VIII Jornada de Estágio de Serviço Social VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE COMO CAMPO DE ESTÁGIO PARA O SERVIÇO SOCIAL
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- Marcelo Lima Stachinski
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1 VIII Jornada de Estágio de Serviço Social VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE COMO CAMPO DE ESTÁGIO PARA O SERVIÇO SOCIAL ALMEIDA, Mayara Rodrigues 1 ARAÚJO, Sâmela Keren de Carvalho 2 CARVALHO, Sherryl Cristina 3 GOES, Liriane Pires de 4 LUZ, Flávia Bueno da 5 MALAINE, Andréa do Rocio 6 ELACHE, Sônia Maia 7 PITELA, Célia Regina G. 8 PINTO, Roseni Inês Marconato 9 TRENTINI, Fabiana Vosgerau 10 Resumo: As atividades das profissionais e estagiárias junto a Vara da Infância e da Juventude se desenvolvem cumprindo os preceitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. As ações das assistentes sociais e das estagiárias visam a operacionalização de direitos, a compreensão dos fenômenos em suas expressões particulares e as suas inter-relações com o sistema judiciário. O trabalho dos profissionais e estagiárias desenvolve-se junto ao Serviço Auxiliar da Infância - SAI, que foi criado para fornecer suporte à Vara da Infância e Juventude, de acordo com suas competências preconizadas no ECA. A principal demanda atendida neste setor pelo Serviço Social advêm de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, acompanhamento em casos de reinserção no contexto familiar, adoção e crianças/adolescentes que sofrem situações de vulnerabilidades As ações dos profissionais de Serviço Social desenvolvem-se de maneira a priorizar o bem estar da criança e ou adolescente, garantindo o acesso a seus direitos, especialmente o direito à convivência familiar e comunitária, priorizando o retorno a família de origem ou em última instância a colocação em família substituta. Para tanto, o profissional assistente social utiliza diversos instrumentais cabíveis a cada ação, como visita domiciliar, entrevista, relatório, dentre outros. Palavras-Chave: Serviço Social; Adoção; Acolhimento Institucional. 1 Acadêmica do 3º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 2 Acadêmica do 3º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 3 Acadêmica do 4º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 4 Acadêmica do 3º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 5 Acadêmica do 4º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 6 Acadêmica do 3º Ano do Curso Serviço Social UEPG. 7 Graduada em Serviço Social pela UEPG 8 Graduada em Serviço Social pela UEPG 9 Professora do Dep. de Serviço Social e Mestre em Ciências Sociais Aplicadas - UEPG 10 Professora do Dep. de Serviço Social e Mestre em Ciências Sociais Aplicadas - UEPG
2 Introdução A elaboração deste trabalho tem o objetivo de apresentar o campo de estágio junto a Vara da Infância e da Juventude como espaço de estágio para acadêmicos do curso de Serviço Social e também expor informações referentes ao Serviço Auxiliar da Infância - SAI, presente neste campo de estágio, o que consequentemente, possibilitou novas áreas de atuação para o assistente social. A Vara da Infância e da Juventude realiza um trabalho conjunto com o SAI, onde o profissional atua, visando à garantia dos direitos das crianças e adolescentes, estabelecidos pelo ECA. Contextualização do Campo de Estágio Identificação do Campo: Fórum Estadual Desembargador Joaquim Ferreira Guimarães da Comarca de Ponta Grossa. Endereço: Rua Leopoldo da Cunha, 590, Oficinas, Ponta Grossa - Paraná. Telefone: (42) Site: Supervisoras de Campo: Sônia Maia Elache e Célia Regina G.Pitela Número do CRESS: 0748 e smel@tjpr.jus.bre e celiapitela@hotmail.com SAI Serviço Auxiliar da Infância e Juventude O SAI - Serviço Auxiliar da Infância e Juventude surgiu a partir do Decreto Judiciário nº 1057, de 09 de dezembro de 1991, com atuação junto a Vara da Infância e Juventude e está diretamente subordinado ao Corregedor de Justiça. De acordo com a regulamentação do SAI, tem função de assessorar a Justiça da Vara da Infância e Juventude, atendendo ao Juiz de Direito competente, no desempenho de suas funções e atribuições, previstos pelo ECA. Segundo o ECA, mais especificamente no Art. 151, o SAI deve ser formado por uma equipe interprofissional e cabe a esta equipe fornecer subsídios por escrito, através de laudos e/ou verbalmente, orientar, encaminhar, entre outras ações subordinadas à autoridade judiciária, levando-se em consideração o parecer técnico. O assistente social desenvolve suas atividades junto ao SAI visando atender os preceitos preconizados pelo ECA. Esta intervenção do profissional deve possuir sempre um embasamento teórico. Na prática profissional utiliza instrumentais como
3 a visita domiciliar, entrevista, encaminhamento, relatório, parecer social, dentre outros. Com conhecimento específico, o assistente social contribui para a criação de novas alternativas de ação no campo jurídico. A prática deve ser vista através da operacionalização de direitos, de compreensão dos fenômenos em suas expressões particulares e as suas inter-relações com o sistema de justiça. O SAI tem como demanda crianças e adolescentes que sofrem situações de vulnerabilidades como violência física, abuso sexual, negligencia ou abandono material. O público alvo são crianças e adolescentes com medidas de orientação e acompanhamento temporário bem como seus familiares, indivíduos pretendentes à adoção, equipe técnica e funcionários das entidades de abrigo. Atualmente, o SAI da Comarca de Ponta Grossa conta com o seguinte quadro de funcionários: cinco assistentes sociais, duas comissárias, dois psicólogos, duas agentes sociais, seis estagiárias de serviço social e um motorista. Atribuições do Serviço Social O profissional de Serviço Social possui a função de realizar leitura e análise dos autos, estabelecer contatos com a comunidade em geral, acompanhar e tomar providências quanto ao andamento dos processos, encaminhar ofícios, realizar encaminhamentos, informações e declarações. O Serviço Social, no caso da adoção, deve realizar o processo de forma a garantir o melhor para a criança e para a família que pretende adotar. Deve pautar-se pela desconstrução de noções estereotipadas ou meramente caritativas sobre a adoção, reforçando a cidadania, a singularidade e a identidade da criança, que é a prioridade. De acordo com MARTINS (2001) o assistente social deve oferecer subsídios ao estudo de casos, utilizando os instrumentais: orientação, encaminhamento, visita domiciliar, parecer social, relatório, entre outros; baseando-se sempre no ECA. Compete ao profissional, orientar os requerentes à habilitação para adoção, sobre os procedimentos para concretizar a adoção. Realizar estudo socioeconômico do casal, utilizando-se de alguns instrumentais como entrevistas e visitas domiciliares, conhecendo também as pretensões dos pretendentes quanto à criança desejada.
4 Após este estudo, deve elaborar um relatório com o seu parecer, que possibilitará direcionamento ao juiz, quanto seu parecer final, habilitando ou não os pretendentes. Quando a habilitação for concedida, cabe ao assistente social inserilos na listagem de pretendentes e no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), comunicando-os de tais procedimentos. Quanto a crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, cabe ao assistente social buscar a reinserção dos mesmos em suas famílias de origem. A destituição do poder familiar e a possível colocação em família substituta entendida enquanto última alternativa. Quando a criança e ou adolescente for colocada em família substituta, o assistente social deve realizar o acompanhamento da família, a fim de verificar a adaptação da criança/adolescente a este novo contexto. O assistente social deve intervir de maneira eficiente, visando sempre o bem-estar social dos adotantes e dos adotados, para que o direito da criança ou adolescente de ter uma família seja efetivado. Para melhor intervenção, utilizam-se de instrumentais como: entrevistas, visitas domiciliares, encaminhamentos sociais, estudo social, acompanhamentos de casos, documentação, averiguação de denúncias, investigação, abordagem individual, escuta ativa e qualificada, orientação, informação, dentre outras. Projetos de Intervenção O Projeto de intervenção Capacitação para profissionais de Serviço Social das entidades de abrigo, junto a Vara da Infância e da Juventude prevê a criação de uma portaria (92), que visa estabelecer meios para uma relação mais eficaz entre o SAI e as entidades de acolhimento institucional de Ponta Grossa, visto a dificuldade que a equipe encontra no repasse de informações por parte das entidades. São realizados contatos e palestras para as profissionais da área, a fim de repassar informações e orientações acerca do Art. 92 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Para tal, contamos com a colaboração da supervisora do campo. Também está em desenvolvimento pela Vara da Infância e da Juventude o Projeto de Intervenção Valorizando a Mãe Social.
5 Observando as dificuldades que as entidades têm em estabelecer relações duradouras com as mães sociais, o projeto visa a capacitação dessas mães, diminuindo a rotatividade das mesmas, para que as crianças não vivenciem com frequência a experiência de separação, pois a mãe social é uma figura de referência para as crianças. A realização do projeto visa propiciar uma capacitação das mães sociais, dentro da entidade abrigo, proporcionando uma qualificação do trabalho das mesmas junto com as crianças e adolescentes; orientar sobre a importância fundamental do papel da mãe social na dinâmica da instituição. A entidade selecionada foi a Instituição de Acolhimento Protetor Aldeia Espírita da Criança Dr. David Federmann Serão elaboradas dinâmicas e rodas de conversa, com espaços para discussão de aspectos relevantes no cotidiano dessas mulheres, bem como reflexão do trabalho realizado. Pretende-se também trabalhar questões referentes a autoestima para que elas se sintam realmente valorizadas, desenvolvendo com amor e responsabilidade suas funções. Todas as atividades serão acompanhadas pelas supervisoras de campo. Referências Bibliográficas ARQUIVOS E DOCUMENTAÇÕES, do Serviço Auxiliar da Infância e Juventude. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado, Disponível em: &scrip t=sci_arttext Acesso em 30 de agosto de 2012 MARTINS, Ângela Maria De Vilhena. A Adoção E A Intervenção Do Assistente Social Numa Decisão Irrevogável Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade da Amazônia.
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