Redes Temáticas de Cidades UCCLA Protecção e Valorização dos Centros Históricos II Encontro Técnico - Guimarães



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Transcrição:

Redes Temáticas de Cidades UCCLA Protecção e Valorização dos Centros Históricos II Encontro Técnico - Guimarães Síntese do Encontro 1. Local Auditório do Complexo Multifuncional de Couros Zona de Couros, Guimarães Portugal 2. Data D 27 a 29 de novembro de 2012 3. Participantes Oradores (por ordem cronológica de intervenção no Encontro) Dia 1 Renato Costa Coordenador das Redes Temáticas UCCLA Miguel Anacoreta Correia Secretário Geral da UCCLA António Magalhães Presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG) Ricardo Rodrigues Coordenador Técnico da Rede Câmara Municipal de Guimarães Albert Cuchí Professor Doutor, Arquiteto Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha) Dia 2 José Delvinei Santos Sub-Secretário de Estado do Património Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Distrito Federal de Brasília Brasil Rui Pais de Amaral Arquiteto Câmara Municipal de Cascais Alcides Monteiro de Pina Vice-Presidente e Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago Cabo Verde António Lamas Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, SA Sintra Clara Cabral Representante da Comissão Nacional da UNESCO José Luis González Representante do ProxectoTerra (Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia - Espanha) Francisco Vizeu Pinheiro Arquiteto Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais de Macau Visita guiada Dia 3 Ricardo Rodrigues Coordenador Técnico da Rede Câmara Municipal de Guimarães Miguel Frazão Arquiteto, Coordenador da Divisão do Centro Histórico Câmara Municipal de Guimarães António Magalhães Presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG) Elizabete Paiva Centro Internacional das Artes José de Guimarães página 1 em 6

4. Participantes Participaram também no II Encontro representantes dos Municípios de Lisboa, Sintra, Almada, Oeiras, 4. Enquadramento No âmbito da Rede Temática de Protecção e Valorização de Centros Históricos, a cidade de Guimarães (cidade guia da Rede) e a UCCLA, promoveram o 2ª Encontro Técnico da Rede em Guimarães no ano que em se celebra a Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012. O Encontro dá continuidade ao programa de encontros iniciados em janeiro na Cidade Velha, Ribeira Grande de Santiago - Cabo Verde. 5. Programa do Encontro Terça, 27 ~ Abertura 17h00 entrega de documentação 17h15 abertura oficial Presidente da Câmara Municipal de Guimarães ~ António Magalhães Secretário-Geral da UCCLA ~ Miguel Anacoreta 17h30 conferência inaugural A Cidade Histórica e a Sustentabilidade ~ Albert Cuchi i Burgos 19h30 lançamento da publicação e inauguração da exposição Caminho da Cidade - Studies in the Historic City of Guimarães ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Quarta, 28 ~ Casos de Estudo 9h30 início dos trabalhos A Gestão (Sustentável) da Protecção e Valorização do Património 9h40 Brasília ~ José Delvinei dos Santos 10h20 Cascais ~ Rui Pais do Amaral 11h00 intervalo 11h15 Ribeira Grande de Santiago ~ Alcides de Pina 11h45 Sintra ~ António Lamas 12h30 debate Protecção e Valorização do Património e os Jovens 15h00 UNESCO ~ Clara Cabral 16h00 ProxectoTerra ~ José Luis Gonzalez 16h45 intervalo 17h00 Macau ~ Francisco Vizeu Pinheiro 18h45 debate ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Quinta, 29 ~ Final 10h00 visita guiada ao centro histórico e obras de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura página 2 em 6

6. Síntese do Encontro Deu início ao Encontro o coordenador das Redes Temáticas de Cidades UCCLA, Eng. Renato Costa, seguindose as intervenções do Secretário-Geral da UCCLA, Eng. Miguel Anacoreta Correia e do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Dr. António Magalhães. As intervenções permitiram esclarecer alguns dos principais objetivos das Redes de Cidades Temáticas e da UCCLA, enquanto potenciadores de relações em rede no mundo lusófono, bem como do Município de Guimarães enquanto promotor, de longa data, de processos de reabilitação na cidade de Guimarães, com sucessos reconhecidos internacionalmente, e, assim, enquanto entidade capacitada para liderar a Rede Temática para a Protecção e Valorização de Centros Históricos. O coordenador técnico da Rede, Arq. Ricardo Rodrigues, iniciou a segunda parte da sessão procedendo à apresentação do orador da conferência inaugural. A cidade-guia pretendeu, neste II Encontro, introduzir no debate da Rede um conjunto de temas que contribuam para uma visão alargada dos problemas que assolam os centros históricos, os centros urbanos, e o território do qual fazem parte integrante. O convite ao Professor Albert Cuchí insere-se nessa pretensão, designadamente de reflexão sobre a sustentabilidade dos nossos centros históricos e cidades. Em pouco mais de uma hora, apresentou uma visão sobre a interdependência histórica entre a cidade e o campo, entre o urbano e o rural. O(s) modo(s) como a ocupação do território obedeceu sempre a lógicas de aproveitamento e rentabilização dos recursos existentes a floresta, a hidrografia, a pecuária, a agricultura tanto no campo como na cidade histórica, onde a questões como a gestão dos recursos hídricos e dos resíduos foram sempre consideradas naturalmente na concepção da cidade. Exemplos como Londres, Santiago de Compostela, Siena, Veneza ou Petra (Jordânia) foram aprofundados para exemplificar consequências do referido. As alterações introduzidas naqueles sistemas milenares são radicais, nomeadamente no decurso do século XX altera-se drasticamente o modo de utilizar o território, o solo, a água e demais recursos naturais. Avanços tecnológicos, transformações nas relações sociais e hábitos culturais permitiram alterar a forma como usamos os recursos disponíveis e assiste-se a um galopante crescimento de resíduos sólidos, de consumo energético, etc. Os processos de reabilitação terão de contar, de forma progressiva nas próximas décadas, com uma crescente atenção e revisão de muitos dos processos atualmente correntes. Exigências multidisciplinares que envolvem os materiais de construção, regulamentações locais, nacionais e internacionais; bem como procedimentos e práticas de gestão do Espaço Público. Foi assim uma abertura inspiradora do II Encontro e lançou muitas questões que não são (ainda) ou são-no pouco consideradas na transformação quotidiana do nosso território. No segundo dia foi apresentado um vasto conjunto de trabalhos que estão em curso nas várias cidades. Brasília centrou a sua apresentação nos problemas que enfrentam na gestão protectora dos valores patrimoniais da cidade métodos construtivos, tipologias, organização geral da cidade, espaços verdes, espaços públicos, etc. Um caso atípico no âmbito das classificações da UNESCO porquanto está classificado página 3 em 6

o projeto da cidade de Brasília mas não a cidade (efectivamente construída) o que, em certa medida, e de acordo com o Dr. José Delvinei Santos, parece interferir na regulamentação e protecção. Brasília é, no conjunto da Rede, um caso especialmente interessante na medida em que se trata da única cidade projetada e construída de raiz e, por outro lado, pela sua jovem idade que determinou uma cidade construída com tecnologias construtivas muito recentes, estruturadas em betão armado, que exigirão processos de reabilitação muito distintos daqueles que outras cidades da Rede têm de aplicar em construções com dois, três ou quatro séculos de idade. Seguiu-se Cascais com a sugestão de um método de regulamentação de centros históricos. A Cidade Velha de Ribeira Grande de Santiago apresentou um conjunto alargado de iniciativas que têm levado a cabo na reabilitação da Cidade Velha. Trata-se de um processo mais recente e com menos recursos materiais e humanos do que os restantes parceiros da Rede facto que não implica a apresentação de resultados, objetivos e planos a prazo. A preocupação e empenhamento que o executivo municipal está a prestar à reabilitação da Cidade Velha determinou um pedido, no decorrer da apresentação do Dr. Alcides de Pina, à Rede Temática de ajuda técnica à equipa municipal de Ribeira Grande de Santiago. A Parques de Sintra, Monte da Lua S.A. apresentou, a convite da cidade-guia, o trabalho que vem desenvolvendo na gestão do património construído (edifícios, espaços públicos, muros, etc.), no património natural (parques, jardins, florestas, etc.) e na sustentabilidade desta gestão, designadamente sustentabilidade económica. A aposta no rigor técnico das intervenções e em soluções cuidadas ao nível da comunicação e divulgação têm sido decisivas para as crescentes receitas bem como uma gestão conjunta de diversos equipamentos, com custos, assim, diluídos e recursos maximizados. Uma receita que, do ponto de vista do Professor António Lamas, pode ser implementada, com sucesso, noutros casos como, por exemplo Guimarães: o Castelo, Paços dos Duques, Colina Sagrada, Museu de Alberto Sampaio entre outros, eventualmente poderiam, em modalidade a pormenorizar constituir equipas de manutenção, de gestão, promoção, etc. conjuntas; bem como estratégias de bilheteira, comunicação, etc. unas, sob a responsabilidade de uma empresa única. Após o almoço, o II Encontro contou com a colaboração da Comissão Nacional da UNESCO, tendo sido possível conhecer o trabalho que a UNESCO tem vindo a desenvolver a nível mundial e, concretamente, em Portugal, bem como os esforços que têm vindo a ser encetados no sentido de divulgação e promoção do Património material e imaterial nacional. Também com objetivos muito claros de divulgação e promoção, agora dirigidos aos diversos níveis do ensino obrigatório galego, apresentou o ProxectoTerra o trabalho que vem desenvolvendo ao longo de mais de dez anos. Os conteúdos do projecto, metodologias, objectivos bem como o alargamento da rede no ano transacto o Município de Guimarães e o COAG (Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia) celebraram um protocolo de colaboração do qual resultaram mais de seiscentos visitantes, entre alunos e professores galegos, a Guimarães. Os exemplos dados a conhecer são universais, podendo ser adaptados às diferentes realidades das cidades/países da Rede, facto que, certamente, será enriquecedor para os participantes. página 4 em 6

A última apresentação da tarde coube a Macau que, para além de projetos de reabilitação de espaço público e edifícios, fez menção também a iniciativas de divulgação do património junto da população, designadamente da população mais jovem. Trata-se de um caso, Macau, bastante distinto dos demais pela grande e rápida transformação que vem sofrendo, mais ainda após o handover, bem como pela afamada situação financeira resultante da expansão do negócio dos Casinos. A sessão terminou conforme programado, com interacção dos assistentes em presença e, assim, promovendo o debate e esclarecimento. No terceiro, e último dia, foi realizada uma visita a alguns pontos importantes do centro histórico de Guimarães a Colina Sagrada, Campo de São Mamede, Castelo, Paço dos Duques, Largo do Carmo, Largo Cónego José Maria Gomes (da Câmara), Praça de Santiago, Largo da Oliveira, Largo Condessa do Juncal, Toural. Terminou a manhã, e o II Encontro, com uma visita ao edifício mais emblemático do evento Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, a Plataforma das Artes Centro Internacional das Artes José de Guimarães e à exposição Para Além da História. Terminou a visita e o II Encontro pelas 13:00h. 7.. Síntese das conclusões e Programação para 2013 Está em curso, paralelamente ao presente documento, a elaboração de relatório sobre as actividades realizadas pela Rede até à data, os seus resultados e perspectivas para a evolução da Rede. 8.. Cidades-membro da Rede (em constante actualização) Guimarães Belém do Pará Macau Maputo Ribeira Grande de Santiago Sintra Lisboa Huambo Praia Cascais Brasília Benguela Bissau Santo António página 5 em 6

10.. Consideração final Este documento encontra-se ainda em fase de conclusão. Como sempre, no âmbito desta Rede, solicitamos a Vossa colaboração, comentários, sugestões, por forma a enriquecer o documento final. Guimarães, dezembro de 2012 O Coordenador Técnico Ricardo Rodrigues página 6 em 6