Redes de Atenção à Saúde
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- Pedro Lucas Miranda Malheiro
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1 Referências utilizadas: 1. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, Rede de Atenção à Saúde Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2. Almeida, Patty Fidelis de; Giovanella, Lígia; Mendonca, Maria Helena Magalhães and Escorel, Sarah. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias de integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cad. Saúde Pública Malta, D.C.; Merhy, E.E. O percurso da linha do cuidado sob a perspectiva das doenças crônicas não transmissíveis. Interface - Comunicação, Saúde, Educ., jul./set Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Ciênc. saúde coletiva Helvécio e Hêider - AB enquanto ordenadora da rede e coordenador do cuidado Revista do CEBES RAS Construindo o cuidado integral out OMS e OPAS
2 Conceito I São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. (Ministério da Saúde, 2010 Portaria 4.279, de 30/12/2010).
3 Conceito II Malha que interconecta e integra os estabelecimentos e serviços de saúde de determinado território, organizandoos sistematicamente para que os diferentes níveis e densidades tecnológicas de atenção estejam articulados e adequados para o atendimento ao usuário e para a promoção da saúde (FRANCO & MAGALHÃES, 2008).
4 Conceito III As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde - prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada -, e com responsabilidades sanitárias e econômicas por esta população. (MENDES, 2010)
5 Conceito IV A Organização Mundial de Saúde:...a organização e o gerenciamento dos serviços de saúde de forma a ofertar às pessoas o cuidado de que necessitam, quando necessário, de forma acessível, que permite o alcance dos resultados esperados com o custo adequado. (OMS, 2008)
6 Conceito V Organização Pan-Americana da Saúde OPAS: uma rede de organizações que presta, ou faz arranjos para prestar, serviços de saúde equitativos e integrais a uma população definida e que está disposta a prestar contas por seus resultados clínicos e econômicos e pelo estado de saúde da população a que serve. (OPAS, 2011)
7 P R O V O C A Ç Õ E S Considerando os acúmulos provenientes do modelo de RAS definido pelo MS através da Portaria é o suficiente? o que precisamos abandonar ou ir além, pensar de novo (de nova maneira)? Induções de construção de RAS para a centralidade de quem irá (gestor local/trabalhador da ponta/usuário), de fato protagonizar e construir essa RAS nas regiões/distritos/territórios. Se só nós debruçarmos nos conceitos (frios ou quentes, duros ou macios), não será suficiente para dialogar com quem está lá na ponta fazendo o SUS REAL. O modus operandi, o como construir a RAS, ainda que não tenha receita de bolo, vale mais debatermos o como fazer, associando-o, relacionando-o ao novo desenho de apoio no MS, ou ainda é necessário ancorá-lo no novo arranjo do apoio?
8 P R O V O C A Ç Õ E S É possível pensar o sujeito como centro da RAS e não a necessidade de saúde da população? (quando se pensa em necessidade de saúde se foca na atenção, ficando em segundo plano ações de promoção e prevenção. Foco no sujeito implica pensar nos diferentes momentos dos ciclos de vida, condições agudas e crônicas, percurso deste dentro dos diferentes níveis de cuidado, determinantes sociais (?),...) O centro do modelo/referenciado na Atenção Básica? Com cuidado continuado entre os diferentes níveis de atenção - linhas de cuidados dão conta? Rede informal: pra além da RAS, também não poderíamos, deveríamos valorizar mais essa rede informal no território, sabendo que se constituem como de fundamental importância na produção do cuidado no território. O mesmo vale para a Rede Intersetorial, e da necessidade de valorizá-la com vistas a continuidade/longitudinalidade do cuidado.
9 P R O V O C A Ç Õ E S A AB como coordenadora do cuidado e ordenadora de REDES, tal e qual está lá na PNAB. É isso mesmo? Continua valendo esse mantra?? Vamos resignificar, vamos ser mais parcimoniosos ou vamos nos manter firmes na defesa inalienável desta prerrogativa ser da AB. Considero importante essa provocação e caso mantenhamos essa máxima, quais seriam as induções para que fato isso se torne realidade? Implantar carteira de serviços nos pontos de atenção da RAS: iremos estabelecer cardápios de serviços de tudo que o Ponto de Atenção tem a ofertar, Ok? Ponto importante para o debate considerando a delicadeza do serviço se adaptar as demandas e necessidades do usuário e não o contrário. Uma carteira de serviços, informa, direciona e media com a necessidade do usuário, mas relevante se faz legitimar a escuta e acolhimento deste usuário ainda que sua demanda e/ou necessidade não tenha consonância com o que oferta a carteira de serviços. Que isso não seja uma blindagem, uma barreira de acesso! Gestão da Clínica: problematizar o tema e dialogar com a indissociabilidade entre a gestão e o cuidado.
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