PAY-AS-YOU-THROW Guia Técnico de implementação do sistema
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- Cármen Faro Quintão
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1 PAY-AS-YOU-THROW Guia Técnico de implementação do sistema Sessão de esclarecimento Janeiro 2018
2 ORGANIZAÇÃO DO GUIA Enquadramento Descrição de sistemas PAYT Sistemas técnicos e tecnológicos Sistemas de faturação Fases de implementação Aspetos complementares Modelo de plano de implementação Casos de estudo nacionais e internacionais 2
3 Descrição de sistemas PAYT 3
4 Descrição de sistemas PAYT Sistemas com base na identificação do utilizador São geralmente aplicáveis em esquemas de deposição e recolha de contentores coletivos. A identificação do utilizador através dum cartão magnético ou similar que lhe permite aceder ao sistema. Sistemas por volume. O contentor contém uma câmara de deposição que permite a deposição duma quantidade máxima de resíduos em cada utilização.. As tarifas variáveis resultam da aplicação do valor unitário /L ao volume produzido pelo utilizador, medido pelo produto do número de utilizações pela capacidade máxima (pré-definida) de cada deposição. Sistemas por peso. Os contentores estão equipados com balança que, depois de o utilizador ser identificado, pesa os resíduos depositados.. Os sistemas periféricos instalados nos contentores e centralmente ligados permitem atribuir a cada utilizador, através da identificação, o peso dos resíduos depositados por tipo e calcular o valor da tarifa variável a pagar. 4
5 Descrição de sistemas PAYT Sistemas com base na identificação do contentor Associados aos sistemas de remoção porta-a-porta. Requerem uma identificação prévia do utilizador (individual ou coletivo - condomínio), com registo do n.º e dimensão dos contentores a utilizar, bem como identificação do chip associado. Sistemas por volume. Frequência de recolha igual para todas as frações; Indicador para cálculo da componente variável da tarifa: volume do(s) contentor(es) utilizado(s). Frequências de recolha diferentes para cada fração (frequência pode ser pré-negociada com a EG); base de cálculo da tarifa PAYT variável: n.º de vezes que o contentor é apresentado à recolha multiplicado pelo valor associado à volumetria de contentor. Pagamento prévio (sacos pré-pagos). Apenas sacos fornecidos pelas EG são recolhidas. Sistemas por peso Mantém-se tudo o que foi referido relativamente aos sistemas por volume, contudo a tarifa variável tem por base o peso dos resíduos recolhidos. 5
6 Sistemas técnicos e tecnológicos Equipamentos de deposição Sacos Sacos pré-pagos Etiquetas ou autocolantes Contentores Chips RFID Controlo de acesso 6
7 Sistemas técnicos e tecnológicos Equipamentos de recolha Os equipamentos de recolha apenas carecem de intervenção ou de substituição se for necessário proceder à identificação de equipamentos de deposição ou à pesagem in loco dos resíduos recolhidos. Células de carga instaladas em viatura de carga traseira Instrumentação de viaturas com sistema de leitura de chips RFID Célula de carga instalada sobre chassis Instrumentação de viaturas com sistema de pesagem 7
8 Sistemas técnicos e tecnológicos Sistemas informáticos e de gestão Ferramentas imprescindíveis para a gestão da informação recolhida por via da instrumentação dos equipamentos de deposição e das viaturas de recolha. Existem no mercado soluções pré-concebidas, no entanto nem sempre estas se ajustam cabalmente à realidade existente no terreno. É fundamental adotar um sistema de informação e gestão que reflita a realidade existente no terreno e que possibilite a interligação entre as suas várias componentes, garantindo simultaneamente a robustez da informação uma vez que será esta a base que sustentará a faturação do serviço ao utilizador. Bases de dados Peças basilares de todo o sistema Permitem associar o utilizador ao equipamento Necessidade de permanente atualização 8
9 Sistemas de faturação Com a introdução dum sistema PAYT torna-se necessária a existência de faturação específica, que deverá espelhar a justificação do montante da tarifa. Sujeito passivo Deverá ser o utilizador direto, proprietário ou inquilino A tarifa de resíduos urbanos é devida por quem utiliza o serviço. Fatura específica Fatura conjunta A EG do sistema terá que montar um sistema específico de faturação, com os custos administrativos inerentes. É utilizado o sistema de faturação dum bem ou serviço do mesmo tipo, evitando-se a duplicação de parte dos custos administrativos da faturação. Na generalidade dos casos estudados, é utilizado o sistema de faturação do consumo de água ou de eletricidade, mas com uma autonomia da faturação da tarifa de resíduos urbanos 9
10 Aspetos complementares Utilização de Ecocentros É consentânea com a existência de um sistema PAYT e pode complementar o sistema Podem constituir pontos de desvio de resíduos alvo de taxação Devem ser objeto de controlo rigoroso de entradas, com identificação dos utilizadores e verificação das cargas. 10
11 Aspetos complementares Aplicação no caso de condomínios possibilidade de atribuir contentores individuais ao nível do fogo? possibilidade de instrumentar os equipamentos coletivos do condomínio com controlo de acesso? edifícios apenas com espaço para contentores comuns? diretamente a cada utilizador doméstico ao condomínio enquanto associação de produtores O condomínio deverá definir a forma de repartição dos custos da aplicação da tarifa pelos vários condóminos (ex. função da permilagem, dimensão do agregado familiar, etc.) 11
12 Aspetos complementares Aplicação a produtores não domésticos * Que fluxos que devem ser objeto de tarifação? Que tipo de tarifa deve ser aplicada? Deve ser igual para todos os estabelecimentos ou ser função do tipo de atividade ou da área do estabelecimento? * Com produção diária inferior a 1100 L e recolha assegurada pelos municípios 12
13 Impacte sobre a produção de resíduos A generalidade dos sistemas implementados a nível europeu revelou resultados positivos 13
14 Modelo de plano de implementação Fase preparatória Fase de conceção Fase de implementação Fase de acompanhamento Definição dos objetivos e resultados esperados do projeto Requisitos técnicos Envolvimento da população e demais intervenientes Monitorização e controlo Caracterização do modelo de recolha Identificação de fatores críticos para o sucesso Requisitos logísticos Requisitos legais e regulamentares Fase experimental ou de testes / Monitorização e controlo Avaliação de resultados face aos objetivos Fiscalização e enforcement Constituição da equipa de trabalho Identificação dos intervenientes a envolver em cada fase Custos, proveitos e tarifas Plano de comunicação e informação Análise de resultados Avaliação da satisfação da população Plano de envolvimento dos intervenientes Análise de riscos e medidas de mitigação Esquema e plano da implementação (scale-up) Plano de melhoria e ajustamento 14
15 Casos de estudo A nível nacional 15
16 Casos de estudo A nível internacional Argentona Aschaffenburg Dresden Brabante Flamengo Liège Contarina Parma 16
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