Em regiões metropolitanas é comum haver diferentes órgãos responsáveis pelo planejamento e/ou gestão dos transportes, uns atuando no nível regional e outros no nível local ou modal. Portanto, deve haver coordenação (ou no mínimo, comunicação) entre as diferentes entidades, de forma a assegurar que o planejamento operacional reforce o planejamento tático que, por sua vez, reforce o estratégico. O último deveria ser exercido ou coordenado por um único órgão de âmbito regional. O plano de transportes relacionado a um dado nível de decisão deve ser consistente com as diretrizes ou os planos estabelecidos em níveis decisórios

2 superiores. O plano operacional deve ser consistente com o plano tático para a área em questão, e os planos táticos devem obedecer o plano estratégico para toda a região de estudo. Como o planejamento estratégico de transportes é uma atividade multidisciplinar, é natural e desejável a participação de órgãos de outras áreas como: finanças, planejamento urbano, meio ambiente, utilidades públicas, segurança, etc. A gestão operacional dos diferentes sistemas de transporte urbano pode ser feita por diversas entidades, como de fato acontece nos grandes aglomerados urbanos, subordinadas inclusive a órgãos públicos de diferentes esferas de governo. Nesses casos, o plano estratégico de transportes de um órgão de gestão local deve reforçar o plano estratégico feito por outro órgão de planejamento de âmbito regional. Há casos em que a operação de um sistema de transporte é feita por empresas privadas. Cada empresa operadora também possui seu plano estratégico e tático empresarial. Essas empresas realizam a gestão operacional de transportes, visando eficiência no uso de suas frotas e da mão de obra envolvida em operação e manutenção. As decisões no nível operacional entretanto, devem obedecer o disposto nos contratos firmados com o órgão gestor. Para maior clareza, estas interações inter e intra-institucionais podem ser representadas esquematicamente por meio das figuras 1.1 e 1.2, onde as setas largas indicam que os planos e decisões em determinado nível decisório reforçam o disposto em outro. Apesar de não ter sido indicado, nessas figuras, o plano estratégico regional de transportes deve ser parte integrante ou reforçar o plano estratégico regional urbano, assim como cada plano estratégico local de transportes deve ser parte integrante ou reforçar o respectivo plano estratégico local urbano, além de reforçar o plano estratégico regional de transportes. A crescente diversificação das atividades econômicas e sociais, a expansão e o adensamento das áreas ocupadas e o aumento do número de veículos transitando nas áreas urbanas acrescentam um caráter dinâmico a

3 essas atividades. Por esse motivo, a disponibilidade de informações atualizadas para a tomada de decisões é de fundamental importância. Espera-se que cada entidade responsável pela gestão operacional e/ou planejamento de sistemas de transporte possua algum tipo de sistema computacional de apoio a essas atividades. Cada sistema, seja um modelo do tipo Demanda-Desempenho e/ou um sistema informatizado de suporte à gestão operacional deve, necessariamente, acessar um banco de dados. Se mais de uma entidade atua em uma mesma região, em especial em planejamento tático e estratégico, é de se esperar que diversas informações a respeito do sistema de transportes sejam comuns às suas necessidades. O sistema viário de automóveis e ônibus, corredores de ônibus e trilhos, terminais e estações de transporte coletivo, resultados de pesquisas origem-destino e fluxos medidos nas vias, são exemplos de informações de uso comum. A coleta e a manutenção de dados comuns por mais de uma entidade, por um lado, é reflexo de sua autonomia e, por outro, é, em muitos casos, motivado pelas necessidades específicas de algum estudo ou aplicação, caso em que sua estrutura, formato e nível de agregação são definidos em função destes. A manutenção de bases de dados comuns independentes é especialmente onerosa, e está mais sujeita a erros, para as entidades que não possuem uma sistemática de coleta e atualização dos dados, por não serem estas as responsáveis diretas pelo monitoramento e/ou pelas intervenções no sistema representado por meio dos dados.

4 Ð5* 2'( 3/$1(-$0(172 5(*,21$/'( 287526Ð5* 26 ILQDQoDVS~EOLFDV SODQHMDPHQWRXUEDQR VHUYLoRVS~EOLFRVPHLR DPELHQWHVHJXUDQoDHWF 3/$12 5(*,21$/'( ÓRGÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO LOCAL DE TRANSPORTES URBANOS Ð5* 2'( 3/$1(-$0(172 /2&$/'( PLANO ESTRATÉGICO LOCAL DE TRANSPORTES URBANOS 3/$12 /2&$/'( ÓRGÃO GESTOR DE SISTEMAS DE TRANSPORTES URBANOS REGIONAIS E/OU DE ALTA CAPACIDADE 5(*,21$,6 (28'($/7$ &$3$&,'$'( NÍVEL ESTRATÉGICO 3$57,&,3$ &225'(1$( 3$57,&,3$ ÓRGÃO GESTOR DE SISTEMAS DE TRANSPORTES URBANOS LOCAIS /2&$,6 e5()25d$'2 325 Figura 1.1 Integração Interinstitucional em Transportes Urbanos

5 3/$12 '( 7É7,&2 3/$127É7,&2 '(6,67(0$'( 75$163257( 23(5$&,21$/ 3/$12 23(5$&,21$/ '(6,67(0$'( 75$163257( 7É7,&2 (/$%25$ 3/$12 23(5$&,21$/'( 75$163257( 23(5$&,21$/ 23(5$'25$'( 75$163257(85%$12 e5()25d$'2325 Figura 1.2 Integração Interinstitucional e Intra-institucional em Transportes Urbanos

6 A situação ideal é a manutenção de cada base de dados por uma única entidade, aquela diretamente envolvida com o sistema representado, ou eleita para tal (quando há sobreposição). Cada entidade deve poder utilizar partes dos dados das bases mantidas pelas demais pertinentes às suas atividades. Os detalhes gerenciais ou operacionais de cada entidade podem ser protegidos do acesso pelas demais, preservando sua autonomia. O compartilhamento de informações comuns mantidas por uma única entidade, mas utilizadas pelas demais, com dados atualizados, cenários projetados e intervenções programadas ou em estudo, é elemento importante para o planejamento dos sistemas e das atividades de cada entidade envolvida, pois os mesmos poderão fazer uso dessas informações e, dessa forma, estarem integrados aos planos das demais entidades. Informações compartilhadas entre o órgão de planejamento estratégico regional, os órgãos de planejamento estratégico locais e os níveis decisórios estratégicos dos gestores dos sistemas de transportes de massa e/ou intermunicipais, compreendem dados agregados de oferta e demanda de transporte associados a esses sistemas e à sua integração. Em cada gestor de sistema de transportes deve haver troca de informações entre os níveis estratégico e tático e entre os níveis tático e operacional. O primeiro compreende dados agregados de oferta e demanda associados ao sistema de transporte em questão, e o último compreende dados desagregados de oferta e demanda de cada serviço. Há também necessidade troca de informações de cunho operacional entre cada órgão de gestão e as operadoras dos serviços de transporte (quando a operação é executada por outras empresas). No caso dos órgãos de planejamento estratégico locais, deve haver compartilhamento de informações com os gestores dos sistemas de transportes em cada local. Essas informações compreendem dados agregados de oferta e demanda desses sistemas de transporte. Há, especialmente no caso de operadoras privadas, tomadas de decisões nas esferas estratégica e tática, além da operacional. As decisões operacionais são resultado de planos estratégicos (por exemplo, relacionados à

7 localização de garagens e programas de investimentos) e táticos (por exemplo, administração da frota e da mão de obra) dessas empresas e as regras operacionais definidas pelo órgão gestor correspondente (por exemplo, freqüências das linhas e capacidade e conforto oferecido pelos veículos). No nível operacional, há necessidade de compartilhar informações com a finalidade de integrar suas principais atividades: planejamento, programação e acompanhamento operacional. Para maior clareza, essas necessidades de compartilhamento de dados inter e intra-institucional podem ser representadas esquematicamente por meio das figuras 1.3 e 1.4. Na prática, entretanto, constata-se que tanto as informações de uso individual como aquelas comuns, necessárias à eficiente integração dos sistemas, encontram-se armazenadas na respectiva entidade e isoladas das demais. É importante e está se tornando cada vez mais necessário constituir sistemas de informação, com dados atualizados de uso comum, acessíveis para as entidades que deles necessitam em atividades que envolvem planejamento, gestão operacional e/ou operação de sistemas de transporte urbano. Entretanto, fatores de natureza técnica e até política têm inviabilizado a total e perfeita integração desses sistemas. Do ponto de vista técnico, a integração de diversos bancos de dados de uma única empresa ou entidade já é em si uma questão bastante complexa, dada a heterogeneidade de hardware, software, termos, conceitos e unidades de medida que ocorrem na prática, devida a iniciativas isoladas e à rápida evolução tecnológica na área de informática. As questões se tornam ainda mais complexas quando se busca integrar bancos de dados de diferentes instituições, onde as intervenções visando a integração devem ser mínimas por questões de autonomia na gestão de cada banco de dados, decorrente da autonomia política de cada uma delas.

8 Ð5* 2'( 3/$1(-$0(172 5(*,21$/'( 287526Ð5* 26 ILQDQoDVS~EOLFDV SODQHMDPHQWRXUEDQR VHUYLoRVS~EOLFRVPHLR DPELHQWHVHJXUDQoDHWF '$'26 &203$57,/+$'26 ÓRGÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO LOCAL DE TRANSPORTES URBANOS Ð5* 2'( 3/$1(-$0(172 /2&$/'( '$'26 &203$57,/+$'26 ÓRGÃO GESTOR DE SISTEMAS DE TRANSPORTES URBANOS REGIONAIS E/OU DE ALTA CAPACIDADE 5(*,21$,6 (28'($/7$ &$3$&,'$'( NÍVEL ESTRATÉGICO $&(66$e $&(66$'2325 ÓRGÃO GESTOR DE SISTEMAS DE TRANSPORTES URBANOS LOCAIS /2&$,6 Figura 1.3 Compartilhamento de Dados no âmbito Interinstitucional em Transportes Urbanos

9 7É7,&2 '$'26 &203$57,/+$'26 23(5$&,21$/ 7É7,&2 '$'26 &203$57,/+$'26 23(5$&,21$/ $&(66$e $&(66$'2325 23(5$'25$'( 75$163257(85%$12 Figura 1.4 Compartilhamento de Dados nos âmbitos Interinstitucional e Intra-institucional em Transportes Urbanos

10 Cada entidade tem planos de investimentos e preferências próprias com relação ao hardware e software que atendem suas necessidades e, além disso, geralmente não desejam tornar todos os seus dados acessíveis e não aceitam que seus bancos de dados sejam controlados por agentes externos. Autores da área de transporte reconhecem que a disponibilidade de dados atualizados é de fundamental importância para o planejamento ou gestão operacional de transportes. A bibliografia sobre o assunto menciona problemas de natureza prática quando da busca, obtenção e tratamento de dados de diversas fontes. A questão da construção e manutenção de bancos de dados integrados com informações de interesse do planejamento e gestão operacional de transportes não foi ainda devidamente desenvolvida, pois trata-se de um problema extremamente complexo que necessita de, entre outras coisas, da conjugação de conhecimentos especializados de duas áreas distintas, engenharia de transportes e ciência da computação. 1.2 Objetivo Este trabalho tem por objetivo propor soluções ou diretrizes que contribuam para a Concepção, a Construção e a Manutenção de Sistemas de Bancos de Dados, como elementos de suporte à integração do Planejamento e da Gestão Operacional de Transportes Urbanos.