OER Nova Alvorada Energia S.A.
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- Ágata Beltrão Barros
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4 Balanço patrimonial Em milhares de reais Ativ o Circulante Circulante 31 de dezembro de de dezembro de 2013 (Reapresentado) Passivo e patrimônio líquido (passivo a descoberto) (Reapresentado) 31 de dezembro de de dezem bro de 2013 Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) Empréstimos e financiamentos (Nota 11) Contas a receber (Nota 7 ) Debêntures (Nota 12) Impostos a recuperar Fornecedores 32 Demais ativos 330 Impostos, taxas e contribuições Demais passivos Não circulante Não circulante Realizável a longo prazo Empréstimos e Financiamentos (Nota 11) Sociedades da Organização Odebrecht (Nota 8) Investimentos a pagar (Nota 13) Patrimônio líquido (passivo a descoberto) (Nota 15) Imobilizado (Nota 9) Capital social 1 1 Intangível (Nota 10) Reservas de lucros Prejuízos acumulados (1.305) (1.304) T otal do ativo T otal do passivo e do patrim ônio líquido (passiv o a descoberto) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 1 de 21
5 Demonstração do resultado Exercício findo em 31 dezem bro de 2014 Período de 9 de setem bro a 31 de dezem bro de 2013 Operações continuadas Receita líquida de vendas (Nota 16) Custos dos produtos vendidos (Nota 17 ) (33.088) Lucro bruto Receitas e despesas operacionais, líquidas Gerais e administrativas (Nota 18) (1.37 1) (1) Outras receitas operacionais, líquidas 226 (1.145) (1) Lucro (prejuízo) operacional (1) Resultado financeiro, líquido (Nota 19) (45.008) (1.304) Lucro (prejuízo) do exercício/período antes do im posto de renda (1.305) e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social correntes (Nota 14(a)) (2.689) Lucro líquido (prejuízo) do exercício/período (1.305) T otal do resultado abrangente do exercício/período (1.305) Lucro (Prejuízo) por ação das operações continuadas atribuível ao acionista da Companhia no final do exercício/período (expresso em R$) (Nota 20) 5,29 (1,31) Não houve outros elementos componentes de resultado abrangentes além do lucro líquido (prejuízo) nos períodos apresentados, razão pela qual a demonstração do resultado e do resultado abrangente apresentam os mesmos valores. As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 de 21
6 Demonstração das mutações do patrimônio líquido (passivo a descoberto) Em milhares de reais Reservas de lucros Capital social subscrito Reserva especial Reserv a de realização de investim entos Lucros (prejuízos) acum ulados T otal do patrim ônio liquido (passiv o a descoberto) Constituição do capital social em 09 de setem bro de Prejuízo do período - (R$ 0,0223) por ação do capital social (1.305) (1.305) Em 31 de dezem bro de (1.305) (1.304) Lucro líquido do exercício Destinação do lucro líquido do exercício: Constituição das reservas (Nota 15 (b)) (5.290) Em 31 de dezem bro de As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 de 21
7 Demonstração dos fluxos de caixa Em milhares de reais Fluxo de caixa das atividades operacionais Exercício findo em 31 dezem bro de 2014 Período de 9 de setem bro a 31 de dezem bro de 2013 Lucro (prejuízo) do exercício/período antes do imposto de renda e da contribuição social (1.305) Ajustes para reconciliação do lucro (prejuízo) do exercício/período: Depreciação e amortização Juros e variações monetárias, líquidas (7 53) Variação dos ativos e passiv os: Contas a receber (22.609) Impostos a recuperar (102) Sociedades da Organização Odebrecht 482 Demais ativ os (330) Fornecedores 32 Impostos, taxas e contribuições 47 7 Demais passiv os Fluxo de caixa aplicado nas operações Juros pagos sobre financiamentos (7.57 8) Impostos pagos (5.351) Fluxo de caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividade operacionais (7 53) Fluxo de caixa das atividades de inv estim entos Aquisições de bens do ativo imobilizado ( ) Caixa líquido aplicado nas ativ idades de investim entos - ( ) Fluxo de caixa das atividades de financiam entos 1 Emissão de debêntures Amortização de financiamentos (81.008) Partes Relacionadas: Recursos recebidos e enviados (1.668) Caixa líquido (provenientes das) aplicado nas atividades de financiam entos (5.466) Aum ento de caixa e equiv alentes de caixa, líquidos Representado por: Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício/período 200 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício/período Caixa equiv alente de caixa no final do exercício As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 de 21
8 1 Contexto operacional A OER Nova Alvorada Energia S.A. ( OER Nova Alvorada ou Companhia ), é uma sociedade por ações com sede na cidade do Rio de Janeiro - RJ, constituída em 09 de setembro de 2013 pela Odebrecht Energia S.A. ( OE ) e em 8 de outubro de 2013 teve 100% de suas ações transferidas para a Odebrecht Energia Renovável S.A. ( OER ). A Companhia é parte integrante da Organização Odebrecht ( Organização ), a partir do controle indireto pela Odebrecht S.A. ( ODB ). A Companhia tem como objeto social receber outorga para geração de energia elétrica, desenvolver estudos, projetar, implantar, construir, operar, manter e explorar o empreendimento de geração de energia elétrica, incluindo a comercialização da energia gerada. Em 16 de dezembro de 2013, a Companhia adquiriu ativos imobilizados, intangíveis e contas a receber de venda de energia junto à Agro Energia Santa Luzia S.A. ( USL ), uma empresa da Organização, com o objetivo de gerar energia termoelétrica a partir da queima de bagaço de cana de açúcar ou outras biomassas alternativas. Com a aquisição dos ativos pela Companhia, foi adotado, em conjunto com a USL, modelo de negócio baseado em um consórcio onde a USL fornece biomassa e em troca recebe da Companhia energia elétrica gerada e vapor, necessários para a produção de açúcar e etanol. O volume de energia não consumido pela USL é comercializada pela Companhia. O processo de aquisição dos ativos incluiu (i) a transferência parcial de autorização, outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica ( ANEEL ) e Ministério de Minas e Energia ( MME ), para que a OER Nova Alvorada figure como produtor independente de energia ( Outorga ) e (ii) a alocação integral da Garantia Física dos ativos para a OER Nova Alvorada. A transferência da Outorga e a alocação da Garantia Física se deram em duas etapas: (i) em 5 de novembro de 2013, conforme Resolução ANEEL 4413/2013 foi transferida parcela da Outorga para a OER Nova Alvorada; e (ii) em 16 de dezembro de 2014, conforme Despacho 4836/2014 foi aprovada a alocação integral da Garantia Física e a cessão dos contratos resultantes da comercialização de energia para a OER Nova Alvorada. Em 16 de dezembro de 2013 a OER Nova Alvorada e a USL assinaram Contrato de Operação e Manutenção ( O&M ) dos ativos adquiridos pela OER Nova Alvorada ( UTE ) em que está prevista, entre outras a execução pela USL, como contratada, da operação, manutenção programada e manutenção não programada dos equipamentos da UTE. Além disso, é responsabilidade da contratada contratar e manter em vigor, apólices de seguro necessárias e suficientes para a consecução de cada obrigação do O&M sob sua responsabilidade. No primeiro semestre de 2014 a Companhia deu início às suas atividades operacionais e os ativos adquiridos geraram aproximadamente MWh entre abril e dezembro de Tendo em vista que a Garantia Física integral foi aprovada apenas em 16 de dezembro 2014, o faturamento da energia exportada, o recebimento dos valores decorrentes dessas vendas e a liquidação dos valores dos encargos de transmissão e distribuição, relacionados com a sua comercialização, entre outros, foram conduzidas pela USL em benefício da OER Nova Alvorada, suportados por contrato próprio, prevendo as regras de condução dessas atividades durante o período de transição. Em linha com este contrato, (i) a OER Nova Alvorada reconheceu em seu resultado todas as receitas e despesas relacionadas com as atividades dos ativos adquiridos, (ii) USL repassou todos os valores recebidos em nome da OER Nova Alvorada e (iii) a OER Alvorada reembolsou a USL por todas as despesas assumidas provisoriamente por essa empresa, também em benefício da OER Nova Alvorada. 5 de 21
9 Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apresentava excesso de passivos circulantes sobre ativos circulantes, no montante de R$ , principalmente em virtude da emissão, em março de 2014, de debêntures no montante de R$ , com vencimento original em 10 de março de A Companhia está buscando alternativas de captação de empréstimos de longo prazo, de modo a reduzir substancialmente essa posição, com previsão de entrada de novos recursos e liquidação de suas dívidas de curto prazo. A Companhia vem buscando alternativas de captação de empréstimos de longo prazo, de modo a reduzir substancialmente essa posição, com previsão de entrada de novos recursos e liquidação de suas dívidas de curto prazo. Nesse sentido, obteve a prorrogação do prazo de vencimento da operação de debêntures (Nota 12), anteriormente previsto para 10 de março de 2015, para o dia 10 de setembro de As presentes demonstrações financeiras tiveram a sua emissão autorizada pela Diretoria da Companhia em 30 de março de Resumo das principais políticas contábeis As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ( CPC ). As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os períodos. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, estão sendo reapresentadas para fins de comparabilidade (Nota 22). 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. Essa preparação requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia, no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota Ativos financeiros Classificação A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob a categoria empréstimos e recebíveis, e compreendem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber e Sociedades da Organização Odebrecht. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos e são apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço. 6 de 21
10 (a) Impairment de ativos financeiros A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidências objetivas de que o ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment). O montante da perda por impairment é mensurada como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. Nesse cenário, o valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. (b) Impairment de ativos não financeiros Para os ativos não financeiros que estão sujeitos à amortização, é feita uma revisão periódica pela administração sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor pelo qual o saldo contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo do ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia não possuíam evidências de ativos cujo valor recuperável fosse inferior aos montantes registrados contabilmente. 2.3 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, depósitos bancários e numerários em transito de curto prazo e de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses e com risco insignificante de mudança de valor. 2.4 Contas a receber As contas a receber tem origem nos valores de venda de energia decorrentes das seguintes operações: Vendas de energia em Leilão de Energia de Reserva ( LER ): valores faturados dentro da quota de energia leiloada pela ANEEL em operações destinadas à contratação de energia de reserva, via Contratos de Energia Renovável ( CER ), liquidadas no mercado de curto prazo. Nesses leilões, a geradora de energia se compromete a gerar a energia e destinar aos usuários conforme estabelecido no Edital do Leilão. Esses valores são contrapostos a adiantamentos recebidos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica ( CCEE ) em base a 1/12 dos valores faturados durante o ano. O início do recebimento desses adiantamentos é em junho, encerrando-se em maio do ano subsequente; Vendas de energia no mercado livre (Preço de Liquidação de Diferenças ( PLD )): valores faturados em ambiente de contração livre, sendo a energia destinada ao mercado de curto prazo. Esses valores são recebidos em média 45 dias após o mês de faturamento. As contas a receber são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e subsequentemente mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros, deduzida das perdas ou impairment. Conforme mencionado na Nota 1, os valores decorrentes dessas operações foram faturados e recebidos pela USL que os repassou para a OER Nova Alvorada assim que recebidos dos clientes ou da CCEE. Os saldos em 31 de dezembro de 2014, refletem as pendências existentes naquela data, e a serem liquidadas nos meses de janeiro e março de de 21
11 2.5 Demais ativos circulantes Os demais ativos são apresentados pelo valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas até a data do balanço. Quando necessária, é constituída provisão para redução aos seus valores de recuperação. 2.6 Imobilizado O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico menos depreciação acumulada. O custo histórico inclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. A depreciação é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos valores residuais durante a vida útil estimada, conforme demonstrado na Nota 3.1 (a). Os valores residuais e a vida útil são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. O valor contábil de um ativo é imediatamente ajustado ao seu valor recuperável, quando o valor contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado. Os custos adicionais subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados a esses custos e que possam ser mensurados com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado pelo seu valor de custo, líquido da depreciação acumulada até a data. Gastos com reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. 2.7 Ativos intangíveis Refere-se às outorgas adquiridas e contabilizadas na data de aquisição ao valor de custo e posteriormente contabilizadas pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada de forma linear pelo prazo definido nas outorgas, ou seja, 65 (sessenta e cinco) anos. 2.8 Empréstimos, financiamentos e debêntures Os empréstimos, financiamentos e debêntures são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e, subsequentemente, pelo custo amortizado com base na taxa efetiva de juros. Quaisquer diferenças entre os valores captados e o valor de liquidação são reconhecidas na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos, financiamentos e debêntures estiverem em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros. Os empréstimos, financiamentos e debêntures são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por período superior a 12 meses após a data do balanço. 2.9 Investimentos a pagar Investimentos a pagar são obrigações assumidas pela aquisição dos ativos imobilizado e intangível adquiridos da USL e financiadas pela própria vendedora. Estão registrados no passivo não circulante em linha com o prazo de pagamento superior a 12 meses. 8 de 21
12 2.10 Demais passivos circulantes Os demais passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias até a data do balanço Capital Social As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos Reconhecimento de receita A receita compreende o valor justo da contraprestação a receber ou recebida pela venda de energia gerada no curso normal das atividades da Companhia e outras receitas, não decorrentes da venda de energia, mas vinculadas às suas operações. A receita de venda de energia é apresentada líquida dos impostos e abatimentos. A Companhia reconhece as receitas quando os valores podem ser mensurados com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros serão apurados e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia, conforme descrição a seguir: (a) Receitas de venda de energia As receitas são representadas pelas comercializações de energia elétrica via CER e PLD, ambas liquidadas no mercado de curto prazo, conforme especificado na Nota 2.4. São reconhecidas conforme a energia é entregue na linha de transmissão. (b) Receita financeira A Companhia somente apresenta receita de caráter financeiro, referente a rendimentos de aplicações financeiras. A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido pelo regime de competência, usando o método da taxa efetiva de juros Imposto de renda ( IR ) e contribuição social ( CS ) corrente As despesas de IR e CS do período compreendem os impostos correntes. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. O encargo de imposto de renda e a contribuição social corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço do país em que Companhia atua e gera lucro tributável. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações, e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. 9 de 21
13 O IR e a CS corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório Reapresentação das cifras comparativas Em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros, os ajustes e as reclassificações contábeis das correções estão sendo reconhecidos retrospectivamente e, por esta razão, as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 originalmente publicadas estão sendo reapresentadas. A Companhia reavaliou em 2014 o registro da aquisição dos contratos de energia efetuado em dezembro de 2013, com base no Contrato de Compra e Venda. O valor utilizado não considerou o direito incondicional da Companhia realizar recebíveis vinculados a compra desses ativos e transferidos pela vendedora. Desta forma, realizou a reapresentação dos seus saldos de balanço em 31 de dezembro de 2013 com a redução do valor atribuído ao Intangível e reconhecimento de um Contas a receber. Os efeitos dessas correções no balanço patrimonial relativa ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, são apresentados conforme a seguir (ver Nota 22): Contas a receber Ativo intangív el Saldo originalmente apresentado Efeitos da reapresentação (19.436) Saldo reapresentado Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. 3.1 Estimativas e premissas contábeis críticas (a) Avaliação da vida útil de ativos A Companhia reconhece a depreciação de seus ativos de longa duração com base na estimativa da vida útil dos bens considerando recomendações de peritos independentes e referendadas pelos técnicos da Companhia, considerando a experiência desses profissionais na gestão das plantas da Companhia. As vidas úteis estabelecidas são revisitadas a cada exercício pelos técnicos da Companhia, para verificar a necessidade de alteração das mesmas. Os principais fatores que são levados em conta na definição da vida útil dos bens que compõem as plantas industriais da Companhia são as informações dos fabricantes das máquinas e equipamentos, o volume de operação das plantas, a qualidade da manutenção preventiva e corretiva e as perspectivas de desatualização tecnológica dos bens. 10 de 21
14 A Administração da Companhia considerou em sua avaliação que a depreciação deve cobrir o valor total dos bens, tendo em vista que os equipamentos e instalações, quando retirados de operação, são vendidos por valores imateriais. As avaliações das vidas úteis aplicadas aos bens determinaram as seguintes taxas médias anuais de depreciação e amortização: 2014 Edificações e benfeitoriasde 2% a 3% Máquinas, equipamentos e instalações de 3% a 20% Móv eis e utensílios de 4% a 20% Contratos de outorga 2% O imobilizado compreende edificações, instalações, máquinas e equipamentos industriais e agrícolas e é mensurado ao custo de aquisição dos bens adquiridos. O valor dos ativos adquiridos pela Companhia foi registrado com base em seus valores justos relativos considerando o custo total da transação. Os gastos para a produção da energia elétrica são captados a valor de custo de aquisição. (b) Determinação dos ativos intangíveis Os ativos intangíveis adquiridos pela Companhia da USL, representam os direitos da OER Nova Alvorada de participar do mercado de energia elétrica. Desta forma, a administração da Companhia classificou a totalidade do valor dos intangíveis como Outorga (Nota 10). A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros dos ativos sejam consumidos, ou o prazo final do contrato, o que ocorrer primeiro. O prazo original é de 35 anos, renováveis por igual período. A administração da Companhia analisou esta situação e em seu julgamento considera que a amortização total da outorga considera um período de renovação. Desta forma, a Companhia registra o efeito de amortização dos ativos intangíveis, pelo período esperado de manutenção das outorgas, ou seja 65 (sessenta e cinco) anos, período em que estima que estará autorizada a produzir e comercializar energia elétrica como Produtor Independente. A Companhia reconhece que essa é a melhor estimativa para refletir o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. 4 Gestão de risco financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro (a) Considerações gerais A Companhia participa em operações envolvendo instrumentos financeiros, incluindo caixa e equivalentes de caixa, investimentos a pagar e empréstimos, financiamentos e debêntures, com o objetivo de administrar a disponibilidade financeira de suas operações. 11 de 21
15 (b) Exposição a risco com taxa de juros O risco associado é oriundo da possibilidade da Companhia incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras dos empréstimos, financiamentos e debêntures. (c) Risco de liquidez É o risco da Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. A previsão de fluxo de caixa é realizada pelo departamento de finanças, que monitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que ela tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais. (d) Risco de crédito As operações que sujeitam a Companhia à concentração de risco de crédito residem, principalmente, nas contas correntes bancárias, onde a Companhia fica exposta ao risco da instituição financeira envolvida. Visando gerenciar este risco, a Companhia mantém contas correntes bancárias com instituições financeiras consideradas pela Administração como de primeira linha. 4.2 Gestão de capital A Companhia segue as políticas financeiras da Organização que definem as diretrizes para o gerenciamento de riscos e os consequentes impactos na estrutura de capital. Nos termos dessas políticas, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Essas políticas proíbem a utilização de instrumentos derivativos com o propósito de negociações especulativas Total de empréstimos, financiamentos e debêntures Menos: caixa e equivalentes de caixa (32.123) (200) Dívida líquida Total do patrimônio líquido (1.304) Total do capital Índice de alavancagem financeira 97 % 101% 12 de 21
16 5 Instrumentos financeiros por categoria Em préstim os e recebíveis Ativos, conforme o balanço patrimonial (Reapresentado) Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Sociedades da Organização Odebrecht Outros passivos financeiros Passiv os, conforme o balanço patrimonial Empréstimos e financiamentos Debêntures Fornecedores e investimetos a pagar Caixa e equivalentes de caixa Banco conta mov imento Aplicações financeiras As aplicações financeiras referem-se a operações com vencimentos originais em prazos inferiores à 90 dias, sendo utilizados (i) fundos de investimentos com remuneração baseada nas variações monetárias de suas quotas, com liquidez diária e (ii) renda fixa em moeda nacional com remuneração entre 90% e 102% da variação dos Certificados de Depósito Interbancário ( CDI ). 7 Contas a receber (Reapresentado) Contas a receber do CER Contas a receber no PLD Os saldos em 31 de dezembro de 2014 foram substancialmente liquidados nos meses de janeiro a março de de 21
17 Em 31 de dezembro de 2013, o montante de R$ refere-se a parcela a receber associada a aquisição de Contrato de venda de Energia - CER (Nota 22). 8 Sociedades da Organização Odebrecht 2014 Ativ o Resultado Ativ o Caixa único Contas a receber sobre receitas financeiras Passiv o Passiv o Resultado Contas a pagar sobre remuneração de gestão de caixa único (317 ) (317 ) Contas a pagar sobre reembolsos de despesas (165) (165) Saldo de Sociedades da Organização Odebrecht, líquido (385) Os saldos mantidos com Sociedades da Organização incluem, principalmente, repasses de recursos da Companhia, para sua controladora, conforme previsto em Instrumento Particular de Contratos de Contas-Correntes e de Caixa Único, firmado entre as empresas. 9 Imobilizado Edificações e benfeitorias Máquinas, equipam entos e instalações Móveis e utensílios T otal Custo Saldo em 31 de dezem bro de Depreciação (660) (8.962) (1.265) ( ) Saldo contábil Custo Depreciação acumulada (660) (8.962) (1.265) ( ) Saldo em 31 de dezem bro de T axas anuais de depreciação (%) 2 a 3 3 a 20 4 a de 21
18 10 Intangível Direito de outorga Custo Saldo em 31 de dezem bro de 2013 (Reapresentado) Amortização (4.488) Saldo contábil Custo Amortização acumulada (4.488) Saldo em 31 de dezem bro de T axas anuais de am ortização (%) 2 O saldo inclui substancialmente o valor pago por Outorga para exploração da usina termoelétrica adquirida pela Companhia. 11 Empréstimos e financiamentos Encargos financeiros (a.a) Moeda nacional BNDES (i) TJLP + 2,34% e 2,7 4 % Banco BTG Pactual S.A. (ii) DI % Passivo circulante Passivo não circulante (i) (ii) Refere-se a parte do contrato de financiamento celebrado entre a USL e o BNDES em 16 de abril de Em 23 de dezembro de 2013, foi assinado o aditivo nº 03 deste contrato, no qual o BNDES concorda expressamente com a alienação dos ativos da USL para a Companhia e com a assunção parcial da dívida pela Companhia, no montante de R$ Em 31 de dezembro de 2014 este saldo é de R$ Em 16 de dezembro de 2013 foi assinada a Cédula de Crédito Bancário ( Cédula ) entre a Companhia e o Banco BTG no valor de R$ , liquidada integralmente em 17 de fevereiro de 2014 mediante emissão de debêntures (Nota 12). Os recursos obtidos por essa operação foram integralmente utilizados na compra dos ativos adquiridos da USL. 15 de 21
19 As movimentações dos financiamentos durante o exercício ocorreram da seguinte forma: Saldo em 31 de dezembro de Encargos financeiros (-) Juros pagos (7.57 8) (-) Amortização (81.008) Saldo em 31 de dezembro de (a) Prazo de vencimento Abaixo a composição das parcelas a vencer com prazo superior a 365 dias, por ano de vencimento: em diante (b) Garantias A Companhia outorga garantias sobre contrato de assunção de dívida firmado com o BNDES por meio de propriedade fiduciária das máquinas e equipamentos adquiridos. 12 Debêntures Em issão Valor unitário Vencim ento Rem uneração Principal Encargos de fevereiro de 2014 R$ ,00 10 de março de 2015 DI + 1,50 a.a Em 10 de fevereiro de 2014, a Companhia emitiu debêntures, com valor nominal de R$ 10 não conversíveis em ações, tendo como agente fiduciário a Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. A Companhia aprovou alterações em relação às debêntures, conforme mencionado na Nota 21. Em 9 de março de 2015 a Companhia obteve junto aos debenturistas a aprovação para prorrogação do vencimento da operação, de 10 de março de 2015 para 10 de setembro de 2016 ( Nota 21). 16 de 21
20 As movimentações das debêntures emitidas durante o exercício ocorreram da seguinte forma: Captação Encargos financeiros Saldo em 31 de dezembro de Investimentos a pagar Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possui na rubrica de investimentos a pagar o montante de R$ referente às obrigações com a USL oriundas da aquisição dos ativos para exploração e venda de energia pela Companhia com vencimentos entre abril de 2017 e abril de 2030 e cujo saldo em aberto é corrigido pela variação mensal do IPCA acrescido de 2% a.a.. A composição desse saldo, por ano de vencimento, é a seguinte: As movimentações dos investimentos a pagar durante o exercício ocorreram da seguinte forma: Saldo em 31 de dezembro de Encargos financeiros Saldo em 31 de dezembro de Imposto de renda e contribuição social Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social corrente 2014 Lucro antes dos impostos IR e CS às alíquotas nominais Ajustes para apuração da alíquota efetiv a: Prejuízo Fiscais de exercícios anteriores (444) Outros (24) Efeito IR e CS no resultado de 21
21 15 Patrimônio Líquido (passivo a descoberto) (a) Capital social Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado pela acionista OER, é representado por ações ordinárias, nominativas se sem valor nominal, no valor de R$ 1,00 (um real cada) totalizando R$ 1. (b) Apropriações do lucro De acordo com o Estatuto Social, após a compensação dos prejuízos acumulados, as importâncias apropriadas de reserva especial e reserva de realização de investimentos, são determinadas como descrito abaixo, sendo que o saldo remanescente após essas apropriações e a distribuição de dividendos, terá a aplicação que decidir a Assembléia Geral dos Acionistas. (i) Reserva especial Os administradores da Companhia seguindo instruções do acionista, com vistas a evitar o comprometimento da gestão de caixa e equivalentes de caixa da entidade conforme o seu plano de investimento, destinarão a parcela de 25% do lucro líquido equivalente ao dividendo mínimo obrigatório no valor de R$ 1.323, para a constituição da reserva especial, conforme art. 202, 4º, da Lei 6.404/76. (ii) Reserva de realização de investimentos A Administração da Companhia seguindo orientações do acionista, aprovou a constituição dessa reserva no montante de R$ 3.968, excedente da destinação do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, após a constituição da reserva especial em função do artigo 199 da Lei nº /07, que determina que o saldo das reservas de lucros não poderá ultrapassar o capital social. A proposta dessa reserva é de aumentar o capital social para se compatibilizar com o volume de negócio e investimentos previstos para a Companhia nos próximos anos. 16 Receita líquida de vendas Ex ercício findo em 31 de dezem bro de 2014 Receita com v enda de energia LER Receita com v enda de energia PLD Receita bruta com v erda de energia (-) Impostos sobre v endas (9.023) Receita líquida de energia de 21
22 17 Custos dos produtos vendidos Ex ercício findo em 31 de dezem bro de 2014 Custos com manutenções (i) ( ) Encargos setoriais (ii) ( ) Depreciação e amortização ( ) Outros custos (231) (33.088) (i) Conforme contrato celebrado em 16 de dezembro de 2013 entre a Companhia e a USL (Nota 1). (ii) Inclui, principalmente, o pagamento pelo uso do sistema de transmissão ou distribuição, cobrado pelos agentes do setor por meio da contratação de demanda elétrica pela Companhia, na posição de Gerador, para injeção de energia na rede, ou na posição de Consumidor, para importação de energia da rede. 18 Despesas gerais e administrativas Exercício findo em 31 de dezem bro de 2014 Período de 9 de setem bro a 31 de dezembro de 2013 Auditoria, consultorias e assessorias (283) Despesas com serviços de terceiros (931 ) Taxas e tributos (157 ) Outros (1) ( ) (1) 19 Resultado financeiro, líquido Receitas financeiras Exercício findo em 31 de dezem bro de 2014 Rendimentos sobre aplicações financeiras 853 Período de 9 de setem bro a 31 de dezem bro de 2013 Despesas financeiras Tributos sobre operações financeiras (1) (7 00) Despesas com juros (19.240) (306) Variações monetárias (25.659) Outras despesas financeiras (961) (298) (45.861) (1.304) Resultado financeiro líquido (45.008) (1.304) 19 de 21
23 20 Lucro (prejuízo) por ação (a) Básico O lucro (prejuízo) básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível ao acionista da sociedade, pela quantidade média ponderada de ações emitidas durante o exercício/período. Exercício findo em 31 de dezem bro de 2014 Período de 9 de setembro a 31 de dezem bro de 2013 Lucro (prejuízo) do exercício/período (1.305) Quantidade média ponderada de ações 1 1 Lucro (prejuízo) básico por ação (R$) 5,29 (1,31) 21 Eventos subsequentes Em 9 de março de 2015, a Companhia aprovou as seguintes alterações em relação às debêntures: (i) prorrogação de data de vencimento, de 10 de março de 2015 para 10 de setembro de 2016; (ii) pagamento da remuneração devida até 10 de março de 2015 no montante de R$ ; (iii) nova taxa de juros remuneratórios; (iv) amortização do valor nominal unitário das debêntures, que passa a ser em 18 parcelas mensais e consecutivas. As debêntures passarão a contar com garantias reais complementares. 22 Efeito da reapresentação das cifras comparativas Abaixo as explicações sobre os ajustes relevantes no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013, bem como as conciliações apresentando a quantificação dos efeitos das reclassificações e correções contábeis: A Companhia reavaliou em 2014 o registro da aquisição dos contratos de energia efetuado em dezembro de 2013, com base no Contrato de Compra e Venda. O valor utilizado naquela data (R$78.378) não considerou o direito incondicional da Companhia realizar recebíveis vinculados a compra desses ativos e transferidos pela vendedora no montante de R$ Desta forma, realizou a reapresentação dos seus saldos de balanço em 31 de dezembro de 2013 reconhecendo esse valor com uma redução do valor anteriormente atribuído ao Intangível e, em contrapartida, o reconhecimento de um Contas a receber. Os efeitos decorrentes dessa reapresentação estão a seguir: 20 de 21
24 22.1 Reapresentação do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 Ativo 31 de dezembro de 2013 Passivo e patrimônio líquido 31 de dezem bro de 2013 Original Ajustes (Reapresentado) Original Ajustes (Reapresentado) Circulante 2.1 Circulante Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e financiamentos Contas a receber (i) Não Circulante Não Circulante Imobilizado Empréstimos e financiamentos Intangivel (i) (19.436) Investimentos a pagar (19.436) Patrimônio líquido Capital social 1 1 Prejuízos acumulados (1.305) (1.305) (1.304) (1.304) T otal do ativo T otal do passivo e patrim ônio líquido * * * 21 de 21
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