TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NO SETOR DE SAÚDE NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

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TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO NO SETOR DE SAÚDE NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): LEANDRO SARAIVA, FERNANDA SOARES VILELA, LARISSA LORENTE ACHE ORIENTADOR(ES): RODRIGO ALVES LEMES

1 1. RESUMO Este estudo centra- se na qualidade do atendimento do setor da saúde na cidade de Ribeirão Preto, e tem por objetivo criar narrativa da expectativa da população desta localidade quanto aos atendimentos no setor da saúde. A pesquisa foi realizada em campo, onde informações foram coletadas através de cento e setenta e oito questionários semiabertos e autoaplicáveis. Ao final do trabalho foi possível concluir que os atendimentos primários prestados por profissionais da recepção foram avaliados pelos usuários como ruins, os atendimentos prestados pelos profissionais médicos possuem avaliações entre regular e ruim na visão dos entrevistados. Após a coleta dos dados gerais foi realizada uma fragmentação dos resultados, gerando análises isoladas dos tipos de atendimentos em subgrupos aqui citados como Hospital Filantrópico, Hospital Público, Unidade de Pronto Atendimento UPA, Unidade Básica de Saúde UBS, e outros convênios. Os resultados obtidos poderão ser de grande valia para os decisores do setor da saúde, devido as instituições privadas e públicas poderem conhecer como são vistas pelo seus usuários, o que os mesmos esperam quando buscam atendimento, e como poderão otimizar os atendimentos, minimizar custos e evitar reclamações. Palavras-chave: Qualidade, Atendimento, Saúde, Ribeirão Preto. 2. INTRODUÇÃO Para a Agência Brasil (2014), atualmente os atendimentos básicos prestados na cidade de Ribeirão Preto - SP são de caráter particular (convênios médicos) e pelo Sistema Único de Saúde SUS. Os atendimentos acontecem desde o agendamento até a liberação na pós-consulta. Segundo a Agência Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no 2 semestre de 2013 houve alta de 16% no número de reclamações nos planos de saúde se comparado ao mesmo período do ano anterior. Castelani e Mata (2012), concluíram que Ribeirão Preto SP habilitado para oferecer do atendimento básico à transplantes, obtém demora no atendimento e que entrevistas com médicos, gestores e pacientes do SUS reforçam contrastes.

2 Ulisses Strogonoff (2012), médico-assistente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, afirma que cinco mil cirurgias deixam de ser realizadas todos os anos por causa da falta de médicos e que a espera por uma consulta com um especialista pode levar até seis meses. A vendedora Dinamar Silva, disse à entrevista que aguarda desde janeiro por uma consulta para o filho. De acordo com o superintendente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - SP, a associação com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), faz do hospital um centro de excelência, pode ter problemas, mas diz que o hospital é um modelo e não há quem não o reconheça. Stenio José Correia Miranda (2012), secretário de Saúde de Ribeirão Preto - SP, confirma a existência de filas, mas diz que o tempo de espera já chegou à oito horas e que hoje pode chegar a três horas, tempo igual ao que muita gente espera na rede particular. Miranda afirma que as 30 Unidades Básicas de Saúde e as cinco Unidades Básicas Distritais de Saúde de Ribeirão Preto, além dos quatro hospitais filantrópicos conveniados com a Prefeitura, garantem aos ribeirão-pretanos a possibilidade de ter um local de atendimento perto de casa em 90% da área urbana, afirmando que qualquer cidadão pode caminhar 20 minutos e ter uma unidade de saúde. Na avaliação de Ronaldo Dias Capelle (2012) responsável pela Diretoria Regional de Saúde do Estado de São Paulo, diz ser problemas momentâneos na saúde. Heitor Mazzoco (2014) de Ribeirão Preto, conta que a região de Ribeirão Preto SP terá mais idosos a partir de 2030. A previsão preocupa devido aos serviços de saúde, os números atuais já são alarmantes. Na região de Ribeirão Preto - SP o índice de envelhecimento é maior que a média estadual, o Estado de São Paulo terá em 2030 cerca de dez milhões de idosos e oito milhões de crianças e jovens. No site da prefeitura municipal de Ribeirão Preto-SP, está descrito que a cidade possui sete hospitais particulares, sete hospitais filantrópicos e três hospitais públicos. Cristiano Pavini (2014) do Jornal A Cidade, aponta que o crescimento populacional de Ribeirão Preto SP é um dos maiores, que em julho de 2013 o

3 município estava com 649,5 mil habitantes, 45 mil a mais do que no último censo do IBGE, feito em 2010. Reportagem do G1 (2013), cita que o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, atenderá apenas casos complexos para reduzir filas, e que os casos de média complexidade serão transferidos para hospitais da região. A seguir serão apresentados os pontos que deram direcionamento a pesquisa realizada. 3. Objetivos Questão de Pesquisa Qual a expectativa da população de Ribeirão Preto quanto aos atendimentos do setor da saúde? Objetivo Geral Criar narrativa da expectativa da população de Ribeirão Preto quanto aos atendimentos no setor da saúde. Objetivos Específicos Levantar dados sobre o setor, identificar as exigências dos órgãos regulamentadores, conhecer as expectativas dos usuários, estabelecer critérios de avaliação e levantar o perfil dos usuários de áreas da saúde. Justificativa Com estas informações será possível descobrir o que os pacientes levam em consideração ao avaliar o atendimento prestado pelos diversos setores da saúde. Essa opinião será muito útil em momentos de tomada de decisão gerencial, onde se poderá evitar reclamações, conhecer os pontos fortes e fracos do setor e destinar melhorias para as áreas que realmente trarão resultados positivos, otimizando assim tempo e consequentemente recursos financeiros. A Qualidade no Atendimento do Setor de Saúde pode ser muito subjetiva, pois as empresas públicas ou privados podem ter um conhecimento do perfil e expectativa dos clientes/pacientes e os mesmos terem uma necessidade maior a ser atendida.

4 Desta forma uma pesquisa nesta área pode indicar como suprir as necessidades deste público e superar suas expectativas visando o bom atendimento e a otimização dos recursos. 4. METODOLOGIA Este trabalho tem como objetivo identificar os critérios que a população usa para avaliar a qualidade no atendimento do setor de saúde. Para tanto foi utilizada a Pesquisa Exploratória, que é definida por Malhotra (2006) como uma pesquisa que tem por objetivo principal descobrir ideias e percepções sobre determinado assunto. Ou seja, é aquela que define melhor o problema e apresenta uma maior compreensão sobre o assunto. Como forma de abordagem foram utilizadas as Pesquisas Qualitativa e Quantitativa, trabalhando com quantidades definidas de amostra e observando fatos sob a ótica dos internos ao hospital, pacientes e funcionários. Conforme descreve Minayo (2010) a pesquisa Qualitativa procura desvelar processos sociais que ainda são pouco conhecidos e que pertencem a grupos particulares, sendo seu objetivo e indicação final, proporcionar a construção e/ou revisão de novas abordagens, conceitos e categorias referente ao fenômeno estudado. Para Beuren (2004), a pesquisa Quantitativa se embasa em técnicas estatísticas na coleta e no tratamento dos dados, uma vez que ela reduz as distorções de análise e interpretação ao garantir precisão no levantamento dos resultados. Foi utilizada uma em complemento a outra. Foi utilizado, como método de pesquisa o Levantamento Bibliográfico que utiliza dados secundários onde há uma coleta específica em publicações impressas, eletrônicos e na imprensa em geral sobre o tema proposto (MARCONI e LAKATOS, 2002) e o Estudo de Caso, que segundo (CERVO E BERVIAN, 2005, p. 67), é a pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo do seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida.isto foi feito a fim de investigar a amostra, testar teorias e comprovar resultados. 5. DESENVOLVIMENTO

5 O instrumento de pesquisa que foi aplicado é composto de três etapas, sendo a primeira com os dados de perfil dos entrevistados, a segunda parte dispõe das expectativas dos pacientes quanto o atendimento primário, consultas médicas e pósconsulta e a terceira parte questiona quanto as ponderações da realidade do setor. Para definição da amostra e consequentemente de quantos questionários seriam aplicados, foi realizado um Cálculo Amostral que utiliza como base um erro amostral de 5%, nível de confiança de 95% e o Universo (População de Ribeirão Preto) de 658.059, para visualização segue abaixo a fórmula: Onde: n - amostra calculada. N população (604.682) Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança (95%). p - verdadeira probabilidade do evento. e - erro amostral (5%). O cáculo resultou em uma amostra necessária de 243 questionários aplicados, porém devido a inviabilidade de aplicação deste número de questionários no tempo estabelecido, decidiu-se pela aplicação de 178 questionários (73,25% da quantidade anterior). Tendo como base as pesquisas eleitorais realizadas pelo Datafolha onde o número de entrevistado é de no máximo 2500 em um universo de 136 milhões de eleitores, as entrevistas neste caso representam aproximadamente 0,00183% do Universo, já no caso do presente artigo as entrevistas representam 0,002705% do Universo, considera se que a amostra definida atingiu a representatividade necessária. Ressalta-se ainda que não há tamanho mínimo ou ideal para uma amostra, o mais importante é justamente a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados, por isso os pesquisadores decidiram deliberadamente entrevistar hospitais heterogeneidade a pesquisa. 6. RESULTADOS públicos e privados para dar mais

6 Foram realizadas entrevistas com usuários do setor da saúde em Ribeirão Preto. Através dos questionários foram levantados os seguintes dados: Dos cento e setenta e oito entrevistados pode-se perceber uma pequena diferença do perfil dos usuários. Como expõe a figura 1 abaixo, cinquenta e seis por cento dos entrevistados são do sexo feminino e os entrevistados do sexo masculino representam os quarenta e quatro por cento restantes. Figura 1: Perfil dos entrevistados. Outro resultado obtido foi a diversificação dos locais e tipos de atendimentos que estes pacientes do setor da saúde procuram para ser atendidos. Para o levantamento deste dado foi-se dedicada uma questão do instrumento de pesquisa, onde os usuários assinalaram uma das cinco alternativas. Tabela 1: Tipos de atendimentos. Rotineiramente você busca atendimento de saúde em quais locais? Tipos de Atendimentos Quantidade de entrevistados % Hospital Privado-Filantrópico 34 19% Hospital Público 4 2% Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 14 8% Unidade Básica de Saúde (UBS) 83 47% Outros Convênios Médicos 43 24% TOTAL 178 100% Na tabela 1 acima se pode perceber que a maior parte dos entrevistados procuram atendimento nas Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto, representando quarenta e sete por cento da amostra entrevistada.

7 Nas figuras 2 e 3 respectivamente abaixo, demonstram os resultados obtidos em relação aos atendimentos primários que são realizados pelos profissionais das portarias e recepções dos prestadores de serviço da área da saúde em geral. Figura 2: Notas ao atendimento primário. Figura 3: Notas ao atendimento primário. Percebe-se nas duas demonstrações gráficas acima que desde a forma de como se atende em agilidade, educação, elocução, fornecimento de informações, até a forma de como é feita a separação e atendimento dos pacientes com prioridades foram avaliadas pelos usuários como ruim em todos os parâmetros. Segue abaixo nas figuras 4 e 5 as avaliações obtidas através dos questionários no que se diz respeito a forma de se comunicar, educação, tempo da consulta e até mesmo a competência dos doutores dessas áreas. Figura 4: Notas atribuídas aos profissionais médicos. Figura 5: Notas atribuídas aos profissionais médicos. Em todos os parâmetros em que os usuários foram questionados em relação aos atendimentos prestados pelos profissionais médicos os resultados foram considerados como ruim e regular.

8 Após separados os tipos de atendimento em que os pacientes procuram em maior frequência, foi possível apurar resultados mais específicos, como a avaliação dos atendimentos prestados especificamente por cada tipo de atendimento. Os resultados de perfil de todos os entrevistados dos diversos tipos de atendimentos demonstraram que cinquenta por cento ou mais da população é do sexo feminino independente do tipo de atendimento que busca. As figuras 6 e 7 abaixo demonstrados, dispõem resultados. Figuras 6 e 7: Periodicidade de encaminhamento a um especialista no mesmo dia. Uma dificuldade que de acordo com os resultados obtidos se torna comum entre todos os tipos de atendimento é o atendimento em especialistas, que normalmente só ocorre após triagem e encaminhamento, e, portanto foi avaliado pelos usuários em periodicidade que conseguem ser atendidos por médicos especialistas como Raramente, Nunca e Às Vezes. Figuras 8 e 9: Expectativa no atendimento primário em hospitais filantrópicos. Nas figuras 8 e 9 apresentadas acima estão dispostos os resultados das expectativas dos pacientes que buscam atendimento em Hospitais Filantrópicos.

9 As expectativas dos pacientes sobre os Hospitais Filantrópicos são grandes, já que os pacientes por saberem que não se tratam de funcionários e locações públicas imaginam que a qualidade dos serviços deva ser melhor. Embora a análise do setor da saúde em geral demonstre uma avaliação negativa, alguns prestadores receberam avaliações positivas, como é o exemplo dos hospitais filantrópicos que estão dispostos abaixo nos gráficos 10 e 11. Figuras 10 e 11: Avaliação do atendimento primário dos profissionais da recepção em hospitais filantrópicos. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo geral foi cumprido com os resultados obtidos através dos dados do instrumento de pesquisa aplicado a uma amostra relevante a cidade de Ribeirão Preto. Os objetivos específicos foram atingidos através de coleta de dados primários e secundários, com os respectivos usuários dos atendimentos da área da saúde da cidade de Ribeirão Preto e também sendo buscados nas literaturas relacionadas ao assunto respectivamente. Os resultados obtidos poderão ser de grande valia para os decisores do setor da saúde, devido as instituições privadas e públicas poderem conhecer como são vistas pelos seus usuários, o que os mesmos esperam quando buscam atendimento, e como poderão otimizar os atendimentos, minimizar custos e evitar reclamações.

10 Para os estudiosos da área, alunos e para o setor da saúde como um todo esse estudo proporciona um conhecimento das expectativas e necessidades humanas de pessoas que buscam acolhimento quando se encontram vulneráveis. Uma expectativa para este trabalho é que as instituições que possuírem acesso a este material entendam o que a população de Ribeirão Preto esta encontrando ao buscar uma solução para seus problemas de saúde, e assim possam se aprimorar com a finalidade de melhorar sua imagem e satisfazer seus clientes trazendo benefícios imensuráveis a esta população, onde a qualidade de vida e o conceito de atendimento possam ser melhorados a fim de atingir a qualidade no atendimento. Tendo em vista a continuidade e o aprofundamento das considerações realizadas no presente estudo, recomenda-se que seja feita uma análise interna em cada tipo de atendimento nos locais neste artigo citado. Desta forma poderá ser realizado um estudo aprofundado de métodos para sanar os indicadores mal analisados no julgamento dos usuários. 8. FONTES CONSULTADAS DO G1 EPTV. HC de Ribeirão atenderá apenas casos complexos para reduzir filas. Ribeirão e Franca, 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/ribeirao-pretofranca/noticia/2013/04/hc-de-ribeirao-preto-sp-vai-priorizar-atendimentos-parareduzir-filas.html>. Acesso em: 14 out. 2014. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Empresas. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2012. MAZZOCO, Heitor. Região de Ribeirão terá mais idosos a partir de 2030. Ribeirão Preto, 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2014/07/1483141-regiao-deribeirao-preto-tera-mais-idosos-a-partir-de-2030.shtml>. Acesso em: 14 out. 2014. PANCOTTO, Adriane. Pesquisa comprova insatisfação com o Sistema Único de Saúde. Revista APM, São Paulo, Ed. n. 659, p. 8-16, set. 2014. SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line. Disponível em: <http://www.calculoamostral.vai.la>. Acesso em: 23 mar. 2015. RIBEIRÃO PRETO. Prefeitura Municipal. Hospitais. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/crp/i71hospitais.htm>. Acesso em: 14 out. 2014.