RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 002/07



Documentos relacionados
AUDIÊNCIA PÚBLICA 02/2007

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008

VOTO. RESPONSÁVEL: Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração - SCG.

VI ENCONTRO NACIONAL DA ABRAPCH A importância da Geração Distribuída num momento de crise energética

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

Comercialização de Energia Elétrica: Gerador de Fonte Alternativa X Consumidor ou Conjunto de Consumidores com Carga > 500 kw.

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010

Energia Solar Fotovoltaica: Oportunidades e Desafios

V Conferência da RELOP - Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO N 233, DE 29 DE JULHO DE 1999

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria)

ETENE. Energias Renováveis

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

Responsabilidade Social, Preservação Ambiental e Compromisso com a Vida: -Sustentabilidade - Energia Renovável e Limpa!

unidades consumidoras com o mesmo CGC, independentemente de sua localização, desde que integrante do SIN

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL RESOLUÇÃO Nº 581, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 12/2015

III Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. Nelson Fonseca Leite Presidente 06/03/2013

XI SEMINÁRIO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

SOLUÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 26/2015 NOME DA INSTITUIÇÃO: ITAIPU BINACIONAL ASSESSORIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Apresentação Grupo Solví

EPE-21/02/2008. Bioeletricidade

ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 004 /2011. NOME DA INSTITUIÇÃO: Excelência Energética Consultoria Empresarial

CONTRIBUIÇÕES DA COMPANHIA PARANANENSE DE ENERGIA À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 060/2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE Art. 2.º Para os efeitos desta lei, considera-se:

Linha Economia Verde

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

!+,(-. / %01213"&$$(

A Regulação para o Estabelecimento do Mercado de Energia Fotovoltaica no Brasil - O Papel da ANEEL -

VOTO. INTERESSADO: Poente Engenharia e Consultoria S/C Ltda. e Sigma Energia S.A.

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004.

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

QUADRO PADRONIZADO PARA APRESENTAÇÃO DE SUGESTÕES E COMENTÁRIOS

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétrica. Comercialização 1/20. DCM Diretoria Comercial

As PCHs no contexto energético futuro no Brasil

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 008, DE 10 DE JULHO DE 2007 (Publicada no Diário Oficial do Espírito Santo em 11 de julho de 2007)

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima

PORTARIA SERLA N 591, de 14 de agosto de 2007

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS

VOTO. INTERESSADOS: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE e Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.

PALESTRA: Aterro Salvador e demais projetos de Termelétricas a biogás

Energia Alternativa: uma opção viável para equilíbrio da oferta e demanda Ricardo Pigatto Presidente - APMPE

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE

. / // /

Não Aceita 4. Contribuições Recebidas Contribuição: ABRADEE Justificativa Avaliação ANEEL: Parcialmente Aceita Art. 1º

O Programa de Eficiência Energética Regulado pela ANEEL e a Geração Distribuída

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014

VOTO. INTERESSADA: Centrais Elétricas Taboca Ltda. Centrais Elétricas Taboca

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional

Aspectos Jurídicos 1

VOTO. RESPONSÁVEL: Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira SFF.

Prof. Dr. Luiz Antonio Rossi UNICAMP - Brasil. GEFES Grupo de Estudos em Fontes Eólica e Solar. São Carlos, 22 de Maio de 2015.

Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo

NOME DA INSTITUIÇÃO: Prime Projetos e Consultoria Ltda.

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Nota Técnica nº 47/2015-CEL/ANEEL. Em 7 de dezembro de Processo nº: /

O Manejo de Residuos, a Gestão Ambiental e a Sustentabilidade

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Paulo Teixeira, Nilson Pinto, Bernardo Ariston e outros) O Congresso Nacional decreta:

VOTO. PROCESSOS: / , / e /

Ministério de Minas e Energia Consultoria Jurídica

PROJETO DE LEI Nº DE 2013

PROGRAMA DE TRABALHO INEE 2008/2009 Diretoria Executiva

Programa de Incentivos aos Leilões de Energia e à Geração Distribuída do Governo de Pernambuco João Bosco de Almeida

Tipo/Nº do Documento: Data: Origem: Vigência: Resolução Homologatória nº /07/2013 ANEEL 07/08/2013

VOTO. RESPONSÁVEL: Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração SCG. 1. A UHE Cachoeira da Fumaça foi outorgada em 22/04/1975.

Riscos e Garantias para a Comercialização de Energia de PCHs Encontro Nacional de Operadores e Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE )

Em 13 de janeiro de 2012.

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA

CENBIO Centro Nacional de Referência em Biomassa

Energia Solar no Brasil. 12/04/2012 Rio de Janeiro - RJ

Carta n o 108/2013-BPCH. Assunto: CONTRIBUIÇÕES PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA 068/2012. Senhor Diretor,

Bioeletricidade >> Energia Positiva para o Desenvolvimento Sustentável. Tecnologia => disponível com eficiência crescente

Eficiência Energética. Roberto Carlos da Silva - Técnico Comercial Agosto de 2005

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 057/2012 NOME DA INSTITUIÇÃO: CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Mercado de energia elétrica: condições atuais de atendimento à carga e tendências para Manoel Arlindo Zaroni Torres

VOTO. INTERESSADO: Companhia Marumbi Transmissora de Energia S.A. RESPONSÁVEL: Superintendência de Regulação dos Serviços de Transmissão SRT.

Uso da Biomassa na Geração de Energia

FUNDOS DO SETOR ELÉTRICO ADMINISTRADOS PELA ELETROBRÁS 2009

Cumprimento de metas de redução na emissão de gases de efeito estufa;

CC76F66102 COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 2.318, DE 2007 I - RELATÓRIO

ANEEL AUDIÊNCIA PÚBLICA N O 42 / 2005

Estudo de Caso da Iniciativa Metano Global: o Estado do Kentucky

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº043/2010

O CORSAP - Consórcio Público de Manejo de Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais

Transcrição:

RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 002/07 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO N, DE DE DE 2007. Altera a redação dos art. 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, que estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, para empreendimentos hidroelétricos e aqueles com fonte solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, com potência instalada menor ou igual a 30.000 kw. AUTOR TEXTO APROVEITAMENTO JUSTIFICATIVA O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no inciso III, art. 4º, Anexo I do Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, no art. 9º da Lei nº 9.648, de 28 de maio de 1998, no art. 7º do Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998, no 8º, art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com a redação dada pelo art. 17 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, nos 1º e 5º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 1996, com a redação dada pelo art. 8º da Lei nº 10.762, de 11 de novembro de 2003, na Resolução Normativa nº. 77, de 18 de agosto de 2004, o que consta no Processo nº 48500.004606/03-53, e considerando que: o 1º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com redação dada pelo art. 8º da Lei nº. 10.762, de 11 de novembro de 2003, atribuiu competência à ANEEL para definir o percentual de redução, não inferior a 50% (cinqüenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição, incidindo na produção e no consumo, para os empreendimentos hidroelétricos e aqueles com base em fonte solar, eólica, biomassa e co-geração qualificada cuja potência instalada seja menor ou igual a 30.000 kw; e

AUTOR TEXTO APROVEITAMENTO JUSTIFICATIVA Usina Alto Alegre Limitar o benefício para o setor sucro-alcooleiro, ou outras indústrias de co-geração, no saldo entre potência instalada de geração e demanda interna da planta. Para que não haja dificuldades maiores de fiscalização referente à demanda da planta interna, a ANEEL poderá estabelecer padrões de demanda interna considerando a capacidade de processamento e mix de produção de açúcar e álcool. JUSTIFICATIVA: em alguns casos, o setor tem plantas com cerca de 30% de sua potência de geração comprometida com o atendimento da demanda interna e que portanto não conseguem despachar sua total capacidade instalada. Não aceito A solicitação não diz respeito à alteração proposta da Resolução nº 77, fugindo do objetivo da Audiência Pública nº 002/07. as contribuições recebidas no período de 5 de fevereiro de 2007 a 5 de março de 2007, período de realização da Audiência Pública nº 002/2007 por Intercâmbio Documental, foram objeto de análise desta Agência e permitiram o aperfeiçoamento deste ato regulamentar, resolve: Art. 1º Alterar o art. 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, que passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 3º Fica assegurado o direito a 100% (cem por cento) de redução, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos empreendimentos a que se refere o art. 1º desta Resolução, desde que atenda a uma das seguintes condições:.... 3º Para os empreendimentos de produção de energia elétrica que utilizem como insumo energético biomassa composta de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de lixo urbano e/ou de biogás de aterro sanitário. 2

AUTOR TEXTO APROVEITAMENTO JUSTIFICATIVA VPMI Grupo Rede Incluir como fonte incentivada a produção de energia proveniente de processamento de lixo industrial no próprio local onde ele é produzido, tais como energia proveniente biogás obtido pelo processamento de vinhoto, de lixo proveniente de frigoríficos, etc. 3º Para os empreendimentos de produção de energia elétrica que utilizem como insumo energético biomassa composta de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de lixo urbano, lixo industrial para geração de energia no próprio local onde é produzido e/ou de biogás de aterro sanitário. Não aceito A Biomassa de resíduos de processos industriais já está contemplada no art. 1º da Resolução nº 77. ENGAC Ger. Eng. e Construção Ltda. Incluir/ampliar o art. 3º, acrescentando à proposição de geração de energia elétrica a partir do lixo urbano, também aos empreendimentos de co-geração de energia que utilizem a tecnologia anaeróbica de digestão para tratamento de efluentes industriais com alto teor de concentração de DQO. JUSTIFICATIVA: Visando incentivar a implantação, em escala industrial, da tecnologia de digestão anaeróbica para tratamento de efluentes industriais com alto teor de concentração de matéria orgânica (alto DQO-Demanda Química de Oxigênio) para gerar, de modo, contínuo, uniforme e confiável, biogás para co-geração de energia, e ainda, devolver água limpa ao meio ambiente, disponibilizar fertilizantes orgânicos concentrados e créditos de carbono. Esta tecnologia propicia não só a geração de energia elétrica, vapor e créditos de carbono, como adiciona outros benefícios ao Meio Ambiente, como devolução de água tratada e produção de fertilizantes a níveis mais concentrados, reduzindo a exposição do solo e a contaminação dos lençóis freáticos e mananciais hídricos junto, principalmente, das usinas de álcool e açúcar. Não aceito Idem anterior 3

ENV-Const., Assessoria e Participação LTDA. Descontos do TUST e TUSD para a energia elétrica gerada pelo lixo industrial JUSTIFICATIVA: A tecnologia de biodigestão anaeróbica para tratamento de efluentes orgânicos provenientes das indústrias de açúcar e álcool, vinícolas, cítricas, cervejeira, processadores de carne animal, etc. está desenvolvida e vem operando de modo contínuo e confiável, gerando gás metano, vapor d água, energia elétrica, créditos carbono, água limpa e fertilizantes orgânicos concentrados. A moagem da capacidade nos próximos 4 anos de cana de açúcar produzirá 400 bilhões de m³ de vinhaça que poderá gerar cerca de 2.000 MWm. Não aceito Idem anterior Gabriel Barja Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração - SRG Incluir as centrais que utilizam outros combustíveis para complementação, como o gás natural. Desta forma ficaria: 3º Para os empreendimentos de produção de energia elétrica que utilizem como insumo energético, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de biomassa composta de lixo urbano e/ou de biogás de aterro sanitário. JUSTIFICATIVA: O texto que consta na minuta de Resolução estabelece o desconto completo às centrais que utilizam um percentual de lixo/biogás, desde que utilizem 100% biomassa. Dessa forma estão excluídos os empreendimentos que fazem complementação com combustível adverso à biomassa. Preserva-se a utilização da Biomassa de lixo urbano como parte do insumo energético, que é o objetivo da alteração da Resolução. Ministério de Minas e Energia Art. 3o Fica assegurado o direito a 100% (cem por cento) de redução, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos empreendimentos a que se refere o art. 1º desta Resolução, desde que atenda a uma das seguintes condições:... IV Para os empreendimentos de produção de energia elétrica, a partir do aproveitamento de biogás, de aterro sanitário e de biodigestores, e de incineração, que utilizem como insumo energético biomassa composta de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de resíduos sólidos urbanos. Amplia o escopo para outros processos de resíduos sólidos que se enquadram no contexto da Resolução. 4

V Será também aplicada a redução do caput a biodigestores de resíduos vegetais e animais assim como lodos de estações de tratamento de esgoto.... 3o Os responsáveis pelos empreendimentos de que trata o inciso IV e V deverão solicitar à ANEEL a emissão do referido ato autorizativo que conterá o percentual do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão de que trata o caput deste artigo.. COPEL Art. 3o Fica assegurado o direito a 100% (cem por cento) de redução, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos empreendimentos a que se refere o art. 1o desta Resolução, desde que atenda a uma das seguintes condições:... IV Para os empreendimentos de produção de energia elétrica que utilizem como insumo energético biomassa composta de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de lixo urbano e/ou de biogás de aterro sanitário ou de biodigestores que utilizem resíduos de origem animal, vegetal ou lodo de estações de tratamento de esgoto.... 3o Os responsáveis pelos empreendimentos de que trata o inciso IV deverão solicitar à ANEEL a emissão do referido ato autorizativo que conterá o percentual do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão de que trata o caput deste artigo. Idem anterior. 5

ABRADEE 1. Âmbito Institucional Processual Conflito de atribuições, pois a ampliação dos descontos nas tarifas de uso da rede elétrica com objetivo de incentivar a expansão da oferta de energia elétrica deve ser compatível com a determinação de uma política energética estruturada, responsabilidade do MME. Indisponibilidade do estudo da UFRJ que justifica a proposição para a ampliação dos descontos tarifários. Possibilidade de o desconto ser mais do que suficiente para viabilizar alguns empreendimentos. Argumenta que sempre se deve ter segurança satisfatória quando a questão regulatória recai na aplicação ou ampliação de subsídios. Independente das análises e implicações econômicas da concessão de benefícios a segmentos de mercado, deve-se ter prudência e discernimento para interpretar a legislação, pois vale lembrar que subsídio significa: auxílio, socorro e quantidade cedida para obras beneficentes ou de interesse público. 2. Âmbito Conceitual Estamos abandonando a opção de trazer recursos econômicos dos países signatários do protocolo de Quioto para implementarmos projetos redutores de emissões de CO 2, em detrimento de elevar as tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros. Sob esse contexto, entende como forma de viabilizar comercialmente a expansão dessas fontes, a adaptação das regras de repasse do custo da aquisição de energia para as tarifas dos consumidores finais, a fim de permitir o repasse do sobre custo remanescente dessas fontes. Especificamente, o Valor de Referência definido no decreto 5.163/04 como limitador do repasse de custo de energia elétrica adquirida pelas distribuidoras poderia ser ajustado quando a fonte de energia primária fosse a partir da biomassa do lixo e de biogás de aterro sanitário. Não considerado 1. Segundo os 1º e 5º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 1996, alterado pelo art. 8 º da Lei nº 10.762, de 2003; foi atribuída competência a ANEEL para definir o percentual de redução, não inferior a 50%, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos para fins de comercialização da energia gerada pelos referidos empreendimentos. Portanto não há conflito de atribuições. Sendo o lixo urbano um problema que afeta grande parte das cidades brasileiras, esta resolução objetiva incentivar a geração de energia elétrica que diminuam o impacto ambiental por ele causado, sendo atribuição da ANEEL fiscalizar qualquer empreendimento que dele se utilize. A lei estabelece incentivos econômicos a essas fontes sem quantificação de suas reais necessidades. 2. O Crédito de Carbono pode ser usado como parte financiadora dos projetos redutores de emissões de CO 2. O ajuste no Decreto 5.163/04, da Presidência da República, não é objeto de Audiência Pública dessa Agência. 6

APMPE Sugere: 1. aplicação de desconto de 100% não só para a geração de energia elétrica a partir de biomassa de lixo urbano ou biogás de aterro sanitário, mas também às demais fontes alternativas de energia elétrica, tais como, PCH s, eólica e biomassa, uma vez que todas elas se enquadram como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, nos termos do Protocolo de Quioto, o qual conta com a adesão do Brasil; 2. não sendo atendida a solicitação acima, para minimizar os prejuízos, seja aplicado o percentual de redução de 100% aos empreendimentos de geração a partir de biomassa, eólica, e co-geração qualificada que entraram em operação comercial entre 26 de abril de 2002 a 31 de dezembro de 2003. Não Aceito Não Aceito 1. A lei nº 9.427, de 1996, alterada pela Lei nº 10.762, de 2003; deu prerrogativa à ANEEL de estabelecer o percentual de redução a ser aplicados às tarifas de uso dos sistemas de energia elétrica como julgar pertinente, sendo o desconto de 100% aplicado para a Biomassa composta de resíduo sólido de lixo urbano, por considerar um problema que provoca fortes impactos ambientais na maioria das cidades brasileiras. 2. A ANEEL tinha a incumbência de estabelecer um desconto de no mínimo de 50% e garantiu o percentual estabelecido nas Resoluções anteriores. AES ELETROPAULO 5º Os empreendimentos referidos no parágrafo 3º estarão sujeitos a fiscalização da ANEEL e caso não seja comprovado a utilização de no mínimo 50% do insumo energético a partir de lixo urbano e/ou de biogás de aterro sanitário o respectivo empreendimento de produção de energia elétrica perderá direito qualquer desconto na tarifa de uso do sistema de distribuição, sem eximir o mesmo das penalidades cabíveis e somente poderão solicitar novamente o desconto após um período de 12 meses mediante a comprovação de utilização mínima dos insumos mencionados Não Aceito Já é atribuição da ANEEL a fiscalização do serviço concedido, permitido e autorizado, conforme o inciso XIX do art. 3º da Lei nº 9.427, de 1996. CEMIG 3º Para os empreendimentos de produção de energia elétrica que utilizem como insumo energético biomassa composta de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de lixo urbano e/ou de biogás de aterro sanitário e/ou de Estação de Tratamento de Esgoto ETE. JUSTIFICATIVA: A concessão do desconto de 100% para o transporte da energia gerada a partir de resíduos de estações de tratamento de esgoto viabilizará a construção de novas usinas, contribuindo, assim, para o aumento da capacidade de geração a partir de fontes renováveis que tem grande similaridade com o aterro sanitário. Conforme Justificativa dada à proposta do Ministério de Minas e Energia. Solicitamos a análise de uma outra forma para o repasse deste subsídio diferente da que está sendo regulamentado por esta Resolução, por exemplo, que em vez do desconto na TUST ou TUSD que atinge o consumidor cativo regional, o próprio governo Não Considerado A forma de repasse deste tipo de subsídio é assunto de políticas governamentais, cabendo a ANEEL cumprir as políticas estabelecidas em lei. 7

assuma e conceda uma forma em que todos os contribuintes e consumidores brasileiros participem do custo deste benefício, que está atingindo a todos os usuários do SIN. Ressalta-se que, Estados como o de Minas Gerais estará mais susceptível a esse tipo de Acesso, o que tornará a tarifa do consumidor cativo cada vez mais cara. Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Afirma que o uso do biogás para geração de energia elétrica é recomendável e deve ser fomentado, mas que a utilização da queima de lixo é uma tecnologia controversa. Coloca que incineradores são reconhecidos como das principais fontes de poluentes orgânicos persistentes tais como dioxinas, furanos, PCBs, metais pesados, dentre muitas outras substâncias tóxicas. Defende a reciclagem como alternativa à incineração e como geradora de postos de trabalho O aproveitamento da incineração de lixo urbano como fonte de energia benéfica ao meio ambiente, certamente, depende da tecnologia utilizada e de manutenção e operação da planta. Isto posto, consideramos que os empreendimentos, de que trata essa Resolução, devem obter Licenças Ambientais dos órgãos responsáveis antes de solicitar o ato autorizativo da ANEEL. 4º Os responsáveis pelos empreendimentos de que trata o parágrafo anterior deverão solicitar à ANEEL a emissão do referido ato autorizativo que conterá o percentual do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão de que trata o caput deste artigo. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. COMENTÁRIOS GERAIS AUTOR TEXTO APROVEITAMENTO JUSTIFICATIVA ABRACE Apóia a iniciativa de aperfeiçoar a Resolução nº 77/04, de forma a elevar o percentual de desconto para 100% nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão aos empreendimentos que utilizem o lixo urbano e/ou biogás de aterro sanitário como insumo para produzir energia elétrica. 8

COMENTÁRIOS FINAIS 9