FISIOLOGIA DO AMADURECIMENTO DE MAMÃO PRODUZIDO POR SECAMENTO

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Transcrição:

VII SIMPÓSIO DO PAPAYA BRASILEIRO Produção e Sustentailidade Hídrica Vitória-ES, 22 a 25 de agosto de 218 FISIOLOGIA DO AMADURECIMENTO DE MAMÃO PRODUZIDO POR SECAMENTO PARCIAL DO SISTEMA RADICULAR Ariane Castricini 1, Polyanna Mara de Oliveira 1, Eugênio Ferreira Coelho 2, Maristella Martineli 3, Maria Geralda Vilela Rodrigues 1 1 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerias EPAMIG - Norte, Campo Experimental do Gorutua, CEP 39525-, Nova Porteirinha, MG. Bolsista Fapemig. E-mail: ariane@epamig.r, polyanna.mara@epamig.r, magevr@epamig.r; 2 Emrapa Mandioca e Fruticultura, CEP: 4438-, Cruz das Almas BA. E-mail: eugenio.coelho@emrapa.r; 3 Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES, Campus Janaúa, CEP 3944-, Janaúa, MG. Bolsista Fapemig. E-mail: maristellamartineli@yahoo.com.r INTRODUÇÃO Minas Gerais produziu aproximadamente 61 mil toneladas de mamão em 216, sendo 77% da produção, provenientes da região Norte (IBGE, 218), onde as principais áreas de cultivo são semiáridas e, portanto, irrigadas. O manejo de irrigação com vista à sustentailidade dos recursos hídricos envolve metodologias que, ojetivam o uso racional da água de irrigação com o aumento de produtividade das culturas sem aumento das lâminas de água já estaelecidas, como de máxima produtividade. A técnica de secamento parcial do sistema radicular (SPR), tamém chamada de irrigação lateralmente alternada foi desenvolvida para reduzir consumo de água pelas plantas, isto é, reduzir a transpiração das plantas, sem redução elevada na produtividade (COELHO et al., 214). Segundo os mesmos autores, o manejo da água de irrigação com déficit, tem no SPR uma opção promissora para os tempos atuais e vindouros, onde as incertezas climáticas têm levado a secas prolongadas na região semiárida do Brasil. Emora a técnica de SPR possa reduzir o desperdício de água, há de se conhecer a interferência da redução da disponiilidade de água durante a produção, sore a fisiologia do amadurecimento dos frutos. O estudo da atividade respiratória e das modificações provocadas pela mesma, em pós-colheita, pode fornecer informações sore o amadurecimento e, consequentemente da qualidade e conservação. Neste sentido, ojetivou-se estudar a atividade respiratória e o amadurecimento de mamão Tainung 1 produzido so SPR no Norte de Minas Gerais. 1

Anais do VII Simpósio do Papaya Brasileiro MATERIAL E MÉTODOS O mamoal de Tainung 1 foi implantado no Campo Experimental de Mocaminho (CEMO), que pertence a Epamig Norte. O espaçamento utilizado foi 3, m x 1,7 m e a área irrigada por gotejamento com duas linhas laterais por fileira de plantas, sendo seis emissores de água de 4 L h -1 por planta, três por linha lateral. Os tratamentos foram aseados na redução da lâmina calculada de irrigação em 5%, isto é, alternando o lado da fileira irrigado, com apenas uma linha lateral em irrigação por fileira. As frequências de alternância (FA - mudança de lado) foram de 7, 14 e 21 dias. Os tratamentos foram: T1 redução da lamina calculada em 5%, com F A de 7 dias; T2 - redução da lamina calculada em 5%, com F A de 14 dias; T3 - redução da lamina calculada em 5%, com F A de 21 dias; T4 - redução da lâmina calculada em 5%, fixando-se apenas um lado irrigado e T5 Irrigação plena, ou seja, lâmina calculada, correspondente a reposição da evapotranspiração, em duas linhas laterais por fileira de planta. Em cada parcela experimental havia dez plantas, em duas fileiras, com seis plantas úteis por parcela. Os frutos foram colhidos quando apresentaram estrias ou faixas com 5% de coloração amarela, aproximadamente quatro a seis meses após a aertura da flor. Após a colheita os mamões foram encaminhados para o Laoratório de Pós-Colheita da Epamig Norte, em Nova Porteirinha MG e acondicionados para as avaliações diárias da atividade respiratória (Crispim et. al., 1994; Deliza et al., 28), coloração da casca (colorimetria) e da massa fresca (g). No último dia de armazenamento foram feitas as avaliações destrutivas de firmeza (N), acidez titulável (g ácido cítrico.1 g -1 de suco puro.) e sólidos solúveis (ºBrix). A duração das leituras por sete dias foi definida pelo aspecto visual dos frutos, ou seja, enquanto aptos à comercialização. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de um fruto por parcela. As diferenças entre as médias foram estudadas por análise de regressão para taxa respiratória e por teste Tukey para as demais características avaliadas, utilizando-se do software Saeg 9.1 (27). RESULTADOS E DISCUSSÃO As variáveis luminosidade (L), croma (C), ângulo hue, perda de massa fresca e atividade respiratória variaram em função dos efeitos isolados dos tratamentos e dos dias após a colheita. A firmeza dos frutos assim como o teor de sólidos solúveis e acidez titulável não diferiram em função dos tratamentos, sendo os valores médios de 4,45 N, 15,38 ºBrix e,21 g ácido cítrico.1g de suco puro -1. A variação da cor da casca em função dos tratamentos está apresentada na Figura 1A. Frutos produzidos com redução da lâmina calculada em 5%, com frequência de alternância de 7 dias (T1), tiveram maior valor de Hue, indicando cor da casca mais esverdeada, assim como daqueles frutos produzidos so irrigação plena. A luminosidade da cor da casca e o croma tamém foram iguais. A cor amarela é mais clara consequentemente, os valores de luminosidade são mais altos e no caso dos frutos produzidos com redução da 2

Luminosidade, Croma e Hue Luminsidade, Croma, Hue Anais do VII Simpósio do Papaya Brasileiro lâmina calculada em 5%, com frequência de alternância de 14 dias (T2), a cor da casca é amarelo intenso, pelo maior valor de croma. A mudança da coloração da casca de verde para amarela durante os dias após a colheita pode ser oservada na Figura 1B. Nos dias iniciais os valores de ângulo hue estavam na faixa da cor verde (117, 16 ) e a partir do terceiro dia a tonalidade passou a amarelo, tornando-se mais intensa com o aumento do croma. A luminosidade aumentou tamém já que a cor amarela é mais clara que a verde. A B Luminosidade Croma ºHue 14 12 1 a c c c a 12 1 y Hue = -6,316x + 12,1 R² =,83 8 6 4 2 C A BC AB BC a a a 1 2 3 4 5 Tratamentos 8 6 4 2 yluminosidade = 2,69x + 44,29 R² =,77 ycroma = 4,485x + 29,98 R² =,82 1 2 3 4 5 6 7 Dias após a colheita Figura 1. A Luminosidade, croma e Hue da cor da casca de mamões produzidos por SPR. Letras maiúsculas e minúscula diferentes sore arras indicam diferenças significativas a 5% pelo teste Tukey, para luminosidade e croma, respectivamente. Sore linha indica diferença para Hue; B Durante os dias após a colheita. T1 redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 7 dias; T2 - redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 15 dias; T3 - redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 21 dias; T4 - redução da lâmina calculada em 5%, fixando-se apenas um lado irrigado e T5 Irrigação plena, isto é, lâmina calculada, correspondente a reposição da evapotranspiração, em duas linhas laterais por fileira de planta. Frutos produzidos com redução da lâmina calculada em 5%, fixando-se apenas um lado irrigado (T4) tiveram maior perda de massa fresca (Figura 2A) em relação aqueles dos demais tratamentos. Durante os dias após a colheita houve aumento da perda de massa fresca (Figura 2B), mas não excedeu 1%, limite a partir do qual se considera prejudicial à aparência dos frutos, por conferir aspecto de murcho. 3

Perda de massa fresca (%) Perda de massa fresca (%) Anais do VII Simpósio do Papaya Brasileiro A B 6 a 9,9 5 4 8,8 7,7 6,6 y = 1,382x - 1,115 R² =,99 3 2 5,5 4,4 3,3 1 1 2 3 4 5 Tratamentos 2,2 1,1, 1 2 3 4 5 6 7 Dias após a colheita Figura 2. A Perda de massa fresca de mamões produzidos por SPR. Letras diferentes sore arras indicam diferenças significativa entre médias, a 5% pelo teste Tukey; B - durante os dias após a colheita. T1 redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 7 dias; T2 - redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 15 dias; T3 - redução da lâmina calculada em 5%, com F A de 21 dias; T4 - redução da lâmina calculada em 5%, fixando-se apenas um lado irrigado e T5 Irrigação plena, isto é, lâmina calculada, correspondente a reposição da evapotranspiração, em duas linhas laterais por fileira de planta. Menor atividade respiratória foi verificada nos frutos produzidos com redução da lâmina calculada em 5%, com frequência de alternância de 7 dias (T1) e naqueles produzidos sem déficit de irrigação (T5 e T4) (Figura 3A). Maior atividade foi verificada em frutos produzidos so um estresse maior, ou seja, aqueles que tiveram freqüência de alternância das linhas de irrigação de 14 e 21 dias (T2 e T3). Em função dos dias após a colheita, ocorreu aumento da respiração climatérica (Figura 3B), onde se oserva duas fases, a primeira entre o 1 e 4 dia, em que há aumento da eliminação de CO 2, até o máximo respiratório (pico de respiração climatérica), no 4 dia. Na segunda fase que começa após o 4 dia até o 7 dia os níveis de CO 2 diminuem, onde tamém se intensifica a mudança da coloração da casca e o aumento da perda de massa fresca (Figuras 1B e 2B, respectivamente). 4

Atividade respiratória (mg CO 2.Kg mf. h -1 ) Atividade respiratória (mg CO 2.Kg mf. h -1 ) Anais do VII Simpósio do Papaya Brasileiro A B 25 2 15 1 5 a a c c c 1 2 3 4 5 Tratamentos 28 26,5 25 23,5 22 2,5 19 17,5 16 14,5 13 11,5 1 1 2 3 4 5 6 7 Dias após a colheita Figura 3. A Atividade Respiratória de mamões produzidos por SPR. Letras diferentes sore arras indicam diferença significativa entre médias, a 5% pelo teste Tukey; B durante os dias após a colheita. T1 redução da lamina calculada em 5%, com F A de 7 dias; T2 - redução da lamina calculada em 5%, com F A de 15 dias; T3 - redução da lamina calculada em 5%, com F A de 21 dias; T4 - redução da lamina calculada em 5%, fixando-se apenas um lado irrigado e T5 Irrigação plena, isto é, lamina calculada, correspondente a reposição da evapotranspiração, em duas linhas laterais por fileira de planta. Firmeza, teor de sólidos solúveis e acidez titulável dos mamões no último dia após a colheita não foram diferentes em função dos tratamentos, sendo os valores médios de 4,45 N, 15,38 Brix e,21 g ácido cítrico.1g -1 de suco puro, respectivamente. Souza et al. (214) verificaram firmeza média de 15,5 N no sétimo dia após a colheita e 11,4 ºBrix e acidez de,6 g 1g -1, valores inferiores aos do presente estudo. CONCLUSÕES A redução da disponiilidade de água durante o cultivo do mamoeiro Tainung 1 quando a alternância da linha de irrigação é de 7 dias não interfere negativamente no metaolismo do amadurecimento e, consequentemente, na qualidade dos frutos; A redução da disponiilidade de água de irrigação não interferiu na firmeza dos frutos, assim como no teor de sólidos solúveis e acidez titulável. AGRADECIMENTO À FAPEMIG pelo financiamento do projeto de pesquisa original (CAG - APQ-269-16) e pelas Bolsas de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico BIPDT concedidas. 5

Anais do VII Simpósio do Papaya Brasileiro REFERÊNCIAS DELIZA, R.; CASTRICINI, A.; CONEGLIAN, R. C. C.; POLIDORO, J. C. Determinação da taxa respiratória de mamão 'Golden' 28 (Comunicado Técnico 132 - Emrapa Agroindústria de Alimentos - RJ). COELHO, E. F.; LOPES, P. A. P.; BAIANO, W.; SILVA, T. S. M; OLIVEIRA, P. M. Resposta da ananeira cultivar princesa no segundo ciclo ao secamento parcial do sistema radicular no Norte de Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 23., 214, Cuiaá. Anais... Cuiaá: SBF, 214. 1 CD- ROM. CRISPIM, J. E.; MARTINS, J. C.; PIRES, J. C.; ROSALEM, C. A.; CAVARIANI, C. Determinação da taxa de respiração em sementes de soja pelo método da titulação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.29, n.1, p.1517-1521, 1994. IBGE. Sidra. Produção Agrícola Municipal. https://sidra.ige.gov.r/taela/1613#resultado. 19 Ar. 218. SAEG. Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas, Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes - 46 UFV - Viçosa, 27. SOUZA, A. F.; SILVA, W. B. da; GONÇALVES, Y. S.; SILVA, M. G. da; OLIVEIRA, J. G. de. Fisiologia do amadurecimento de mamões de variedades comercializadas no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v.36, n.2, p.318-328, 214.disponível em: < https://dx.doi.org/1.159/1-2945-215/13. 26 A r. 218>. Acesso em: jun 218. 6