PROCESSO DE ENFERMAGEM - A EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL SÃO PAULO/UNIFESP



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Transcrição:

RELATO DE EXPERI NCIA o USO DO COMPUTADOR COMO FERRAMENTA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - A EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL SÃO PAULO/UNIFESP THE USE OF COMPUTERS AS A TOOL FOR NURSING PROCESS IMPLEMENTATION: THE EXPERIENCE OF HOSPITAL SÃO PAULO/UNIFESP LA UTILlZACIÓN DE LA COMPUTADORA COMO HERRAMIENTA PA RA LA IMPLEMENTAC IÓN DEL PROCESO DE ENFERMERíA - LA EXPERIENCIA DEL HOSPITAL SÃO PAULO/UNIFESP Alba Lúcia Botura Leite de Barros1 Flávio Trevisani Fakih2 Jeanne Liliane Marlene Michel3 RESUMO: O artigo relata o caminho utilizado para elaboração de protótipo de um sistema informatizado de apoio à decisão informatizado, utilizando as classificações de diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem (NANDA-NIC-NOC) para auxiliar a inserção dos dados da sistematização da assistência de enfermagem no prontuário eletrônico dos pacientes do Hospital São Paulo da UNIFESP. PALAVRAS-CHAVE: informática, sistema de apoio à decisão, classificações de enfermagem ABSTRACT: This article reports the pathway used to build a prototype of a computer nurse's clinical decision making support system, using NANDA, NIC and NOC classifications, as an auxiliary tool in the insertion of nursing data in the computerized patient record of Hospital São Paulo/UNIFESP. KEY WORDS: informatics, Decision making support system, Nursing classifications RESUMEN: Se relata en este artigo el camino utilizado para la construcción de un prototipo de sistema de apoyo a la decisión computadorizado, utilizando las clasificaciones de enfermería NANDA, NIC Y NOC, para auxiliar en la inserción de los datos de la sistematización de la asistencia de enfermería en el prontuario electrónico de los pacientes dei Hospital São Paulo, de UNIFESP. PALABRAS CLAVE: informática, Sistema de apoyo a la decisión, Clasificaciones de enfermería Recebido em 20/11 /2002 Aprovado em 06/03/2003 1 Enfermeira. Livre Docente. Professora Associada do Departamento de Enfermagem da UNIFESP. Diretora de Enfermagem do Hospital São Paulo da UNIFESP. 2 Enfermeiro. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Mestrando do Programa do Pós-Graduação da EERP-USP. Assessor Técnico da Diretoria de Enfermagem do Hospital São Paulo/UNIFESP. 3 Mestre em Enfermagem. Doutoranda do Programa de Pós-graduação da UNIFESP. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da UNIFESP. Coordenadora Técnico-Administrativa da Diretoria de Enfermagem do Hospital São Paulo. 714 Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 714-719, nov.ldez. 2002

BARROS, A. L. B. L. de; FAKIH, F. T.; MICHEL, J. L. M. INTRODUÇÃO Desde a década de 1950, os estudiosos em enfermagem vêm se preocupando em evidenciar a ciência da Enfermagem, desenvolvendo, inicialmente, os modelos teóricos de enfermagem, devido ao entendimento da necessidade de criação de um corpo de conhecimento próprio, com bases sólidas que o sustentem. Desde então, diversos modelos foram propostos por teoristas em enfermagem de diferentes partes do mundo. Estes modelos tiveram a sua importância como marco inicial do desenvolvimento deste corpo de conhecimento da Enfermagem. Na década de 1970, iniciou-se nos EUA o movimento dos diagnósticos de enfermagem, tendo como pano de fundo, no princípio, a necessidade de explicitar para as seguradoras de saúde daquele país o que as enfermeiras realizavam na sua prática assistencial. Este movimento deu origem à North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) a qual concebeu, então, a primeira taxonomia de diagnósticos de enfermagem, que se tornou a mais conhecida e utilizada mundialmente (BARROS, 1998, NÓBREGA, 2000). Os diagnósticos foram listados, inicialmente, por experls clínicas, sem a preocupação de colocá-los numa estrutura conceituai com bases sólidas. Estes diagnósticos, contendo suas evidências (sinais e sintomas) denominadas de características definidoras e as suas causas, denominadas fatores relacionados, passaram a ser utilizados para apoiar o raciocínio clínico das enfermeiras na segunda fase do processo de enfermagem, ou seja, a fase diagnóstica. Desde então, procurou-se aperfeiçoar esta classificação, amparando-a em bases sólidas de sustentação teórica e conceituai. Na década de 1980, paralelamente ao desenvolvimento das classificações de diagnósticos de enfermagem, surgiu a necessidade de evidenciar intervenções e resultados de enfermagem. A Universidade de Iowa, através da sua escola de enfermagem, ofereceu às enfermeiras a classificação NIC (NURSING INTERVENTIONS CLASSIFICATION), de intervenções de enfermagem (MCCLOSKEY; BULECHEK, 2000) e a classificação NOC (NURSING OUTCOMES CLASSIFICATION), de resultados de enfermagem (JOHNSON; MAAS;MOORHEAD, 2000). As classificações de diagnósticos de enfermagem da NANDA, de intervenções (NIC) e de resultados (NOC) atualmente são interligadas e estruturadas de forma a oferecer a possibilidade de que as enfermeiras, em diferentes campos do cuidado e em diferentes especialidades, consigam utilizá-ias de maneira fácil e prática. Estas estruturas, com suas bases conceituais, possibilitam a construção de instrumentos de coleta de dados, o planejamento da assistência e o estabelecimento dos resultados de enfermagem obtidos, facilitando o julgamento clínico realizado pelas enfermeiras e conduzindoas a escolhas de diagnósticos, intervenções e resultados num processo contínuo de retroalimentação destas fases, garantindo assim a eficácia do cuidado (Figura 1 ). Figura 1. Relação do conhecimento de enfermagem para a tomada de decisão clínica da enfermeira I Classificação de Diagnósticos Conhecimento clínico de Enfermagem Classificação de Intervenções Classificação de Resultados Tomada de decisão clínica da enfermeira Escolha t Diagnósticos A enfermagem se evidencia pelo que ela faz (intervenções de enfermagem), baseada nos seus diagnósticos, objetivando resultados passíveis de serem alcançados, de acordo com a condição clínica do paciente. Apresentamos aqui a seqüência de passos na qual nos apoiamos, com a premissa da utilização do sistema t ----. Escolha t Intervenções i Escolha t I I Resultados NANDA/NIC/NOC como base para o prontuário eletrônico de enfermagem do Hospital São Paulo, que é o hospitalescola da Universidade Federal de São Paulo. Trata-se de uma instituição privada sem fins lucrativos, de grande porte e alta complexidade, que atende múltiplas especialidades, sendo considerado de atendimento terciário, com ilhas de j Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 714-719, nov./dez. 2002 715

o uso do computador.... atendimento quaternário. N ív E I S H I E RÁ R Q U I C O S D O S C O N C E I T O S E M E N F E R M A G E M E A S C LA S S I F I C A Ç Õ E S D E ENFERMAGEM Segu ndo o dicionário Aurélio (FERREI RA, 1 998), a definição de conceito é: "[Do lat. conceptu]. Representação d u m o bj eto p e l o p e n s a m e n t o, p o r m e i o d e s u a s características gerais. Ação de form ular u m a idéia por meio d e palavra s ; d efi n i ç ã o, caracte rizaçã o. N oç ã o, i d é i a, concepção". Ao s e e s t r u t u ra re m a s c l a s s i fi ca ç õ e s e m enfermagem e m sól idas bases conceituai s, util izou-se a classificação por n íveis hierá rq u i cos de conceitos, desde os mais abstratos, que ordenam as classificações seg u ndo os conceitos que estruturam u m a Disci p l i n a, até os m ai s concretos, que evidenciam a aplicabilidade d a mesm a, possi bil itando a anál ise e o teste d o s conceitos inerentes às ações executa d a s, ou sej a, a d efi n i ção d os seus problemas (diagnósticos) e a resolutividade das suas ações (resultados), após a realização de suas ações (intervenções). A n a l i s a n d o a exeq ü i b i l i d a d e d a u ti l ização d a s classificações NAN DA, N I C e N O C para padronizar a li nguagem da sistematização da assistência de enfermagem no Hospital São Paulo, verificamos da sua aplicabi lidade ju nto aos nossos pacientes. Assim, quando se i niciaram os trabalhos visando a i nserção dos dados de enfermagem no prontuário eletrônico d o paciente em desenvolvimento na institu ição, pensamos em d esenvolver u m protótipo que uti lizasse estas taxonomias. Para organ izar uma base de dados, utilizando estas classifi cações, é preciso levar em contas as seg u i ntes impl icações: - Atender a Lei do Exercício Profissional (BRAS I L, 1 9 8 6 ), q u e d i spõe s o b re o exerc í c i o p rofi s s i o n a l d a Enfermagem de forma concreta, com evidências das ações e resultados alcançados pelas enfermeiras de acordo com os diagnósticos referidos e não u m a mera execução de papéis que tomam tempo, fru stram e não evidenciam a sua razão de ser; - Poss i b i l itar a criação de u m a base d e dados computadorizada conh eci d a, j á q u e o m u n d o atual não presci nde mais de computadores e da social ização das informações; - Possi bil itar a ava l iação da eficácia e da efi ciência das nossas atividades, visto que a ciência caminha a passos largos para a busca de evidências científicas para o cu idado e a di m i nu ição do custo d o mesmo; Possibilitar a contrib u i ção para o d esenvolvi mento da ciência da E nfermagem. O MODELO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSIST Ê NCIA DE E N FERMAGEM UTILIZADO NO HOSPITAL SÃO PAU LO A implantação da Si stematização da Assistência de Enfermagem no Hospital São Paulo foi real izada a partir da elaboração de u m modelo assistenci a l, que está apoiado nos modelos conceituais de H o rta, O re m, Epidemiológico de Risco e modelo Biomédico ( BARRO S, 1 998), conforme il ustrado na figura 2. 716 Figura 2 - Modelo assistencial de enfermagem do Hos pital São Paulo FONTE: Ba rros ( 1 998) E ste m o d e l o a s s i st e n c i a l fo i u t i l izado pa ra a elaboração de i n stru mentos de coleta de dados, utilizados pelas enfermeiras como base para o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem dos pacientes, utilizando-se a taxonomia da NAN DA. A fase de planejamento ainda é realizada com texto livre pelas enfermeiras, mas já estamos t ra b a l h a n d o na fa m i l i a ri z a ç ã o d a s m e s m a s com a s linguagens N I C e NOC. A partir desta experiênci a, foi concebido o protótipo que apresentamos a seg u i r. P ROPOSTA D E U M M É TODO D E TRABALHO PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSIST Ê N CIA DE ENFERMAGEM (SAE) NO HOSPITAL S ÃO PAU LO Propomos u m método de trabalho, ou de raciocínio cl ínico, onde a enfermeira possa identificar os diagnósticos de enferm a g e m, uti l iza n d o a taxonomia da NANDA, e estabelecer as i ntervenções de enfermagem, com maior seg u rança e rapidez. Esse método baseia-se na hipótese de q u e a enfermeira poderá identificar os diagnósticos de enfermagem a partir de um levantamento de problemas do paciente, nos quais deve i ntervir. I de a l i za m o s, a i n d a, o d esenvolvi mento de u m sistema i nformatizado d e apoio à decisão q u e contemple o método proposto e, assi m, venha a subsidiar a enfermeira em cada um a das fases da SAE. HIP ÓTESE A enfermeira poderá, levando-se em conta a sua experiência clínica, identificar os diagnósticos de enfermagem a partir do levantamento de problemas do paciente. Para tanto, ela deverá relacionar cada problema identificado a um ou m ais conceitos diagnósticos, segundo a lista apresentada para o eixo 1 da Taxonomia II da NANDA (NANDA, 2000). Cada conceito d iagnóstico relaciona-se a um ou mais diagnósticos. A enfermeira irá, então, selecionar cada diagnóstico baseando-se, tam bém, na sua Defin ição, Características Defi n idoras (sinais e si ntomas) e Fatores Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 7 1 4-7 1 9, n ov.ld ez. 2002

BARROS, A. L. B. L. de; FAKIH, F. T.; MICHEL, J. L. M. Relacionados (causas) ou Fatores de Risco. Assim, cabe à enfermeira o julgamento e a escolha do diagnóstico. A partir da seleção dos diagnósticos, a enfermeira deverá apresentar, para cada um deles, um conjunto de intervenções - ações de enfermagem (prescrição de enfermagem) baseadas na NIC e em protocolos internos além de estabelecer a freqüência e o aprazamento das mesmas. A última etapa desse método prevê a avaliação dos resultados das intervenções, a partir de indicadores escolhidos segundo os resultados propostos na NOC e protocolos internos. TESTE DA HIPÓTESE Para testarmos a nossa hipótese, selecionamos três tipos distintos de unidades de assistência a pacientes adultos: uma unidade de clínica médica, uma unidade de clínica cirúrgica e uma unidade de terapia intensiva. Selecionamos também as enfermeiras que participariam do teste, segundo os seguintes critérios: ter experiência assistencial de pelo menos três anos e ter ou não experiência com Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE e/ou Diagnóstico de Enfermagem segundo a taxonomia da NANDA. Para a amostra de casos clínicos, foram selecionados os pacientes cujos diagnósticos médicos eram os mais comuns nas respectivas unidades. Para a unidade cirúrgica, consideramos apenas os pacientes pós-operados. Assim, trabalhamos com três unidades: Gastrocirurgia, Cardiologia e UTI de Pneumologia e uma enfermeira de cada uma dessas unidades. Foi escolhido, pela própria enfermeira, um caso clínico considerado comum e representativo de cada uma dessas unidades: um paciente submetido à colecistectomia (2 PO), um paciente com Insuficiência Cardíaca Congestiva e um paciente com quadro de Edema Agudo de Pulmão, respectivamente. ETAPAS DO TESTE Etapa 1 - Levanta mento de problemas: as enfermeiras foram orientadas a apontar os problemas de enfermagem do paciente, não importando o modelo de coleta de dados utilizado - por sistemas funcionais do organismo, por orientação céfalo-caudal, etc. Etapa 2 - Identificação dos Conceitos Diagnósticos: as enfermeiras foram orientadas a relacionar cada problema apontado a um ou mais Conceitos Diagnósticos (a partir de uma listagem de conceitos fornecida) Etapa 3 - Identificação dos Diagnósticos de Enfermagem: as enfermeiras foram orientadas a relacionar cada Conceito a um ou mais Diagnósticos (a partir de uma listagem fornecida de Conceitos e dos Diagnósticos correspondentes ). RESULTADOS DOS TESTES Conceitos Diagnósticos apontados. Na seleção dos diagnósticos, a enfermeira foi orientada, ainda, a verificar as características definidoras e os fatores relacionados ou fatores de risco de cada diagnóstico, a fim de garantir a exatidão e adequação da escolha de cada diagnóstico. TESTE 1 Unidade: Gastrocirurgia Fases da SAE aplicadas atualmente na unidade: Histórico e Prescrição de Enfermagem Caso clínico analisado: Paciente submetido a Colecistectomia (2 PO) Inapetência 7:GC ó COS Nutrição DIAGNÓSTICOS APROVADOS 00002 - Nutrição desequilibrada: menos do ue as necessidades comotais Hidratação oral deficiente de 0002S Risco pura volume de líquidos deficiente Diarré ia Insônia Dificuldade de locomocão Diarreia Padrão de sono Mobilidade Dificuldade para banhar C ----j Autocuidado f.'s:::.. Dificuldade para vcstif-sc Pouco comunicativo Comunicaçào verbal 00013 - DiulTeia 00095 - Padrão de sono perturbado 00085 Mobilidade!isca prejudicada 00 108 - Déficit no autocuidado para banho/higiene 00 109 - Déficit no autocuidado para "cslir-e/ arumar-se 0005 1 - Comunicação verbal prejudicada Vcnoclisc cm MSD f----l lnfecçào 00004- Risco para infecção Ferida cirúrgica Icterícia Febrc Dor Nausca TESTE 2 Integridade da pele Protcçào Termorregulação To lerância à atividude Dor Nâusca 00046- Integridade da pck prejudicada 00043 - Protcçào ineficaz 00007 - Hipcrtermia 00094 Risco para intolerância à atividade 00 132 - Dor aguda 00 134 - Nâusca Unidade: UTI da Pneumologia Fases da SAE aplicadas atualmente na unidade: Histórico, Diagnóstico e Prescrição de Enfermagem Caso clínico analisado: Paciente com Edema Agudo de Pulmão Edema Dificuldade para dormir Imobilidade Dificuldade para higiene Dificuldade para vestir-se Dificuldade para alimentar-se ICC Dispnéia l ortopnéia CONCEITOS DIAGN Ó STICOS Volume de líquidos Padrão de sono Mobilidade Autocuidado Débito Cardíaco Ventilaçào espontânea Padrão respiratório Tolerância à atividade DIAGN Ó STICOS APROVADOS 00026 - Volume de liquidos excessivo 00095 - Padrão de sono perturbado 00091 - Mobilidade no leito prejudicada 00108 - Déficit no autocuidado para banholhigiene 00109 - Déficit no autocuidado para vestir-se/arrumar-se 00102 - Déficit no autocuidado para alimentaçao 00029 - Débito cardíaco diminuído 00033 - Ventilação espontânea prejudicada 00032 - Padrão respiratório ineficaz 00092 - Intolerância à alividade Os resultados da análise dos três casos clínicos estão apresentados em tabelas, as quais relacionam os problemas identificados pelo enfermeiro, os Conceitos Diagnósticos que as enfermeiras relacionaram a partir dos problemas levantados e os Diagnósticos de Enfermagem da NANDA que as enfermeiras selecionaram, a partir dos Fadiga Venoclise Ansiedade Medo Fadiga Infecçào Integridade da pele Ansiedade Medo 00093 - Fadiga 00004 - Risco para infecção 00046 - Integridade da pele prejudicada 00146 - Ansiedade 00148 - Medo Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 714-719, nov./dez. 2002 717

.... o uso do computador... TESTE 3 Unidade: Enfermaria da Cardiologia Fases da SAE aplicadas atualmente na unidade: Histórico, Diagnóstico e Prescrição de Enfermagem Caso clínico analisado: Paciente com Insuficiência Card íaca Congestiva Aceitação alimentar Edema CONCEITOS DIAGNÓSTICOS Nutrição Volume de liquidos DIAGNÓSTICOS APROVADOS 00002 - Nutriçao desequilibrada: menos do que as necessidades corporais 00026 - Volume de liquidas excessivo Gasometria alterada Troca de gases 00030 - Troca de gases prejudicada Dificuldade para dormir Padroo de sono 00095 - Padrao de sono perturbado Repouso no leito Dificuldade para higiene Dificuldade para vestir se Dificuldade para alimentar-se Mobilidade Constipaçao Autocuidado 00091 - Mobilidade flsica prejudicada 00015 - Risoo para constipaçao 00108 - Déficit no autacuidado para banho/higiene 00109 - Déficit no aulocuidado para vestirse/arrumar-se 00102 - Déficit no aulocuidado para alimentação Edema + Dispnéia + Fadiga Débito Cardlaoo 00029 - Débito cardlaco diminuldo Dispnéia Ventitaçao espontênea Padrao respiratório Tolerência â atividade Fadiga Fadiga 00093 - Fadiga Venoclise Dúvidas sobre a patologia Infecção Integridade da pele Conhecimento 00033 - Ventilaçao espontênea prejudicada 00032 - Padrão respiratório ineficaz 00092 - Intolerância à atividade 00004 - Risco para infecção 00046 - Integridade da pele prejudicada 00 126 - Conhecimento deficiente sobre a sua patologia Ansiedade Ansiedade 00147 - Ansiedade relacionada â morte DISCUSSÃO Nas unidades de Cardiologia e UTI de Pneumologia, já se utiliza a taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA, na fase diagnóstica da SAE. Houve, segundo as enfermeiras dessas unidades, uma relativa facilidade em determinar os diagnósticos de enfermagem, pois tratava-se de casos clínicos presentes de modo cotidiano nessas unidades e para os quais já estavam habituadas a estabelecer os diagnósticos de enfermagem. Na medida em que esse casos freqüentemente se repetem, chegam a sugerir um padrão de identificação de diagnósticos, com pequenas variações, conforme as peculiaridades de cada paciente. Nessas unidades, para esses casos clínicos, a enfermeira praticamente se propõe à identificação direta dos diagnósticos de enfermagem, por uma associação direta do problema clínico aos respectivos diagnósticos. O método proposto, que apresenta o conceito diagnóstico como um intermediário entre o problema e o diagnóstico, como indicativo deste, é útil quando o problema não é uma característica comum e necessita de subsídios como, por exemplo, saber os possíveis diagnósticos relacionados aõ problema, bem como sua definição, características definidoras e fatores relacionados. Na unidade de Gatrocirurgia, onde está implantada apenas a fase de histórico de enfermagem, mas não a fase diagnóstica, a identificação de problemas foi fundamental para a seleção dos diagnósticos de enfermagem e o conceito diagnóstico representou um importante subsídio nesse processo, seja pelo conhecimento insuficiente dos diagnósticos de enfermagem da NANDA, seja pela falta de uma metodologia que permitisse identificá-los. O método proposto, no teste na Gastrocirurgia, foi um pouco moroso, justamente pela inexperiência com a taxonomia da NANDA, entretanto permitiu à enfermeira reconhecê-lo como um método didático e funcional e que facilitaria a implantação dessa fase da SAE, sobretudo porque permitiria apontar determinados padrões de diagnósticos, relacionados aos casos clínicos mais comuns naquela unidade e, a partir daí, estabelecer protocolos de intervenções de enfermagem. Informatizar o método, adotando-se um modelo de sistema de apoio à decisão, é uma providência que as enfermeiras vêem como relevante, pois as mesmas já o referem, seja como um instrumento que facilita e organiza o processo, seja como um banco de informações, que poderá contribuir para a elaboração de protocolos assistenciais. CONCLUSÃO Os testes da hipótese sugerem que o método proposto poderá ser uma forma motivadora e segura para a implantação e manutenção da taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA na fase diagnóstica da SAE, e que informatizar esse processo, na forma de um sistema de apoio à decisão, em muito contribuiria para a consolidação da SAE nas unidades de assistência ao paciente. Ainda são necessários estudos e testes similares de protocolos de intervenções de enfermagem, a partir das ligações entre a taxonomia da NANDA e as intervenções da NIC e de avaliação resultados, como também protocolos de avaliação de resultados, utilizando os resultados e indicadores da NOC para os mesmos diagnósticos, conforme sugere o diagrama abaixo: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM - FLUXO COlETA DE DADOS CONCEITOS DIAGN6sTICOS RESULTADOS' INDICADORES" AVALIAÇÃO" DIAGN6sTICOS (155) INTERVENÇÕES' ATIVIDADES (Prescrição de Enfermagem)' APRAZAMENTO" não totalmente definido para todos os 155 diagnósticos a ser definido e incorporado ao sistema Estamos realizando uma parceria com o Departamento de Processamento de Dados da UNIFESP, 718 Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 714-719, nov.ldez. 2002

com o intuito de desenvolvermos um sistema de apoio à decisão conforme o proposto. Seu desenvolvimento encontrase numa fase preliminar (modelagem do sistema) e não temos ainda subsídios para detalhá-lo. REFERÊNCIAS BARROS, A. L. B. L. O trabalho docente assistencial da enfermagem no Hospital São Paulo da UNIFESP/EPM. São Paulo, 1998. 139 p. Tese (Livre Docência) - Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, São Paulo, 1998. BRASIL, Leis etc. Lei n.o 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 jun. 1986. Seção 1, v. 119, n. 124, p. 9273-5. FERREIRA, A. B. H. Dicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. JOHNSON, M.; MAAS, M.; MOORHEAD, S. (Ed.) Nursing Outcomes Classification (NOC). 2 ed. St. Louis: Mosby, 2000. McCLOSKEY, J. C.; BULECHEK, G. M. (Ed.) Nursing Interventions Classification (NIC). 2. ed. St. Louis: Mosby - Year Book, 1996. McCLOSKEY, J. C.; BULECHEK, G. M. (Ed.) Nursing Interventions Classification (NIC). 3. ed. St. Louis: Mosby - Year Book, 2000.. NÓBREGA, M. M. L. Equivalência semântica e análise da utilização na prática dos fenômenos de enfermagem da CIP E - versão Alfa. São Paulo, 2000. 263 f. Tese (Doutorado) - Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, São Paulo, 1998. NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: Definições e Classificação 1999-2000. Trad. por Jeanne Liliane Marlene Michel. Porto Alegre: Artes Médicas do Sul, 2000. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 55, n. 6, p. 714-719, nov./dez. 2002 719