O USO DO LIVRO DIDÁTICO ALIADO À TECNOLOGIA 1

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Transcrição:

O USO DO LIVRO DIDÁTICO ALIADO À TECNOLOGIA 1 Tatiane Machado Brandolt Fabrin 2 Vera Lúcia Trennepohl 3 Danieli de Oliveira Biolchi 4 O presente texto visa apresentar e refletir sobre o cotidiano dos professores em sala de aula. Para isso, nada melhor do que investigar as experiências vividas por esses profissionais, da qual tivemos a oportunidade de fazer parte através do PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência, financiado pela CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no subprojeto de História, no ano de 2016. Saliento aqui a importância deste projeto, pois me possibilitou a docência compartilhada. Conforme Samuel Fernández (1993, p. 125), [...] compartilhar a docência permite a utilização flexível e eficiente do tempo do professor e se beneficia dos diferentes estilos de ensino, da colaboração entre profissionais e da utilização de alternativas de ensino.... Sendo assim, o Programa, possibilita uma aproximação entre universidade e Escola, contribuindo com a formação inicial, pois permite a inserção de acadêmicos no ambiente escolar, antes mesmo do estágio. Assim, iniciarei relatando minha experiência como bolsista do PIBID numa Escola Estadual de Ijuí/RS. Para além de realizar atividades na universidade, e participar de eventos propostos pelo programa, fui para uma escola estadual, onde tive a oportunidade de acompanhar e interagir com uma professora em atuação, possibilitando o desenvolvimento da docência compartilhada. Desta forma, estarei analisando a minha própria vivência nesse processo, que gera muita insegurança, mas leva a um crescimento profissional. Deste modo, essa possibilidade despertou o interesse em realizar um estudo sobre o uso do livro didático, bem como os materiais de apoio que amparam o trabalho do professor em sala de aula. 1 Relato de experiência sobre atividade realizada em uma Escola parceira ao Pibid. 2 Graduanda em História pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Bolsista do subprojeto História PIBID/UNIJUI. tati_brandott91@hotmail.com 3 Professora doutora do Departamento de Humanidades e Educação, vinculada ao curso de História da UNIJUÍ. Coordenadora do Programa Iniciação a Docência PIBID, pelo subprojeto da História verat@unijui.edu.br 4 Professora da Rede Pública de Ensino. Egressa do curso de Licenciatura em História da UNIJUÍ. Supervisora do Programa Iniciação à Docência PIBID, pelo subprojeto da História da UNIJUÍ. adbiolchoi@yahoo.com.br

Esta é uma pesquisa qualitativa em educação, observação participante, analise e reflexão acerca de estudos e questões vivenciadas na prática, na relação com sujeitos que fazem parte da estrutura Escola. Pretendo ainda analisar fatores que incentivam e qualificam o uso do livro didático como uma ferramenta eficaz, quando manuseado com sabedoria e intercalado com outros materiais. Para isso, acompanhei e observei aulas de uma professora de História, para ver a forma com que a professora encaminhava as suas atividades. Ainda tentando identificar quais delas despertavam mais o interesse do aluno, e o que os levava a interagir com maior facilidade. Desde o início da nossa formação vivemos com propostas e teorias contemporâneas sobre o modo de ensinar e aprender, mas, algumas vezes, são esquecidas no exato momento em que nos deparamos com a turma pela primeira vez. Entretanto, através da vivência como bolsista do Pibid, isso pode ocorrer de uma forma diferente, pois é possível interagir com professores em atuação, tanto na escola quanto na universidade, socializando as angústias, e entendendo melhor o contexto escolar. A oportunidade de estar ao lado do Professor, no momento de alguma intervenção, nos permite testarmos nossa própria capacidade de nos colocar à frente para conduzir a aula, Esse apoio me tranquilizava, pois qualquer dificuldade podia interagir com esse Professor, aprendendo com sua experiência, construindo alternativa no coletivo. No primeiro dia que entrei na sala de aula, eu estava acompanhada da Professora de História, que após as apresentações continuou a aula naturalmente, explicando o conteúdo e como seria o andamento do trabalho sobre a primeira Revolução Industrial, com as datas de término, objetivos e quais os resultados almejados. Para a realização desta atividade os alunos foram organizados em grupos para fazer a pesquisa de temas relacionados ao conteúdo central da aula, logo após, produziram cartazes e maquetes, para ilustrar melhor os fatos estudados. Após a pesquisa no livro didático e internet, os alunos assistiram o filme: Tempos Modernos, de Charlin Chaplin. Tudo isso tinha como objetivo preparar os alunos para a apresentação dos trabalhos num seminário. Como eram duas turmas do Ensino Médio, elas foram dividas, uma turma ficou com Pré-revolução Industrial e a outra com Pós Revolução Industrial, que apresentaram seu trabalho no grande grupo, como um momento ímpar para o desenvolvimento dessa atividade. Como bolsista esse primeiro momento foi mais de observação e interação com a professora no planejamento, percebendo as diferentes maneiras de conduzir o conteúdo nas aulas de História. A partir dessa vivência foi possível acompanhar como a professora orientava e direcionava as suas aulas, que estavam apoiadas pelo livro didático, mas

completando com filmes, maquetes, seminários, etc. e finalizado com diferentes atividades avaliativas. No decorrer do texto pretendo colocar o meu ponto de vista sobre o filme, como auxiliador para complementar as aulas expositivas, que ajudam os alunos na realização de uma ligação importante que não está apenas voltada ao olhar para o passado e guardar dadas e acontecimentos importantes, mas sim, em fazer ligações e reflexões para entender o presente e o futuro. Existem Escolas que usam um modelo de ensino de História, onde o aluno é o receptor das informações, pois o Professor está ali apenas para passar as informações necessárias do conteúdo. Deste modo, os alunos são como uma folha em branco, onde o Professor deveria transmitir um conjunto de informações. Nesse caso, o aluno não tem o direito à reflexão, ao questionamento, não tem a oportunidade de construir o seu próprio conhecimento, pois o modelo exige a decoreba. E pelo contrário, acredito que o aluno precisa ser construtor do seu próprio conhecimento, a partir de uma reflexão dos fatos, que o leve a ter certa liberdade de pesquisar e construir o seu saber, relacionando e compreendendo sua realidade. Para que isso ocorra a contento, é necessário que o Professor busque construir alternativas para isso. Em função de estar na escola, devido ao Pibid, estou percebendo o papel que teremos como futuros profissionais. Por isso, os alunos precisam de metodologias diferentes, mais dinâmicas e atraentes, e é, muito difícil atualmente manter a atenção e o interesse dos jovens, a tecnologia consome muito deles, e traz a informação pronta e acabada em tempo real. Além disso, qual o objetivo do professor de escrever no quadro negro e o aluno copiar páginas e páginas, se isso se torna maçante e nada interessante. Ainda podemos falar sobre todo o processo de explicações, sobre tudo o que eles copiaram, mas será que copiar textos e escutar a explicação é eficaz, isso é o suficiente para compreendê-los. Em contraste a isso, penso ser interessante fazer um resumo com os pontos mais importantes, uma alternativa é escolher um filme que contemple o conteúdo e traga dados significativos em relação ao que foi desenvolvido nas aulas. Antes do filme, cobrar certa responsabilidade para os alunos, deixar claro que quando tem filme é aula sim! Que não é bagunça, é preciso ter atenção redobrada, pois será cobrado da mesma forma. Como também passar um questionário ou trabalho em grupo ou algo do tipo para que eles prestem a atenção no filme e construam relação com o conteúdo estudado. Nesse campo das relações entre o cinema e a história destaca-se o

de acordo com o historiador francês Marc Ferro (1992, p.19), ele propõe duas formas de se ler o cinema: leitura histórica do filme e leitura cinematográfica da história: esses são dois eixos a serem seguidos para quem se interroga sobre a relação entre cinema e história. Mais ainda o filme é uma excelente alternativa para ilustrar a História, os fatos e também para provocar o senso crítico do aluno, podendo ser utilizado como forma de problematizar ou sistematizar um determinado conteúdo. Por outro lado, devemos lembrar que o filme não está com a função de entretenimento, mas sim, como meio de informação e aprendizagem. Dessa forma, o filme precisa gerar questionamentos e fomentar a curiosidade dos alunos para que procurem conhecer mais determinado assunto. Antes de começar a trabalhar com ele os alunos precisam ter claro que o filme é uma obra fictícia com interpretação dos fatos, portanto, seu valor histórico deve ser interpretado e discutido, comparado com acontecimento histórico, e o que é apenas "cinema", com valor estético. Em virtude do que foi mencionado, lembro que assim como o livro didático não pode ser o único meio de se apresentar o conteúdo, o filme igualmente deverá ser usado como objetivo de complementar o que está sendo estudado e, por conseguinte, realizar uma boa análise dos fatos. O Professor é quem desenha essas atividades, assume um papel de destaque para atingir os objetivos pensados em relação ao conteúdo. Logo, depende muito do olhar desse profissional, que vai organizar o trabalho e definir os materiais complementares, qualificando o trabalho que será desenvolvido em aula. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são ferramentas que estão disponíveis para nos auxiliar. Não podemos esquecer que a tecnologia é uma linguagem comum usada pelos jovens, que pode ser utilizada na educação. Atualmente, os jovens têm aparelhos celulares que gravam vídeos e editam. E isso é algo que pode ser usado de maneira a incentivar o interesse e o envolvimento dos alunos no conteúdo. Como, por exemplo, projetos das Curtas Metragens, em que vídeos são produzidos e compartilhados na turma, escola, munícipio, concorrendo até mesmo em concursos oferecidos por diversas entidades. Isso favorece a aprendizagem, a construção do conhecimento, tornando os alunos protagonistas no processo Ensino Aprendizagem. As TICs vieram para somar, cativando o uso no ambiente escolar, tendo em vista que os aparelhos celulares são economicamente mais acessíveis, e têm softwares gratuitos de edição que passaram a estar disponíveis e ser de uso gratuito. Portanto, para reprodução de uma releitura da História precisamos de estudo e conhecimento, com o uso da

tecnologia os alunos aprendem de forma divertida, e a disciplina de História adquire uma imagem prazerosa, e menos maçante. Como infelizmente vem sendo passada há anos no ensino tradicional, com a decoreba de nomes, de datas e de acontecimentos, sem o mínimo de dinamismo e autonomia. A escola não precisa ser algo chato e rotineiro, os alunos precisam ter a autonomia e a liberdade de buscar o que está lhes intrigando, seja produzindo, observando ou pesquisando. Precisamos aguçar suas curiosidades, dar as ferramentas para despertar a percepção social, o reconhecimento do ambiente em que vivem através de suas próprias descobertas. Inteirado de que as tecnologias e as linguagens audiovisuais expressam e formam as identidades, as vivências e as ações de crianças e jovens, nossos raciocínios sobre práticas de ensino estão localizadas em um discurso sobre as oportunidades de mudança para a transformação social dos sujeitos. Portanto, uma estratégia de ensino não pode ser olhada como a salvadora da pátria, mas como uma tática complementar, aonde todas vem a contribuir para qualificar as aulas. Isso ficou evidente quando a Professora utilizou o Livro didático, que foi combinado com filmes ou documentários, estes quando usados de forma correta terão uma participação importante na aprendizagem dos alunos, e serão somadas as informações encontradas nos livros. Pode-se concluir que o livro didático aliado as TICs, são fundamentais para o desenvolvimento das atividades, e que estes elementos fazem a diferença para eclodir a curiosidade dos alunos. Ainda considerando que quando estes materiais vierem acompanhados por outras possibilidades, como por exemplo, o uso de filmes ou documentários, tem-se a oportunidade de debate e reflexão. Acredito que seja pertinente construir alternativas que priorizem o envolvimento dos educandos no processo ensino aprendizagem. Portanto, mesmo tendo clareza sobre a importância do livro didático e do filme, entre outras possibilidades, ainda temos vários problemas para qualificar a educação brasileira, principalmente no que diz respeito ao ensino de História. Palavras chaves: Pibid; Materiais de Apoio; Filme; Metodologia.

REFERÊNCIAS FERNÁNDEZ, Samuel. La Educación Adaptativa como Respuesta a la Diversidad. In: Signos. Teoría y práctica de la educación, Enero/Junio. 1993. Páginas 128-139. Disponível em <http://www.quadernsdigitals.net>. Acesso em 08/05/2016. FERRO, Marc. Cinema e História. Tradução Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.