O que um estudante de medicina deve saber? Edvaldo Souza
Sumário Definição História Epidemiologia Etiologia Modos de transmissão Quadro Clínico Diagnóstico laboratorial Diagnóstico diferencial Tratamento Prevenção Vigilância epidemiológica
Primeiros Relatos Europa 541-549 549 Roma e Império Bizantino Praga Amarela Cuba: 1762-1763 1763 Expedição inglesa contra Cuba milhares de mortes
História 1685 Recife 1850 a 1899 propagação Marítima e fluvial 1881 Carlos Finlay (Cuba) Aedes aegypti 1899 a 1901 Emilio Ribas sem Aedes, campanha combate 1903 O. Cruz RJ 1909 Eliminada a FA no RJ 1927 Isolamento do vírusv 1937 Max Theiler Vacina Mutante 17D 1942 -Último ciclo urbano 1955 Eliminada o Aedes no Brasil 1967 Retorno do Aedes 1972/73 Epidemia silvestre em Goiás 71 casos e 44 óbitos 1993/94 Maranhão 86 casos e 12 óbitos 1996 e 1998 AM (14:12) e PA (23:9) 2001/04/05 - MG
Emílio Ribas (1862-1825) Oswaldo Cruz (1872-1917)
Doenças Negligenciadas Causas mais importantes de morbidade e mortalidade. Dificuldade para desenvolvimento de drogas, vacinas e outras medidas de prevenção. Epidemiologia: outros fatores Governo Opressão Ex.: Chagas, leishmaniose, e febre amarela. Beyrer C, Villar JC, Suwanvanichkil V et al. Neglected diseases, civil conflits, and the right to health. Lancet. 2007 Aug 18;370(9587):619-27)
Vírus da Febre Amarela Arbovirus (arthpod borne virus) Gênero: Flavivirus Família: Flaviviridae
Flaviviridae Flavivirus (Mosquito) Vírus da febre amarela Viroses da dengue (4) Viroses de encefalites: St. Louis, Japonesa, West-Nile, Murray Valey Flavivirus (Carrapato) Encefalite de carrapato da Europa Central Encefalite russa primavera- verão Virores de Powassan FH de Omsk, viroses da doença a da Floresta de Kyasanur
Febres Hemorrágicas 5/10 (Américas) Doença FH da América do Sul (Arenavirus) Síndrome pulmonar do Hantavírus Período de incubação (dias) Taxa de fatalidade (%) Área Geográfica 7-14 15-30 Bolívia, Argentina, Venezuela, Brasil 7-28 40-50 Américas Febre amarela 3-6 20 África, América do Sul FH e Síndrome de Choque da dengue FH com síndrome renal 2-7 < 1 Trópicos e subtrópicos. 9-35 dias 5-15 Mundial (roedor)
Silvestre Vetores Urbano Aedes aegypti Image source: Centers for Disease Control and Prevention Publich Health Image Library.
Hospedeiros: Silvestres Urbano
Ciclos de Transmissão Ciclo Silvestre ( 5 a 7 anos) Ciclo Urbano (controlável)
Outros Aspectos Período de Incubação 3 a 6 dias Período Extrínseco de Incubação (Vetor) 9 a 12 dias - toda a vida. Período de Transmissibilidade 1 dia antes de sintomas e até 3 ou 4º dia (viremia) Suscetibilidade: universal. Imunidade: Imunidade ativa natural: permanente Imunidade ativa artificial (vacina) : mínimo de10 anos Imunidade passiva natural: lactentes filhos de mães imunes até o 6º mês de vida.
Áreas de Risco
Morbidade e Letalidade Morbidade: até 90% da população apresenta anticorpos recém m adquiridos (surtos). Mortalidade: 1980-97 97 342 casos de febre amarela silvestre, 201 óbitos, 58,8% de letalidade, Febre amarela grave é de aprox. 50%. Todas as formas clínicas da doença, 5%.
Aspectos Clínicos Apresentação as diferenças entre as cepas dos vírus; v a quantidade dos vírus v infectantes; a exposição anterior a outros flavivírus. Curso quadro clínico bifásico, curto período de remissão. 1ª fase, viremia, quadro clínico é inespecífico, formas leves e moderadas. 2ª fase, disfunção hepato-renal e hemorragias, formas graves. Óbito 6 a 7 dias (< 10)
Principais Manifestações Clínicas da Febre Amarela - Bifásica GRAVE
Formas Clínicas
Surto GO 1972: 71 casos/44 óbitos
Exames Complementares: Formas Graves Leucograma: Leucocitose/eutrofilia eutrofilia vs leucopenia/linfocitose; Bioquímica: Transaminases (> 1.000 e+ TGP); Bilirrubinas (+ BD, 20 ou+ mg%; Colesterol e FA; U e C (até 5 a 6 x). Urina: proteinúria, hematúria e cilindrúria, oligúria com baixa densidade, (dano tubular renal); Coagulograma: aumento do tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial (TTP( )e tempo de coagulação (TC) Diminuição dos fatores de coagulação e trombocitopenia- CIVD
GÊNESE DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FEBRE AMARELA
Tratamento Formas Leves e Moderadas Sintomático: tico: Febre, cefaléia, mialgias e artralgias Ex. paracetamol, Náuseas e vomitos Hidratação Ex. metoclopramida Formas Graves Maior complexidade e UTI Ins. Hepática Ins. Cardiaca e Choque Ins. Renal Hemorragias
Diagnóstico Diferencial
Diagnóstico Laboratorial